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Período Populista

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Estados Unidos do Brasil
Brasil

1946 – 1964
FlagBrasão
Bandeira do BrasilBrasão de armas do Brasil
Lema nacional
Ordem e Progresso
Hino nacional
Hino Nacional Brasileiro
noicon


Localização de Brasil
Localização de Brasil
Extensão territorial do Brasil
ContinenteAmérica
RegiãoAmérica do Sul
CapitalRio de Janeiro (1946–1960)
Brasília (1960–1964)
Língua oficialPortuguês
Governorepública federativapresidencialista (1946–1961) (1963–1964)
república federativaparlamentarista (1961–1963)
Presidente da República
 • 1946–1951Eurico Gaspar Dutra
 • 1951–1954Getúlio Vargas
 • 1954–1955Café Filho
 • 1955Carlos Luz
 • 1955–1956Nereu Ramos
 • 1955–1961Juscelino Kubitschek
 • 1961Jânio Quadros
 • 1961Ranieri Mazzilli
 • 1961–1964João Goulart
Presidente do Conselho de Ministros
 • 1961–1962Tancredo Neves
 • 1962Brochado da Rocha
 • 1962–1963Hermes Lima
LegislaturaCongresso Nacional
 •Câmara altaSenado Federal
 •Câmara baixaCâmara dos Deputados
Período históricoGuerra Fria
Modernismo
 • 31 de janeiro de1946Posse do PresidenteEurico Gaspar Dutra
 • 18 de setembro de1946Promulgação daConstituição de 1946
 • 31 de março de1964Golpe Militar de 1964
População
 •  est.81,71 milhões 
MoedaCruzeiro

República Populista,Quarta República Brasileira,República Nova,Período Democrático eRepública de 46 referem-se aoperíodo da história doBrasil que tem início com o fim do governo provisório deJosé Linhares (31 de janeiro de 1946), que por sua vez, teve início após a renúncia forçada deGetúlio Vargas (29 de outubro de 1945), pondo fim aoEstado Novo. Neste período dahistória brasileira aPetrobras, sob osegundo governo de Vargas (1951–1954), é fundada e a capital nacional é transferida doRio de Janeiro para acidade planejada deBrasília.

Segundo Zicman de Barros e Lago, a expressão "República Populista" foi empregada pela primeira vez porCelso Lafer em 1971.[1] Por sua vez, a palavra "populismo" entra no léxico político brasileiro precisamente na segunda metade dos anos 1940.[1][2] Ela foi inicialmente usada para nomear políticos carismáticos capazes de mobilizar grandes novas massas formadas a partir da migração de trabalhadores para as grandes cidades. No contexto de democratização do país, esses novos contingentes eleitorais escapavam das dinâmicas devoto de cabresto, sendo incorporados à vida política nacional. Se a palavra foi por vezes utilizada de forma pejorativa, sendo associada àdemagogia e à manipulação, de modo geral ele carregava uma conotação positiva, sendo reivindicada por diversos políticos.[1]

O dito "período populista" termina em 31 de março de 1964, com oGolpe Militar de 1964, que depôs o então presidente eleito democraticamenteJoão Goulart.[3] O governo da época, atordoado pelas críticas de todos os lados e fustigado pelos problemas econômicos que se avolumavam, optou pelo apoio das esquerdas. Em 31 de março, à noite, o movimento militar eclodiu emBelo Horizonte e espalhou-se rapidamente por todo oBrasil, praticamente sem reação daesquerda. Alguns políticos e líderes críticos ao regime foram presos ou optaram pelo exílio, como Goulart, que exilou-se noUruguai. Era o início daditadura militar no Brasil.

Transição

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Ver também:Estado Novo (Brasil)

Os anos de 1945 e 1946 foram marcantes para o Brasil. No curto espaço de tempo entre a deposição deGetúlio Vargas, a 29 de outubro de 1945, e a promulgação de umanova Constituição, em 18 de setembro de 1946, ocorreram fatos decisivos para a evolução de processo histórico brasileiro.[4]

Em 1945, Getúlio Vargas foi deposto, reinstituindo opluripartidarismo e as eleições livres; tomou posse o substituto de Vargas, o MinistroJosé Linhares. Dentre as maiores preocupações do antigo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro José Linhares, estava a realização de novas eleições. Os principais partidos recém-criados — oPartido Social Democrático (PSD), oPartido Trabalhista Brasileiro (PTB) e aUnião Democrática Nacional (UDN), ao lado de outros menores, como oPartido Comunista Brasileiro (PCB) — indicaram seus candidatos.

