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Paulino José Soares de Sousa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura o político filho do biografado, o Conselheiro Paulino, vejaPaulino de Sousa.
Visconde de Uruguai
Deputado Geral peloRio de Janeiro
Período1837 a 1841, 1843 a 1844, 1846 a 1848
Presidente da Província do Rio de Janeiro
Período30 de abril de 1836 a 22 de agosto de 1836
Antecessor(a)Joaquim José Rodrigues Torres
Sucessor(a)Manuel José de Sousa França
Senador do Brasil peloRio de Janeiro
Período8ª a 12ª Legislatura (senador vitalício)
Ministro das Relações Exteriores do Brasil
Período8 de junho de 1843 a 2 de fevereiro de 1844 | 8 de outubro de 1849 a 6 de setembro de 1853
Antecessor(a)Honório Hermeto Carneiro Leão (1843)
Pedro de Araújo Lima (1849)
Sucessor(a)Ernesto Ferreira França (1843)
Antônio Paulino Limpo de Abreu (1849)
Ministro da Justiça do Brasil
Período23 de maio de 1840 a 24 de julho de 1840 | 23 de março de 1841 a 20 de janeiro de 1843
Antecessor(a)Silva Maia (1840)
Antônio Paulino Limpo de Abreu (1841)
Sucessor(a)Antônio Paulino Limpo de Abreu (1840)
Honório Hermeto Carneiro Leão (1841)
Dados pessoais
Nome completoPaulino José Soares de Sousa
Nascimento4 de outubro de1807
Paris,França
Morte15 de julho de1866 (58 anos)
Rio de Janeiro,Brasil
ProgenitoresMãe: Antônia Madalena Soares de Sousa
Pai: José Antônio Soares de Sousa
Alma materFaculdade de Direito de São Paulo
CônjugeAna Maria de Macedo Álvares de Azevedo[1]:25
PartidoConservador
Profissãopolítico, magistrado, proprietário rural
Títulos nobiliárquicos
Visconde de Uruguai, com grandeza20 de junho de 1870

Paulino José Soares de Sousa, Visconde de Uruguai com honras de grandeza, (Paris,4 de outubro de1807Rio de Janeiro,15 de julho de1866) foi ummagistrado,intelectual epolíticobrasileiro nascido naFrança. Não confundir com seu filho homônimo,Paulino de Sousa, que também seguiu a carreira politica, sendo conhecido como Conselheiro Paulino.

Vida

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De pai brasileiro, fez os primeiros estudos noMaranhão e cursou até o quarto ano deDireito emCoimbra. Preso emPortugal por motivos políticos, ao sair da cadeia retornou ao Brasil e concluiu seu curso em 1831, naFaculdade de Direito de São Paulo. Iniciou a vida pública namagistratura, sendojuiz de fora na cidade deSão Paulo e, depois,ouvidor da comarca. Chegou adesembargador darelação daCorte, em 1852, aposentando-se comoministro doSupremo Tribunal de Justiça, em 1857.

Em 1836 fora eleitodeputado peloRio de Janeiro, sendo no mesmo ano nomeadopresidente da província. Em maio de 1840 recebeu apasta da Justiça, caindo com o ministério um mês depois, por força daproclamação da maioridade deD. Pedro II. No ano seguinte, retornou à pasta da Justiça, na qual permaneceu até 1843. No cargo, promoveu a reforma doCódigo do Processo Criminal e enfrentou arevolta dos liberais emSão Paulo eMinas Gerais. Foiministro dos Negócios Estrangeiros de 1843 a 1844 e de 1849 a 1853 (ver gabinetesOlinda de 1848 eMonte Alegre eItaboraí de 1852), tendo tratado da extinção dotráfico de escravos e da guerra contraOribe eRosas, também conhecida comoguerra do Prata.

Foisenador do Império em 1849, na bancada doPartido Conservador econselheiro de Estado em 1853. Recebeu o título devisconde de Uruguai no ano seguinte, acrescido com as honras degrandeza.

