A poligonal (topográfica) é uma figura geométrica de apoio à coordenação elevantamento topográfico, que tem como objetivo o transporte de coordenadas de pontos conhecidos com grande rigor (pontos de apoio), determinando assim as coordenadas dos pontos que a compõem. Este transporte de coordenadas serve também para ligar estes pontos às redes de coordenadas altimétricas e planimétricas de um país.
As poligonais podem classificar-se em três tipos:
Supondo que os pontos e são pontos de coordenadas conhecidas do início de uma poligonal, é possível calcular o rumo inicial,, através da seguinte equação:
Supondo que é o ângulo resultante da diferença de leituras do ângulo horizontal entre os pontos e, o rumo entre os pontos e pode ser determinado através da seguinte equação:
Os restantes rumos até ao rumo final podem sempre ser calculados a partir do rumo anterior, como indicado acima.
O rumo final,, pode ser calculado seguindo a mesma expressão do rumo inicial, neste caso, supondo que os pontos e são os dois pontos finais da poligonal e tem coordenadas conhecidas, a equação será:
O transporte de rumos e coordenadas acumula diversos erros de observação, entre cada estação. A diferença entre esses valores transportados e os valores de chegada no ponto de apoio resulta no erro de fecho, que pode ser relativo às distâncias (linear e altimétrico) e aos ângulos (angular).
| Tipo de poligonal | Tolerância p/ erro de fecho angular (min gon) | Tolerância p/ erro de fecho linear (m) | Tolerância p/ erro de fecho altimétrico (m) |
|---|---|---|---|
| Baixa precisão | - | ||
| Média precisão | - | ||
| Alta precisão |
Sendo o número de pontos estação da poligonal e o comprimento total da poligonal (em quilómetros).[1]
A compensação de uma poligonal pelo método clássico faz-se através da distribuição dos erros de fecho pelas observações, utilizando o princípio da proporcionalidade, adequado ao tipo de erros cometidos.
É um processo sequencial que envolve, em primeiro lugar, o cálculo e distribuição do erro de fecho angular, de seguida o cálculo e distribuição dos restantes erros de fecho e, por fim, o cálculo das coordenadas da poligonal. Esta sequência deve-se ao facto do erro de fecho angular depender exclusivamente dos ângulos, enquanto os restantes erros dependem dos ângulos e das distâncias observados.
Ométodo dos mínimos quadrados é o método mais rigoroso de compensação de uma poligonal atribuindo diferentes pesos às observações de distância e ângulos.[2]