A perseguição aos cristãos tem continuado a ocorrer durante oséculo XXI. O cristianismo é a maiorreligião mundial e seus seguidores vivem em todo o globo. Aproximadamente 10% dos cristãos do mundo são membros de grupos minoritários que vivem em Estados não majoritariamente cristãos.[1] A perseguição contemporânea aos cristãos inclui a perseguição oficial do estado, que ocorre principalmente em países localizados naÁfrica eÁsia devido à presença dereligião estatal ou porque seus governos e sociedades praticam o favoritismo religioso. Esse favoritismo é frequentemente acompanhado dediscriminação religiosa eperseguição religiosa.
De acordo com o Novo Testamento, acrucificação de Jesus foi autorizada por autoridades romanas e executada por soldados romanos. Há também o registro de quePaulo de Tarso, em suas viagens missionárias, foi várias vezes preso por autoridades romanas.
O texto do Novo Testamento não relata o que aconteceu com Paulo, mas atradição cristã afirma ter sido ele decapitado emRoma, sob oimperadorNero no ano de54.
ONovo Testamento informa que os cristãos primitivos sofreram perseguição nas mãos das lideranças judaicas de seu tempo, começando pelo próprioJesus.
Os primeiros cristãos nasceram e se desenvolveram sob ojudaísmo, na medida em que ocristianismo começou como umaseita do judaísmo. As primeiras perseguições judaicas aos cristãos devem ser entendidas, então, como um conflito sectário – judeus perseguindo judeus por causa daheterodoxia. Várias outras seitas judaicas da época, no entanto, como osessênios, foram tão heterodoxas quanto a seita cristã.
De acordo com os textos do Novo Testamento, a perseguição aos seguidores de Jesus continuou após a sua morte. Oprimeiro mártir do cristianismo foiEstêvão (Atos 7). Os apóstolosPedro eJoão foram presos por lideranças judaicas, incluindo osumo-sacerdoteAnás, que os libertou mais tarde (Atos 4:1–21). Numa outra ocasião, todos osapóstolos foram presos pelo sumo-sacerdote e outrossaduceus, mas, segundo o relato neotestamentário, teriam sido libertados por umanjo (Atos 5:17–18). Após escaparem, os apóstolos foram novamente capturados peloSinédrio, mas, desta vez,Gamaliel – umfariseu bem conhecido daliteratura rabínica –convenceu o conselho a libertá-los.
O primeiro caso documentado de perseguição aos cristãos peloImpério Romano direciona-se aNero. Em64, houve ogrande incêndio de Roma, destruindo grandes partes da cidade e devastando economicamente a população romana. Nero, cuja sanidade já há muito tempo havia sido posta em questão, era o suspeito de ter intencionalmente ateado fogo. Em seusAnais,Tácito afirma que:
“
Para se ver livre do boato, Nero prendeu os culpados e infligiu as mais requintadas torturas em uma classe odiada por suas abominações, chamada cristãos pelo populacho[6]
”
Ao associar os cristãos ao terrível incêndio, Nero aumentou ainda mais a suspeita pública já existente e, pode-se dizer, exacerbou as hostilidades contra eles por todo oImpério Romano. As formas de execução utilizadas pelos romanos incluíamcrucificação e lançamento de cristãos para serem devorados porleões e outras feras selvagens.
OsAnnales de Tácito informam:
“
... uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra araça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços porcães, ou cravados emcruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna.[7]
Em meados doséculo II, não era difícil encontrar grupos tentando apedrejar os cristãos, incentivados, muitas vezes, por religiões rivais. A perseguição emLyon (ver:Ireneu de Lyon) foi precedida por uma turba violenta que pilhava e apedrejava casas cristãs.[8]Luciano de Samósata fala-nos de um elaborado e bem-sucedido embuste perpetrado por um suposto profeta deEsculápio, noPonto, fazendo uso de uma cobra domesticada. Quando os rumores estavam por desmascarar sua fraude, o espirituosoensaísta nos informa, sarcasticamente:
“
...ele promulgou um edito com o objetivo de assusta-los, dizendo que o Ponto estava cheio de ateus e cristãos que tinham a audácia de pronunciar os mais vis perjúrios sobre ele; a estes, ele os expulsaria com pedras, se quisessem ter seu deus gracioso.