Em 1946, entrou em vigor uma novaconstituição, aConstituição de 1946, e aseleições realizadas em 1946 conduziram ao poder, comopresidente, o GeneralEurico Gaspar Dutra.[5]

Governo Dutra (1946–1951)

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Ver artigo principal:Governo Eurico Gaspar Dutra
Eurico Gaspar Dutra, presidente entre 1946 e 1951.

Dutra candidatou-se peloPartido Social Democrático (PSD), em coligação com oPartido Trabalhista Brasileiro (PTB), e venceu as eleições de 2 de dezembro de 1945, com 3.351.507 votos, superandoEduardo Gomes daUnião Democrática Nacional eIedo Fiúza doPartido Comunista do Brasil. Para vice-presidente, a escolha recaiu sobre o político catarinenseNereu Ramos, também do PSD, eleito pelaAssembleia Nacional Constituinte de 1946. (Quando Dutra foi eleito presidente, ainda estava em vigência aConstituição de 1937, que não previa a figura do vice-presidente.)[carece de fontes?]

Dutra assumiu o governo em 31 de janeiro de 1946, juntamente com a abertura dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, em clima da mais ampla liberdade. O pacto constitucional surgiu do entendimento dos grandes partidos do centro liberal, o PSD e a UDN, embora ali tivessem assento atuantes bancadas de esquerda, como as do Partido Comunista do Brasil (PCB) e PTB. Dutra não interferiu nas decisões, mesmo quando teve seu mandato reduzido de seis para cinco anos, pois fora eleito na vigência daConstituição de 1937 que previra mandato de 6 anos. O quinquênio presidencial, que começara com a proibição do jogo no Brasil (abril de 1946), entraria no ano de 1948 em sua fase mais característica, marcada pelo acórdão do Tribunal Superior Eleitoral que considerou fora da lei o PCB (1947) e depois pela ruptura de relações com a União Soviética (1948).[carece de fontes?]

Governo Vargas (1951–1954)

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Ver artigo principal:Governo Getúlio Vargas (1951-1954)

No campo político, uma novaideologia empolgou amplos setores daclasse média,militares,estudantes, profissionais liberais,intelectuais,operários: onacionalismo, cuja expressão mais significativa foi a campanha "O petróleo é nosso!" da qual surgiram a lei domonopólio estatal da prospecção e do refino do petróleo e a criação daPetróleo Brasileiro S/A (Petrobras), em outubro de 1953.[carece de fontes?]

Logomarca daPetrobras nos anos 1950.

Em que pese o apoio dos nacionalistas à defesa dopetróleo e à tendência estatizante de seu governo, Vargas começou a detectar sinais claros da insatisfação de setores estratégicos de opinião, sobretudo dos representantes do capital estrangeiro e daburguesia nacional. Não obstante, também a classe média dava mostras de impaciência, como ficou claro pela eleição deJânio Quadros para a prefeitura deSão Paulo, sem apoio dos grandes partidos. Getúlio procedeu a uma mudança ministerial: convocou, para o ministério da Fazenda,Osvaldo Aranha, que atenuou a política cambial e tomou medidas de estabilização econômica; e para o do Trabalho, um jovem políticogaúcho, até então desconhecido,João Goulart, que iniciou alianças com o movimento operário, em substituição à política populista de Vargas.[carece de fontes?]

Porém, Getúlio não conseguiu conduzir tão bem o seu governo. Pressionado por uma série de eventos, em 1954 Getúlio Vargas cometesuicídio dentro doPalácio do Catete. Seu vice-presidente passou a dirigir o país,João Fernandes Campos Café Filho.

Governo Kubitschek (1956–1961)

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Ver artigo principal:Governo Juscelino Kubitschek
Construção daEsplanada dos Ministérios deBrasília, a nova capital nacional, em 1959.

