Pedra de tropeço é umaexpressão idiomática daBíblia hebraica e doNovo Testamento e denomina a atitude ou comportamento de alguém que conduz outrem apecar ou cometer um erro.
NaBíblia hebraica, o termo para "pedra de tropeço" émikshowl (מכשול), citado naSeptuaginta comoskandalon (σκανδαλον). A palavra em Português "escândalo" tem origem no termo grego da Septuagintaskandalon, que por sua vez tem origem no termo hebraicomikshowl. O termo gregoskandalon tem um significado muito diferente ao que comumente é atribuído nos dias de hoje para a palavraescândalo.
Ao substantivo gregoskandalon também é associado umverbo,skandalizo (formado com o sufixo-iz como em Português "escandalizar"), significando literalmente "fazer alguém tropeçar" ou, idiomaticamente, " conduzir alguém a pecar. "[1]
Estaexpressão idiomática pode estar relacionada com o estado das estradas na Palestina antiga[2]
Além deskandalon aexpressão idiomática "pedra de tropeço" tem um segundo significado na palavra gregaproskomma "tropeçando."[3] Ambas palavras são usadas juntas em1 Pedro 2:8; isto é a "pedra de tropeço" (lithos proskommatos λίθος προσκόμματος) e a "rocha que faz cair" (petra skandalou πέτρα σκανδάλου).
A base bíblica de "escândalo (do termo em latim ) é a proibição de colocar umapedra de tropeço diante de um cego, "pedra de tropeço " é o significado literal deskandalon em grego.
O alerta no Levítico é apresentado comolifnei iver "diante do cego."
O emprego desta expressão no Novo Testamento, como emMateus 13:41, assemelha-se à utilizaçãoSeptuaginta (LXX), como noSalmo 140:9, onde uma "pedra de tropeço" significa qualquer coisa que leve ao pecado.[4] O referenciado adjetivoaposkopos , "sem causar tropeço a ninguém", também ocorre três vezes no Novo Testamento.[5]
"Escândalo ativo" é realizado por uma pessoa; "escândalo passivo" é a reação de uma pessoa ao escândalo ativo (escândalo fornecido ou em Latimscandalum datum), ou a atos que, por causa da ignorância do espectador, ou sua fraqueza, ou malícia, são considerados como escandalosos ("escândalo aceito" ou emlatimscandalum acceptum). Veja Também oCatecismo da Igreja Católica, 2284–2287.
O termo é comum em escritoresprotestantes. Começou com a consideração deMartinho Lutero de que "a crença comum de que a Missa é um sacrifício" seria uma "pedra de tropeço".[6]
Para ser qualificado como escandaloso o comportamento deve, em sua essência, ser mau ou prover o aparecimento do mal.Fazer uma boa ação ou uma ação neutra, mesmo sabendo que isso poderá inspirar outrém a pecar - como o estudante que estuda com afinco sabendo que isso causaráinveja em alguém - não é escandaloso.Ainda, pedir que alguém perjure é escandaloso, mas um juiz exigirjuramento de umatestemunha, mesmo se ele souber que ela é suscetível a cometerperjúrio não é escandaloso; também, não é necessário que a outra pessoa realmente cometa o pecado; para ser escandaloso é suficiente que a natureza da ação intencione conduzir alguém a pecar.Escândalo acontece na intenção de conduzir alguém a pecar.Impulsionar alguém a pecar é cometer escândalo ativo. No caso da pessoa que está promovendo um escândalo estar consciente da ignorância da outra pessoa que está sendo conduzida a pecar, a culpa dos pecados cometidos é da pessoa que conduziu o outro a cometê-los.O escândalo também é realizado quando alguém faz uma má ação, ou uma ação que parece ser má, consciente de que conduzirá outrem ao pecado. (Em caso de ação aparentemente má, uma razão justificada para ela, a despeito das culpas, invalidará o escândalo.)Escândalo também podem acontecer quando um ato inocente puder ser umaocasião de pecado para o fraco, mas tal ato não surgiria se as boas ações fossem valorizadas corretamente.