As perseguições estatais seguintes foram inconstantes até oséculo III, apesar doApologeticum deTertuliano (197) ter sido escrito ostensivamente em defesa de cristãos perseguidos e dirigido aos governantes romanos.
A primeira perseguição que envolveu todo o território imperial aconteceu sob o governo deMaximino Trácio, apesar do fato de que apenas oclero tenha sido visado. Foi somente sobDécio, em meados do segundo século, que a perseguição generalizada – tanto ao clero quanto aosleigos – tomou lugar em toda a extensão do Império.Gregório de Tours trata deste tema em suaHistória dos Francos, escrita no final doséculo VI:
“
Sob o imperador Décio, muitas perseguições se levantaram contra o nome de Cristo, e houve tamanha carnificina de fiéis que eles não podiam ser contados.Bábilas de Antioquia, com seus três filhos pequenos, Urbano, Prilidan e Epolon, eSisto,bispo de Roma,Lourenço de Huesca, umarquidiácono, eHipólito de Roma tornaram-se perfeitos pelo martírio porque confessaram o nome do Senhor.
Apesar de confundir as épocas de perseguição (pois menciona, ao mesmo tempo, personagens que foram martirizados sob Maximino,Valeriano e Décio), o testemunho de Gregório mostra o quanto o tema da perseguição marcou o imaginário da Igreja nos primeiros séculos.
O clímax da perseguição se deu sob o governo deDiocleciano eGalério, no final doséculo II e início doséculo IV. Esta é considerada a maior de todas as perseguições. Iniciando com uma série de quatroeditos proibindo certas práticas cristãs e uma ordem de prisão doclero, a perseguição se intensificou até que se ordenasse a todos os cristãos do império que sacrificassem aos deuses imperiais (ver:religião na Roma Antiga), sob a pena de execução, caso se recusassem. No entanto, apesar do zelo com que Diocleciano perseguiu os cristãos naparte oriental do Império, seusco-imperadores do lado ocidental não seguiram estritamente seus éditos, o que explica que cristãos daGália, daHispânia e daBritânia praticamente não tenham sido molestados.
No início do quarto século, em 310, o imperadorGeta mandou perseguir os cristãos, torturá-los e puni-los com morte.
A perseguição continuou até queConstantino I chegasse ao poder e, em313, legalizasse a religião cristã por meio doÉdito de Milão, iniciando-se aPaz na Igreja. Entretanto, foi somente comTeodósio I, no final do século quarto, que o cristianismo se tornaria a religião oficial do Império.
Nos séculos III e IV,missionários cristãos (especialmenteulfilas) levaram muitosgodos à conversão ao cristianismoariano. Isto provocou uma reação em favor da religião gótica. Assim, o rei góticoAtanarico iniciou uma política de perseguição aos cristãos, levando muitos deles à morte.[11]
Noséculo VI Dhu Nwas, rei judeu doHimiar (noIêmen), moveu um massacre contra os cristãos dapenínsula Arábica em 518 (ou 523) d.C., destruindo as cidades cristãs deZafar e Najaran e queimando suas igrejas e matando quem não renunciasse ao cristianismo.
O evento diminuiu consideravelmente a população cristã na região, perecendo talvez 20 mil pessoas[12] e foi lembrada na época deMaomé, sendo referida noAlcorão (al-Buruj:4).
