Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Ir para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Pernambuco

Este é um artigo destacado. Clique aqui para mais informações.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, vejaPernambuco (desambiguação).
Estado de Pernambuco
Lema:Ego sum qui fortissimum et dux
"Sou o mais forte e o que conduz"[1]
Hino:Hino do Estado de Pernambuco
Gentílico:pernambucano(a)
Localização de Pernambuco no Brasil
Localização de Pernambuco no Brasil
Localização
 • RegiãoNordeste
 • Estados limítrofesBahia,Piauí,Alagoas,Ceará eParaíba
 • Regiões intermediárias4
 • Regiões imediatas17
 • Municípios184
Capital Recife
Governo
 • Governador(a)Raquel Lyra (PSD)
 • Vice-governador(a)Priscila Krause (PSD)
 • Deputados federais25
 • Deputados estaduais49
 • SenadoresFernando Dueire (MDB)
Humberto Costa (PT)
Teresa Leitão (PT)
Área
 • Área total98 067,881km² (19º)[2]
População2022
 • Estimativa9 058 155 hab. ()[3]
 • Densidade92,37 hab./km² ()
Economia2022[4]
 • PIB total245,828 bilhões (11º)
 • PIB per capita27,139 (21º)
Indicadores2017/2018[5][6]
 • Esperança de vida (2017)74,3 anos (13º)
 • Mortalidade infantil (2017)12,1‰ nasc. (19º)
 • Alfabetização (2018)88,1% (18º)
 • IDH (2021)0,719 (15º) – alto[7]
Fuso horárioUTC−3 eUTC−2
Climatropical úmido,tropical de altitude esemiáridoAs', Cwa, BSh, BSs'h'[8]
Cód. ISO 3166-2BR-PE
Websitehttp://www.pe.gov.br/
Mapa de Pernambuco
Mapa de Pernambuco

Pernambuco é uma das 27unidades federativas doBrasil. Banhado a leste peloOceano Atlântico, está localizado no centro-leste daregião Nordeste e faz divisa com cinco estados da região:Paraíba (N),Ceará (NO),Alagoas (SE),Bahia (SO) ePiauí (O). Com 98 067,881 km² de área (1,152% do território nacional), também fazem parte do seu território os arquipélagos deFernando de Noronha e deSão Pedro e São Paulo. Pernambuco é asétima unidade federativa mais populosa do Brasil e possui odécimo primeiro maior PIB do país e oterceiro maior PIB per capita entre os estados do Nordeste.[9] O estado possui 184 municípios, além do distrito estadual deFernando de Noronha.Recife é a capital, onde fica a sede administrativa, oPalácio do Campo das Princesas, e o município mais populoso do estado. No interior do estado, os municípios mais populosos sãoPetrolina,Caruaru,Garanhuns eVitória de Santo Antão.[9][10][11][12]

Pernambuco foi o primeiro núcleo econômico doBrasil pré-colonial, uma vez que se destacou naexploração do pau-brasil (também referido como pau-de-pernambuco). Ainda naquele período — no ano de 1516 —, estabeleceu-se naIlha de Itamaracá, ao norte do Recife, o primeiro "Governador das Partes do Brasil",Pero Capico, que ali construiu oprimeiro engenho de açúcar de que se tem notícia naAmérica portuguesa.[13][14] Com a introdução dacultura canavieira naCapitania de São Vicente, na atualregião Sudeste,[15][16] aCapitania de Pernambuco também implantou o cultivo de cana-de-açúcar em grande escala em seu território e se tornou a mais ricacapitania doBrasil Colônia durante oCiclo do Açúcar, chegando a atingir o posto de maior produtor mundial da mercadoria.[17][18] Pernambuco teve ainda participação ativa em diversos episódios dahistória brasileira: foi palco dasBatalhas dos Guararapes, combates decisivos naInsurreição Pernambucana e considerados a origem doExército Brasileiro; e serviu de berço a movimentos de caráter nativista ou de ideais libertários, como aGuerra dos Mascates, aRevolução Pernambucana, aConfederação do Equador e aRevolução Praieira.[19]

Conhecido por sua ativa e ricacultura popular, Pernambuco é berço de várias manifestações tradicionais, como acapoeira[20][21][22][23], ococo, ofrevo e omaracatu, bem como detentor de um vastopatrimônio histórico,artístico earquitetônico, sobretudo no que se refere ao período colonial. Em 1970 surgiu no estado oMovimento Armorial, que teve como figura central o escritorAriano Suassuna. Duas décadas mais tarde apareceu outro importante movimento que se constituiu numa espécie de contraponto ao Armorial: oManguebeat, cujo maior expoente foi o artistaChico Science.[24][25][26]

O Estado de Pernambuco também se destaca pelas suas contribuições para aciência e a tecnologia brasileira como um todo. Tanto que, em 1860, oastrônomo francêsEmmanuel Liais, enviado a serviço daFrança e doImpério do Brasil, descobriu o primeirocometa a ser identificado a partir do solosul-americano, oCometa Olinda, noObservatório Astronômico do Alto da Sé, emOlinda, sendo uma importante contribuição para aastronomia local.[27] Ademais, no quesito de inovaçãotecnológica hodierna, tornou-se notório por ter tido o primeiro município daAmérica Latina,Xexéu, a se utilizar dapavimentação ecológica,[28] além de contar com oPorto Digital noRecife, um dos polos de inovação mais importantes do Brasil e do continente.

Etimologia

[editar |editar código]
Ver também:Topônimos de origem tupi no Brasil
Nome com possível origemtupi:paranã, mar, epuka, fenda, abertura. Ambos os termos estão emrelação genitiva, o que dá a ideia de origem, pertencimento, e enseja a inversão dos termos (conforme indicam as setas).

A origem do nome Pernambuco é controversa. Alguns estudiosos afirmam que vem da aglutinação dos termostupispara’nã, que quer dizer “rio grande” ou “mar”, epuka, “buraco”. Assim, Pernambuco seria um “buraco no mar”, referindo-se ao Canal de Santa Cruz naIlha de Itamaracá ou à abertura que existe nos arrecifes entreOlinda e oRecife.[29]

Segundo outros afirmam, era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para opau-brasil. Uma terceira hipótese adviria também do tupi,paranãbuku, isto é, “rio comprido”, uma provável alusão ao rio das capivaras, oCapibaribe, já que mapas primitivos assinalam um tal “rio Pernambuco” ao norte doCabo de Santo Agostinho. Há ainda uma quarta hipótese, aventada pelo pesquisador Jacques Ribemboim,[30] segundo a qual a etimologia teria origem na língua portuguesa: o Canal de Santa Cruz, no início do século XVI, era conhecido como "Boca de Fernão" (referência ao explorador de pau-brasilFernão de Noronha), e os índios possivelmente o chamavam de algo próximo a "Pernão Boca" ou "Pernambuka", que teria dado origem ao nome Pernambuco.[31][32]

Para alguns estudiosos, a origem do nome "Pernambuco" está relacionada ao Canal de Santa Cruz, que cerca aIlha de Itamaracá (foto).[29]

Bento Teixeira, em seu poemaProsopopeia publicado em 1601 — o primeiro poema daliteratura brasileira, que conta em estilo épico, inspirado emCamões, as façanhas da família Albuquerque, dedicado ao então governador de Pernambuco,Jorge de Albuquerque Coelho —, escreveu uma estrofe na qual conta o significado da palavra Pernambuco:[33]

Em o meio desta obra alpestre e dura,
Uma boca rompeu o Mar inchado,
Que, na língua dos bárbaros escura,
Paranambuco de todos é chamado.
de Paranã, que é Mar, Puca, rotura,
Feita com fúria desse Mar salgado,
Que, sem no derivar cometer míngua,
Cova do Mar se chama em nossa língua.

História

[editar |editar código]
Ver artigo principal:História de Pernambuco

Pré-história e Antiguidade

[editar |editar código]
Pinturas Rupestres noVale do Catimbau. Pernambuco abriga sítios arqueológicos datados de pelo menos 11 mil anos.[34]

No atual estado de Pernambuco, foram identificados vestígios seguros de ocupação humana superiores a 11 mil anos, nas regiões de Chã do Caboclo, emBom Jardim, e Furna do Estrago, emBrejo da Madre de Deus. Nesta última região, foi descoberta uma importantenecrópole pré-histórica, com 125metros quadrados de área coberta, de onde foram resgatados 83 esqueletos humanos em bom estado de conservação.[34][35]

Dentre os grupos indígenas que habitaram o estado, identificou-se a tradição cultural Itaparica, responsável pela confecção deartefatos líticoslascados com mais de 6 mil anos de idade. Noagreste pernambucano, conservam-sepinturas rupestres que datam 2 mil anos antes do presente, atribuídas à subtradição denominadaCariris velhos.[35]

Na época da colonização portuguesa, habitavam a Zona da Mata Pernambucana oscaetés etabajaras, já extintos, enquanto o interior era povoado pelos povos indígenas ditos “tapuias”. Ainda hoje, é possível encontrar povos indígenas no Agreste e Sertão Pernambucano, como ospancararus (Tacaratu ePetrolândia),fulni-ôs (Águas Belas) exucurus (Pesqueira).[35][36]

Período colonial

[editar |editar código]
Ver também:Ciclo do açúcar,Saque do Recife,União Ibérica, eGuerra Anglo-Espanhola

O primeiro europeua chegar ao Brasil foi o navegador espanholVicente Yáñez Pinzón, que no dia 26 de janeiro de 1500 desembarcou noCabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.[13][37][38] A chegada de Pinzón pode ser vista como um simples incidente da expansão marítima espanhola.[39]

Olinda foi a urbe mais rica doBrasil Colônia de sua criação até aInvasão Holandesa, quando foi depredada.[18] É a mais antiga das cidades brasileiras declaradasPatrimônio Cultural da Humanidade pelaUNESCO.[40]
Convento de São Francisco, conventofranciscano mais antigo do Brasil, localizado em Olinda.[41]
AIgreja dos Santos Cosme e Damião, emIgarassu, é a igreja mais antiga do Brasil de acordo com oIPHAN.[42]

Em 1501, ano seguinte ao da chegada dos europeus ao Brasil, o território de Pernambuco foi explorado pela expedição deGonçalo Coelho, que teria criadofeitorias ao longo da costa da colônia, inclusive, possivelmente, na atual localidade deIgarassu, cuja defesa seria futuramente confiada aCristóvão Jacques.[19]

Em 1516, foi construído no litoral pernambucano o primeiroengenho de açúcar de que se tem notícia na América portuguesa, mais precisamente naFeitoria de Itamaracá, confiada ao administrador colonialPero Capico — o primeiro "Governador das Partes do Brasil". Em 1526 já figuravam direitos sobre oaçúcar de Pernambuco na Alfândega de Lisboa.[14][43]

No ano de 1532,Bertrand d'Ornesan, o barão de Saint Blanchard, tentou estabelecer um posto de comércio em Pernambuco. Com o navioA Peregrina, pertencente ao nobre francês, o capitão Jean Duperet tomou aFeitoria de Igarassu e a fortificou com vários canhões, deixando-a sob o comando de um certo senhor de La Motte. Meses depois, na costa daAndaluzia naEspanha, os portugueses capturaram a embarcação francesa, que estava atulhada com 15 mil toras de pau-brasil, três mil peles de onça, 600 papagaios e 1,8 tonelada dealgodão, além de óleos medicinais, pimenta, sementes de algodão e amostras minerais. E no exato instante em queA Peregrina era apreendida nomar Mediterrâneo, o capitão portuguêsPero Lopes de Sousa combatia os franceses em Pernambuco. Retomada a feitoria, os soldados franceses foram presos e La Motte foi enforcado. Após ser informado da missão queA Peregrina realizara em Pernambuco, o reiDom João III decidiu começar a colonização do Brasil, dividindo o seu território emcapitanias hereditárias.[44]

O atual estado de Pernambuco equivale a parte daCapitania de Pernambuco, doada por Dom João III no dia 10 de março de 1534 aDuarte Coelho, e parte daCapitania de Itamaracá, doada a Pero Lopes de Sousa.[19] OForal da Capitania de Pernambuco serviu de modelo aos forais das demais capitanias do Brasil.[45] Em 1535, Duarte Coelho tomou posse da capitania que lhe foi concedida, a princípio batizada de "Nova Lusitânia", mas que pouco tempo depois recebeu a denominação que mantém até hoje. Em 1537, os povoados deIgarassu eOlinda, estabelecidos no ano da chegada do donatário, foram elevados a vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa, e seu porto, habitado por pescadores, deu origem à atual cidade doRecife.[19][46]

As vilas de Olinda e Igarassu, entre os primeiros núcleos de povoamento do Brasil, serviram de ponto de partida para expedições desbravadoras do interior da capitania. Uma dessas expedições, chefiada pelo filho do donatário,Jorge de Albuquerque, penetrou o sertão até o rio São Francisco, assegurando o domínio e expansão do interior do território e combatendo os índios hostis.[19] Duarte Coelho, por sua vez, tratou de instalar grandes engenhos de açúcar no território pernambucano, incentivando também o plantio do algodão. Em pouco tempo, a Capitania de Pernambuco se tornou a principal produtora de açúcar da colônia. Consequentemente, era também a mais próspera e influente das capitanias hereditárias.[17]

Surgiu em Pernambuco o protótipo da sociedade açucareira escravista dos grandes latifundiários dacana-de-açúcar, que perdurou nos séculos XVI e XVII. O cultivo da cana-de-açúcar adaptou-se facilmente ao clima pernambucano e ao solo massapê. A maior proximidade geográfica de Portugal, barateando o custo do transporte, a abundância do pau-brasil, o cultivo do algodão e os grandes investimentos feitos pelo donatário na fundação de vilas e na pacificação dos índios são outros fatores que ajudam a explicar o progresso da capitania. Discorrendo sobre o centro da economia colonial, o padreFernão Cardim disse que "em Pernambuco se acha mais vaidade que em Lisboa", opulência que parecia decorrer, como sugereGabriel Soares de Sousa em 1587, do fato de, então, ser a capitania "tão poderosa (...) que há nela mais de cem homens que têm de mil até cinco mil cruzados de renda, e alguns de oito, dez mil cruzados. Desta terra saíram muitos homens ricos para estes reinos que foram a ela muito pobres".[18][47][48]

No final do século XVI e início do XVII, Olinda foi um polo de conquista do litoral, pois dali saíram os desbravadores que fundaramJoão Pessoa e Natal. Nessa mesma época, com a Zona da Mata pernambucana já ocupada com canaviais e engenhos, houve a expansão da colonização na direção sul, ocupando o litoral do que é hojeAlagoas, assim surgindo as primeiras vilas alagoanas, comoPorto Calvo.[49]

A prosperidade de Pernambuco, no entanto, transformou a capitania em um ponto cobiçado por piratas e corsários europeus. Já em 1595, durante aGuerra Anglo-Espanhola, o almirante inglêsJames Lancaster tomou de assalto oporto do Recife, onde permaneceu por quase um mês pilhando as riquezas transportadas do interior, no episódio conhecido comoSaque do Recife. Foi a única expedição decorso daInglaterra que teve como objetivo principal o Brasil, e representou o mais rico butim da história da navegação de corso doperíodo elisabetano.[50]

Por volta do início do século XVII, a Capitania de Pernambuco era a maior e mais rica área de produção de açúcar do mundo.[17]

Matias de Albuquerque, Conde de Alegrete, administrou oEstado do Brasil a partir de Olinda entre 1624 e 1625.[51]

As primeiras décadas do século XVII foram turbulentas na costa do atual Nordeste brasileiro. Em Pernambuco, esforços concentravam-se na expulsão das forças estrangeiras que invadiam o litoral do Brasil frequentemente.[51][52]

Em 1612, os franceses fundaram em terras maranhenses uma colônia que ficou conhecida comoFrança Equinocial.Jerônimo de Albuquerque, militar de Olinda, foi então incumbido pelo Capitão-mor de Pernambuco,Alexandre de Moura, de expulsar os franceses do Maranhão. As tropas partiram do Recife, e em novembro de 1614 travou-se a batalha final, oCombate de Guaxenduba, com a vitória das forças comandadas por Jerônimo. Seis dias depois foram suspensas as lutas, com tratado assinado pelo comandante francêsDaniel de La Touche, Senhor de la Ravardière, e Jerônimo de Albuquerque, no qual La Touche se comprometia a entregar oForte de São Luís em cinco meses, o que efetivamente ocorreu. Face a esta conquista Jerônimo de Albuquerque, por ato do reiFilipe III de Espanha, recebeu oficialmente o sobrenome Maranhão.[52]

Em 10 de maio de 1624, uma expedição daCompanhia Holandesa das Índias Ocidentais atacou e conquistouSalvador, então capital da colônia. O Governador da Capitania de Pernambuco,Matias de Albuquerque, foi então nomeado Governador-Geral, administrando a colônia a partir de Olinda, e enviando expressivos reforços para a guerrilha sediada noArraial do Rio Vermelho e noRecôncavo. Contudo, os holandeses só foram dali expulsos no ano seguinte, com a chegada de uma poderosa armada luso-espanhola composta por navios procedentes dos portos deCádis, deLisboa e do Recife.Francisco de Moura Rolim, que comandara a frota de caravelas de Pernambuco, tornou-se ainda em 1625 Governador-Geral, nomeado pelo seu antecessor Matias de Albuquerque. Foram, portanto, os primeiros governadores-gerais nascidos no Brasil.[51]

