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| Pedro Calmon | |
|---|---|
Pedro Calmon | |
| Nome completo | Pedro Calmon Moniz de Bittencourt |
| Nascimento | |
| Morte | 16 de junho de1985 (82 anos) |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Progenitores | Mãe: Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt Pai: Pedro Calmon Freire Bittencourt |
| Ocupação | professor,político,historiador,biógrafo,ensaísta eorador |
| Magnum opus | História da Civilização Brasileira (1932) |
Pedro Calmon Moniz de Bittencourt, mais conhecido comoPedro Calmon (Amargosa,23 de dezembro de1902 –Rio de Janeiro,16 de junho de1985), foi umprofessor,político,historiador,biógrafo,ensaísta eoradorbrasileiro.
Pedro Calmon nasceu no interior daBahia na cidade de Amargosa, filho de Pedro Calmon Freire de Bittencourt e Maria Romana Moniz de Aragão Calmon de Bittencourt.
Sua origem vem de casamentos de famílias importantes, como era o costume da época, dos Nogueira da Gama, descendentes doMarquês de Baependi com famílias importantes da Bahia e da famíliamarquês de Abrantes, sendo primo do reitor da UFBAMiguel Calmon du Pin e Almeida Sobrinho.
Em 1920 ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, que cursou por dois anos. Em 1922 transferiu-se para o Rio de Janeiro, para secretariar a Comissão Promotora dos Congressos do Centenário da Independência, continuando seus estudos na Universidade do Rio de Janeiro, atualFaculdade Nacional de Direito daUniversidade Federal do Rio de Janeiro, diplomando-se em 1924.
Foi secretário particular do Ministro da Agricultura no governoArtur Bernardes, habilitando-se, em 1925, no concurso de provas para conservador doMuseu Histórico Nacional, onde realizou ampla reforma administrativa, criando também a cadeira de História da Civilização Brasileira, para a qual escreveu um livro com o mesmo título.
Em 1926 estreou na tribuna doInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) como orador, na comemoração do terceiro centenário de emancipação da Bahia do domínio holandês, sendo eleito sócio efetivo em 1931, orador oficial de 1938 a 1968 e presidente a partir de 1968, tornando-se sócio grande-benemérito.
De 1927 a 1930, tendo ingressado na política como deputado estadual pela Bahia, em 1935 foi eleito deputado federal, voltando em 1950 como ministro da Educação e Saúde (1950—1951) noGoverno Eurico Dutra.
O seu primeiro trabalho jurídico data de 1926 –Direito de Propriedade, inicialmente destinado a tese dedoutorado. Em 1933, publicou os livros sobre D. Pedro I, Gomes Carneiro e Marques de Abrantes; em 1935 publicou o 1° tomo daHistória Social do Brasil - obras que o habilitaram a candidatar-se para aAcademia Brasileira de Letras, sendo premiado pela Academia em 1929 pela obraO Romance de Belchior – romance histórico.
Foi candidato a deputado em 1933 para a Assembleia Nacional Constituinte, obtendo porém apenas a 13º suplência do cargo pela legenda "A Baía ainda é a Baía". Em 1934 tornou-se, por concurso, livre docente de Direito Público Constitucional naFaculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, em 1939 catedrático da mesma Faculdade de que também foi diretor por 10 anos (1938 — 1948). Em 1948 ascendeu à Reitoria da Universidade do Brasil, de que esteve à frente por dois períodos: 1948 — 1950 e 1951 — 1966. Em 1935 regeu a cadeira de História da Civilização Brasileira na Universidade do Distrito Federal. Foi também professor daPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro desde a sua fundação em 1940, e da Faculdade de Filosofia daUniversidade Santa Úrsula no Rio de Janeiro. Conquistou em 1955 a cátedra de História do Brasil doColégio Pedro II com uma tese de concurso sobre a análise da documentação inédita acerca das minas de prata.
Pela atividade no magistério superior, recebeu o título deProfessor Emérito daUniversidade Federal do Rio de Janeiro; Doutorhonoris causa das Universidades deCoimbra, Quito,Nova York, San Marcos e daUniversidade Nacional de México; e professor honorário da Universidade da Bahia.
Foi orador oficial doInstituto dos Advogados do Brasil, em dois períodos, representante doEquador naConferência Pan-Americana de Geografia e História, realizada no Rio de Janeiro, em dezembro de 1932; delegado do Brasil à conferência Interamericana do México em 1945 e a Conferência Interacadêmica para oAcordo Ortográfico em Lisboa, em 1945.
Pedro Calmon foi membro daSociedade de Geografia do Rio de Janeiro e dos Institutos Históricos de vários estados brasileiros; membro correspondente daAcademia das Ciências de Lisboa e daAcademia Portuguesa de História; sócio honorário daSociedade de Geografia de Lisboa, daReal Academia Espanhola e daReal Academia de História da Espanha e sócio correspondente de sociedades culturais e históricas de vários países daAmérica Latina. Foi membro doConselho Federal de Cultura, do Conselho Editorial daBiblioteca do Exército e diretor do Instituto de Estudos Portugueses Afrânio Peixoto, noLiceu Literário Português, desde 1947.
A partir de 1923 Pedro Calmon publicou, conforme aAcademia Brasileira de Letras, cerca de 50 obras, nas áreas de Biografia e Literatura Histórica; História e Direito. São encontradas também contribuições suas na Revista da Academia Brasileira de Letras e na Revista doInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro, além de crônicas na RevistaO Cruzeiro.
A 24 de Agosto de 1945 foi feito Grande-Oficial daOrdem Militar de Sant'Iago da Espada, a 17 de Maio de 1958 foi feito Grande-Oficial daOrdem da Instrução Pública, a 28 de Fevereiro de 1961 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Cristo, a 19 de Agosto de 1968 foi elevado a Grã-Cruz daOrdem da Instrução Pública, a 26 de Fevereiro de 1971 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem do Infante D. Henrique, a 26 de Julho de 1972 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem de Benemerência dePortugal e a 19 de Fevereiro de 1978 foi elevado a Grã-Cruz daOrdem Militar de Sant'Iago da Espada dePortugal.[1]
Eleito em 16 de abril de 1936 para a cadeira 16, cujo patrono éGregório de Matos, da qual foi o terceiro ocupante. Foi saudado porGustavo Barroso, em 10 de outubro de 1936. Ocupou apresidência da Casa, em 1945.
Pedro Calmon teve farta produção literária, sobretudo no campo dahistória. Além das obras listadas abaixo, deixou abundante contribuição nas revistas da academia e doInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
| Precedido por Félix Pacheco | 1936 — 1985 | Sucedido por Lygia Fagundes Telles |
| Precedido por Eduardo Rios Filho | Ministro da Educação do Brasil 1950 — 1951 | Sucedido por Ernesto Simões Filho |
| Precedido por Clóvis Salgado da Gama | Ministro da Educação do Brasil 1959 — 1960 | Sucedido por José Pedro Ferreira da Costa |
| Precedido por Inácio Manuel Azevedo do Amaral | Reitor Universidade Federal do Rio de Janeiro 1948 — 1950 | Sucedido por Deolindo Augusto de Nunes Couto |
| Precedido por Deolindo Augusto de Nunes Couto | Reitor Universidade Federal do Rio de Janeiro 1951 — 1966 | Sucedido por Clementino Fraga Filho |