Noséculo XXI, a perseguição aos cristãos tem crescido a tal ponto que em2016 morria em média 1 cristão a cada 6 minutos no mundo.[13] Em países comoSíria, desde oinverno árabe, cidades inteiras de cristãos são aniquiladas, ora por grupos seculares, ora por fundamentalistas islâmicos, em atentados com cada vez mais envergadura, e em consequência disso os cristãos da região tem se militarizado por conta própria.[14][15][16] A afirmação de que em média 1 cristão morre a cada 6 minutos no mundo vem do Centro de Estudos do Cristianismo Global doSeminário Teológico Evangélico Gordon-Conwell, emMassachusetts, que publicou uma declaração em dezembro de 2016 afirmando que “entre 2005 e 2015, houve 900.000 mártires cristãos em todo o mundo — uma média de 90.000 por ano”.[17]A afirmação de Tomasi ao conselho na rádio classificou os números como uma “conclusão chocante” e uma “pesquisa confiável”.[18] A precisão desse número, com base nas estimativas populacionais da edição de 1982 daWorld Christian Encyclopedia, é contestada.[19][20]Quase todos morreram em guerras naRepública Democrática do Congo, onde todos os lados da Segunda Guerra do Congo e dos conflitos seguintes são majoritariamente cristãos, e os anos anteriores incluíram vítimas dogenocídio de Ruanda, umconflito étnico e parte daPrimeira Guerra do Congo, onde novamente a maioria dos envolvido na guerra eram cristãos.[21]Como resultado, aBBC News Magazine disse que “quando você ouve que 100.000 cristãos estão morrendo por sua fé, é preciso ter em mente que a grande maioria – 90.000 – são pessoas que foram mortas na República Democrática do Congo”.[22]
Klaus Wetzel, especialista alemão em perseguição religiosa, afirma que há uma discrepância nos números de mártires relatados devido à contradição entre a definição usada porGordon-Conwell, que define o martírio cristão no sentido mais amplo possível, e a definição mais sociológica e política usada pelo próprio Wetzel, pelaOpen Doors e por outros, como oInstituto Internacional para a Liberdade Religiosa, que é: “aqueles que são mortos, que não teriam sido mortos se não fossem cristãos”.[23]
Os números são afetados por vários fatores importantes, por exemplo, a distribuição da população é um fator. Os Estados Unidos apresentam um relatório anual sobre liberdade religiosa e perseguição ao Congresso, que reconhece restrições à liberdade religiosa, variando de baixas a muito altas, em três quartos dos países do mundo, incluindo os Estados Unidos. Em aproximadamente um quarto dos países do mundo, há restrições e opressão altas e muito altas, e alguns desses países, como China, Índia, Indonésia e Paquistão, estão entre os que têm as maiores populações.[24]
Entidades como aReligious Freedom Coalition auxiliam cristãos perseguidos em países islâmicos. Seu presidente,William Joseph Murray, publica relatórios regulares sobre a situação dos cristãos nestes países.[25] De acordo com um relatório da organização internacional de caridade católicaAid to the Church in Need, a limpeza étnica religiosa dos cristãos é tão grave que eles devem desaparecer completamente de partes do Oriente Médio dentro de uma década.[26]
De acordo com uma lista daOpen Doors USA (Portas abertas), nove dos dez principais países onde ocorreu perseguição de cristãos em 2014 são nações maioritariamente muçulmanas, que incluemSomália,Síria,Iraque,Afeganistão,Arábia Saudita,Maldivas,Paquistão,Irã eIémen.[27][28][29][30] No mesmo ano,Meriam Ibrahim, uma cristã sudanesa, foi condenada à morte porapostasia, porque o governo do Sudão classificou-a como muçulmana, apesar de ter sido criada como cristã.[31]Asia Bibi, uma mulher cristã paquistanesa, foi condenada em 2010 à morte sob acusação deblasfémia, e até 2018 a pena continuava suspensa, após sucessivos adiamentos.[32]Qamar David, um cristão paquistanês, foi condenado por blasfémia em 2010, acabando por morrer na prisão emKarachi em 15 de março de 2011 em circunstâncias que levantaram suspeitas.[33] Rimsha Masih, uma cristã paquistanesa, foi acusada falsamente de queimar páginas doAlcorão, e apesar de absolvida, teve de procurar refúgio noCanadá.[34]
Corpos de cristãos armênios massacrados emErzurum em1895.
Armênios sendodeportados no Império Otomano como parte do genocídio armênio. Perseguição semelhante foi sofrida pelosgregos durante o genocídio grego.
