| Tinea versicolor | |
|---|---|
| Especialidade | infecciologia,dermatologia,parasitologia |
| Classificação e recursos externos | |
| CID-11 | 1F2D.0 |
| CID-10 | B36.0 |
| CID-9 | 111.0 |
| DiseasesDB | 10071 |
| MedlinePlus | 001465 |
| eMedicine | 1091575 |
| MeSH | D014010 |
APitiríase versicolor é uma infecção fúngica (micose) superficial caracterizada por alterações na pigmentação cutânea, que variam do branco ao marrom, justificando o atributo "versicolor". O distúrbio de pigmentação é devido à colonização doestrato córneo por umfungo dimórfico, lipofílico, encontrado na flora normal dapele, conhecido comoMalassezia furfur. Trata-se de doença prevalente nos trópicos, mas também comum em climas temperados. Há vários tratamentos disponíveis com taxas elevadas de cura, porém as recorrências são frequentes.
Sinonímia:Tinha (ou Tinea) Versicolor,Pano branco,Micose de praia;Impingem de praia
O distúrbio de pigmentação é causado pela colonização doestrato córneo por umfungo dimórfico, lipofílico, encontrado na flora normal dapele, conhecido comoMalassezia furfur. Na fase delevedura esse organismo apresenta duas formas morfologicamente distintas, uma ovóide, outra esférica, nas quais o fungo é denominadoPityrosporum ovale ePityrosporum orbiculare, respectivamente.
AMalassezia furfur é uma levedura lipofílica, isto é, depende delípidos para o seu metabolismo, ainda não isolada do meio ambiente, que vive saprofiticamente na pele humana, comocomensal. Assim, na população de Israel, FRIEDMAN-BIRBAUM & cols. (1982), de um grupo de 74 indivíduos normais, 51 (68,9%) foram positivos para Malassezia furfur (= Pityrosporum orbiculare).[1]
É muito comum, afetando até 40% da população dos países tropicais, mas também é comum nas áreas temperadas. Afeta ambos os sexos e em todas as raças, e apresenta distribuição variável segundo a faixa etária, verificando-se a maioria dos casos em adultos jovens com pele oleosa e que suam muito. Não é contagiosa e que hábitos de higiene não são o fator desencadeante dessa infecção.[2]
Por sua característica lipofílica, a Malassezia vai se fixar em locais com maior secreção de gorduras, como tronco, pescoço, couro cabeludo, rosto e conduto auditivo externo. Manifesta-se principalmente no verão e primavera, atingindo principalmente os jovens adultos de pele oleosa.
As lesões são discretamente descamativas de dimensões variáveis, nem sempre perceptíveis, mas que podem aumentar e tendem a coalescer. A cor da lesão na pele pode variar dehipopigmentação (manchas brancas ou mais claras do que a pele normal) nas pessoas de pele mais escura ou mesmohiperpigmentação (manchas mais escuras) nas de pele mais clara. Os pacientes, em geral, podem notar a presença das lesões após exposição aos raios solares, pois a ação destes possibilita a atuação do microrganismo sobre o processo de melanogênese. Raramente causa dor, mas pode causar coceira.[3]
O diagnóstico baseia-se no aspecto clínico das manchas. No exame micológico direto é positiva para pseudo-hifas, mas a cultura para fungos em meio enriquecido com óleo de oliva não é feita como rotina.[4]
Pode ser tratado com pomadas à base dezinco, piritiona, sulfito deselênio,miconazol,clotrimazol e não precisam de receita. Recomenda-se evitar exposição ao sol até terminar o tratamento para evitar manchas mais destacadas.[5]
Alguns médicos preferem pílulas a pomadas, pois com pomadas a adesão do paciente é inadequada pelo tempo de uso necessário, há dificuldade de aplicação em áreas extensas, odor desagradável de certos agentes, a eficácia dos agentes tópicos é menor, a taxa de recorrência varia de 60 a 80% e antifúngicos sistêmicos tem menor índice de eventos adversos.[2]