Em 1955,Juscelino Kubitschek foi eleito presidente e tomou posse em janeiro de 1956, ainda que tenha enfrentado tentativas de golpe. João Goulart tenha sido eleito vice-presidente e assumiu o cargo naquele mesmo ano. O governo de Kubitschek caracterizou-se pelo chamadodesenvolvimentismo, doutrina que se detinha nos avanços técnico-industriais como suposta evidência de um avanço geral do país. O lema do "desenvolvimentismo" sob Juscelino foi50 anos em 5. Em 1960, Kubitschek inaugurouBrasília, a nova capital doBrasil.[6]

O quinquênio deJuscelino Kubitschek voltou-se para o desenvolvimento econômico e a política deindustrialização. Expandiu-se a infraestrutura de rodovias, ferrovias e portos, energia elétrica, armazéns e silos. A fim de atenuar as disparidades regionais, Juscelino criou aSuperintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) e promoveu a interiorização, através de uma rede de estradas e damudança da capital paraBrasília. Essa foi uma época de industrialização do país. Iniciou-se a fase de implantação das indústrias de bens de consumo duráveis e de bens de produção. Instalaram-se as indústrias automobilística, de eletrodomésticos, de construção naval, de mecânica pesada, de cimento, de papel e de celulose.[7]

Governo Jânio Quadros (1961)

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Ver artigo principal:Governo Jânio Quadros
Jânio Quadros eArturo Frondizi, o entãoPresidente da Argentina.
Jânio Quadros condecora Ernesto Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, 1961.Arquivo Nacional.

Já em 1961,Jânio Quadros (eleito em 1960) assumiu a presidência, mas renunciou em agosto do mesmo ano. Jânio, um ex-professor paulista que pregava a moralização do governo e era membro doPTN, veio a adotar uma política moralista (como a proibição debiquínis nas praias) e uma política externa independente, vindo a se encontrar com o revolucionárioargentinoErnesto Che Guevara por razões diplomáticas. Jânio pediu a libertação de 20 padres espanhóis presos em Cuba, o que foi concedido. Com a libertação dos presos, Jânio decidiu condecorar Che, o que provocou uma indignação dos setores civis e militares mais conservadores.[8]

A fórmula adotada por Jânio foi combinar uma política interna conservadora, deflacionista e antipopular, com umapolítica externa de rompantes independentes, para atrair a simpatia da esquerda. Muito mais retórica que efetiva, essa política, que se notabilizou por ataques àChina nacionalista e pela condecoração do líder daRevolução Cubana Ernesto "Che" Guevara, acabou por atrair a desconfiança daburguesia e a ira dos militares. O aumento das tarifas públicas, a ampliação da carga horária daburocraciaestatal e a preocupação demagógica com questões insignificantes, como a proibição das brigas de galo e de transmissões de televisão que mostrassem moças de biquíni, acabaram por desgastar o apoio que ainda recebia daopinião pública.[carece de fontes?]

Acredita-se atualmente que Jânio Quadros tentou promover o autogolpe, ou seja, renunciar para voltar com plenos poderes, apostando que o Congresso não aceitaria a renúncia por causa do vice João Goulart, ligado à esquerda trabalhista. Mas, se for verdade, falhou, e o Congresso aceitou sua renúncia.

Governo Ranieri Mazzili (1961)

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Ranieri Mazzilli
Ver artigo principal:Governo Ranieri Mazzilli

Ranieri Mazzili, na qualidade de presidente da Câmara dos Deputados, conforme previa a Constituição vigente, assumiu a presidência da República algumas vezes, dentre elas duas especialmente marcantes. A primeira foi em 25 de agosto de 1961, em virtude da renúncia deJânio Quadros e da ausência do vice-presidenteJoão Goulart, que se encontrava em missão naChina. Nesta ocasião os ministros militares do governo Jânio Quadros — generalOdílio Denys (Exército), brigadeiroGabriel Grün Moss (Aeronáutica) e almiranteSílvio Heck (Marinha) — formaram umajunta militar informal que tentou impedir, sem sucesso, a posse de João Goulart, abrindo-se uma grave crise político-militar no país. A solução para o impasse foi a aprovação pelo Congresso, em 2 de setembro, de uma emenda à Carta de 1946, instaurando o sistema parlamentarista de governo. João Goulart assumiu, então, a presidência em 7 de setembro de 1961.[9]

