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Pinheiro

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Pinheiro
Intervalo temporal:
Cretáceo InferiorPresente
129,4–0 Ma
Pinus densiflora,Coreia do Norte
Classificação científicae
Reino:Plantae
Clado:Tracheophyta
Clado:Gymnospermae
Divisão:Pinophyta
Classe:Pinopsida
Ordem:Pinales
Família:Pinaceae
Subfamília:Pinoideae
Gênero:Pinus
L.
Espécie-tipo
Pinus sylvestris
Subgêneros

VerLista de espécies dePinus para taxonomia completa ao nível de espécie. VerLista de espécies dePinus por região para lista de espécies por distribuição geográfica.

Pinheiro é o nome comum dasárvores pertencentes à divisãoPinophyta, tradicionalmente incluída no grupo dasgimnospérmicas. Este artigo se refere apenas àsplantas do géneroPinus, da famíliaPinaceae.[1]

São nativos, na sua maioria, doHemisfério Norte. NaAmérica do Norte, com diversidade mais alta noMéxico e naCalifórnia. NaEurásia, eles ocorrem desdePortugal e leste daEscócia até ao extremo oriental daRússia,Japão,norte de África, oHimalaia com uma espécie formando afloresta de coníferassubtropical, o (pinheiro-de-sumatra) que já cruzou oEquador emSamatra, na Indonésia. Os pinheiros são também plantados extensivamente em muitas partes doHemisfério Sul.

NoBrasil também são chamados pinheiros, espécies que na verdade não fazem parte da família Pinaceae, como a Araucária (Araucaria angustifolia), mais conhecida comopinheiro-do-paraná. Este pertence a famíliaAraucariaceae, que é pequena e nativa apenas dohemisfério sul. Abrange doisgêneros somente: oAgathis, (natural daAustrália) e oAraucaria que aparece noChile,Argentina e sul-sudeste do Brasil, em regiões de altitude elevada, ou seja, acima de 500 m.

Os pinheiros são plantasperenes e também produzemresinosos. Acasca da maioria dos pinheiros é grossa e escamosa. Osbrotos são produzidos eminflorescências regulares, que de fato são umaespiral muito apertada aparentando um anel de brotos que surgem do mesmo ponto. Muitos pinheiros sãouninodal, produzindo apenas um verticilo de brotos por ano, (derebentos no início da época defloração), mas outros sãomultinodal, produzindo dois ou mais verticilos de ramos por ano. Na primavera os brotos são denominados "velas" porque de cor mais clara, apontam para cima e depois escurecem e arrepiam. Estas "velas" servem para avaliar o estado nutricional das plantas.

Os pinheiros têm quatro tipos defolhas. As mudanças começam com(1) um verticilo de 4-20folhas desementes (cotiledôneas), seguida imediatamente de(2)folhas juvenis em plantas jovens, com 2–6 cm de comprimento, simples, verdes ou verdes azuladas, arranjadas em espiral no broto. Estes são substituídos depois de seis meses a cinco anos por(3)folhas protetoras, similares a balanças, pequenas, pardas e não-fotossintéticas, arranjadas como as folhas juvenis; e(4) as folhas adultas ouagulhas, verdes, (fotossintéticas), enfeixadas em grupos (fascículos) de (1-) 2-5 (-6) agulhas, cada fascículo é produzido a partir de um pequenorebento de um ramo lateral no eixo de uma folha protetora. Estes rebentos protetores permanecem muitas vezes nos fascículos como proteção básica. As agulhas persistem durante 18 meses a 40 anos, dependendo das espécies. Se um broto ficar danificado (se for comido por um animal, por exemplo), os fascículos de agulhas imediatamente abaixo do danificado irão gerar um rebento que poderá então substituir o anterior.

Pinus pinea

Os pinheiros sãomonoicos, ocorrendocones masculinos e femininos na mesma árvore. Os cones machos são pequenos, com 1 a 5 cm de comprimento, e apenas presentes num curto período (usualmente na primavera ou no outono para outros poucos pinheiros), caindo assim que seupólen se disperse. Os cones femininos levam de 1,5 a 3 anos (dependendo da espécie) para amadurecer e, depois dapolinização, a fertilização pode demorar mais um ano. Na sua maturidade os cones femininos têm de 3 a 60 cm de comprimento. Cada cone tem numerosas folhas protetoras arranjadas em espiral, contendo cada uma duas sementes férteis. As folhas protetoras mais próximas à base do cone são pequenas e estéreis, sem sementes. A maioria das sementes é pequena e alada para serem dispersadas pelo vento (anemófilia), mas algumas são maiores e possuem apenas uma asa vestigial sendo então dispersadas pelospássaros (ver abaixo). A maturidade do cone é usualmente alcançada quando ele se abre liberando as sementes, mas nas espécies semeadas por pássaros (a espéciePinus albicaulis), será necessário que o pássaro quebre o receptáculo do cone para abri-lo. Em outras, que dependem de incêndios florestais, uma grande quantidade de cones depositada ao longo dos anos é aberta pelo fogo no mesmo incêndio que destrói a árvore-mãe, e assim repovoa a floresta.