Em meados de 1626, Matias de Albuquerque procurou estabelecer posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse dissuadir a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia.[53]

Invasão holandesa em Pernambuco (1630-1654)

[editar |editar código]
Ver artigos principais:Invasões holandesas do Brasil,Nova Holanda, eGuerra Luso-Holandesa
Recife foi a mais cosmopolita cidade daAmérica durante o governo do conde alemão (a serviço da coroa holandesa)Maurício de Nassau.[54]
Kahal Zur Israel, primeirasinagoga do continente americano.[55]

De posse dos recursos obtidos no saque àfrota espanhola da prata, aHolanda arma uma nova expedição, desta vez contra Pernambuco, a mais rica de todas as possessões portuguesas. O seu objetivo declarado era o de restaurar o comércio doaçúcar com os Países Baixos, proibido pelaCoroa da Espanha. Os neerlandeses viam na tomada de Olinda e Recife a oportunidade para impor um duro golpe no reino deFilipe IV.[56]

Em 26 de dezembro de 1629 partia deCabo Verde em direção a Pernambuco uma extraordinária esquadra com 67 navios e cerca de 7 mil homens, a maior já vista na colônia, sob o comando do almiranteHendrick Lonck. Os holandeses, desembarcando na praia de Pau Amarelo, conquistaram a capitania em fevereiro de 1630 e estabeleceram a colôniaNova Holanda. A frágil resistência portuguesa na passagem do rio Doce foi derrotada, e os holandeses invadiram sem grandes contratemposOlinda. Os moradores, em pânico, fugiram levando o que puderam. Alguns bolsões de contenção foram eliminados, destacando-se a brava luta do capitão André Temudo em defesa da Igreja da Misericórdia. Em poucos dias, Olinda e o seu porto, Recife, foram tomados.[57]

O condeMaurício de Nassau desembarcou naNieuw Holland, a Nova Holanda, em 1637, acompanhado por uma equipe de arquitetos e engenheiros. Nesse ponto começa a construção deMauritsstad (atual Recife), que foi dotada de pontes, diques e canais para vencer as condições geográficas locais. O arquiteto Pieter Post foi o responsável pelo traçado da nova cidade e de edifícios como oPalácio de Friburgo, sede do poder de Nassau na Nova Holanda, que tinha umobservatório astronômico — o primeiro doHemisfério Sul —, e abrigou o primeirofarol e o primeirojardim zoobotânico docontinente americano.[58][59] Em 28 de fevereiro de 1643 o Recife (atualmente obairro do Recife) foi ligado à Cidade Maurícia com a construção da primeira ponte de grande porte daAmérica Latina.[60] Durante o governo de Nassau, Recife foi considerada a mais cosmopolita cidade da América, e tinha a maior comunidade judaica de todo o continente, que construiu, à época, a primeira sinagoga do Novo Mundo, aKahal Zur Israel, bem como a segunda, a Maguen Abraham.[55] Na Nova Holanda foram cunhadas as primeiras moedas em solo brasileiro: os florins (ouro) e os soldos (prata), que continham a palavra Brasil.[61]

Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração deMaurício de Nassau do governo da capitania pelaCompanhia Holandesa das Índias Ocidentais, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando-se à fraca resistência ainda existente, num movimento denominadoInsurreição Pernambucana.[54]

Olinda foi saqueada e destruída pelos holandeses, que escolheram o Recife como a capital daNova Holanda. O mapa deNicolaes Visscher mostra o cerco a Olinda e Recife em 1630.[18]
Batalha Naval dos Abrolhos, confronto entre luso-espanhóis e holandeses travado na costa de Pernambuco em setembro de 1631.[62]
Ataque malfadado de armada luso-espanhola contra os holandeses no Recife em 1636.[63]
Insurreição Pernambucana (1645-1654)
[editar |editar código]
Ver artigo principal:Insurreição Pernambucana
AsBatalhas dos Guararapes, episódios decisivos naInsurreição Pernambucana, são consideradas a origem doExército Brasileiro.[64]

Em 15 de maio de 1645, reunidos no Engenho de São João, 18 líderes insurretos pernambucanos assinaram compromisso para lutar contra odomínio holandês na capitania. Com o acordo assinado, começa o contra-ataque àinvasão holandesa. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas (hoje localizado no município de Vitória de Santo Antão), onde 1,2 mil insurretos mazombos armados de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1 900 holandeses bem armados e bem treinados. O sucesso rendeu ao líderAntônio Dias Cardoso, o apelido deMestre das Emboscadas. Os holandeses que sobreviveram seguiram paraCasa Forte, sendo novamente derrotados pela aliança dos mazombos,índios nativos eescravos negros. Recuaram novamente para as fortificações emCabo de Santo Agostinho, Pontal de Nazaré,Sirinhaém,Rio Formoso,Porto Calvo e Forte Maurício, sendo sucessivamente derrotados pelos insurretos.[65]

Cercados e isolados pelos rebeldes numa faixa que ficou conhecida como Nova Holanda, indo do Recife aItamaracá, os invasores começaram a sofrer com a falta de alimentos, o que os levou a atacar plantações demandioca nas vilas de São Lourenço, Catuma e Tejucupapo. Em 24 de abril de 1646, ocorreu a famosaBatalha de Tejucupapo, onde mulheres camponesas armadas de utensílios agrícolas e armas leves expulsaram os invasores holandeses, humilhando-os definitivamente. Esse fato histórico consolidou-se como a primeira importante participação militar da mulher na defesa do território brasileiro.[65]

OPalácio de Friburgo (1642), local de residência e de despachos de Maurício de Nassau, foi demolido no século XVIII devido aos danos causados durante a Insurreição Pernambucana.[59]

Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, na segundaBatalha dos Guararapes. A data da primeira das Batalhas dos Guararapes é considerada a origem doExército Brasileiro.[64]

Tomada a colônia holandesa, os judeus receberam um prazo de três meses para partir ou se converter ao catolicismo. Com medo da fogueira daInquisição, quase todos venderam o que tinham e deixaram o Recife em 16 navios. Parte da comunidade judaica expulsa de Pernambuco fugiu paraAmsterdã, e outra parte se estabeleceu emNova Iorque. Através deste último grupo aIlha de Manhattan, atual centro financeiro dosEstados Unidos, conheceu grande desenvolvimento econômico; e descendentes de judeus egressos do Recife tiveram participação ativa na história estadunidense: Gershom Mendes Seixas, aliado deGeorge Washington naGuerra de Independência dos Estados Unidos; seu filho Benjamin Mendes Seixas, fundador daBolsa de Valores de Nova Iorque; Benjamin Cardozo, juiz daSuprema Corte dos Estados Unidos ligado aFranklin Roosevelt; entre outros.[66][67][68]

Devido àPrimeira Guerra Anglo-Neerlandesa, aRepública Holandesa não pôde auxiliar os holandeses no Brasil. Com o fim da guerra contra os ingleses, a Holanda exige a devolução da colônia em maio de 1654. Sob ameaça de uma nova invasão do Nordeste brasileiro, Portugal firma acordo com os holandeses e os indeniza com 4 milhões de cruzados e duas colônias: o Ceilão (atualSri Lanka) e asilhas Molucas (parte da atualIndonésia). Em 6 de agosto de 1661, a Holanda cede formalmente a região aoImpério Português através daPaz de Haia.[65][69]

Conquista e colonização do interior

[editar |editar código]

Apesar das primeiras penetrações no Agreste Pernambucano por expedições pernambucanas desde o final do século XVI e início do século XVII, a colonização das regiões mais interiores de Pernambuco só se iniciou a partir de meados do século XVII, após a expulsão dos neerlandeses. Partindo dos rios que deságuam no litoral pernambucano, como oIpojuca,Capibaribe eUna, os criadores de gado pernambucanos colonizaram o Agreste de Pernambuco. Já o Sertão Pernambucano foi colonizado predominantemente por vaqueiros baianos, vinculados ao latifúndio da Casa da Torre, da família D’Ávila.[49]

Quilombo dos Palmares

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Quilombo dos Palmares
Pátio do Carmo, noRecife, onde a cabeça deZumbi dos Palmares ficou exposta até total decomposição.[70]

OQuilombo dos Palmares foi umquilombo da era colonial brasileira. Localizava-se na entãoCapitania de Pernambuco, naserra da Barriga, região hoje pertencente ao município alagoano deUnião dos Palmares.[71]

Palmares foi o maior dos quilombos do período colonial. Em 1602, já há relatos de sua existência e de envio de expedições pelo governador-geral da Capitania de Pernambuco para pôr fim ao aldeamento. Chegou a abranger uma área de 150 quilômetros de comprimento e 50 quilômetros de largura, situada na Capitania de Pernambuco, entre os atuais estados de Alagoas e Pernambuco, numa região de palmeiras (daí o seu nome).[72]

Sua população teria alcançado um número estimado entre 6 mil e 20 mil pessoas. Tanto pelas proporções como pela resistência prolongada, tornou-se símbolo da resistência escrava. O movimento de fuga dos escravos para a mata vinha de longe, mas a invasão holandesa em Pernambuco constituiu para eles a grande oportunidade. Por quase 70 anos os negros fugitivos viveram com tranquilidade, instalando em Palmares um tipo de estado africano baseado na pequena propriedade e na policultura. Com o fim do domínio holandês em Pernambuco, o quilombo passou a sofrer ataques dos fazendeiros e das autoridades, que viam nele uma ameaça. Enquanto existiu, Palmares atraiu os escravos para a fuga. A resistência dos negros durou muitos anos e a existência do quilombo prolongou-se por quase um século, tendo-se destacado entre seus líderes o rei Ganga Zumba e seu sucessor, Zumbi.[72]

Movimentos nativistas, libertários e separatistas

[editar |editar código]
O território pernambucano estendia-se do atual estado doCeará até o atualOeste da Bahia.
Ver artigos principais:Conjuração de "Nosso Pai",Guerra dos Mascates,Conspiração dos Suassunas,Revolução Pernambucana,Convenção de Beberibe,Confederação do Equador, eRevolução Praieira

ACapitania de Pernambuco lutava por reconstruir Recife e Olinda, ambas destruídas com as lutas contra os invasores holandeses. Os senhores deengenho, radicados em Olinda e com reservas quanto ao porto do Recife, acreditavam merecer maiores reconhecimentos da Coroa Portuguesa, pelo contributo na expulsão dos neerlandeses.Portugal, entretanto, mandou para governar a capitaniaJerônimo de Mendonça Furtado, um estranho, contrariando assim os interesses de muitos pernambucanos, que se julgavam merecedores de ocupar a função, e não umestrangeiro. Mendonça Furtado era apelidado pejorativamente deXumberga (ou, nalgumas outras versões,Xumbregas), referência ao Marechal de campoFriedrich Von Schönberg — contratado pelo Conde de Soure como mercenário e que lutara naGuerra da Restauração —,[73] por ter um bigode semelhante ao dele. O estopim do movimento, que culminou com a prisão e deposição do governador, foi a estada, no porto do Recife, de uma esquadra francesa, que por ordem da Corte, foram bem tratados. Os insurgentes fizeram divulgar a notícia de que o governador estaria a serviço dos estrangeiros, que preparavam um ataque à capitania, e seu consequente saque.[74]

Revolução Pernambucana, único movimento libertário do período de dominação portuguesa que ultrapassou a fase conspiratória.[75]
Frei Caneca, que esteve implicado na Revolução Pernambucana, foi líder e mártir daConfederação do Equador.

AConspiração dos Suassunas foi um projeto de revolta que se registrou em Olinda no alvorecer do século XIX.[76] Influenciadas pelas ideias doIluminismo e pelaRevolução Francesa, algumas pessoas, entre as quaisManuel Arruda Câmara — membro daSociedade Literária do Rio de Janeiro —, fundaram em 1796 no município pernambucano deItambé a primeiraloja maçônica do Brasil,Areópago de Itambé, da qual não participavam europeus. As mesmas ideias também eram discutidas por padres e alunos do Seminário de Olinda, fundado pelo bispo DomJosé Joaquim da Cunha Azeredo Coutinho em 16 de fevereiro de 1800. Esta instituição teve entre os seus membros oPadre Miguelinho, um dos futuros implicados naRevolução Pernambucana de 1817.[76]

A chamadaRevolução Pernambucana, também conhecida como "Revolução dos Padres", foi um movimento emancipacionista que eclodiu no dia 6 de março de 1817 em Pernambuco. Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideiasiluministas propagadas pelas sociedades maçônicas, oabsolutismo monárquicoportuguês e os enormes gastos da Família Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil — a Capitania de Pernambuco, então a mais lucrativa da colônia, era obrigada a enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas e festas da Corte, o que dificultava o enfrentamento de problemas locais (como a seca ocorrida em 1816) e ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande descontentamento no povo pernambucano. Foi o único movimento libertário do período de dominação portuguesa que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu o processo revolucionário de tomada do poder.[75][77][78]

Luís do Rego Barreto, o algoz daRevolução Pernambucana[79]

A repressão foi sangrenta: muitos revoltosos foram arcabuzados ou enforcados com seus corpos esquartejados depois de mortos, enquanto outros morreram na prisão. Também em retaliação, foi desmembrada de Pernambuco, com sanção deDom João VI, a Comarca dasAlagoas, cujos proprietários rurais haviam se mantido fiéis à Coroa, e como recompensa, puderam formar umacapitania independente.[75][80]

Os revolucionários, oriundos de várias partes da colônia, tinham como objetivo principal a conquista da independência do Brasil em relação a Portugal, com a implantação de umarepúblicaliberal. O movimento abalou a confiança na construção do império americano sonhado por Dom João, e por este motivo é considerado o precursor daindependência conquistada em 1822.[81]

Pernambuco foi a primeira província brasileira a se separar do Reino de Portugal, onze meses antes da proclamação da Independência do Brasil pelo PríncipeDom Pedro de Orleans e Bragança. No dia 29 de agosto de 1821, teve início um movimento armado contra o governo do capitão generalLuís do Rego Barreto — o algoz daRevolução Pernambucana —, culminando com a formação daJunta de Goiana, tornando-se vitorioso com a rendição das tropas portuguesas em capitulação assinada a 5 de outubro do mesmo ano, quando daConvenção de Beberibe, responsável pela expulsão dos exércitos portugueses do território pernambucano.[79][82][83][84] O Movimento Constitucionalista de 1821 é considerado o primeiro episódio da Independência do Brasil.[79]

Exército doImpério do Brasil ataca as forças confederadas no Recife, em 1824, no contexto da Confederação do Equador.

AConfederação do Equador foi ummovimento revolucionário, de caráter separatista e republicano, ocorrido em Pernambuco. É considerada um desdobramento da Revolução Pernambucana, e representou a principal reação contra a tendênciaabsolutista e a política centralizadora do governo do imperadorDom Pedro I (1822-1831), esboçada naCarta Outorgada de 1824, a primeiraConstituição do país.[85] Dom Pedro I, mesmo após aIndependência do Brasil, permanecia atrelado aos interesses daCoroa Portuguesa, e mostrava-se simpático a uma proposta, feita pelo seu pai Dom João VI, de recriar oReino Unido com base em fórmula que concederia ao Brasil uma ampla autonomia, porque assim preservaria seus direitos ao trono português. A fórmula, contudo, era vista por muitos pernambucanos como uma tentativa de recolonização.[86] Além disso, a província de Pernambuco se ressentia ao pagar elevadas taxas para o Império, que as justificava como necessárias para levar adiante as guerras provinciais pós-independência (algumas províncias resistiam à separação dePortugal). Pernambuco esperava que a primeira Constituição do Império seria do tipo federalista, e daria autonomia para as províncias resolverem suas questões.[87] A repressão ao movimento foi severa. O imperador pediu empréstimos àInglaterra e contratou tropas no exterior, que seguiram para o Recife sob o comando deThomas Cochrane. Os rebeldes foram subjugados, e vários líderes da revolta, comoFrei Caneca, foram enforcados ou fuzilados. Também em retaliação, Dom Pedro I desligou do território pernambucano, através de decreto de 7 de julho de 1824, a extensaComarca do Rio de São Francisco (atual Oeste Baiano), passando-a, inicialmente, para Minas Gerais e, depois, para a Bahia. Esta foi a última porção de terra desmembrada de Pernambuco, impondo à província uma grande redução da extensão territorial, de 250 mil km² para 98 mil km².[80][88]

Mapa da Província de Pernambuco, 1889.Arquivo Nacional.

