Plutão (dogrego antigoPluto =rico) ouDis (dolatimdives =rico) é como ficou conhecido o deus dos mortos e das riquezas namitologia romana, após a introdução dos mitos e da literaturagregas. Originalmente, não possuíam os romanos uma noção de um reino para a felicidade ou infelicidade pós-morte, como oHades grego — senão uma imensa cavidade, chamadaOrco, que mais tarde passou a identificar-se com o submundo grego. Ao deus que o comandava, então, incorporaramHades, sob o seu epíteto dePluto.[1]
Ele também era responsável por tudo que se encontra abaixo da terra.
Era filho deSaturno e deReia e irmão deJúpiter eNeptuno. Quando Júpiter fez a partilha do Universo, deu a Plutão o império dos infernos. Plutão era tão macabro e assustador, que não conseguia encontrar mulher que o aceitasse para casar. Por isso resolveu roubarProserpina, filha de Júpiter e deCeres - deusa da agricultura - quando ela ia a caminho da fonte deAretusa, naSicília, para buscar água. Plutão é representado com uma coroa de ébano na cabeça, as chaves dos infernos na mão, num coche puxado por cavalos negros.[2]
Em sua homenagem era celebrado um grande festival em fevereiro, quando então eram-lhe ofertados sacrifícios de touros e cabras negros (chamados defebruationes) por um sacerdote caracterizado por umacoroa de cipreste, e com a duração de doze noites.[3] Não havia, em Roma, templos dedicados a Plutão.[3]
Plutão é casado com a sobrinha Proserpina, filha de Ceres (equivalentes, respectivamente, às deusas gregasPerséfone eDeméter).[4]
Referências
↑E. M. BERENS, Myths and Legends of Ancient Greece and Rome, in An Encylopedia of Ancient Greek and Roman Mythology, Edited by James Hampton Belton, Projeto Gutenberg, 2009, versão digital.
↑Plutão (mitologia). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-08-15].
↑abMURRAY, Alexander. Quién es Quién en la Milogía (Who’s Who in Mythology), trad. Cristina María Borrego, M. E. Editores, Madri, 1997, pág. 38.ISBN 84-495-0421-X (em castelhano)
↑Menard, René (1985).Mitologia Greco-romana.I. São Paulo: Opus editora. p. 144