Os pinheiros se desenvolvem bem emsolo ácido e alguns também em solo calcário; a grande maioria requer um solo bem drenado, ou seja, prefere solos mais arenosos, mas uns poucos, como por exemplo o Lodgepole Pine (Pinus contorta), são tolerantes à reduzida drenagem e a encharcamento do solo. Alguns poucos estão aptos a rebrotarem após incêndios florestais, como por exemplo o pinheiro-das-canárias (Pinus canariensis), e outros, como por exemplo oPinus muricata, necessitam do fogo para regenerar e suas populações, que declinam vagarosamente em regime de supressão de incêndios. Várias espécies estão adaptadas às condições climáticas extremas impostas pelas elevadas latitudes, por exemplo o pinheiro-anão-siberiano, o pinheiro-da-montanha, ou o pinheiro-de-casca-branca.

Plantação comercial do pinheiroPinus palustris

Assementes são comummente espalhadas porpássaros eesquilos. Alguns pássaros, nomeadamente as espéciesNucifraga caryocatactes,Nucifraga columbiana eGymnorhinus cyanocephalus, são importantes na distribuição desementes de pinheiro em novas áreas onde eles possam crescer.

Uso

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Pinus radiata

O pinheiro é aespécie comercialmente mais importante para a produção demadeira nas regiões declima temperado etropicais doplaneta. Muitos deles são utilizados como matéria-prima para a produção dacelulose, que é empregada na produção depapel. Isso porque o pinheiro é umamadeira leve, que possui um rápido crescimento. Além disso ele também pode ser plantado com uma grande densidade populacional e a queda de suasfolhas (acículas) produz umefeito alelópatico em plantas de outras espécies ou seja as folhas inibem o crescimento de outras plantas (denominadas deplantas daninhas nasflorestas plantadas), o que provoca uma redução na competição porágua,luz enutrientes nas florestas de pinheiros. Um exemplo típico é o da espéciePinus radiata.

Aresina de algumas espécies é importante fonte debreu do qual se extraiterebintina e outrosóleos essenciais. Algumas espécies têm sementes comestíveis que se podem cozinhar ou assar. Algumas espécies são usadas comoárvores de natal e suas pinhas e ramos são largamente usados em decorações natalícias. Muitos pinheiros são também usados como plantas ornamentais em parques e jardins. Uma grande quantidade de espécies anãs é cultivada para plantio em jardins residenciais. Também existe uma longa tradição oriental, especialmente naChina e noJapão, e bem difundida entre as culturas ocidentais modernas, do cultivo de miniaturas artísticas das mais diversas espécies de pinheiros, osbonsai, um termo emprestado do idiomajaponês.

Os pinhais plantados sempre sofrem acentuado risco de incêndio por causa da camada de acículas secas que se acumulam no solo e porque a árvore possui grande quantidade de resina a ponto de seu material ser explosivo em determinadas condições.

Ligação com o Natal

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Ver artigo principal:Árvore de Natal

O pinheiro é usado como símbolo doNatal.

Origem do nome

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Pinus longaeva

Em português - dolatimpinariu oupinu; no inglêspine tem a mesma origem pelo francêspin. No passado (antes doséculo XIX) eram muitas vezes conhecidos porfir, donórdico antigofyrre, através do inglês da Idade Médiafirre. O nome em nórdico antigo ainda é utilizado para os pinheiros em algumas línguas da Europa: emdinamarquês,fyr, emnorueguês,furu, eFöhre em alguns locais daAlemanha, mas no inglês moderno, "fir" é restringido aoAbies e àPseudotsuga. Outros nomes europeus incluem o termo alemãoKiefer (o nome mais vulgar na Alemanha), osuecotall, oneerlandêsden, ofinlandêsmänty, orussososna, obúlgaro e oservo-croatabor, e ogregopitys.

Lista de espécies de pinheiro por região

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Europa e região doMediterrâneo (algumas com extensão àÁsia)
Ásia
Canadá eEstados Unidos (com exceção das áreas adjacentes à fronteira com oMéxico)
Sul doArizona eNovo México,México,América Central eCaraíbas

Classificação do gênero

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SistemaClassificaçãoReferência
LinnéClasseMonoecia, ordemMonadelphiaSpecies plantarum (1753)

Ver também

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Referências

  1. «Pinheiro».Flora of Australia (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2022 
  2. https://nutriboostsuperfoods.pt/diversidade/nozes/pinhoes/
  3. https://floradobrasil.jbrj.gov.br/consulta/ficha.html?idDadosListaBrasil=616681
  4. https://www.queridasplantas.com/pinheiro-amarelo-mexicano-pinus-patula-2/
  • Richardson, D. M. (ed.). 1998.Ecology and Biogeography of Pinus. Cambridge University Press, Cambridge. 530 p. ISBN 0-521-55176-5
  • Mirov, N. T. 1967.The Genus Pinus. Ronald Press, New York (out of print).
  • Farjon, A. 1984.Pines. E. J. Brill, Leiden.ISBN 90-04-07068-0

Ligações externas

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OCommons possui imagens e outros ficheiros sobrePinheiro
Identificadores taxonómicos
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