ARevolução Praieira, também denominada "Insurreição Praieira", "Revolta Praieira" ou simplesmente "Praieira", foi um movimento de caráter liberal e separatista ocorrido na província de Pernambuco entre os anos de 1848 e 1850. A última das revoltas provinciais está ligada às lutas político-partidárias que marcaram oPeríodo Regencial e o início doSegundo Reinado. Sua derrota representou uma demonstração de força do governo deDom Pedro II (1840-1889).[89] A monarquia brasileira era duramente contestada pelas novas ideias liberais da época. Para além do descontentamento com o governo imperial, grande parte da população pernambucana mostrava-se insatisfeita com a concentração fundiária e do poder político na província, a mais importante do Nordeste. Foi nesse contexto que surgiu o Partido da Praia, criado para opor-se ao Partido Liberal e ao Partido Conservador, ambos dominados por duas famílias poderosas que viviam fazendo acordos políticos entre si. Houve uma série de disputas pelo poder, até que, em 7 de novembro de 1848, iniciou-se a luta armada. Em Olinda, os líderes praieiros lançaram o “Manifesto ao Mundo”, e passaram a lutar contra as tropas do governo imperial, que interveio e pôs fim à maior insurreição ocorrida no Segundo Reinado.[89]

As ideias abolicionistas em Pernambuco estavam presentes na Revolução Pernambucana e na Confederação do Equador e eram defendidas em sociedades na Zona da Mata e até no sertão (Salgueiro). Em 1871, o governo pernambucano entrou nessa campanha, pois foi autorizado o uso de dinheiro na compra de alforrias. Anos mais tarde, o pernambucanoJoaquim Nabuco se tornou um dos principais nomes da luta abolicionista, à qual se juntaram os jornais pernambucanos, contribuindo para o êxito dessa causa.[49]

República

[editar |editar código]

Em 1889, foiproclamada a República no Brasil e Pernambuco se tornou um novo estado da federação, tendo como primeiro governadorJosé Cerqueira. Na República Velha, o estado esteve sob o domínio de oligarquias.[49] Em 1892, foi nomeado por Floriano Peixoto para o governo pernambucanoBarbosa Lima (1892-1896), que enfrentou uma moção de desconfiança do Congresso estadual, à qual respondeu com o seu fechamento, provocando motins no estado. Sucederam-lhe governos alinhados à força política denominada “rosismo”, representada porFrancisco de Assis Rosa e Silva, que chegou a service-presidente do Brasil durante a presidência deCampos Sales.[49][90]

O rosismo teve fim em 1911, com a eleição para o governo estadual, no contexto dapolítica das salvações do governo deHermes da Fonseca, deDantas Barreto, comandando-o entre 1911 e 1915. Foi sucedido porManoel Borba (1915-19), cuja administração foi caracterizada pela austeridade administrativa e o rompimento com o seu antecessor, que o escolhera. Em 1919, foi eleito para o governo pernambucano, apoiado por Borba,José Rufino Bezerra, cuja morte, em 1922, gerou uma crise política no estado e, nesse contexto, foi feito um acordo, no qual foi eleito governadorSérgio Loreto, dentre as marcas de cujo governo (1922-26) estão as obras de urbanização do Recife e à assistência à saúde pública.[49]

Em 1930, foi assassinado no Recife o políticoJoão Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, presidente do estado da Paraíba e candidato a vice-presidente derrotado na chapa encabeçada porGetúlio Vargas, sendo esse assassinato um dos estopins daRevolução de 1930, que resultou na ascensão de Vargas ao poder. O governadorEstácio Coimbra (1926-1930) fora deposto por Vargas, que nomeouCarlos Cavalcanti interventor federal em Pernambuco, sendo eleito governador em 1934 e permanecendo no cargo até 1937, quando foi substituído porAgamenon Magalhães (1937-1945), outro interventor nomeado por Vargas, em um governo marcado pela autoridade e voltado às atividades econômicas.[49]

No governo deBarbosa Lima Sobrinho (1947-1951), foram feitas obras de urbanização no Recife e infraestrutura, hospitais e escolas no interior do estado. Em 1951, Agamenon Magalhães voltou ao governo, dessa vez eleito, mas morreu no ano seguinte, sendo substituído porEtelvino Lins. Os governos de seus sucessores,Cordeiro de Farias (1955-59) eCid Sampaio (1959-63) foram marcados pelo surgimento dasligas camponesas e o início de um processo de industrialização. Durante o primeiro governo deMiguel Arraes (1963-1964), deposto nogolpe de 1964, houve um acordo entre as ligas camponesas e os usineiros sobre a questão do salário mínimo.[49][91]

Nas décadas de 1960 e 1970, as administrações estaduais fizeram obras de infraestrutura, deram incentivos fiscais à indústria sucroalcooleira, têxtil e turística e incentivaram a agricultura no sertão, sobretudo noVale do São Francisco.[49][91] Em 1988, o então território federal deFernando de Noronha foi extinto e incorporado a Pernambuco como um distrito estadual.[92]

Geografia

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Geografia de Pernambuco
Mapa topográfico de Pernambuco

Pernambuco é um dos menores estados do país. Apesar disso, possui paisagens variadas:serras,planaltos,brejos,região semiárida e diversificadaspraias. O relevo é modesto, com 62% do território estadual com altitudes entre 300 e 600 m.[49] As planícies litorâneas têm altitude de até 200 metros, apresentando relevo peneplano (mamelonar), enquanto alguns pontos doPlanalto da Borborema ultrapassam os 1 000 metros de altitude. Na margem ocidental do agreste, há aDepressão Sertaneja, uma depressão relativa com altitude média de 400 m que se estende até a margem oriental daChapada do Araripe. Pernambuco faz divisa comParaíba eCeará ao norte,Alagoas eBahia ao sul,Piauí ao oeste e é banhado ooceano Atlântico ao leste,[93] possuindo 187 km de litoral.[93]

Trecho doRio São Francisco emPetrolina, nosertão
Pernambuco segundo aclassificação climática de Köppen-Geiger

Duasregiões hidrográficas brasileiras abrangem o território pernambucano:São Francisco eAtlântico Nordeste Oriental.[94] O primeiro compreende pequenasbacias hidrográficas independentes formadas por rios litorâneos que correm diretamente para o oceano Atlântico, formando as bacias dos riosGoiana,Capibaribe,Ipojuca,Beberibe,Camarajibe eUna. O segundo domínio é constituído pela porção pernambucana da bacia dorio São Francisco, que tem como pequenos afluentes, em sua margem esquerda, os rios sertanejos (assim chamados por percorrerem o interior do estado):Moxotó,Pajeú,Ipanema eriacho do Navio. Em Pernambuco, o São Francisco é o principal rio e, com exceção deste e dos rios litorâneos, todos os cursos d'água do estado têm regimes temporários, ou seja, fluem somente na estação chuvosa.[8]

Pernambuco apresenta um dos maioresdéficits hídricos do Brasil,[95] possuindo a maior parte do seu território comclima semiárido, caracterizado pela escassez de chuvas, devido à retenção de parte das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e às correntes de ar seco provenientes do sul daÁfrica. Apresenta longos períodos secos e chuvas mais concentradas nos meses de verão. Oíndice pluviométrico varia de 400 mm e 700 mm/ano, exceto em regiões com microclimas específicos.[96] Astemperaturas são elevadas e, em algumas ocasiões, podem ultrapassar os 40 °C. Somente na costa litorânea e na zona da mata oclima é tropical úmido, onde os índices superam 1 500 mm ou até os 2 000 mm anuais, enquanto noagreste, área de transição entre o litoral e o sertão, varia de 500 a 900 mm/ano.[8][97] Nas áreas mais elevadas do agreste, especialmente no Planalto da Borborema, e ainda em outras regiões serranas, é relativamente comum oclima tropical de altitude (Cwa), com temperaturas mais amenas, proporcionado a formação demicroclimas.[8]

A cobertura vegetal de Pernambuco é composta porfloresta tropical perene,floresta tropical semidecídua ecaatinga. A floresta tropical (Mata Atlântica) recobria outrora toda a área situada a leste da encosta oriental do Planalto da Borborema, razão pela qual a região passou a denominar-se zona da mata. Atualmente pouco resta da vegetação primitiva, que deu lugar a campos de cultura e pastagens artificiais. Aárea de transição entre os climas úmido e semiárido é revestida por vegetação florestal peculiar, onde se misturam espécies da floresta atlântica e da caatinga. É a vegetação do agreste, que também dá nome à região. Finalmente, no resto do estado, domina a caatinga, característica do sertão.[8]

Unidades de conservação

[editar |editar código]
Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais emTamandaré

A Lei Estadual 13 787, de 8 de junho de 2009, instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação da Natureza (SEUC). Em 2015, Pernambuco possuía 80 unidades de conservação estaduais: 40 de Proteção Integral (31 Refúgios da Vida Silvestre — RVS; 5 Parques Estaduais — PE; 3 Estações Ecológicas — ESEC; e 1 Monumento Natural — MONA) e 40 de Uso Sustentável (18 Áreas de Proteção Ambiental — APA; 13 Reservas Particulares do Patrimônio Natural — RPPN; 8 Reservas de Floresta Urbana — FURB; e 1 Área de Relevante Interesse Ecológico — ARIE).[98]

OInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) administra onzeunidades de conservação federais em Pernambuco: doisparques nacionais, umaestação ecológica, umafloresta nacional, trêsáreas de proteção ambiental, umareserva extrativista e trêsreservas biológicas.[99] São elas:Parque Nacional do Catimbau (emBuíque,Ibimirim,Sertânia eTupanatinga), aÁrea de Proteção Ambiental Costa dos Corais (emBarreiros,Rio Formoso,São José da Coroa Grande eTamandaré), aÁrea de Proteção Ambiental Chapada do Araripe (emAraripina,Bodocó,Cedro,Exu,Ipubi,Serrita,Moreilândia eTrindade), aReserva Extrativista Acaú-Goiana (emGoiana), aFloresta Nacional de Negreiros (emSerrita), aEstação Ecológica do Tapacurá (emSão Lourenço da Mata), aReserva Biológica da Serra Negra (emFloresta,Inajá eTacaratu), aReserva Biológica de Pedra Talhada (emLagoa do Ouro), aReserva Biológica de Saltinho (emRio Formoso eTamandaré) e oParque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (emFernando de Noronha).[99]

OParque Nacional do Catimbau é uma reserva com grande diversidade defauna eflora típicas daCaatinga, além de ser um importantesítio arqueológico com vestígios milenares preservados.[100]

Demografia

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Demografia de Pernambuco
Densidade populacional dos municípios de Pernambuco (2010).
  0-23 hab/km²
  23-50 hab/km²
  50-100 hab/km²
  100-150 hab/km²
  150-200 hab/km²
  200-300 hab/km²
  300-400 hab/km²
  400-500 hab/km²
  > 500 hab/km²

Segundo ocenso demográfico de 2010 realizado peloIBGE (última contagem oficial), a população de Pernambuco era de 8 796 448 habitantes, sendo osétimo estado mais populoso do Brasil, representando 4,7% da população brasileira.[101] Destes, 4 230 681 habitantes eram homens e 4 565 767 habitantes eram mulheres.[101] Ainda segundo o mesmo censo, 7 052 210 habitantes viviam nazona urbana e 1 744 238 nazona rural.[101] O maior aglomerado urbano do estado é aConcentração Urbana do Recife, que além da capital possui mais 14 municípios, e, com 3 741 904 habitantes recenseados, era em 2010 a quarta mais populosa concentração urbana do Brasil, e a mais populosa do Norte-Nordeste.[102]

Adensidade demográfica de Pernambuco era de 89,47 hab./km² em 2010, asexta maior do Brasil. Esse indicador, entretanto, apresentava contrastes pronunciados de acordo com a região analisada, variando de 1 342,86 hab./km² naRegião Metropolitana do Recife, até o valor mínimo de 23,2 hab./km² na extintaMesorregião do São Francisco Pernambucano.[103]

Segundo dados doPrograma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), oÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) do estado, considerado alto, era de 0,719 em 2021.[7] O município com o maior IDH eraFernando de Noronha (na verdade um distrito estadual), com um valor de 0,788 em 2010; enquantoManari, situado no extremo Sertão do Moxotó, tinha o menor valor, 0,487. Recife, a capital, possuía um IDH de 0,772.[104]

O nível de desenvolvimento social pernambucano é superior ao dos países menos avançados, mas ainda está abaixo da média brasileira. Não obstante, Pernambuco detém omelhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e Sul brasileiro e oquinto maior número de médicos por grupo de mil habitantes do Brasil, além de apresentar a menortaxa de mortalidade infantil, a melhorprevalência de segurança alimentar e a maiorrenda per capita doNordeste do país.[5][105][106][107][108]

Municípios mais populosos

[editar |editar código]
Municípios mais populosos dePernambuco
(Estimativas de 2024 doInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).)[109]

Recife

J. dos Guararapes
PosiçãoLocalidadeRegião intermediáriaPop.PosiçãoLocalidadeRegião intermediáriaPop.
1RecifeRecife1 587 70711IgarassuRecife122 312
2J. dos GuararapesRecife683 28512São Lourenço da MataRecife117 759
3PetrolinaPetrolina414 08313IpojucaRecife105 638
4CaruaruCaruaru402 29014 S. C. do CapibaribeCaruaru104 277
5OlindaRecife365 40215Abreu e LimaRecife103 945
6PaulistaRecife362 96016Serra TalhadaSerra Talhada98 143
7 Cabo de Sto. AgostinhoRecife216 96917GravatáCaruaru91 887
8CamaragibeRecife155 77118AraripinaPetrolina90 104
9GaranhunsCaruaru151 06419GoianaRecife85 160
10Vitória de Santo AntãoRecife143 79920Belo JardimCaruaru83 647

Composição étnica

[editar |editar código]

Segundo dados do censo 2022 doIBGE, 55,27% da população de Pernambuco eraparda; 33,6%branca; 10,04%preta; 0,92%amarela e 0,15%indígena.[110] Um estudo genético de 2013 relevou a composição genética da população pernambucana: 56,8% europeia, 27,9% africana e 15,3% ameríndia.[111]

A presença deindígenas em Pernambuco data de mais de 10 mil anos. Pinturas rupestres são encontradas em várias áreas do sertão e agreste do estado, sendo as mais conhecidas as doVale do Catimbau no município deBuíque, agreste pernambucano. Segundo dados daFUNAI, Pernambuco possui cerca de 40 mil índios nos dias atuais.[112]

Foi na Capitania de Pernambuco, entre os anos de 1539 e 1542, que chegaram os primeiros escravosnegros do Brasil Colônia, para trabalhar na cultura da cana e na fabricação do açúcar.[113] O número de cativos de origem africana cresceu bastante desde então. Em 1584, 15 mil escravos labutavam em pelo menos 50 engenhos. Esse número subiu para 20 mil escravos em 1600. Já na metade do século XVII a população escrava somava entre 33 e 50 mil pessoas.[114] Pernambuco foi uma das regiões que mais receberam escravos africanos no Brasil. Durante otráfico negreiro, 824 312 africanos, 17% de todos os escravos trazidos ao Brasil, entraram pelo litoral pernambucano.[115] Dos africanos no estado, 79% eram provenientes do Centro-Oeste africano. Atualmente, situam-se nessa região os países deAngola,República do Congo eRepública Democrática do Congo.[115]

A miscigenação ocorre em Pernambuco desde os primórdios da colonização. Caso emblemático é o deJerônimo de Albuquerque, que ganhou o apelido entre os historiadores brasileiros de "Adão Pernambucano". Jerônimo chegou à Capitania de Pernambuco em 1535 com a irmã,Brites de Albuquerque, e o marido dela, o capitão-donatárioDuarte Coelho, e logo iniciou uma série de uniões com mulheres indígenas — casando-se, por exemplo, com a princesaMuira Ubi (batizada com o nome cristão de Maria do Espírito Santo Arcoverde), no ritualtabajara —, o que ajudava a selar a paz entre os europeus e os povos nativos. Teve, ainda, filhos com Felipa de Mello, com quem posteriormente casou-se de acordo com as leis da Igreja por exigência da rainha Catarina de Portugal, e, suspeita-se, com as africanas que começavam a chegar à colônia. Não se sabe ao certo quantos filhos ele deixou, mas 36 foram reconhecidos, entre eles nomes notórios comoJerônimo de Albuquerque Maranhão, herói da conquista do Maranhão e por vezes considerado como fundador da cidade deNatal, capital doRio Grande do Norte.[116]

Imigração

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Imigração em Pernambuco
OMuseu Murillo La Greca, no Recife, foi criado em homenagem ao pintor pernambucanoMurillo La Greca, filho de imigrantes italianos.[117]
Deutscher Klub Pernambuco (Clube Alemão de Pernambuco).

Duarte Coelho trouxe consigo, para sua capitania, em 1535, o cunhadoJerônimo de Albuquerque, alguns nobres, comoVasco Fernandes de Lucena, e personagens de origens não muito claras, comoBrites Mendes de Vasconcelos,a velha, um bebê. Logo em seguida vieram membros de famílias deViana do Castelo, chegados ao Brasil em sucessivas levas, e que foram o núcleo danobreza da terra pernambucana, todos aparentados entre si, Rego Barros, Regos Barretos, Velhos Barretos, Salgados de Castro, Marinhos Falcões, Barros Pimentéis, Pais Barretos, Carneiros [da Cunha], Bezerras, Albuquerques, Melos. São comerciantes com foros de nobreza e ascendências conhecidas até o século XIV. Interesses comerciais levaram a Pernambuco, também,Filippo Cavalcanti, patriarca da famíliaCavalcanti, a qual se entrelaçou com as famílias luso-brasileiras, tendo vários ramos, como afamília Suassuna.[118] Segundo o censo nacional de 1920, dos 433 577 portugueses residentes no Brasil, 4 809 estavam em Pernambuco.[119]

Segundo o censo nacional de 1920, dos 219 142 espanhóis vivendo no Brasil, 1 817 estavam em Pernambuco.[119] No final de 2012, 685 espanhóis tinham registro no Consulado Honorário da Espanha no Recife como radicados na capital pernambucana.[120] Também segundo o censo de 1920, dos 558 405 italianos residentes no Brasil, somente 756 estavam em Pernambuco, o que colocava esse estado entre aqueles com menos italianos no país. Na Região Nordeste, o único estado com mais de mil italianos era aBahia, com 1.448.[119]

Segundo o censo brasileiro de 1920, dos 52 870 alemães residentes no Brasil, 1 550 estavam em Pernambuco.[119] As duas guerras mundiais do século XX impulsionaram a colônia alemã no Recife, que já contou com 1200 imigrantes.[121] Osholandeses, apesar de terem quase majoritariamente partido do Estado, deixaram algumas famílias nacapital.Gilberto Freyre, uma das maiores figuras públicas dahistória do Estado, certa vez escreveu: "Sou, aliás, descendente deespanhóis, tendo também sanguenórdico, holandês,português e, na quarta geração de antepassados, sangueameríndio, e nenhumafricano, admitindo ainda possível raizárabe e judia".[122]

Religiões

[editar |editar código]
Catedral de Petrolina, construída em estiloneogótico.
Barracão decandomblé em Pernambuco.