As relações entremuçulmanos ecristãos noImpério Otomano durante aera moderna foram moldadas em grande parte por dinâmicas mais amplas relacionadas à atividadecolonial eneocolonial europeia na região, dinâmicas que frequentemente (embora nem sempre) geravam tensões entre os dois. Muitas vezes, a crescente influência européia na região durante oséculo XIX pareceu desproporcionalmente beneficiar os cristãos, produzindo ressentimento por parte de muitos muçulmanos, e também a suspeita de que os cristãos estavam em conluio com aspotências europeias para enfraquecer omundo islâmico. Outras relações exacerbadoras foram o fato de que os cristãos pareciam se beneficiar desproporcionalmente dos esforços dereformas (um dos aspectos geralmente procurou elevar o status político dos não muçulmanos), assim como os vários levantesnacionalistas cristãos nos territórios europeus do império, que frequentemente tinham o apoio das potências europeias.[35]
Desde a época daGrande Guerra Turca (1683-1699), as relações entre muçulmanos e cristãos nas províncias europeias do Império Otomano se radicalizaram, assumindo gradualmente formas mais extremas e resultando em chamados ocasionais de alguns líderes religiosos muçulmanos para expulsão ou extermínio dos cristãos locais e também dosjudeus. Como resultado da opressão turca, a destruição dasigrejas e dosmosteiros e a violência contra a população civil não muçulmana, os cristãossérvios e seus líderes da igreja liderados pelo Patriarca sérvio Arsenije III se uniram aos austríacos em 1689 e novamente em 1737 sob opatriarca sérvioArsenije IV. Nas seguintes campanhas punitivas, as forças turcas realizaram atrocidades sistemáticas contra a população cristã nas regiões sérvias, resultando nasgrandes migrações sérvias.[36]
Perseguições semelhantes e migrações forçadas de populações cristãs foram induzidas pelas forças turcas durante os séculos XVIII e XIX nas províncias europeias e asiáticas do Império Otomano. Em 1842, os cristãosassírios que viviam nas montanhas deHakkâri, no sudeste daAnatólia, enfrentaram um enorme ataque sem provocação de forças otomanas regulares e curdas não regulares, que resultou na morte de dezenas de milhares de cristãos assírios desarmados.[37]
Um grande massacre de comunidades cristãs assírias e armênias no Império Otomano ocorreu entre 1894 e 1897 e foi cometido por tropas turcas e seus apoiantescurdos durante o governo do sultãoAbdulamide II (Massacres hamidianos). Os motivos para esses massacres foram uma tentativa de reafirmar opan-islamismo no Império Otomano, o ressentimento da riqueza comparativa das antigas comunidades cristãs nativas e o medo de que estas tentassem se separar do decadente Império Otomano. Assírios earmênios foram massacrados emDiarbaquir,Hasankeyf,Sivas e outras partes daAnatólia e do norte daMesopotâmia, pelo sultão Abdulamide II. Esses ataques causaram a morte de dezenas de milhares de assírios e armênios e a "otomanização" forçada dos habitantes de 245 aldeias. As tropas turcas saquearam os assentamentos restantes que foram tomados e ocupados pelos curdos muçulmanos. Mulheres e crianças cristãs desarmadas foramestupradas,torturadas e assassinadas.[37]
O governo dosJovens Turcos do Império Otomano, em colapso em 1915, perseguiupopulações cristãs orientais na Anatólia,Pérsia, norte da Mesopotâmia eLevante. O ataque do exército otomano, que incluiu forças não regulares curdas,árabes ecircassianas, resultou em um número estimado de 3,4 milhões de mortos, divididos entre cerca de 1,5 milhões de cristãos armênios,[39][40][41] 0,75 milhões de cristãos assírios, 0,90 milhões decristãos ortodoxos gregos e 0,25 milhões decristãos maronitas;[42] grupos de cristãosgeorgianos também foram mortos. A enorme limpeza etno-religiosa expulsou do império ou matou os armênios e osbúlgaros que não seconverteram aoislamismo. Ogenocídio levou à devastação de antigas populações cristãs nativas que existiram na região há milhares de anos.[43][44][45][46]
O plano de Hitler para a germanização no leste não via espaço a igrejas cristãs. Tanto igrejas protestantes, quanto igrejas católicas sofreram privações no regime nazista, que, como ideologia totalitária, não poderia permitir um estabelecimento autônomo se o governo não a legitimasse. Neste contexto, destacam-se a perseguição àsTestemunhas de Jeová e a perseguição de católicos, principalmente nas regiões da Polônia invadidas pela Alemanha.
A perseguição àsTestemunhas de Jeová, mesmo em países considerados democráticos, tem tomado muitas formas distintas, desde aintolerância na família, na escola, no emprego e na sociedade em geral. Entre 1933 e 1945, as Testemunhas de Jeová sob alçada daAlemanha Nazista foram perseguidas e sujeitas a prisão e exterminação emcampos de concentração. Fado que partilharam, como comunidade étnica ou religiosa, comjudeus,ciganos ehomossexuais.