Teve participação fundamental nas negociações e decisões para o fim do tráfico de escravos no país. Com os ingleses, defendeu tenazmente a soberania do Brasil contra os apresamentos de navios envolvidos no "infame comércio" e as incursões em águas territoriais, praias e enseadas brasileiras penetradas pela frota britânica. Assim como a ampla maioria da elite imperial, o Visconde rejeitava o ponto de vista britânico segundo o qual oBill Aberdeen justificaria essas ações unilaterais.

Com a classe proprietária nacional, Uruguai defendeu a inevitabilidade do fim do tráfico (embora não da escravidão e do tráfico intrarregional no Brasil), citando a torrente irresistível da ação inglesa. Após um pico de repressão unilateral inglesa na primeira metade de 1850, o Conselho de Ministros fez aprovar a ditaLei Eusébio de Queirós, cuja implementação firme pelo Império pôs fim a esta que foi a mais candente questão diplomática do país no século XIX. Fatos como a troca de tiros entre a fortaleza de Paranaguá e navios ingleses naquele ano levaram o Brasil a uma situação muito próxima da guerra com a grande potência de época, o que elevou a níveis inéditos a dramaticidade da gestão Uruguai no então Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Em 1855 foi enviado a Paris para tratar da questão doOiapoque e de problemas delimites do Brasil com aGuiana Francesa.

É ainda hoje considerado um dos maioresjuristas brasileiros, especialmente na área doDireito Público eConstitucional. Publicou diversos trabalhos parlamentares e jurídicos, entre os quaisEnsaio sobre o Direito Administrativo (1862) eEstudos Práticos sobre a Administração das Províncias no Brasil (1865).

Como relator da Seção dos Negócios Estrangeiros no Conselho de Estado, foi responsável por importante parecer, datado de 17 de janeiro de 1854 e apresentado em reunião do Conselho realizada em 01 de abril daquele ano, sobre a navegação norio Amazonas. Nesse trabalho, um dos mais interessantes produzidos durante o Império sobre a questão, Paulino estuda as doutrinas dos escritores deDireito das Gentes, sobre a navegação dos rios; faz o histórico da questão e de outros casos semelhantes, como o doMississipi e doSão Lourenço; refere-se à política que, em 1851, pretendera estabelecer com as missõesDuarte da Ponte Ribeiro eMiguel Maria Lisboa, e aponta os motivos que levaram sempre as principais potências a decidir questões como a do Amazonas, de acordo com os seus interesses, num parágrafo com o título seguinte: “Contradições. Diverso modo de proceder na mesma questão”. Importante observar que, naquele momento, o Brasil estava isolado, tendo contra si na questão os Estados ribeirinhos amazônicos — Peru, Colômbia, Equador, Venezuela e Bolívia —, os Estados Unidos e potências europeias como Inglaterra e França.

Foi notável a sua participação no grande debate sobre alternativas de organização política e administrativa oEstado brasileiro -federalismo oucentralização. Nesse debate, colocavam-se os modelos federalistas dosEstados Unidos e daAmérica hispânica em contraposição ao modelo centralizador francês. Ao contrário dos liberais, dentre os quais se destacavaTavares Bastos, o visconde do Uruguai não acreditava que asociedade civil brasileira estivesse preparada para um federalismo do tipo norte-americano e considerava anárquico o federalismo da América hispânica. Para ele, a experiência brasileira de descentralização do poder político realizada no século XIX resultara no "mandonismo sem peias dos proprietários locais e total abuso de poder sem qualquer controle."[2] Defendia, portanto, o modelo francês, centralizado, como a melhor alternativa para Brasil.[1][3]

Referências

  1. abCOSER, Ivo.O pensamento político do Visconde do Uruguai e o debate entre centralização e federalismo no Brasil (1822-1866).Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, 2007.
  2. O partido da sociedade para poucos. PorJessé Souza.Folha de S. Paulo, 21 de fevereiro de 2016
  3. LIMA AGUIRRE, Marcos Roberto de.A proposta do federalismo no Brasil : o debate entre a centralização e a descentralização no século XIX.UFRGS: Porto Alegre, 2012