De acordo com os dados do censo de 2010 do IBGE, 5 834 601 habitantes eram católicos (66,33%), nos quais 5 801 397católicos apostólicos romanos (65,95%), 26 526católicos apostólicos brasileiros (0,30%) e 6 678católicos ortodoxos (0,08%); 1 788 973evangélicos (20,34%), sendo 1 102 485 de origempentecostal (12,53%), 376 880 de missão (4,28%) e 309 608 não determinado (3,52%); 123 798espíritas (1,41%); e 43 726Testemunhas de Jeová (0,50%). Outros 914 954não tinham religião (10,40%), dentre os quais 10 284ateus (0,12%) e 5 638agnósticos (0,06%); 80 591 seguiam outras religiões (0,90%); e 9 805 não souberam ou não declararam (0,12%).[123]

A Igreja Católica em Pernambuco divide-se administrativamente em umaarquidiocese e novedioceses: aarquidiocese de Olinda e Recife, comandada atualmente pelo arcebispo DomPaulo Jackson Nóbrega de Sousa, e as dioceses deAfogados da Ingazeira,Caruaru,Floresta,Garanhuns,Nazaré,Palmares,Pesqueira,Petrolina eSalgueiro.[124] Os colégios tradicionais pernambucanos são em sua maioria católicos, como oColégio Damas da Instrução Cristã, o Colégio Marista São Luís e oLiceu Nóbrega de Artes e Ofícios.[123]

Pernambuco é a unidade federativa da Região Nordeste com a maior concentração deevangélicos, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais. 20,34% da população do estado, o que corresponde a mais de 1,78 milhão de pernambucanos, se declara protestante de acordo com o censo de 2010 do IBGE, percentual muito superior aos percentuais encontrados nos demais estados nordestinos.[125]

Entre os cristãos não católicos e não protestantes, destacam-se osEspíritas, asTestemunhas de Jeová e osSantos dos Últimos Dias.[123] O templo afro-brasileiro mais conhecido é oTerreiro do Pai Adão, no Recife.[126]

Osjudeus também estão presentes. Algumas das personalidades judias que moraram na capital pernambucana foram a escritoraClarice Lispector, o filósofoLuiz Felipe Pondé, o engenheiroMário Schenberg, o paisagistaRoberto Burle Marx, entre outros.[127] Osbudistas,hinduístas emuçulmanos não possuem relevância na população do estado.[123]

Governo e política

[editar |editar código]
Política de Pernambuco
Palácio do Campo das Princesas, sede do Poder Executivo estadual.
Assembleia Legislativa de Pernambuco, sede do Poder Legislativo estadual.
Mesa Diretora doTribunal de Justiça de Pernambuco, sede do Poder Judiciário estadual
Ver artigo principal:Política de Pernambuco

O estado de Pernambuco é governado por três poderes: o Executivo, representado peloGovernador do Estado; o Legislativo, representado pelaAssembleia Legislativa de Pernambuco; e o Judiciário, representado peloTribunal de Justiça do Estado de Pernambuco. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através dereferendos eplebiscitos.[128] A atual constituição do estado de Pernambuco foi promulgada em 5 de outubro de 1989, acrescida das alterações resultantes de posterioresemendas constitucionais.[129]

OPoder Executivo pernambucano está centralizado no governador do estado, que é eleito emsufrágio universal e voto direto e secreto, pela população, para mandato de quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato por igual período. Sua sede é oPalácio do Campo das Princesas, construído em 1841 pelo engenheiroMorais Âncora a mando do então governadorFrancisco do Rego Barros.Vários políticos já passaram pelo Governo de Pernambuco, sendo a mais recente delesRaquel Lyra, advogada recifense formada pela Universidade Federal de Pernambuco, eleita a primeira mulher governadora do estado naEleição de 2022.[130] Além do(a)governador(a), há ainda no estado a função device-governador(a), atualmente exercida porPriscila Krause.[130]

OPoder Legislativo pernambucano éunicameral, constituído pelaAssembleia Legislativa de Pernambuco, localizado no bairro deBoa Vista, na cidade doRecife. Ela é constituída por 49deputados, que são eleitos a cada quatro anos. NoCongresso Nacional, a representação pernambucana é de trêssenadores e 25deputados federais.[129]

OPoder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo com as regras constitucionais e leis criadas pelo Poder Legislativo. Atualmente a presidência doTribunal de Justiça de Pernambuco é exercida pelo desembargador Leopoldo de Arruda Raposo.[131] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio decomarcas.[132]

Divisão político-administrativa

[editar |editar código]
Ver também:Lista de regiões geográficas intermediárias e imediatas de Pernambuco,Lista de municípios de Pernambuco, eLista de municípios de Pernambuco por população

Pernambuco está separado em subdivisões geográficas denominadasregiões geográficas intermediárias eregiões geográficas imediatas, e em subdivisões administrativas denominadasmunicípios.[133] As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigasmesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram asmicrorregiões. A divisão de 2017 teve o objetivo de abranger as transformações relativas à rede urbana e sua hierarquia ocorridas desde as divisões passadas, devendo ser usada para ações de planejamento e gestão de políticas públicas e para a divulgação de estatísticas e estudos do IBGE.[134]

Mapa dos municípios pernambucanos

As regiões geográficas intermediárias compreendem as grandes regiões do estado, que congregam diversos municípios de uma área geográfica. Criado peloIBGE, esse sistema de divisão tem aplicações importantes na elaboração de políticas públicas e no subsídio ao sistema de decisões quanto à localização de atividades socioeconômicas. As quatroregiões geográficas intermediárias do estado são:Recife,Caruaru,Serra Telhada ePetrolina. Estas regiões intermediárias estão, por sua vez, subdivididas em regiões geográficas imediatas. Pernambuco possuidezoito regiões imediatas.[135]

Por último, existem os municípios, que são circunscrições territoriais que possuem relativa autonomia e concentram um poder político local, cujo sistema funciona com dois poderes, sendo o Executivo aPrefeitura e o Legislativo aCâmara de Vereadores. Ao total, Pernambuco é dividido 185 municípios, o que o torna adécima primeira unidade da federação com o maior número de municípios. Alguns desses municípios formamconurbações. Oficialmente existem em Pernambuco umaregião metropolitana, ado Recife, e umaregião integrada de desenvolvimento econômico, oPolo Petrolina e Juazeiro.[133]

Economia

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Economia de Pernambuco
Produtos de exportação de Pernambuco em 2018[136]

À época doBrasil Colônia, Pernambuco era a mais rica dascapitanias e responsável por mais da metade das exportações brasileiras deaçúcar. Sua riqueza foi alvo do interesse de outras nações e, no século XVII, os holandeses se estabelecem no estado.[17] A cana-de-açúcar continua sendo o principal produto agrícola da zona da mata pernambucana, embora o estado não mais seja o maior produtor do país.[137][138] Apesar do declínio do açúcar, Pernambuco se manteve entre as cinco maiores economias estaduais do país até meados da década de 1940: em 1907, o estado tinha aquarta maior produção industrial do Brasil, após Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul e à frente de estados como Minas Gerais e Paraná; e em 1939, Pernambuco era ainda aquinta maior economia entre os estados brasileiros, após São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.[139]

Após ter ficado estagnado durante a chamada "década perdida" (1985 a 1995), o estado assiste a uma importante mudança em seu perfil econômico, com investimentos nos setoresnaval,automobilístico,petroquímico,biotecnológico,farmacêutico e deinformática, que estão dando novo impulso à sua economia, que vem crescendo acima da média nacional.[140][141][142][143][144] Em 2017, o estado registrou umPIB nominal de 181,551 bilhões de reais, odécimo maior do país, com participação de 2,8% no PIB brasileiro. No mesmo ano, registrou umPIB nominal per capita de 19 164,52 reais,o maior do Nordeste brasileiro.[145]

O principal empreendimento da indústria naval pernambucana é oEstaleiro Atlântico Sul, maior estaleiro doHemisfério Sul[146]

Pernambuco é atualmente o maior produtor deacerola egoiaba, o segundo maior produtor deuva, o terceiro maior produtor demanga ecoco, o terceiro maior polofloricultor e o sétimo maior produtor decana-de-açúcar do Brasil. Pernambuco é ainda o quarto maior produtor nacional deovos, o sexto defrangos de corte e a oitava maiorbacia leiteira do país.[138][147][148][149][150][151][152][137][153]

Em 2018 Pernambuco teve um PIB industrial de 32,4 bilhões de reais, equivalente a 2,5% da indústria nacional, empregando mais de 280 mil trabalhadores no segmento. Os principais ramos industriais são: Construção (20%), Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (17%), Alimentos (14,9%), Derivados de petróleo e biocombustíveis (9,3%) e Veículos automotores (8,8%). Estes 5 setores concentram 70% da indústria do estado.[154] A produção industrial pernambucana está entre as maiores doNorte-Nordeste. Destacam-se as indústriasnaval,automobilística,química,metalúrgica, devidros planos,eletroeletrônica, deminerais não metálicos,têxtil ealimentícia. Atualmente, oComplexo Industrial e Portuário de Suape, localizado na área doporto homônimo, naRegião Metropolitana do Recife, é o principal polo industrial de Pernambuco.[146][155][156]

A capital do estado abriga oPorto Digital, reconhecido como um dos maioresparques tecnológico do Brasil, com mais de 200 empresas, entre elas multinacionais comoAccenture,Oracle,ThoughtWorks,Ogilvy,IBM eMicrosoft, empregando cerca de seis mil pessoas e respondendo por 3,9% do PIB de Pernambuco.[157][144][158][159] O Polo Médico do Recife, considerado o segundo maior do país, atende pacientes do Brasil e do exterior. Os estrangeiros que vão ao Recife em busca de atendimento na área médica, em sua maioriaafricanos enorte-americanos, visam qualidade nos serviços e preços acessíveis.[160][161]

Turismo

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Turismo em Pernambuco
Piscinas naturais dePorto de Galinhas, eleita por dez vezes consecutivas a melhor praia do Brasil, de acordo com a revistaViagem e Turismo[162]
ABaía dos Porcos emFernando de Noronha, arquipélago declaradoPatrimônio Natural da Humanidade pelaUNESCO

Oturismo em Pernambuco oferece diversas atrações históricas, naturais e culturais. As principais localidades turísticas do estado são:Fernando de Noronha,Ipojuca,Tamandaré,Cabo de Santo Agostinho eItamaracá (Sol e Praia);Bonito,Bezerros ePetrolina (Ecoturismo e Aventura);Buíque (Arqueológico);Garanhuns,Gravatá eTriunfo (Serrano);Olinda,Igarassu,Jaboatão dos Guararapes eCaruaru (Cultural);Vicência,Moreno,Carpina,Goiana eNazaré da Mata (Rural); eRecife (Cultural, Sol e Praia, Negócios e Saúde).[163] Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pelaVox Populi, Pernambuco foi o segundo destino turístico preferido dos clientes potenciais brasileiros, já que 11,9% dos turistas optaram pelo estado nas categorias pesquisadas; e segundo aInternational Congress And Convention Association (ICCA), Pernambuco foi o terceiro maior polo de eventos internacionais do Brasil em 2011.[164][165]

O litoral de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entrepraias efalésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Faz divisa ao norte com aParaíba e ao sul comAlagoas. No litoral sul, as praias mais procuradas são, dentre outras,Porto de Galinhas,Carneiros,Tamandaré,Serrambi,Maracaípe,Muro Alto,Calhetas,Paiva eIlha de Santo Aleixo.[166]

As atrações turísticas do litoral norte também são muito relevantes. As praias mais procuradas são aIlha de Itamaracá, aIlhota da Coroa do Avião e aPraia de Maria Farinha, esta última conhecida por abrigar o Veneza Water Park, um dos maiores parques aquáticos doBrasil.[166][167] Construções do período colonial como oForte Orange na Ilha de Itamaracá e aIgreja dos Santos Cosme e Damião (igreja mais antiga do Brasil segundo oIPHAN) em Igarassu são também muito visitadas por turistas que passam pela região.[42][166]

Além do litoral continental, o estado possui o arquipélago deFernando de Noronha, um dos destinos nacionais mais conhecidos no exterior.[168] Algumas de suas principais atrações são aBaía do Sancho — eleita a melhor praia do mundo pelos usuários dosite de viagensTripAdvisor —, aBaía dos Porcos, aBaía dos Golfinhos, oMorro Dois Irmãos, oForte de Nossa Senhora dos Remédios de Fernando de Noronha e aVila dos Remédios. As ilhas são muito procuradas para a prática de mergulho, e o único lugar do oceano Atlântico onde é possível avistar grupos degolfinhos rotadores. O arquipélago foi declaradoPatrimônio Natural da Humanidade pelaUNESCO.[169][170]

O Planalto da Borborema e os brejos de altitude são opções para os que procuram um clima ameno. Cidades serranas do interior pernambucano comoGaranhuns,Triunfo eGravatá atraem milhares de visitantes. OFestival de Inverno de Garanhuns (FIG), criado em 1991, apresenta uma maratona de atrações nacionais e internacionais de estilos musicais como rock, MPB, blues, jazz, forró e música instrumental nas praças e parques da cidade.[163]

Infraestrutura

[editar |editar código]

Saúde

[editar |editar código]
A antigaSanta Casa de Misericórdia de Olinda (centro da imagem) foi o primeiro hospital do Brasil[171]
Real Hospital Português, o maior complexo hospitalar do Norte-Nordeste[172]

Pernambuco tem grande tradição na área damedicina. Foi no estado que surgiu o primeiro hospital do Brasil: aSanta Casa de Misericórdia de Olinda, fundada no ano de 1540 e extinta em 1860 com a criação daSanta Casa de Misericórdia do Recife.[171] E foi no Recife que se realizou a primeira operação cesariana do país, em 1817, pelas mãos do médico pernambucanoCorreia Picanço — fundador das primeiras faculdades de medicina do Brasil e aclamado "Patriarca da Medicina Brasileira".[173]

Em 2009 existiam em Pernambuco 4 149estabelecimentos hospitalares, com 19 204leitos.[174] Alguns dos principais hospitais do estado são oReal Hospital Português, o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), oHospital da Restauração, o Hospital Getúlio Vargas, oHospital Agamenon Magalhães, oHospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, oHospital Ulysses Pernambucano, o Hospital Barão de Lucena, oHospital Universitário Oswaldo Cruz e o Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco.[175] Em 2013, Pernambuco era oquinto estado da Federação em número de médicos por grupo de mil habitantes do Brasil, e sua capital, Recife,o segundo maior número de médicos por grupo de mil habitantes do país, segundo oConselho Federal de Medicina (CFM).[106]

O Hospital da Restauração é a maior emergência pública e o mais complexo serviço de urgência e trauma do Norte-Nordeste,[176] recebendo pacientes de todo o estado e de estados vizinhos. Referência nas áreas de trauma, neurocirurgia, neurologia, cirurgia geral, clínica médica e ortopedia, possui 704 leitos registrados no Ministério da Saúde (MS) para atender a demanda que lhe é submetida. Em junho de 2010 a antiga Emergência Geral foi desmembrada em três emergências com entradas e espaços independentes: Emergência Pediátrica, Emergência Traumatológica e Emergência Clínica.[177] Pernambuco abriga um dos três bancos de pele do Brasil, estando os outros dois localizados em São Paulo e no Rio Grande do Sul.[178]

Educação

[editar |editar código]
Ver também:Lista de instituições de ensino superior de Pernambuco
AFaculdade de Direito do Recife, daUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE) é a mais antiga faculdade de Direito do Brasil ao lado docurso de direito da Universidade de São Paulo (USP)[179]

As principais instalações educacionais pernambucanas estão concentradas na capital. AUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE), principalinstituição de ensino superior do estado, foi classificada em 2013 peloQS World University Rankings como a melhor universidade do Norte-Nordeste e a oitava melhor universidade federal brasileira, bem como a 15ª melhor universidade do país, tendo ocupado a 43ª posição entre as instituições daAmérica Latina e, embora tenha sido ultrapassada pelaUFPR com relação ao ano anterior, continua à frente de instituições como aUFSC e aUFBA.[180][181] A UFPE é também a melhor universidade do Norte-Nordeste segundo oRanking Universitário Folha 2012, além de única universidade dessas duas regiões entre as dez melhores do país.[182]