Execução pública de clérigos poloneses e cidadãos no Bydgoszcz's Old Market Square, 9 de setembro de 1939. A Igreja Católica polonesa foi duramente perseguida sob o jugo dos nazistas
Hitler eliminou rapidamente ocatolicismo político, e milhares de pessoas foram presas.[47] Em 1940, um quartel de clérigos foram enviados pelos nazistas aoCampo de Concentração de Dachau. De um total de 2 720 clérigos enviados ao campo de Dachau, a grande maioria, por volta de 2579 (ou 94,88%) eram católicos – cerca de quase 400 padres alemães. Os colégios católicos na Alemanha foram eliminados em 1939 e a imprensa católica em 1941. Com a expansão da guerra no Leste em 1941, também veio o aumento dos ataques à Igreja na Alemanha. Monastérios e conventos foram fechados e começou a expropriação dos bens da igreja. Os mais afetados foram especialmente os jesuítas.[48] Bispos alemães acusaram o Reich de uma "opressão injusta e odiosa contra Cristo e a sua Igreja".
Nas áreas polonesas invadidas pela Alemanha uma perseguição severa foi lançada em 1939. Nelas, os nazistas desmantelaram sistematicamente a Igreja – prendendo lideranças, exilando clérigos, fechando igrejas, monastérios e conventos. Muitos clérigos foram assassinados. Pelo menos 1811 sacerdotes poloneses morreram em campos de concentração nazistas. O plano de germanização do Leste de Hitler não via espaço a Igrejas cristãs. A Igreja também foi tratada duramente em outras regiões anexadas, como a Áustria sob oGauleiter de Vienna, Odilo Globocnik, que confiscou propriedades, fechou organizações católicas e enviou muitos padres para Dachau. Nas terras tchecas ordens religiosas eram suprimidas, escolas fechadas, instrução religiosa proibida e padres enviados à campos de concentração.
NaÍndia, há um aumento da violência perpetrada pornacionalistas hindus contra cristãos, reproduzindo os princípios que assentam os conflitos religiosos: duas crenças distintas.[51] o aumento da violência anticristã na Índia tem uma relação direta com a ascendência doPartido Bharatiya Janata (BJP).[52] Incidentes de violência contra os cristãos têm ocorrido em muitas partes da Índia. É especialmente prevalente nos estados deGujarat,Maharashtra,Uttar Pradesh,Madhya Pradesh eNova Deli.[52] OVishva Hindu Parishad (VHP), oBajrang Dal, e osRashtriya Swayamsevak Sangh (RSS) são as organizações mais responsáveis pela violência contra os cristãos.[51] Essas organizações, muitas vezes referidas coletivamente sob o nome de sua organização encoberta, oSangh Parivar emeios de comunicação locais estaiveram envolvidos na promoção depropaganda anticristã em Gujarat.[51] OSangh Parivar e organizações relacionadas afirmaram que a violência é uma expressão de "raiva espontânea" de "vanvasis" contra "conversões forçadas" através de atividades realizadas pelos missionários. Estas alegações foram contestadas pelos cristãos,[53] que as descrevem como uma crença mítica[54] e propaganda da parte de Sangh Parivar;[55] tanto mais, que, segundo os cristãos, para Sangh Parivar, todas as conversões são uma "ameaça à unidade nacional".[56]
Cristãos na Índia têm sido frequentemente submetidos à intolerância,[57] assédio, intimidação e ataques por muçulmanos.[58] EmJammu eCaxemira, um cristão convertido e missionário, Bashir Tantray, foi morto, em pleno dia, alegadamente por militantes islâmicos em 2006.[59]Sajan George, presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC) afirmaː "A intolerância anti-cristã em Jammu e Caxemira está a atingir proporções alarmantes"[57]
Em 2011, o rev. ChanderMani Khanna, pastor da Igreja Anglicana, foi preso por ter batizado sete muçulmanos, sob acusações de proselitismo e conversões forçadas. O pastor foi mantido sob custódia policial por dez dias na delegacia deKothi Bagh (Srinagar), sob os art. 153A (pessoas que promovem desarmonia, inimizade ou ódio com base em religião, raça, residência, idioma ou casta) e 295A (pessoas que ofendem os sentimentos religiosos de qualquer classe, com atos deliberados e maliciosos). Ele foi preso depois de uma queixa feita pelo GrandeMufti da Caxemira, que o convocou perante um tribunal islâmico depois de ver um vídeo de batismos no YouTube.[60]
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