Ligações externas

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Precedido por
Joaquim José Rodrigues Torres
Presidente da província do Rio de Janeiro
1836
Sucedido por
Manuel José de Sousa França
Precedido por
José Antônio da Silva Maia
Ministro da Justiça do Brasil
1840
Sucedido por
Antônio Paulino Limpo de Abreu
Precedido por
Antônio Paulino Limpo de Abreu
Ministro da Justiça do Brasil
1841 — 1843
Sucedido por
Honório Hermeto Carneiro Leão
Precedido por
Honório Hermeto Carneiro Leão
Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil
1843 — 1844
Sucedido por
Ernesto Ferreira França
Precedido por
Pedro de Araújo Lima
Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil
1849 — 1853
Sucedido por
Antônio Paulino Limpo de Abreu
Ministro e Secretário de Estado
dos Negócios do Império
Brasão do Império do Brasil (Segundo Reinado)
Presidentes da Província
Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Segundo reinado
(D. Pedro II)
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Indica secretário com atribuições equivalentes ao ministro da Fazenda (órgão extinto durante ogoverno Bolsonaro)
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Bandeira do primeiro reinado e regênciaPeríodo regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Bandeira do Brasil (1889-1960)República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960)2.ª República
Bandeira do Brasil (1889-1960)Estado Novo
(3.ª República)
Bandeira do BrasilPeríodo Populista
(4.ª República)
Bandeira do BrasilDitadura Militar
(5.ª República)
Bandeira do BrasilNova República
(6.ª República)
Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Segundo reinado
(D. Pedro II)
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
BrasilPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
BrasilSegundo reinado
(D. Pedro II)
BrasilRepública Velha
(1.ª República)
BrasilEra Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
BrasilPeríodo Populista
(4.ª República)
BrasilDitadura militar
(5.ª República)
BrasilNova República
(6.ª República)
Bandeira do primeiro reinadoPrimeiro reinado
(D. Pedro I)
Câmara dos Deputados
Bandeira do primeiro reinadoPeríodo regencial
Bandeira do segundo reinadoSegundo reinado
(D. Pedro II)
Joaquim Marcelino de BritoRomualdo Antônio de SeixasVenâncio Henriques de ResendeMartim Francisco Ribeiro de AndradaManuel Inácio Cavalcanti de LacerdaAntônio Paulino Limpo de AbreuJosé Joaquim Fernandes TorresFrancisco Muniz TavaresDias de CarvalhoAntônio Pinto Chichorro da GamaGabriel Mendes dos SantosJosé Ildefonso de Sousa RamosMaciel MonteiroBrás Carneiro Nogueira da Costa e GamaPedro Francisco de Paula Cavalcanti e AlbuquerqueZacarias de Góis e VasconcelosFrancisco José FurtadoCamilo Maria Ferreira ArmondSaldanha MarinhoFrancisco de Paula da Silveira LoboPedro Francisco de Paula Cavalcanti e AlbuquerqueJoaquim Otávio NébiasBrás Carneiro Nogueira da Costa e GamaInocêncio Marques de Araújo GóisManuel Francisco CorreiaPaulino José Soares de SousaCamilo Maria Ferreira ArmondMartinho Álvares da Silva CamposMartim Francisco Ribeiro de AndradaJoão Ferreira de MouraJosé Rodrigues de Lima DuarteAntônio Moreira de BarrosManuel Alves de AraújoAntônio Moreira de BarrosFranklin Américo de Meneses DóriaAndré Augusto de Pádua FleuryDomingos de Andrade FigueiraGomes de CastroHenrique Pereira de Lucena
Bandeira do Brasil (1889-1960)República Velha
(1.ª República)
Bandeira do Brasil (1889-1960)2.ª,3.ª e4.ª
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(5.ª República)
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(6ª República)
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