Pernambuco tem suas principais faculdades e universidades fundadas a partir do século XIX, e algumas se destacam nacionalmente. A centenáriaFaculdade de Direito do Recife, nascida da transferência daFaculdade de Direito de Olinda e hoje vinculada à UFPE, foi o primeiro curso superior de direito do Brasil, juntamente com o curso de São Paulo, ainda sob governo deDom Pedro I.[179] Nela importantes nomes da história brasileira estudaram, destacando expoentes comoBarão do Rio Branco,Castro Alves,Clóvis Beviláqua,Tobias Barreto,Ruy Barbosa,Joaquim Nabuco,Eusébio de Queirós,Teixeira de Freitas,Raul Pompeia,Nilo Peçanha,Augusto dos Anjos,Epitácio Pessoa,Assis Chateaubriand,José Lins do Rego,Graça Aranha,Pontes de Miranda, dentre inúmeros outros.[183][184][185][186][187] Ainda hoje a festejada faculdade de Direito do Recife, honrando sua tradição, é um centro de excelência no ensino do direito, estando, tanto em nível de graduação como de pós-graduação, entre os cinco melhores cursos jurídicos do Brasil, segundo a OAB e o MEC.[188]

Além da UFPE, outras importantes instituições de ensino superior situadas no estado são: aUniversidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), fundada em 1912 como Escola Superior de Agricultura; aUniversidade de Pernambuco, antiga FESP, universidade pública estadual que possuicampi em várias cidades do interior do estado; e aUniversidade Federal do Vale do São Francisco, primeira universidade federal implantada nosertão nordestino.[189] E o estado também possui destacadas instituições de ensino médio: o Colégio de Aplicação da UFPE foi três vezes eleito a melhor escola pública do Brasil.[190]

Transportes

[editar |editar código]
Mapa viário de Pernambuco, que detém amaior extensão de rodovias duplicadas do Norte-Nordeste[191]

Pernambuco foi o segundo estado doBrasil a ter umaestrada de ferro, quatro anos após oRio de Janeiro. Trata-se da primeira seção, de 31 km, daThe Recife and São Francisco Railway Company, inaugurada em 1858, sendo a maior do país naquele ano e a primeira administrada por uma companhia do exterior.[192] Menos de uma década depois, Recife se tornou a primeira cidade domundo a operarlocomotivas a vapor construídas especialmente para rodar nas ruas. O sistema, conhecido como "maxambomba" (do inglêsmachine pump), tinha locomotivas construídas pelaManning Wardle & Co., e foi inaugurado no ano de 1867. Antes, ascanoas eram o principal meio de transporte de pessoas e cargas da capital pernambucana e, para os mais abastados,cavalos ecarruagens.[193][194]

O itinerário da maxambomba chegou a ter 22 quilômetros de extensão e 20 estações, até que em 1919 foi substituída porbondes elétricos.[193][194] Em 1930, Recife passou a ser a primeira cidade daAmérica do Sul com conexão direita (non-stop) para a Europa, especialmente para aAlemanha, por meio dedirigíveis. A capital pernambucana tem hoje em dia a única estação de atracação de dirigíveis do mundo preservada em sua estrutura original, aTorre do Zeppelin.[195] Atualmente, o estado conta com cobertura de todos os tipos de transporte:aéreo,ferroviário,hidroviário erodoviário.[196]

Terminal de contêineres doPorto de Suape, eleito o melhor porto do Brasil em 2010[197]
OAeroporto Internacional do Recife é o maior e mais movimentado complexo aeroportuário do Nordeste e Norte do país[198]

Pernambuco possui cinco aeroportos com voos regulares. OAeroporto Internacional do Recife-Guararapes é o maior e mais movimentado complexo aeroportuário do Norte-Nordeste, com capacidade para 16,5 milhões de passageiros por ano, e um dos mais modernos aeroportos do Brasil.[198][199] OAeroporto Internacional de Petrolina possui a segunda maior pista de pouso do Nordeste, o que possibilita operações de grandes aviões cargueiros para a exportação de frutas produzidas noVale do São Francisco.[200] OAeroporto de Fernando de Noronha atende à demanda turística do arquipélago. Osaeroportos deCaruaru eSerra Talhada passaram a receber voos regulares em 2020, aumentando a conectividade do interior do estado.

O estado também possui dois portos marítimos:Suape, localizado no município deIpojuca; eRecife, um dos mais antigos do Brasil, que muitos estudiosos afirmam ter dado início à cidade do Recife. Possui ainda umporto fluvial emPetrolina.[201] O Porto de Suape, o mais importante porto pernambucano, é um dos maiores do Brasil, e opera navios nos 365 dias do ano, sem restrições de horário de maré, e dispõe de um sistema de monitoramento de atracação de navios alaser que possibilita um controle efetivo e seguro, oferecendo condições técnicas nos padrões dos portos mais importantes do mundo.[202]

A malha rodoviária de Pernambuco é constituída por catorze rodovias federais, 74 rodovias estaduais e rodovias municipais. As mais importantes são aBR-101, cujo trecho pernambucano é totalmente duplicado, percorre toda costa do estado de norte ao sul, passando peloGrande Recife; e aBR-232, que liga a capital ao interior do estado no sentido leste-oeste, com trecho de 237 km duplicado (Recife aSão Caetano), passando por cidades importantes comoVitória de Santo Antão,Gravatá,Caruaru,Belo Jardim,Pesqueira,Arcoverde,Serra Talhada eSalgueiro. A ligação Salgueiro-Petrolina é feita pelas rodoviasBR-116,BR-316 eBR-428.[203][204][205] Pernambuco tem amaior malha rodoviária duplicada do Norte-Nordeste de acordo com oAnuárioCNT do Transporte 2016, com 462,8 km de rodovias em pista dupla no ano de 2015.[191]

ATransnordestina, com 1 752 km de extensão, é a principal obra ferroviária em andamento no estado, e pretende ligar a cidade deEliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape e aoPecém, este no Ceará.[206] OMetrô do Recife, primeiro sistema metroviário do Norte-Nordeste, foi inaugurado em março de 1985, com a linha Werneck-Centro. É operado pelaCompanhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e transporta cerca de 400 mil passageiros por dia.[207][208]

Mídia

[editar |editar código]
Antena do sinal digital daTV Jornal filiada aoSistema Brasileiro de Televisão (SBT).

Osjornais foram a primeiramídia de massa do estado. OAurora Pernambucana foi o primeiro jornal de Pernambuco e o terceiro publicado no Brasil. A edição nº 1 circulou no dia 27 de março de 1821, em formato de 25 x 17 cm, com quatro páginas, em papel de linho e impresso na Oficina do Trem Nacional de Pernambuco, no Recife.[209] Três grandes jornais pernambucanos são oDiario de Pernambuco, oJornal doCommercio e aFolha de Pernambuco, sendo o primeiro jornal o mais antigo em circulação naAmérica Latina.[210]

A primeira estação derádio surgiu no fim da década de 1910. ARádio Clube de Pernambuco é a mais antiga emissora de rádio do Brasil: realizou sua primeira transmissão radiofônica a partir de um estúdio improvisado naPonte d'Uchoa, no Recife, em 6 de abril de 1919, tendo à frente o radiotelegrafista Antônio Joaquim Pereira.[211][212]

Pernambuco conta com diversas geradoras, afiliadas e retransmissoras de televisão. Algumas das emissoras — filiais e afiliadas — presentes no estado são: aTV Globo Pernambuco; aTV Asa Branca (Globo -Caruaru); aTV Grande Rio (Globo -Petrolina); aTV Guararapes (RecordTV -Recife); aTV Jornal Interior (SBT -Caruaru); aTV Jornal (SBT -Recife); aTV Tribuna (Band -Recife); e aTV Pernambuco (TV Brasil -Caruaru/Recife).[213]

Ciência e tecnologia

[editar |editar código]
Mário Schenberg é o físico teórico mais importante do Brasil.[214]
Leopoldo Nachbin é o matemático criador da teoria de "Espaços Hewitt-Nachbin".[215]

Em 1895, foi criada aEscola de Engenharia de Pernambuco, primeira escola de engenharia fora daregião Sudeste.[216] Nela, que logo se tornou uma das principais instituições científicas do país, surgiu uma leva de grandes cientistas brasileiros, comoMário Schenberg,José Leite Lopes eLeopoldo Nachbin, graças à ação catalisadora do professorLuís Freire, conhecido por participar ativamente de movimentos em favor da criação de escolas aptas a formar pesquisadores em matemática e física. Reconhecido como berço de cientistas destacados e nomes notórios das ciências exatas, Pernambuco deu origem ainda a nomes comoPaulo Ribenboim,Aron Simis,Samuel MacDowell,Gauss Moutinho Cordeiro,Israel Vainsencher,Josué de Castro,Joaquim Cardozo,Norberto Odebrecht,Cristovam Buarque,Fernando de Souza Barros,Ricardo de Carvalho Ferreira,Leandro do Santíssimo Sacramento,José Tibúrcio Pereira Magalhães,Edson Mororó Moura,Fernando Antonio Figueiredo Cardoso da Silva,Antônio de Queiroz Galvão,João Santos, dentre muitos.[217]

O estado também se destaca no ensino tecnológico, possuindo dois institutos federais: oInstituto Federal de Pernambuco (IFPE) e oInstituto Federal do Sertão Pernambucano (IF-Sertão), com reitorias localizadas, respectivamente, no Recife e em Petrolina.[218]

Recife Antigo, onde se localiza oPorto Digital, um dos maiores parques tecnológicos do Brasil

Seguindo a sua tradição nas ciências exatas, Pernambuco é atualmente um dos estados brasileiros mais destacados na área detecnologia da informação. OPorto Digital, ambiente de negócios de TI criado no ano 2000 nocentro histórico do Recife, é reconhecido pelaA.T. Kearney como o maior parque tecnológico do Brasil em faturamento e número de empresas.[144][219][220] Devido à sua relevância no setor, a capital pernambucana é a única cidade brasileira com exceção de São Paulo que abriga edições do evento de tecnologiaCampus Party.[221]

OCentro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn-UFPE), considerado um dos principais centros acadêmicos em informática da América Latina e responsável pelos cursos deCiência da Computação,Sistemas de Informação eEngenharia da Computação, é grande fornecedor de mão de obra especializada em tecnologia para o Porto Digital e para diversas transnacionais do setor de tecnologia,[222][223] inclusive aMicrosoft.[222] A UFPE foi uma das cinco instituições de ensino selecionadas em todo o mundo para o programa mundial de pesquisas da Microsoft, o que permitiu o seu acesso aocódigo-fonte dos componentes doVisual Studio. As outras quatro universidades selecionadas foram a Yale University -Estados Unidos; a Monash University -Austrália; a University of Hull -Inglaterra; além daUNESP, sendo o Brasil o único país que teve duas universidades escolhidas.[224]

Cultura

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Cultura de Pernambuco
Multidão noSão João de Caruaru, a maior festa regional ao ar livre do mundo[225]

A cultura pernambucana é uma das culturas mais ativas, ricas e diversificadas doBrasil. Sua base éluso-brasileira, com influênciasafricana,indígena,judaica eholandesa.[226][227] Trata-se de uma cultura bastante particular e típica, mas extremamente variada, constituindo um dos pilares dacultura brasileira. Primeiro núcleo econômico do país, Pernambuco é uma área de povoamento muito antigo.[227]

Dentre as principais festividades estão oCarnaval do Recife, multifacetado, com formas diferentes de carnaval de rua, desfiles de agremiações carnavalescas e apresentações de cantores e conjuntos musicais em palanques específicos. O Recife possui o maior bloco carnavalesco do mundo, oGalo da Madrugada, que se apresenta no sábado de carnaval, ou "Sábado de Zé Pereira". Em 1995 o Galo reuniu mais de um milhão de pessoas, façanha que o incluiu noGuinness World Records.[228]

OCarnaval de Olinda é conhecido mundialmente pelos desfiles dosBonecos de Olinda, bonecos de mais de dois metros, coloridos e de fácil localização, que saem às ruas junto com os foliões. A festa é realizada nocentro histórico da cidade.[229] No interior destaca-se oSão João de Caruaru, com diversos polos de animação, shows artísticos, apresentação de grupos folclóricos e regionais e culinária típica, com um público estimado anualmente em 1,5 milhão de pessoas. O evento está noGuinness World Records, na categoria maior festa regional ao ar livre do planeta.[225]

Folclore e gêneros musicais

[editar |editar código]
OCarnaval de Recife/Olinda é considerado o mais democrático e culturalmente diverso do país[230]
Ofrevo, declaradoPatrimônio Imaterial da Humanidade pelaUNESCO[231]

Várias manifestações folclóricas surgiram em Pernambuco ao longo dos anos. Ofrevo, uma das principais delas, é símbolo doCarnaval Recife–Olinda, e se caracteriza pelo ritmo musical acelerado e pelos passos de dança que lembram acapoeira. Esse gênero já revelou e influenciou grandes músicos brasileiros. Antes da criação daaxé music na década de 1980 o frevo era utilizado também noCarnaval de Salvador. Em cerimônia realizada na cidade deParis,França, no ano de 2012, aUNESCO anunciou que, aprovado com unanimidade pelos votantes, o frevo foi eleitoPatrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.[231]

OMaracatu Nação, também conhecido como "Maracatu de Baque Virado", é uma manifestação cultural damúsica tradicional pernambucanaafro-brasileira. É formado por um conjunto musical percussivo que acompanha um cortejo real. Os grupos apresentam um espetáculo repleto de simbologias e marcado pela riqueza estética e pela musicalidade. O momento de maior destaque consiste na saída às ruas para desfiles e apresentações no período carnavalesco.[232][233]

OMaracatu Rural, também referido como "Maracatu de Baque Solto", é outra manifestação cultural de Pernambuco, na qual figuram os conhecidos "caboclos de lança". Distingue-se do Maracatu Nação em organização, personagens eritmo. O Maracatu "Cambinda Brasileira" é o mais antigo em atividade no país. O Maracatu Rural significa para seus integrantes algo a mais que uma brincadeira: é uma herança secular, motivo de muito orgulho e admiração. O cortejo do Maracatu Rural diferencia-se dos outros maracatus por suas características musicais próprias e pela essência de sua origem refletida no sincretismo de seus personagens.[232]

OBaião, gênero de música e dança, teve como maior expoente o pernambucanoLuiz Gonzaga. O ritmo, ao lado de outros como oxote, faz parte do chamadoforró. Já oXaxado, dança típica originária do sertão pernambucano, é exclusivamente masculina e foi divulgada numa vasta área do interior nordestino pelo cangaceiroLampião e pelos integrantes do seu bando. Também são muito comuns em Pernambuco asBandas de Pífanos, além de outras músicas e danças oriundas do estado, como ococo, aciranda, ocavalo-Marinho, oscaboclinhos, opastoril, aembolada, dentre outras manifestações.[234][235]

Nos anos 1990 surgiu em Pernambuco oManguebeat, movimento dacontracultura que mistura ritmos regionais, como omaracatu, comrock,hip hop,funk emúsica eletrônica.[236]

Artes visuais

[editar |editar código]
Aprodução cinematográfica de Pernambuco é muito respeitada pela crítica, e recordista de premiações em diversos festivais de cinema[238]
Nova Jerusalém, o maior teatro a céu aberto do mundo[237] emBrejo da Madre de Deus, no agreste pernambucano

Ocinema de Pernambuco tem sua história iniciada em 1922, quando o ourives Edson Chagas e o gravador Gentil Roiz se juntam com o propósito de produzir filmes de enredo. Daí, surge a película "Retribuição", que estreou em 1923 com grande sucesso nos cinemas do Recife e que é considerado o primeiro filme de enredo realizado no Nordeste — anteriormente só havia algumas experiências com documentários. A produção cinematográfica local já recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais e é recordista de indicações e premiações em diversas edições de festivais. Filmes de cineastas e roteiristas pernambucanos como os dramasBaile Perfumado (1996),Amarelo Manga (2002),Cinema, Aspirinas e Urubus (2005),O Som ao Redor (2013),Serra Pelada (2013),Aquarius (2016), ou mesmo romances e comédias comoO Auto da Compadecida (1999),Caramuru - A Invenção do Brasil (2001),Lisbela e o Prisioneiro (2003),A Máquina (2005),Fica Comigo Esta Noite (2006),O Bem Amado (2010), entre muitas outras produções, alcançaram grande projeção.[238]

Todos os anos, nas semanas que antecedem aPáscoa, realiza-se o espetáculo daPaixão de Cristo de Nova Jerusalém naFazenda Nova, distrito deBrejo da Madre de Deus, município do agreste pernambucano. O evento é reconhecido como o maior teatro ao ar livre do mundo. A cidade-teatro deNova Jerusalém impressiona pela arquitetura: a construção é uma réplica daJudeia sagrada, com lagos artificiais, nove palcos, uma muralha de 3,5 mil metros e 70 torres. Vários atores e atrizes de sucesso daRede Globo já atuaram em Nova Jerusalém. A Paixão de Cristo existe desde 1951, como espetáculo teatral.[237][239] Pernambuco deu origem aoMamulengo, nome dado ao teatro de bonecos brasileiro, tido como um dos mais ricos espetáculos populares do país. É uma representação de dramas através de bonecos, em pequeno palco elevado coberto por uma empanada, atrás do qual ficam as pessoas que dão vida e voz aos personagens.Glória do Goitá, município da zona da mata pernambucana, detém o título de "berço do mamulengo".[240]