A segunda vez que o presidente da Câmara dos Deputados Ranieri Mazzilli assumiu a presidência da República interinamente de forma marcante, foi em 2 de abril de 1964, por ocasião dogolpe de Estado que depôs o presidente João Goulart.[10] Em menos de três anos, era a sexta vez que assumia o cargo interinamente. Apesar disso, o poder de fato passou a ser exercido por uma junta militar, autodenominadaComando Supremo da Revolução, composta por três de seus ministros: o generalArtur da Costa e Silva, o vice-almiranteAugusto Rademaker Grünewald e o tenente-brigadeiroFrancisco de Assis Correia de Melo. No dia 15 de abril, entregou o cargo ao marechalHumberto de Alencar Castelo Branco, que venceu umaeleição indireta no dia 11 de abril. Embora não seja militar, seu segundo governo é considerado o primeiro daquinta República, mais conhecida como regime ou ditadura militar.[11]

Governo Goulart (1961–1964)

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Ver artigo principal:Governo João Goulart
Ver também:Golpe de Estado no Brasil em 1964
Jango (João Goulart) durante sua visita aosEstados Unidos, em 1962.

O vice-presidenteJoão Goulart, conhecido como Jango, assumiu após uma rápida crise política: os militares não queriam aceitá-lo na presidência, alegando o "perigo comunista". Além de ex-ministro trabalhista, Goulart encontrava-se naChina quando da renúncia de Jânio Quadros (que, pela teoria do autogolpe, tentou aproveitar-se dessa viagem de seu vice). Uma solução intermediária é acertada e instala-se oparlamentarismo no Brasil. Em pouco mais de um ano, sucederam-se três Presidentes do Conselho de Ministros —Tancredo Neves,Brochado da Rocha eHermes Lima. Com apoio nas bases populares e sindicalistas, Goulart conseguiu antecipar oplebiscito para janeiro de 1963 e reverteu facilmente o sistema para opresidencialismo. Assim, em 1963, João Goulart recuperou a chefia de governo com o plebiscito que aprovou a volta do presidencialismo.

Goulart passou então a manobrar para manter o apoio das bases populares e sindicais e ao mesmo tempo atrair as simpatias do centro político. Para isso, lançou o plano trienal de desenvolvimento econômico e social, em que defendia conjuntamente as reformas de base, agrárias e urbanas, medidas anti-inflacionárias clássicas e investimentos estrangeiros. O resultado foi exatamente o oposto. O plano foi atacado tanto pela esquerda quanto pelosconservadores, todos preocupados mais com as implicações políticas que com os resultados práticos. O governo, atordoado pelas críticas de todos os lados e fustigado pelos problemas econômicos que se avolumavam, optou pelo apoio das esquerdas. Em31 de março, à noite, o golpe militar eclodiu emBelo Horizonte e espalhou-se rapidamente por todo oBrasil, praticamente sem reação daesquerda. Alguns políticos e líderes críticos ao regime foram presos ou optaram pelo exílio, como Goulart que se exilou noUruguai. Em2 de abril, o presidente do SenadoAuro de Moura Andrade declara vaga a Presidência da República e empossa o presidente da Câmara dos Deputados,Ranieri Mazzilli.[10] Era o início daditadura militar no Brasil.

Eleições

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Ver também

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Referências

  1. abcThomás Zicman de Barros e Miguel Lago (2022).Do que falamos quando falamos de populismo. São Paulo: Companhia das Letras 
  2. Sebastián Ronderos e Thomás Zicman de Barros (2020).«Populismo e Antipopulismo na Política Brasileira: Massas, Lógicas Políticas e Significantes em Disputa».Aurora.12 (36).doi:10.23925/v12n36_dossie2 
  3. Cultura Brasil.«A Era do Populismo». Consultado em 2 de abril de 2011. Arquivado dooriginal em 19 de maio de 2011 
  4. Governo do Brasil (ed.).«Constituição de 1946». Consultado em 13 de dezembro de 2015 
  5. Fausto, Boris.História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
  6. «50 anos em 5: o Plano de Metas | CPDOC».cpdoc.fgv.br. Consultado em 18 de julho de 2017 
  7. «A criação da Sudene | CPDOC».cpdoc.fgv.br. Consultado em 18 de julho de 2017 
  8. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do.«JANIO DA SILVA QUADROS».CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 22 de dezembro de 2020 
  9. «Paschoal Mazzilli». Uol Educação. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  10. ab«Ouça o áudio e leia trechos da sessão do Congresso que depôs Jango». G1. 31 de março de 2014. Consultado em 10 de janeiro de 2017 
  11. Lira Neto.«Prólogo». In: Contexto.Castello: A marcha para a ditadura.2004. [S.l.: s.n.] p. 17.ISBN 857244257X. Consultado em 1 de agosto de 2009 

Ligações externas

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