Pernambuco também se destaca nasartes plásticas edesign. São do estado nomes comoRomero Britto,Tunga,Francisco Brennand,Marianne Peretti,Cícero Dias,Vicente do Rego Monteiro,Mestre Vitalino,Aloísio Magalhães,Andree Guittcis,Telles Júnior,Abelardo da Hora,Murillo La Greca,Corbiniano Lins,Reynaldo Fonseca,J. Borges,Eudes Mota,Gilvan Samico,Lula Cardoso Ayres,Paulo Bruscky,Galo de Souza, dentre muitos outros. O renomado artista plásticoVik Muniz é filho de pais pernambucanos.[241]

Literatura

[editar |editar código]
Paulo Freire, o maior educador brasileiro e um dos maiores do mundo[242]
Gilberto Freyre, um dos maiores sociólogos do século XX[243]

Foi em Pernambuco que surgiu o primeiro poema da literatura brasileira:Prosopopeia, deBento Teixeira. A obra conta em estilo épico, inspirado emCamões, as façanhas da família Albuquerque, tendo sido dedicado ao então governador de Pernambuco,Jorge de Albuquerque Coelho.Prosopopeia foi publicado no ano de 1601.[33]

Outro marco na literatura pernambucana é o livroHistoria Naturalis Brasiliae, primeiro tratado de história natural do Brasil, de autoria do médico e naturalista holandêsGuilherme Piso, que o concebeu através da observação do jardim zoobotânico do Palácio de Friburgo, residência de Maurício de Nassau no Recife durante o domínio holandês.[59]

Duzentos e cinquenta anos depois deHistoria Naturalis Brasiliae, o abolicionista pernambucanoJoaquim Nabuco estava concluindoMinha Formação, obra clássica da literatura brasileira.[244] Anos mais tarde é lido, naSemana de Arte Moderna, o poemaOs Sapos do recifenseManuel Bandeira, considerado o abre-alas do movimento.[245]

Os literatos pernambucanos são muitos. Alguns deles:João Cabral de Melo Neto,Manuel Bandeira,Nelson Rodrigues,Joaquim Nabuco,Clarice Lispector,Paulo Freire,Gilberto Freyre,Joaquim Cardozo,Josué de Castro,Álvaro Lins,Marcos Vilaça,Martins Júnior,Mauro Mota,Mário Pedrosa,Manuel de Oliveira Lima,Barbosa Lima Sobrinho,Osman Lins,Dantas Barreto,Geraldo Holanda Cavalcanti,Evaldo Cabral de Mello,Evanildo Bechara,Olegário Mariano,João Carneiro de Sousa Bandeira,Adelmar Tavares, dentre diversos outros. Clarice Lispector,ucraniana naturalizada brasileira e um dos maiores nomes daliteratura nacional, se declarava pernambucana por ter vivido a maior parte de sua infância e adolescência no Recife.[246]

Culinária

[editar |editar código]
Obolo de rolo, ícone da doçaria pernambucana e um dos símbolos de Pernambuco.[247]
Afeijoada à brasileira (foto) e acachaça têm provável origem pernambucana.[248][249][250][251] Já atapioca, iguaria indígena, foi descoberta em Pernambuco no século XVI.[252]

Aculinária de Pernambuco foi influenciada diretamente pelas culturaseuropeia,africana eindígena. Diversas receitas originais provenientes de outros continentes foram adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região, resultando em combinações únicas de sabores, cores e aromas.[253] Destaca-se pela chamada "doçaria pernambucana", ou seja, os doces desenvolvidos durante os períodos colonial e imperial nos seus engenhos de açúcar como obolo de rolo, onego bom e acartola; e também pelas bebidas e iguarias salgadas descobertas ou provavelmente originadas no estado a exemplo dacachaça, dobeiju e dafeijoada à brasileira.[248][249][250][251][252][254][255]

Os quitutes mais conhecidos são, entre outros, atapioca, afeijoada à brasileira, oarrumadinho, oescondidinho, os caldinhos a exemplo dos caldos desururu,camarão epeixe, acaldeirada, amoqueca pernambucana, a peixada pernambucana, ocozido, o chambaril, o charque à brejeira, o bredo de coco, o feijão de coco, oquibebe, agalinha à cabidela, oangu, omungunzá salgado, osarapatel, abuchada e arabada.[248]

Entre as bebidas mais comuns, merece destaque acachaça; e entre os doces oriundos de Pernambuco podemos citar obolo de rolo, obolo Souza Leão, obolo barra branca, acartola e onego bom. NoSão João as comidas de milho estão presentes na pamonha, na canjica, no bolo de milho, no mungunzá doce, dentre outras iguarias.[248][253][254] O bolo Souza Leão, o bolo de rolo e a cartola receberam, por lei, status de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Pernambuco. Já o beiju do Alto da Sé de Olinda, considerado o mais tradicional do Brasil e preservado pela "Associação das Tapioqueiras de Olinda", recebeu o título de patrimônio imaterial da cidade.[247]

Pernambuco é o estado com o maior número de restaurantes estrelados peloGuia Quatro Rodas no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul brasileiro, e o quarto do Brasil, atrás somente de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Dezesseis estabelecimentos pernambucanos, que contam comchefs renomados e que vão dacozinha regional às cozinhaslusitana,italiana,francesa,japonesa eperuana, foram agraciados em 2013.[256] O Recife é o terceiro maior polo gastronômico doBrasil segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) — com cerca de 10 mil estabelecimentos —, após Rio de Janeiro e São Paulo.[257]

Espaços culturais

[editar |editar código]

O estado abriga muitos museus, centros culturais e instituições voltadas para a promoção de ações artísticas, como aFundação Gilberto Freyre, aOficina Cerâmica Francisco Brennand, oInstituto Ricardo Brennand, oMuseu do Homem do Nordeste, oMuseu Cais do Sertão, oPaço do Frevo, oInstituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, oGabinete Português de Leitura, oMuseu da Abolição, oMuseu do Trem, oMuseu da Cidade do Recife, oMuseu do Estado de Pernambuco, oMuseu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, oMuseu de Arte Contemporânea de Pernambuco, aCaixa Cultural, oCentro Cultural dos Correios, oSantander Cultural, aAcademia Pernambucana de Letras, a Academia de Artes e Letras de Pernambuco, aFundação Joaquim Nabuco, oMuseu do Barro e do Forró, oMuseu do Sertão, oTeatro de Santa Isabel, dentre outros.[258]

OMuseu do Estado de Pernambuco, criado em 1928, possui um grande acervo eclético, com cerca de 12 mil itens abrangendo as áreas de arte, antropologia, história e etnografia.[259] OMuseu do Homem do Nordeste, vinculado à Fundação Joaquim Nabuco/Ministério da Educação, é um importante museu antropológico que reúne acervo com cerca de 15 mil peças de heranças culturais da formação do povo nordestino. Conta ainda com uma sala de projeção, o Cinema do Museu, onde são exibidos filmes alternativos, cuja exibição não chega nas grandes salas.[260] OCais do Sertão, museu interativo e de objetos considerado um dos mais modernos equipamentos culturais do país, foi eleito o 18º melhor museu da América do Sul pelos usuários dosite de viagens TripAdvisor.[261]

AOficina Cerâmica Francisco Brennand é um complexo monumental com 15 km² de área construída — museu de arte e ateliê — criado pelo artista plásticoFrancisco Brennand, possui acervo com mais de 2 mil peças entre esculturas e pinturas.[262] Já oInstituto Ricardo Brennand (IRB), fundado pelo colecionador e empresárioRicardo Brennand, está sediado em um complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por três prédios:Museu Castelo São João,pinacoteca egaleria, circundados por um vasto parque. Abriga um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, além de uma coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XXI, com forte ênfase na documentação histórica e iconográfica relacionada ao período colonial e ao Brasil Holandês.[263]

OInstituto Ricardo Brennand, no Recife, abriga um dos maiores acervos dearmas brancas do mundo, com mais de 3 mil peças, entre elas 27 armaduras medievais completas.[263] Foi eleito o melhor museu daAmérica Latina pelos usuários doTripAdvisor em 2019.[264]

Esportes

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Futebol de Pernambuco
AArena de Pernambuco é utilizada, eventualmente, porNáutico,Santa Cruz eSport

O esporte mais popular no estado é ofutebol. Pernambuco é líder entre os estados do Norte-Nordeste noranking das federações da CBF, e Recife foi uma das seis sedes daCopa do Mundo de 1950 (única sede nordestina), além de ter sediado aCopa das Confederações de 2013 e aCopa do Mundo de 2014. É, também, eventualmente sede de partidas dasEliminatórias da Copa do Mundo FIFA.[265]

OCampeonato Pernambucano de Futebol, um dos principais torneios estaduais do país, é disputado desde 1915. Os principais times do estado são oSport Club do Recife, o que mais títulos estaduais possui (44), sendo aindaCampeão Brasileiro de 1987,Campeão da Copa do Brasil de 2008,Vice-Campeão da Copa do Brasil de 1989 eVice-Campeão da Copa dos Campeões de 2000; oSanta Cruz Futebol Clube, com 29 títulos pernambucanos, além do títuloFita Azul do Brasil por ter retornado invicto ao país após uma excursão internacional na qual enfrentou times de futebol como oParis Saint-Germain e algumas seleções; e oClube Náutico Capibaribe, um dos clubes mais antigos do Brasil e o primeiro pernambucano a disputar a Libertadores, que detém a marca de mais títulos estaduais consecutivos (Hexacampeão) de um total de 22 conquistas e o título deVice-Campeão Brasileiro de 1967, além de haver terminado outras 4 vezes entre os 4 primeiros no campeonato brasileiro, sendo 2 em terceiro (1965 e1966) e 2 em quarto (1961 e1968), e ter, segundo uma pesquisa do Ibope/Repucom em 2020, atorcida mais fiel do Nordeste. Os três principais clubes pernambucanos estão entre os mais antigos e tradicionais do Brasil.[266][267]

Autódromo Internacional de Caruaru

Outros clubes esportivos do estado são oAmérica (com seis títulos estaduais de futebol e oTroféu Nordeste), o Clube Português do Recife, oCentral, oPorto, oYpiranga, oSalgueiro, que em 2019 se tornou o primeiro campeão estadual do interior pernambucano ao bater o Santa Cruz, oPetrolina, oSerra Talhada, oBelo Jardim e oAraripina.[267] Os maiores times de Pernambuco possuem estádios próprios. O maior estádio construído é oEstádio do Arruda, pertencente ao Santa Cruz. Destaque ainda para aIlha do Retiro, pertencente ao Sport, e para oEstádio dos Aflitos, que pertence ao Náutico, sendo que o Náutico mandou os seus jogos entre 2013 e 2018 naArena de Pernambuco, um moderno estádio construído emSão Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, para a Copa do Mundo de 2014.[268]

Pernambuco é também o estado do Norte-Nordeste que mais se destaca em outras modalidades esportivas: é o segundo estado brasileiro em número de títulos nacionais dehóquei, tanto nocampeonato masculino quanto nofeminino, atrás somente de São Paulo, e oSport Club do Recife um dos dois únicos clubes brasileiros a conquistar umCampeonato Sul-Americano de Hóquei; e é o único estado fora do Centro-Sul com títulosBrasileiro eSul-Americano de basquete, obtidos pela equipe feminina doSport Club do Recife entre 2013 e 2014.[269][270][271]

No estado nasceram os medalhistas olímpicosYane Marques no pentatlo moderno,[272]Pampa,[273]Dani Lins[274] eJaqueline Carvalho[275] no vôlei: medalhistas em Mundiais comoEduardo Agra no basquete,[276]Deborah Hannah eSamira Rocha no handebol;[277]Keila Costa[278] no atletismo;Etiene Medeiros na natação;[279] além deManoel Tobias, bicampeão mundial de futsal[280] eLuciano Todo Duro, campeão mundial de boxe.[281]

Feriados

[editar |editar código]

Na tabela a seguir estão osferiados e pontos facultativos previamente agendados em todo o estado de Pernambuco. Na capital,Recife, existem dois feriados municipais: o dia16 de julho — Dia da PadroeiraNossa Senhora do Carmo; e o dia8 de dezembro — Dia deNossa Senhora da Conceição.[282]

DataNomeCategoriaobservações
1º de janeiroAno-NovoFeriado nacionalConfraternização Universal
Entre4 de fevereiro e9 de marçoCarnavalFeriado móvelTradicionalfesta popular
Entre5 de fevereiro e10 de marçoQuarta-feira de cinzasFeriado móvelInício daQuaresma
6 de marçoData Magna de PernambucoFeriado estadualRevolução Pernambucana
Entre19 de março e22 de abrilQuinta-feira SantaPonto facultativoSemana santa
Entre20 de março e23 de abrilSexta-Feira SantaFeriado móvelSemana santa
Entre22 de março e25 de abrilPáscoaFeriado móvelSemana santa
21 de abrilTiradentesFeriado nacionalFesta cívica
1º de maioDia do TrabalhadorFeriado nacionalFesta cívica
Entre21 de maio e24 de junhoCorpus ChristiFeriado móvelEvento doCatolicismo
24 de junhoSão JoãoFeriado estadualTradicionalfesta popular
7 de setembroIndependênciaFeriado nacionalFesta cívica
12 de outubroNossa Senhora da Conceição AparecidaFeriado nacionalPadroeira doBrasil
28 de outubroServidor públicoPonto facultativoFesta cívica
2 de novembroFinadosFeriado nacionalMemória aos mortos
15 de novembroProclamação da República do BrasilFeriado nacionalFesta cívica
24 de dezembroVéspera de NatalPonto facultativoNoite de Natal
25 de dezembroNatalFeriado nacionalCelebração doDia de Natal
31 de dezembroVéspera de Ano-NovoPonto facultativoNoite de Réveillon

Ver também

[editar |editar código]

Referências

  1. «Hoje é feriado em Pernambuco, nome de rua em Beltrão». Jornal de Beltrão. Consultado em 19 de outubro de 2021 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).«Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021 
  3. «Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1 de julho de 2021»(PDF). IBGE. 27 de agosto de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  4. «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2022». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 19 de novembro de 2024 
  5. ab«Tábua completa de mortalidade 2017»(PDF). IBGE. Consultado em 14 de dezembro de 2018 
  6. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2018).«Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua»(PDF). Consultado em 11 de setembro de 2020 
  7. abAtlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP.«Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023 
  8. abcde«Plano de Manejo da Reserva Biológica de Serra Negra»(PDF). ICMBio. Consultado em 14 de abril de 2015. Arquivado dooriginal(PDF) em 14 de abril de 2015 
  9. ab«Pernambuco».IBGE. Consultado em 8 de dezembro de 2021 
  10. «Dez cidades concentram 46,3% da população de Pernambuco, aponta IBGE».G1. Consultado em 18 de dezembro de 2022 
  11. Grande Enciclopédia, Larousse Cultural, 1998, pp. 4559.
  12. «Mais da metade da população vive em 294 arranjos formados por contiguidade urbana e por deslocamentos para trabalho e estudo». IBGE. Consultado em 24 de maio de 2015 
  13. ab«Martín Alonso Pinzón and Vicente Yáñez Pinzón» (em inglês).Encyclopædia Britannica. Consultado em 3 de fevereiro de 2020 
  14. ab«Biografia de Cristóvão Jacques». Ebiografia. Consultado em 1 de maio de 2017 
  15. Simonsen, Roberto C. (2005).História econômica do Brasil : 1500-1820(PDF) 4.ª ed. Brasília:Senado Federal, Conselho Editorial. p. 120 
  16. «Colônia: Cana-de-açúcar dominou o Nordeste por quatro séculos».Folha de S.Paulo. 11 de maio de 1999. Consultado em 26 de agosto de 2025 
  17. abcd«Recife — cidade que surgiu do açúcar». Despertai!. 8 de junho de 2005. Consultado em 17 de outubro de 2016 
  18. abcdLuiz Geraldo Silva.A Faina, a Festa e o Rito. Uma etnografia histórica sobre as gentes do mar (sécs XVII ao XIX). Campinas: Papirus. p. 122. Consultado em 28 de junho de 2016 
  19. abcde«História de Pernambuco». Governo de Pernambuco. Consultado em 15 de dezembro de 2010 
  20. «História mostra que o frevo veio da palavra ferver e contou com a influência da capoeira». Consultado em 2 de junho de 2025 
  21. «Capoeira se torna Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco».G1. 31 de outubro de 2018. Consultado em 2 de junho de 2025 
  22. «Morre Mestre Pirajá, o mais antigo da capoeira em Pernambuco».Portal Cultura PE. 19 de fevereiro de 2024. Consultado em 2 de junho de 2025 
  23. «A capoeira em Pernambuco»(PDF).IPHAN. 2018. Consultado em 2 de junho de 2025 
  24. «De Chico Science a Fred Zero Quatro, manguebeat faz 30 anos com música e futebol interligados».GE. Consultado em 19 de dezembro de 2022 
  25. «O grito do mangue ainda ecoa em Chico Science».CartaCapital. 11 de março de 2016. Consultado em 19 de dezembro de 2022 
  26. «Entenda como o manguebeat chacoalhou toda a música brasileira há três décadas».Folha de S.Paulo. 13 de novembro de 2022. Consultado em 19 de dezembro de 2022 
  27. van Deursen, Felipe (27 de junho de 2021).«Como Olinda inspirou e ajudou na descoberta do primeiro "cometa brasileiro"».NOSSA UOL. Consultado em 19 de abril de 2025 
  28. «ACP leva projeto de cooperação internacional ao município de Xexéu».Portal Folha de Pernambuco. 10 de agosto de 2021. Consultado em 19 de abril de 2025 
  29. abFERREIRA, A. B. H.Novo Dicionário da Língua Portuguesa.Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 267
  30. RIBEMBOIM, Jacques -Pernambuco de Fernão. Recife:EDUFRPE, 2015. 134p.:il.ISBN 978-85-7946-241-2
  31. NAVARRO, E. A.Método Moderno de Tupi Antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. Terceira edição. São Paulo: Global, 2005. pp. 68-69
  32. «Etimologia de "Pernambuco" teria origem no português, e não no tupi, diz pesquisador da UFRPE em livro». UFRPE. Consultado em 2 de novembro de 2016 
  33. abMONTEIRO, Clóvis - Esboços de história literária - Livraria Acadêmica - 1961 - Rio de Janeiro - pgs.55-57
  34. ab«Sítios arqueológicos de Pernambuco: uma abordagem cultural»(PDF). Unicap. Consultado em 6 de junho de 2015 
  35. abcGabriela Martin.«Pré-história do Nordeste do Brasil». Recife: UFPE. Consultado em 30 de junho de 2015 
  36. «Pernambuco tem quarta maior população de povos originários do país, diz atlas que traça perfil de indígenas».G1. 27 de janeiro de 2023. Consultado em 12 de março de 2024 
  37. Henri Beuchat.Manual de arqueología americana (em espanhol). Madrid: Daniel Jorro. p. 77. Consultado em 23 de abril de 2019 
  38. «Pinzón ou Cabral: quem chegou primeiro ao Brasil?». G1. Consultado em 6 de março de 2015 
  39. «Primeira Missa».Enciclopédia Delta de História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Delta S/A. 1969. p. 1439 
  40. «Olinda comemora 480 anos com homenagens e muita cultura». iG. Consultado em 4 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 7 de agosto de 2016 
  41. «Convento de São Francisco». Guia 4 Rodas. Consultado em 4 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 20 de março de 2013 
  42. ab«Igarassu (PE)». IPHAN. Consultado em 5 de junho de 2015 
  43. «Um pouco de história». IBRAC. Consultado em 29 de outubro de 2016. Arquivado dooriginal em 22 de fevereiro de 2015 
  44. Capitães do Brasil: A saga dos primeiros colonizadores(PDF). Rio de Janeiro: Sextante. Consultado em 12 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal(PDF) em 12 de novembro de 2016 
  45. «O estabelecimento do exclusivo comercial metropolitano e a conformação do antigo sistema colonial no Brasil». SciELO. Consultado em 11 de janeiro de 2017 
  46. «Foral de Olinda». Prefeitura de Olinda. Consultado em 2 de março de 2015. Arquivado dooriginal em 1 de março de 2015 
  47. Pêro de Magalhães Gândavo.«Tratado da Terra do Brasil»(PDF). PSB40. Consultado em 28 de junho de 2014. Arquivado dooriginal(PDF) em 16 de abril de 2014 
  48. Carlos Eugênio Marcondes de Moura, John Hemming.Ouro Vermelho:A Conquista dos Índios Brasileiros.27. São Paulo: EdUSP. p. 135. Consultado em 28 de junho de 2014 
  49. abcdefghijEnciclopédia Mirador Internacional. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil. 1995. pp. 8783–8793 
  50. Jean Marcel Carvalho França, Sheila Hue.Piratas no Brasil: As incríveis histórias dos ladrões dos mares que pilharam nosso litoral. Porto Alegre: Globo Livros. p. 92. Consultado em 25 de outubro de 2016 
  51. abc«Biografia de Matias de Albuquerque». eBiografia. Consultado em 9 de junho de 2017 
  52. ab«A extraordinária história do Brasil». São Paulo: Universo dos Livros. p. 41. Consultado em 12 de junho de 2017 
  53. Universidade Federal de Campina Grande.«Mathias de Albuquerque». Consultado em 23 de junho de 2012. Arquivado dooriginal em 3 de novembro de 2012 
  54. ab«Maurício de Nassau, o brasileiro». Guia do Estudante. Consultado em 14 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 23 de dezembro de 2014 
  55. ab«Sinagoga do Recife - Kahal Zur Israel». Fundaj. Consultado em 17 de maio de 2015 
  56. «Invasões Holandesas no Brasil». InfoEscola. Consultado em 14 de abril de 2015 
  57. «A conquista flamenga». Prefeitura do Recife. Consultado em 14 de abril de 2015 
  58. «Prelúdio para uma história: ciência e tecnologia no Brasil». São Paulo: EdUSP. Consultado em 15 de novembro de 2016 
  59. abc«Palácio de Friburgo, Recife, PE». Fundaj. Consultado em 19 de abril de 2015 
  60. «Ponte Maurício de Nassau». Fundaj. Consultado em 17 de maio de 2015 
  61. «Conheça a história das cédulas e moedas nacionais». Portal Brasil. Consultado em 15 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal em 7 de abril de 2015 
  62. «Wars of the Americas: A Chronology of Armed Conflict in the Western Hemisphere, 1492 to the Present» (em inglês). Santa Bárbara: ABC-CLIO. Consultado em 18 de setembro de 2019 
  63. «Expedición de don Lope de Hoces al Brasil» (em espanhol).Museu do Prado. Consultado em 19 de setembro de 2019 
  64. ab«Batalha dos Guararapes». História Brasileira. Consultado em 28 de julho de 2015 
  65. abcInstituto Camões (ed.).«A Insurreição pernambucana de 1645»(PDF). Consultado em 15 de abril de 2015. Arquivado dooriginal(PDF) em 2 de abril de 2015 
  66. «Do Recife a Manhattan». ISTOÉ. Consultado em 28 de julho de 2015 
  67. «Conexão Recife - Manhattan». Época. Consultado em 28 de julho de 2015 
  68. «Cemitério de NY guarda história de judeus do Brasil». Estadão. Consultado em 28 de julho de 2015 
  69. «Insurreição Pernambucana». História Brasileira. Consultado em 17 de novembro de 2016 
  70. «Afro-descendente recebe medalha». UOL. Consultado em 7 de março de 2015 
  71. «Cronologia do Quilombo dos Palmares». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de abril de 2015 
  72. ab«Cenário e personagens de um grande drama». Pitoresco.com. Consultado em 14 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 14 de setembro de 2008 
  73. Oliveira, Carla Mary S. (29 de agosto de 2007).Territory, Power, and Identities in the Captaincies of Northern Brazil (16th-18th Centuries): Portuguese Studies Review, Vol. 14, No. 1 (Special Issue) (ISSN 1057-1515). [S.l.]: Baywolf Press 
  74. Souto Maior, A. «Unidade X: O Sentimento Nativista». In: Companhia Editora Nacional.História do Brasil.1968 6ª ed. São Paulo: [s.n.] pp. 181–200 
  75. abcRenato Cancian (31 de julho de 2005).«Revolução pernambucana: República em Pernambuco durou 75 dias». Consultado em 1 de março de 2015 
  76. ab«Conspiração dos Suassunas». História Brasileira. Consultado em 9 de março de 2015. Arquivado dooriginal em 23 de setembro de 2011 
  77. «Pernambuco 1817 – A Revolução».Biblioteca Nacional. Consultado em 8 de julho de 2019 
  78. «Revolução pernambucana de 1817: a "Revolução dos Padres"».Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 16 de abril de 2017 
  79. abc«A Convenção de Beberibe; o primeiro episódio da independência do Brasil». Recife: Comissão Estadual das Comemorações do Sesquicentenário da Independência. Consultado em 27 de abril de 2017 
  80. ab«Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco: Fontes repatriadas». Recife: UFPE. p. 10. Consultado em 24 de março de 2019 
  81. «Revolução Pernambucana - Considerada o berço da democracia brasileira, revolta completa 200 anos». UOL. Consultado em 3 de julho de 2019 
  82. «A Confederação do Equador». Histórianet. Consultado em 27 de abril de 2017 
  83. «Gervásio Pires Ferreira». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 27 de abril de 2017 
  84. «Independência do Brasil é tema de passeio turístico neste sábado». Diario de Pernambuco. Consultado em 27 de abril de 2017 
  85. «Confederação do Equador». Britannica Escola. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  86. «Proclamada a Confederação do Equador». Ensinar História. Consultado em 13 de julho de 2019 
  87. «Confederação do Equador: Movimento extrapolou a simples conspiração». UOL. 19 de março de 2009. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  88. «DECRETO DE 7 DE JULHO DE 1824 - Publicação Original». Portal Câmara dos Deputados. Consultado em 31 de janeiro de 2017 
  89. ab«Revolução Praieira». Britannica Escola Online. Consultado em 20 de outubro de 2016. Arquivado dooriginal em 6 de setembro de 2016 
  90. Zacarias, Audenice Alves dos Santos (2017).A república oligárquica de Pernambuco: montagem e declínio do domínio de Francisco de Assis Rosa e Silva(PDF) (Tese de doutorado). Recife: UFPE. pp. 22–23 
  91. abAlmanaque Abril 2015. São Paulo: Abril. 2014. p. 693 
  92. «Fernando de Noronha (PE) - histórico».IBGE Cidades. Consultado em 12 de março de 2024 
  93. ab«Aspectos florísticos da vegetação de restinga no litoral de Pernambuco». SciELO. Consultado em 12 de julho de 2016 
  94. «Regiões Hidrográficas». Agência Nacional de Águas. Consultado em 21 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 2 de agosto de 2016 
  95. Marina Falcão (12 de dezembro de 2016).«Seca ameaça polo de confecção de PE». Consultado em 13 de junho de 2017 
  96. «Atlas de Bacias Hidrográficas de Pernambuco». Agência Pernambucana de Águas e Clima. Consultado em 27 de abril de 2024 
  97. Alvares, Clayton Alcarde; et al. (1 de dezembro de 2013).«Köppen's climate classification map for Brazil».Meteorologische Zeitschrift (6): 711–728.ISSN 0941-2948.doi:10.1127/0941-2948/2013/0507. Consultado em 7 de setembro de 2020. Arquivado dooriginal em 7 de abril de 2014 
  98. «Unidades de Conservação Estaduais - Pernambuco». CPRH - Pernambuco. Consultado em 10 de maio de 2015 
  99. ab«Unidades de Conservação». Instituto Chico Mendes. Consultado em 8 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 14 de abril de 2012 
  100. «Parque Nacional do Catimbau». sbuique.pe.gov.br/. Consultado em 16 de setembro de 2024 
  101. abc«Sinopse do Censo Demográfico 2010 - Pernambuco». IBGE. Consultado em 13 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 1 de outubro de 2011 
  102. «Mais da metade da população vive em 294 arranjos formados por contiguidade urbana e por deslocamentos para trabalho e estudo».IBGE. 25 de março de 2015. Consultado em 28 de março de 2015.Cópia arquivada em 28 de março de 2015 
  103. «Sinopse do Censo Demográfico 2010 - Pernambuco». IBGE. Consultado em 13 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 1 de agosto de 2013 
  104. «Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013 - Consulta». PNUD Brasil. Consultado em 29 de julho de 2013 
  105. «Estados do Brasil por rede de coleta de esgoto». R7. Consultado em 13 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 23 de outubro de 2011 
  106. ab«Demografia Médica no Brasil 2»(PDF). CFM. Consultado em 9 de março de 2013 
  107. «PNAD: insegurança alimentar nos domicílios cai de 30,2% em 2009 para 22,6% em 2013». IBGE. 20 de dezembro de 2014. Consultado em 18 de dezembro de 2014. Arquivado dooriginal em 6 de abril de 2015 
  108. «Renda média domiciliar per capita segundo Unidade da Federação - 2014». IBGE. Consultado em 5 de março de 2015. Arquivado dooriginal em 2 de março de 2015 
  109. «ESTIMATIVAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO BRASIL E UNIDADES DA FEDERAÇÃO COM DATA DE REFERÊNCIA EM 1º DE JULHO DE 2024»(PDF). IBGE. Consultado em 30 de agosto de 2024 
  110. IBGE.«Tabela 9606 - População residente, por cor ou raça, segundo o sexo e a idade». Consultado em 22 de setembro de 2024 
  111. «Revisiting the Genetic Ancestry of Brazilians Using Autosomal AIM-Indels» (em inglês). United States National Library of Medicine. Consultado em 17 de maio de 2015 
  112. «Funai em Pernambuco pode fechar as portas». Alepe[ligação inativa] |wayb= requer|url= (ajuda);Em falta ou vazio|url= (ajuda);|acessodata= requer|url= (ajuda)
  113. «Cronologia do Cultivo do Dendezeiro na Amazônia»(PDF). Embrapa. p. 12. Consultado em 5 de março de 2017 
  114. «Escravidão e resistência em Pernambuco». CPI-SP. Consultado em 17 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 14 de novembro de 2010 
  115. ab«Regiões de desembarque de africanos no Brasil» (em inglês). Trans-Atlantic Slave Trade. Consultado em 4 de junho de 2015 
  116. «O "Adão" Pernambucano e a "Capitoa"». História Hoje. Consultado em 3 de fevereiro de 2017 
  117. «Murillo La Greca». Fundaj. Consultado em 15 de abril de 2015 
  118. Os Herdeiros do poder, Francisco Antonio Doria
  119. abcdO papel da migração internacional na evolução da população brasileira (1872 a 1972)
  120. «Quase em casa: Fúria terá carinho de comunidade espanhola no Recife».GE. 12 de junho de 2023 
  121. «Alemães marcaram a história do estado». Consultado em 29 de junho de 2008. Arquivado dooriginal em 3 de março de 2016 
  122. Biblioteca Virtual Gilberto Freyre, ed. (28 de fevereiro de 1958).«Freyre da Casa Grande». Consultado em 29 de outubro de 2021. Arquivado dooriginal em 24 de novembro de 2007 
  123. abcd«Tabela 2094 - População residente por cor ou raça e religião». IBGE. Consultado em 23 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 1 de janeiro de 2023 
  124. «CNBB Nordeste 2». CNBB NE2. Consultado em 17 de maio de 2015 
  125. «Pernambuco é o Estado com a maior concentração de evangélicos do Nordeste». Jornal do Commercio. Consultado em 24 de maio de 2015 
  126. «Sítio de Pai Adão / Terreiro de Ilê Obá Ogunté». Fundaj. Consultado em 20 de abril de 2012 
  127. «Judeus em Pernambuco». Genealogia Freire. Consultado em 20 de abril de 2012 
  128. «Lei nº 9.868 de 10 de novembro de 1999». STF. 10 de novembro de 1999. Consultado em 7 de abril de 2011.Cópia arquivada em 10 de setembro de 2012 
  129. ab«Constituição do Estado de Pernambuco»(PDF). Governo do Estado de Pernambuco. Consultado em 26 de outubro de 2016. Arquivado dooriginal(PDF) em 15 de junho de 2013 
  130. ab«Raquel Lyra toma posse como primeira governadora de PE, se compromete a combater a fome e pede união em prol do estado».G1. 1 de janeiro de 2023. Consultado em 26 de maio de 2023 
  131. «Novo presidente do TJPE toma posse em cerimônia no Recife». G1. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  132. «Consulta de Comarcas». Tribunal de Justiça de Pernambuco. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  133. ab«Caracteristicas da Populacao e dos Domicílios: Resultados do Universo». IBGE. Consultado em 23 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 4 de outubro de 2012 
  134. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017).«Divisão Regional do Brasil». Consultado em 17 de agosto de 2017. Arquivado dooriginal em 17 de agosto de 2017 
  135. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017).«Divisão Regional do Brasil». Consultado em 9 de fevereiro de 2018.Cópia arquivada em 9 de fevereiro de 2018 
  136. «Exportações de Pernambuco (2018)».Plataforma DataViva. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  137. ab«Vocações». SDEC-PE. Consultado em 31 de maio de 2015 
  138. ab«Goiás é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país». Goiás Agora. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 27 de outubro de 2016 
  139. «Contas regionais - Estados brasileiros». IPEAData. Consultado em 4 de junho de 2015 
  140. «Pernambuco: Economia, Finanças Públicas e Investimentos nos Anos de 1985 a 1996». IPEA. Consultado em 4 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 20 de junho de 2015 
  141. «Pernambuco vive sua revolução industrial». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de maio de 2015 
  142. «Farmácia ganha destaque com o Polo Farmacoquímico de Pernambuco». NE10. Consultado em 26 de outubro de 2016. Arquivado dooriginal em 1 de maio de 2012 
  143. «PetroquímicaSuape é concluída». SDEC-PE. Consultado em 26 de outubro de 2016. Arquivado dooriginal em 26 de outubro de 2016 
  144. abc«Maior parque tecnológico do país, Recife vira a 'Índia brasileira'». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de maio de 2015 
  145. «PIB pernambucano superou o nacional em 2017».Folha de Pernambuco. Consultado em 8 de dezembro de 2021 
  146. ab«Suape - Histórico». Suape. Consultado em 6 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 4 de março de 2016 
  147. «Expectativa de aumento de consumo anima produtores de uva». G1. Consultado em 31 de maio de 2015 
  148. «Exportação impulsiona produção da acerola verde em PE». G1. Consultado em 31 de maio de 2015 
  149. «Produção Agrícola Municipal 2012». IBGE. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 13 de maio de 2014 
  150. «Em PE, boa fase do coco anima os produtores do Vale do São Francisco». G1. Consultado em 5 de junho de 2015 
  151. «Panorama do agronegócio de flores e plantas ornamentais no Brasil»(PDF). SOBER. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal(PDF) em 20 de junho de 2015 
  152. «Produtores de Pernambuco lucram ao trocar antigos canaviais pelo cultivo de flores». Revista Veja. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 11 de janeiro de 2003 
  153. «Região Nordeste sofre com maior estiagem dos últimos 40 anos». Globo. Consultado em 31 de maio de 2015 
  154. Perfil da Indústria de Pernambuco
  155. «Jeep Renegade tem produção comercial iniciada em Pernambuco». O Globo. Consultado em 31 de maio de 2015 
  156. «CBVP já produz em dezembro». SDEC-PE. Consultado em 4 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 3 de março de 2016 
  157. «Com 64 parques tecnológicos, desafio do Brasil agora é interiorização».Agência Brasil. 7 de dezembro de 2024. Consultado em 25 de agosto de 2025 
  158. «Recife concentra maior pólo de informática do país». Porto Digital. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 27 de julho de 2011 
  159. «SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SBRT 2023».SBRT 2023. Consultado em 25 de agosto de 2025 
  160. «Polo médico». Jornal do Commercio. Consultado em 8 de março de 2015. Arquivado dooriginal em 26 de dezembro de 2007 
  161. «Serviços médicos do Recife atraem cada vez mais estrangeiros». G1. Consultado em 24 de maio de 2015 
  162. «Outras notícias». PortodeGalinhas.com.br. Consultado em 31 de maio de 2015 
  163. ab«Turismo em Pernambuco». Governo de Pernambuco. Consultado em 21 de julho de 2016 
  164. «Pesquisa revela hábitos de consumo do turista brasileiro». Ministério do Turismo. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 7 de novembro de 2009 
  165. «Pernambuco é eleito terceiro melhor polo de eventos internacionais do Brasil». Jornal do Commercio. Consultado em 31 de maio de 2015 
  166. abc«Tudo sobre o turismo em Pernambuco». Diario de Pernambuco. Consultado em 23 de julho de 2016 
  167. «Piscinas e toboáguas; veja os maiores parques aquáticos do Brasil». Terra. Consultado em 23 de julho de 2016 
  168. «Erosão e progradação do litoral brasileiro - Pernambuco»(PDF). Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 21 de setembro de 2014. Arquivado dooriginal(PDF) em 24 de setembro de 2014 
  169. «Baía do Sancho, em Noronha, é eleita melhor praia do mundo pela 2ª vez». G1. Consultado em 23 de julho de 2016 
  170. «Fernando de Noronha (PE)». IPHAN. Consultado em 23 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 29 de agosto de 2016 
  171. ab«Catálogo - ID: 44158». IBGE. Consultado em 8 de junho de 2018 
  172. «Real Hospital Português - Institucional - Histórico». RHP. Consultado em 27 de maio de 2018. Arquivado dooriginal em 22 de fevereiro de 2016 
  173. «Correia Picanço». Fundaj. Consultado em 31 de maio de 2015 
  174. «Estados@». IBGE. Consultado em 19 de setembro de 2011. Arquivado dooriginal em 17 de dezembro de 2010 
  175. «Hospitais». SES-PE. Consultado em 23 de julho de 2016 
  176. «Emergência da Restauração exige longas esperas por boas notícias». NE10. Consultado em 23 de julho de 2016 
  177. «Hospital da Restauração». SES-PE. Consultado em 23 de julho de 2016 
  178. «Especialista defende a criação de pelo menos seis bancos de pele no Brasil». EBC. Consultado em 31 de maio de 2015 
  179. ab«Olinda comemora 184 anos do curso de Direito no Brasil». Prefeitura de Olinda. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 20 de novembro de 2012 
  180. «QS Latin University Rankings 2013». Top Universities. Consultado em 28 de maio de 2013 
  181. «Pela 3ª vez, USP lidera ranking das melhores universidades da América Latina». Folha de S.Paulo. Consultado em 28 de maio de 2013 
  182. «Ranking Universitário Folha». Folha de S.Paulo. Consultado em 20 de setembro de 2012 
  183. «Recife, nas asas da liberdade!». UFPE. Consultado em 24 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 3 de outubro de 2016 
  184. «Falecimento do Professor Afonso Pereira da Silva». Câmara dos Deputados. Consultado em 24 de julho de 2016 
  185. «Eusébio de Queirós, o precoce jurista e Ministro». Carta Forense. Consultado em 24 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 21 de agosto de 2012 
  186. «Augusto dos Anjos». Educação.Globo.com. Consultado em 24 de julho de 2016 
  187. «José Lins do Rego». UOL. Consultado em 24 de julho de 2016 
  188. «Os 9 melhores cursos de Direito do Brasil». Guia do Estudante. Consultado em 31 de maio de 2015 
  189. «Lei nº 13.016, de 21 julho de 2014». Planalto.gov.br. Consultado em 3 de maio de 2015 
  190. «Excelência e qualidade: CAp da UFPE é a melhor escola pública do país». Globo Educação. Consultado em 3 de julho de 2013 
  191. ab«Evolução da malha rodoviária pavimentada total pista dupla por Região e Unidade da Federação - 2001-2015 — Anuário CNT do Transporte 2016». CNT. Consultado em 24 de junho de 2016. Arquivado dooriginal em 27 de junho de 2016 
  192. «Cinco Pontas». Estações Ferroviárias do Brasil. Consultado em 22 de abril de 2015 
  193. abAllen Morrison.«Tramway Pioneers in Latin America» (em inglês). Tramway pioneers. Consultado em 8 de julho de 2015 
  194. ab«No tempo da maxambomba». FAPESP. Consultado em 21 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 25 de abril de 2015 
  195. «Zepelim». Fundaj. Consultado em 6 de março de 2015 
  196. «Mapa multimodal de Pernambuco»(PDF). Ministério dos Transportes. Consultado em 14 de julho de 2016. Arquivado dooriginal(PDF) em 6 de agosto de 2016 
  197. «Melhor porto, Suape teve investimento de R$ 7 bilhões». Estadão. Consultado em 17 de março de 2013 
  198. ab«Dados Estatísticos». ANAC. 2018. Consultado em 17 de fevereiro de 2019. Arquivado dooriginal em 9 de junho de 2016 
  199. «Recife: muitas novidades no melhor aeroporto do País». Secretaria de Aviação Civil. Consultado em 21 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 8 de fevereiro de 2016 
  200. «Petrolina vai usar cargueiro da Air France para exportar frutas». Codevasf. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  201. «Instituições vinculadas». SDEC-PE. Consultado em 21 de abril de 2015 
  202. «Suape - Porto e Complexo Industrial». Fundaj. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  203. «Condições das Rodovias - Pernambuco». DNIT. Consultado em 21 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 29 de outubro de 2015 
  204. «Rodovias do Estado». DER-PE. Consultado em 21 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 4 de maio de 2013 
  205. «BR-232 terá 273 km que vão a concessão». Jornal do Commercio. Consultado em 21 de julho de 2016 
  206. «Ferrovia Transnordestina está inacabada após 10 anos de obras». Jornal do Commercio. Consultado em 21 de julho de 2016 
  207. «Metrô do Recife». Fundaj. Consultado em 21 de julho de 2016 
  208. «Falhas no metrô do Recife deixaram população sem transporte 30 vezes este ano». Jornal do Commercio. Consultado em 21 de julho de 2016 
  209. «Aurora Pernambucana (jornal)». Fundaj. Consultado em 19 de maio de 2009 
  210. «O mais antigo dos jornais». La Insignia. Consultado em 21 de abril de 2015 
  211. «Rádio Clube AM (PE)». Diários Associados. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 11 de março de 2012 
  212. «O Rádio no Brasil». Museu do Rádio. Consultado em 24 de julho de 2016 
  213. «Dados». Ministério das Comunicações. Consultado em 24 de julho de 2016 
  214. «Mário Schenberg - Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas»(PDF). CBPF. Consultado em 17 de abril de 2015 
  215. «Notáveis: Leopoldo Nachbin». Canal Ciência. Consultado em 17 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 30 de julho de 2012 
  216. «Observatório da educação em engenharia»(PDF). UFJF. Consultado em 6 de junho de 2015. Arquivado dooriginal(PDF) em 22 de junho de 2015 
  217. «Por uma universidade no Rio de Janeiro — Apresentação — Luís Freire».Website de Simon Schwartzman. Consultado em 6 de junho de 2015 
  218. «Instituições da Rede». Consultado em 18 de julho de 2016. Arquivado dooriginal em 12 de agosto de 2014 
  219. «A cidade do Recife é a capital do conhecimento tecnológico do Brasil».Globo. Consultado em 21 de junho de 2015 
  220. «Méritos e reconhecimento».Porto Digital. Consultado em 21 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 27 de maio de 2015 
  221. «Marcada para julho, Campus Party Recife foca em cidades inteligentes».G1. Consultado em 6 de junho de 2015 
  222. ab«Mais quatro alunos do Centro de Informática da UFPE são selecionados para Microsoft». UFPE. Consultado em 17 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 6 de julho de 2011 
  223. «Centro de Informática (CIn) da UFPE: 37 anos de inovação tecnológica». Globo Universidade. Consultado em 6 de junho de 2015 
  224. «Unesp e UFPE são escolhidas para fazer pesquisas da Microsoft». UOL. Consultado em 17 de abril de 2015 
  225. ab«Na maior festa de São João do mundo, público chega a 1,5 milhão de pessoas». ClicRBS. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 19 de abril de 2015 
  226. Isabel Cristina Martins Guillen (2008).«Tradições e traduções na cultura popular em Pernambuco: entre a diversidade e a homogeneidade». Fundaj. Consultado em 13 de dezembro de 2015 
  227. ab«Cultura de Pernambuco». PE. Consultado em 12 de dezembro de 2015 
  228. «O Galo da Madrugada». Fundaj. Consultado em 5 de março de 2015 
  229. «O frevo em Olinda». Prefeitura de Olinda. Consultado em 13 de julho de 2015. Arquivado dooriginal em 20 de julho de 2011 
  230. «Recife: O carnaval mais democrático do Brasil encanta com o bloco Galo da Madrugada». Agência EFE. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 3 de março de 2016 
  231. ab«Frevo é declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco». O Globo. Consultado em 9 de março de 2015 
  232. ab«Maracatus e Cavalo-Marinho recebem título de Patrimônio Cultural Imaterial». G1. Consultado em 20 de abril de 2015 
  233. «O maracatu». Nova Escola. Consultado em 22 de fevereiro de 2017 
  234. «Baião». Fundaj. Consultado em 21 de abril de 2015 
  235. «Xaxado». Fundaj. Consultado em 21 de abril de 2015 
  236. «Recife - O 'mangue beat'». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de maio de 2015 
  237. ab«Global Igor Rickli, que fará Jesus na Paixão de Cristo, chega ao Recife». G1. Consultado em 3 de maio de 2015 
  238. ab«Dez filmes marcantes do cinema pernambucano». SaraivaConteúdo. Consultado em 17 de julho de 2015 
  239. «Brejo da Madre de Deus». Paixão de Cristo de Nova Jerusalém. Consultado em 26 de outubro de 2016. Arquivado dooriginal em 15 de outubro de 2015 
  240. «CNFCP recebe exposição dos bonecos mamulengos». IPHAN. Consultado em 31 de maio de 2015 
  241. «Vik Muniz conta como investiga temas que vão da alta cultura a Simpsons». Correio Braziliense. Consultado em 24 de maio de 2015 
  242. «Paulo Freire, o mentor da educação para a consciência». Nova Escola. Consultado em 18 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 22 de outubro de 2013 
  243. «Gilberto Freyre digital». ISTOÉ. Consultado em 18 de abril de 2015 
  244. «Joaquim Nabuco e os abolicionistas britânicos — Correspondência, 1880-1905»(PDF). SciELO. Consultado em 8 de julho de 2016 
  245. «PGM 102 - Madrigal Melancólica». TV Cultura. Consultado em 8 de junho de 2015. Arquivado dooriginal em 24 de julho de 2015 
  246. «Há 36 anos, a literatura brasileira perdia Clarice Lispector». EBC. Consultado em 18 de abril de 2015. Arquivado dooriginal em 25 de maio de 2015 
  247. ab«Patrimônio Imaterial de Pernambuco». Fundaj. Consultado em 31 de maio de 2015 
  248. abcd«Um pouco de história». IBRAC. Consultado em 18 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal em 22 de fevereiro de 2015 
  249. ab«Cachaça, 500, tem sabores e aromas diferentes em cada região do país». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de junho de 2017 
  250. ab«A feijoada não é invenção brasileira». Superinteressante. Consultado em 25 de junho de 2017 
  251. ab«O Carapuceiro (jornal)». Fundaj. Consultado em 25 de junho de 2017 
  252. ab«Comida: Conheça a rota da tapioca». Folha de S.Paulo. Consultado em 25 de junho de 2017 
  253. ab«Cozinha Pernambucana». Fundaj. Consultado em 27 de junho de 2015 
  254. ab«Como é feita a cachaça?». Superinteressante. Consultado em 25 de junho de 2017 
  255. «Via Brasil: Pernambuco, o paraíso dos doces». G1. Consultado em 13 de março de 2017 
  256. «Chegou o novo Guia Brasil 2013 do Guia Quatro Rodas». Abril. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 30 de junho de 2015 
  257. «Terceiro pólo gastronômico do País, Recife agrada a todos». Terra. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 2 de abril de 2015 
  258. «Museus». Pernambuco.com. Consultado em 6 de junho de 2015 
  259. Governo de Pernambuco (ed.).«Museu do Estado de Pernambuco». Consultado em 1 de março de 2015 
  260. «Museu do Homem do Nordeste». Fundaj. Consultado em 31 de maio de 2015 
  261. «Brasil tem 12 dos 25 melhores museus da América do Sul, diz pesquisa». UOL. Consultado em 31 de maio de 2016 
  262. «Oficina Cerâmica Francisco Brennand». TV Brasil. Consultado em 31 de maio de 2016 
  263. ab«Ricardo Brennand: o senhor das armas». Guia do Estudante. Consultado em 28 de julho de 2014. Arquivado dooriginal em 10 de setembro de 2016 
  264. «Brasil tem dois museus entre os melhores do mundo segundo turistas». G1. Consultado em 21 de setembro de 2014 
  265. «Arena de Pernambuco receberá partida entre Brasil e Peru pelas Eliminatórias da Copa». Folha de Pernambuco. Consultado em 21 de outubro de 2021 
  266. «CBF volta a reconhecer Sport como único campeão brasileiro de 1987». Globo. Consultado em 31 de maio de 2015 
  267. ab«Federação Pernambucana de Futebol». FPF. Consultado em 18 de julho de 2016 
  268. «Vídeo: A 900 dias do Mundial, maquete da Cidade da Copa é divulgada». NE10. Consultado em 31 de maio de 2015. Arquivado dooriginal em 23 de maio de 2012 
  269. «Sport é campeão sul-americano de hóquei». Jornal do Commercio. Consultado em 1 de maio de 2013 
  270. «De virada como na primeira partida, Sport bate Americana e é campeão». Globo.com. Consultado em 6 de maio de 2013 
  271. «"Leoas" dão bote no fim, e Sport conquista o Sul-Americano feminino». Globo.com. Consultado em 13 de junho de 2014 
  272. Comitê Olímpico Brasileiro.«Yane Marques». Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  273. Comitê Olímpico Brasileiro.«Pampa». Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  274. Comitê Olímpico Brasileiro.«Dani Lins». Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  275. Comitê Olímpico Brasileiro.«Jaqueline Carvalho». Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  276. CBB.«Eduardo Agra»(PDF). Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  277. «É campeão! Brasil vence a Sérvia e conquista seu primeiro título mundial».Globoesporte. Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  278. COB.«Keila Costa». Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  279. Comitê Olímpico Brasileiro.«Etiene Medeiros». Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  280. «Que fim levou».Terceiro Tempo. Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  281. «Folclórico, ex-boxeador Todo Duro voltará aos ringues em novembro».Globoesporte. Consultado em 19 de fevereiro de 2022 
  282. «Pontos Facultativos, Feriados, Festas». Governo de Pernambuco. Consultado em 31 de maio de 2015 

Ligações externas

[editar |editar código]
Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
WikcionárioDefinições noWikcionário
WikiquoteCitações noWikiquote
CommonsImagens emedia noCommons
CommonsCategoria noCommons
WikinotíciasCategoria noWikinotícias
WikivoyageGuia turístico noWikivoyage
História
Conflitos
Entidades
político-territoriais
Fatos e locais
Histórias municipais
Pernambuco
Política
Geografia
Geral
Subdivisões
Demografia
Economia
Infraestrutura
Geral
Transporte
Cultura
Capital
Divisão regional vigente
(desde 2017)
Divisão regional extinta
(vigente até 2017)
Regiões metropolitanas
eRIDEs
Municípios com mais de
500.000 habitantes
Municípios com mais de
200.000 habitantes
Municípios com mais de
100.000 habitantes
Municípios com mais de
50.000 habitantes
Secretarias
Segurança
Autarquias
Empresas
Extintas/Privatizadas
Estados
Localização do Nordeste no mapa do Brasil.
História
Geografia
Economia
Outros tópicos
Região Centro-Oeste
Região Nordeste
Região Norte
Região Sudeste
Região Sul
Controle de autoridade

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pernambuco&oldid=71255262"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp