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Partido Social Democrático | |
|---|---|
| Sigla | PSD |
| Número eleitoral | 55[1] |
| Presidente | Gilberto Kassab[2] |
| Vice-presidentes | Alda Marco Antônio Adriana Flosi Antonio Brito Alfredo Cotait Neto Guilherme Campos Ivani Boscolo João Francisco Aprá Natanael Miranda dos Anjos Omar Aziz Otto Alencar[3] |
| Secretário-geral | Alexandre Silveira de Oliveira[2] |
| Tesoureiro-geral | Ricardo Passarelli[2] |
| Fundação | 25 de fevereiro de2011 (14 anos)[4] |
| Registro | 27 de setembro de2011 (14 anos)[1] |
| Sede | Brasília,DF |
| Ideologia | • Centrismo • Partido pega-tudo[5] • Liberalismo[6] |
| Espectro político | Centro[7][8] |
| Publicação | Diálogos no Espaço Democrático |
| Think tank | Espaço Democrático[9] |
| Ala de juventude | PSD Jovem |
| Ala feminina | PSD Mulher[10] |
| Dividiu-se de | DEM |
| Membros (2025) | 468.198 filiados[11] |
| Governadores (2025)[12] | 4 / 27 |
| Prefeitos (2024)[13][14] | 886 / 5 569 |
| Senadores (2025)[15][16] | 14 / 81 |
| Deputados federais (2025)[17] | 42 / 513 |
| Deputados estaduais (2022)[12] | 78 / 1 024 |
| Vereadores (2024)[18] | 6 953 / 58 026 |
| Parlamento do Mercosul (2025)[19] | 5 / 138 |
| Cores | Azul-escuro Verde-oliva-claro Laranja |
| Slogan | "O Brasil tem Jeito." |
| Página oficial | |
| www | |
OPartido Social Democrático (PSD) é umpartido político brasileiro decentro fundado e registrado oficialmente em 2011.[1][4] Em abril de 2025, o partido possuía 468.198 filiados, sendoSão Paulo,Santa Catarina eBahia os estados com mais membros.[20] Apesar de ser, em número de filiados, o décimo sexto maior partido brasileiro,[11] o PSD é o partido com maissenadores,[15] o quarto com maisdeputados federais,[17] o com maisprefeitos[13] e o terceiro com maisvereadores.[18]
O partido se declara decentro[21][22] mas comumente se une a partidos de esquerda e de direita. Dessa forma, o partido conseguiu ter membros ocupando cargos em ministérios e importantes secretarias dos governos dos presidentesDilma Rousseff,Michel Temer,Jair Bolsonaro eLuiz Inácio Lula da Silva. No Congresso, em 2025 tem se alinhado às pautas decentro-direita à extrema-direita, com apoio a PEC da Anistia (52,3%) e PEC da Blindagem (54%).[23][24] Por esses motivos, é comumente considerado um "partido pega-tudo"[25] e parte do "Centrão".[26]

O Partido Social Democrático é produto direto do fortalecimento político do ex-prefeito de São Paulo,Gilberto Kassab, dentro da sua antiga sigla, oDemocratas (originalmente, Partido da Frente Liberal). Eleito vice-prefeito na chapa deJosé Serra (PSDB-SP) nasEleições Municipais de 2004, Kassab se tornou um grande quadro do PFL ao controlar a Prefeitura de São Paulo, seguindo a renúncia de Serra para concorrer àsEleições Estaduais de São Paulo em 2006.[28] NaEleição Municipal de 2008, o Democratas lança Kassab como candidato à Prefeitura em uma aliança com oPMDB — que indicou a vice-prefeita,Alda Marco Antônio.[29]
OPSDB ficou divido em relação a Kassab, pois elementos próximos a José Serra favoreciam o demista, enquanto outros políticos importantes entendiam que os tucanos deveriam lançar um candidato próprio. Não obstante, Kassab conseguiu se eleger com o apoio do seu agrupamento e ultrapassou o ex-governadorGeraldo Alckmin (PSDB-SP), disputando o segundo turno comMarta Suplicy (PT-SP).[28][30][31]
A ruptura entre Kassab e as lideranças do DEM começa após asEleições de 2010. Até então, o DEM vinha adotando uma postura de oposição sistemática aoPartido dos Trabalhadores e, assim, integrou o "Bloco Democrático-Reformista" com oPSDB e oPPS — uma coligação encabeçada por José Serra (PSDB-SP) na qual o DEM indicou o candidato à vice-Presidência,Indio da Costa (RJ). Acontece que, após a vitória deDilma Rousseff (PT-RS) e a subsequente manutenção do partido na oposição, Kassab começa a advogar pelo relaxamento das posturas ideológicas do DEM.[28][29][31]
O Prefeito de São Paulo, que já vinha se aproximando do PMDB e objetivava uma candidatura aoGoverno de São Paulo em2014, começa a articular um terceiro agrupamento político no seu estado alheio à histórica aliança entre PSDB e DEM. Assim, organiza-se um grupo de kassabistas que almejava mais controle sobre o partido e deflagra um conflito com a liderança nacional do DEM, à época presidido porRodrigo Maia (RJ).[28][29]

Aliando-se a políticos importantes do DEM comoJorge Bornhausen (SC) eGuilherme Afif Domingos (SP), Kassab passou a exigir a antecipação da convenção nacional que escolheria o novo presidente do DEM. A liderança tentou negociar com Kassab, mas acabou cedendo e elegeuJosé Agripino Maia (RN) — um nome mais conciliatório — como presidente da sigla. Sem embargo, a saída de Kassab foi oficializada em 18 de março de 2011 e a dissidência se concretizou dois dias depois com a fundação do Partido Social Democrático (PSD). A esta nova agremiação, Kassab conseguiu atrair 17 deputados federais do DEM, além da SenadoraKátia Abreu (TO) e do Governador de Santa Catarina,Raimundo Colombo. Outros quadros importantes a deixar o DEM nesta época foram Indio da Costa, Guilherme Affif Domingos eClaudio Lembo (SP). O Democratas recorreu aoTribunal Superior Eleitoral contra a criação da nova sigla, solicitando a remissão dos mandatos, porém sem êxito.[28][29][30]
Membros de outros partidos também aderiram ao PSD que se propunha mais que um novo partido doCentrão, e sim uma opção decentro alternativa ao PMDB. Isso porque todo o movimento de fundação do partido recebeu grande patrocínio doGoverno Dilma Rousseff que buscou enfraquecer a oposição ao mesmo tempo que reduzia o poder do PMDB, seu principal aliado esegunda maior bancada naCâmara dos Deputados.[25][30]
Assim, membros fundadores do PSD provieram principalmente do DEM,PMN,PP, PSDB e PMDB; como:Omar Aziz (PMN-AM),Otto Alencar (PP-BA),Robinson Faria (PMN-RN),Fábio Faria (PMN-RN),Sergio Petecão (PMN-AC),Rômulo Gouveia (PSDB-PB),Rogério Rosso (PMDB-DF), entre outros.[32]

Embora reunisse deputados advindos de diversos partidos, inclusive do DEM que compunha a oposição mais aguerrida ao Partido dos Trabalhadores, a bancada do PSD nasceu associada ao Governo Dilma Rousseff e seus parlamentares votavam de forma coesa em favor das diretrizes governistas.[25] A posição de Gilberto Kassab como presidente do partido era bastante favorável, pois sua interlocução junto ao PSDB era histórica: tinha sido conduzido àprefeitura de São Paulo na chapa de José Serra e mantinha importantes alianças aos tucanos no estado. Por outro lado, o contexto da criação do partido, bem como o alinhamento imediato da bancada junto ao governo estabelecem vínculos imediatos com o grupo petista. Como resultado, em seus primeiros anos o PSD foi intensamente cortejado tanto pelo Governo como pela oposição.[33][34]
O primeiro teste eleitoral do PSD foram asMunicipais de 2012. Como o partido já nascera com 55 deputados federais, a terceira maior bancada do congresso nacional, dois senadores e dois governadores, polêmicas em torno das assinaturas para a fundação do partido e o ressentimento de muitas outras legendas com o Partido Social Democrático deflagraram intensos debates sobre o seu registro nacional no Tribunal Superior Eleitoral, possibilitando para que já em 2012 o partido recém-criado pudesse disputar as eleições municipais por todo o país.[35] A atribuição do fundo eleitoral também foi controversa, pois o partido fundado após opleito de 2010 receberia apenas a quantia residual de 5% dos recursos do fundo, embora possuísse uma bancada muito mais numerosa. O PSD buscou emplacar a tese jurídica de que os votos nominais dos seus candidatos deveriam ser computados em seu favor na distribuição das quantias — tese essa acolhida pela Justiça Eleitoral.[25]

Após o primeiro turno das eleições municipais de 2012, o PSD obteve 494 prefeituras, colocando-se como o quarto partido que mais ganhou prefeituras. Também elegeu 4.602 vereadores distribuídos pelo país e 418 vice-prefeitos. NoMato Grosso, o PSD se consolidou como o principal partido e emSanta Catarina como segundo maior partido. NaBahia, conquistou 70 prefeituras.[35] No estado deSão Paulo, o PSD fez aliança com o PT em 24 municípios e com os tucanos em 15.[33] O partido também elegeu o seu primeiro prefeito de capital,César Souza Júnior emFlorianópolis (SC), além da prefeitaDárcy Vera emRibeirão Preto (SP),Alexandre Kireeff emLondrina (PR) e Marco Bertaioli emMogi das Cruzes(SP). O partido também chegou ao segundo turno emBlumenau (SC) eJoinville (SC).[36]
Logo após deixar a prefeitura de São Paulo, Kassab declarou apoio à reeleição de Rousseff e reiterou a integração do PSD à base do governo em junho, quando aonda de manifestações de rua derrubou a popularidade da petista. Ainda que tenha saído mal avaliado da prefeitura, a essa altura Kassab fundara um partido extremamente poderoso na política nacional, capaz de rivalizar com os peemedebistas. A presidente Dilma Rousseff buscou capitalizar esse poderio kassabista para prevenir sua dependência da bancada do PMDB - à época liderada porEduardo Cunha (RJ) — nacoalizão parlamentar.[37]

Durante asEleições Gerais de 2014, o PSD aderiu à coligação "Com a Força do Povo" em favor da recondução de Rousseff.[38] O PSD elegeu 2 governadores —Raimundo Colombo (SC) (este em primeiro turno) eRobinson Faria (RN) — e dois senadores —Omar Aziz (AM) eOtto Alencar (BA) —, mas Kassab foi derrotado na eleição para oSenado em São Paulo.[39][40]
Quanto à bancada naCâmara dos Deputados, consagrou-se como a 5ª força política nacional, somando 36 parlamentares. Entretanto, as eleições de 2014 não foram apenas sucessos para o jovem partido: o plano original de Kassab era que a legenda tivesse existência efêmera e após cerca de 2 anos iniciasse o processo de fusão com oPartido Socialista Brasileiro. Contudo, a possibilidade da manobra ser considerada ilegal pela Justiça Eleitoral adiou as conversas e a morte prematura do presidenciávelEduardo Campos (PSB-PE), com quem tais conversas se efetuavam, sepultou o projeto.[25][37]
Durante o novo mandato de Dilma Rousseff, o PSD recrudesceu seu apoio ao governo na Câmara dos Deputados, inclusive sendo Kassab a única liderança alternativa a Eduardo Cunha capaz de dialogar com os políticos dobaixo clero. Diante disso, o pessedista foi nomeadoMinistro das Cidades, uma pasta repleta de obras e verbas para atender às demandas de prefeitos e vereadores e que ajudaria no projeto de fortalecimento do PSD. Durante aseleições internas na Câmara, a bancada do PSD apoiou o candidato do governo,Arlindo Chinaglia (PT-SP), ainda que suas chances fossem baixas, o que reforçou o comprometimento do partido com o Governo Dilma Rousseff.[37]

Mesmo diante do fortalecimento das investigações daOperação Lava-Jato e da pressão popular pela abertura deprocesso deimpeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o PSD se manteve sólido na sustentação parlamentar do Governo.[41] No entanto, após o desembarque do PMDB e PP da coalizão no início de 2016, e a colocação em pauta do impedimento da petista, a fragilidade do governo foi ficando cada vez mais evidente. É nesse contexto que uma maioria favorável aoimpeachment se instala dentro da bancada pessedista. Para conter essa tendência, inicialmente o partido opta por liberar a bancada, e elegeu-se o líder do PSD na Câmara,Rogério Rosso (PSD-DF), como relator da Comissão Especial doimpeachment. Logo cresce um distanciamento entre a permanência de Kassab no Ministério das Cidades e a vontade dos deputados pessedistas e, em abril de 2016, a bancada oficializa sua posição favorável aoimpeachment. Kassab se afasta do Ministério às vésperas da votação, alegando ser necessário para proteger a coesão partidária e a soberania da decisão do grupo parlamentar.[42][43][44]
Uma vez concretizado o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff, o PSD embarcou na coalizão doGoverno Temer. Inicialmente, buscava-se manter Kassab no Ministério das Cidades, mas fora o ministro realocado aoMinistério da Ciência e Tecnologia.[45] O partido votou a favor da suspensão das denúncias contra o presidenteMichel Temer (PMDB-SP).[46]
NasEleições Municipais de 2016, o PSD aumentou em 9% o seu escore de 2012, atingindo a marca de 540 prefeitos e destronando o PT como terceira maior agremiação em número de prefeituras (atrás apenas do PMDB e PSDB). Foram eleitos também 4.617 vereadores. Pessedistas foram eleitos em duas capitais:Marquinhos Trad emCampo Grande (MS) eLuciano Cartaxo emJoão Pessoa (PB).[30]
Apesar de o PSD ter votado contra a cassação da presidência de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara, este fato se concretizou, e o líder da bancada do PSD, Rogério Rosso (DF), se lançou à disputa naeleição especial para o mandato tampão. No entanto, Rodrigo Maia (DEM-RJ) saiu vitorioso, derrotando o candidato pessedista.[30]

Além de Gilberto Kassab, o PSD também ocupou oMinistério da Fazenda comHenrique Meirelles (SP) que promoveu diversas reformas econômicas estruturais durante a sua estadia no Governo visando o controle das contas públicas, como a tentativa dereforma da previdência, que fracassou. O ministro da Fazenda pessedista começa a articular a sua candidatura aoPlanalto em 2018, como um candidato de centro. No entanto, tal plano vai de encontro à aliança com a chapa deGeraldo Alckmin (PSDB-SP) que Kassab tentara construir, além de buscar aderir à coligação de João Dória (PSDB-SP) ao governo do estado, possivelmente indicando o seu vice. Por esse motivo, o ministro da Fazenda se desfiliou da sigla e se juntou ao MDB,apresentando-se como o candidato do governo no pleito presidencial — o ex-pessedista regressaria ao partido em 2021.[47]

Para asEleições Gerais de 2018, após consulta interna pormenorizada, o PSD decidiu integrar a coligaçãoPara Unir o Brasil encabeçada pelo ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). À época, o tucano aparecia com baixa pontuação nas pesquisas, mas Kassab decidiu apoiá-lo mesmo assim, uma vez ser comum a volatilidade eleitoral quando o período de campanha se inicia efetivamente. Coligações com Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e Ciro Gomes (PDT-CE) foram descartadas pelo pessedista, por considerar que "propostas radicais não atendem o que precisa o Brasil" e que, para fazer frente ao avanço dessas candidaturas, seria necessária uma composição moderada.[48] Na negociação com Kassab, o PSDB deixou de lançar candidatos governo estaduais para apoiar nomes do PSD. Foi o caso do deputadoIzalci Lucas, que abdicou da disputa noDistrito Federal em favor de Rogério Rosso. NoRio Grande do Norte, saiu da disputado o ex-governador tucanoGeraldo Melo para apoiar a reeleição de Robinson Faria.[49]
Com a derrota de Alckmin no primeiro turno, o PSD ficou dividido entre as campanhas de Fernando Haddad (PT-SP) e Jair Bolsonaro (PSL-RJ). NoSergipe,Belivaldo Chagas (PSD) disputava o segundo turno com o apoio do PT e, naBahia,Angelo Coronel (PSD) acabara de se eleger ao Senado na chapa deRui Costa (PT). Em respeito aos pessedistas desses dois estados, a presidência nacional do partido optou por liberar os diretórios regionais para apoiarem o candidato que entendessem adequado no segundo turno. No entanto, Kassab reconheceu em entrevista àVeja que a maioria do partido estava com Bolsonaro.[50]
Após a eleição, a bancada do PSD sofreu poucas alterações: perdeu um deputado, mas se manteve como 5ª maior força política na Câmara. Também elegeu 4 senadores: reconduziuSérgio Petecão peloAcre e promoveuArolde de Oliveira (RJ), Angelo Coronel (BA) eIrajá Abreu (TO). Quanto aos governadores, elegeuCarlos Massa (vulgo Ratinho Júnior) noParaná e Belivaldo Chagas noSergipe.[51]

Na configuração inicial doGoverno Bolsonaro, o PSD não havia indicado nenhum ministro de Estado. A posição oficial do partido, segundo o presidente Kassab, era de independência formal. No entanto, o PSD se reservaria o direito de aprovar projetos compatíveis com as suas ideias, notadamente areforma do sistema previdenciário.[52]
No âmbito doGoverno de São Paulo, Kassab foi nomeado à Secretaria da Casa Civil na gestãoJoão Doria (PSDB). No entanto, investigações daPolícia Federal sobre possível envolvimento de Kassab em uma delação daJ&F Investimentos causaram estranhamento na sua nomeação à pasta da Casa Civil. Imediatamente, Kassab anunciou que se licenciaria da secretaria para não constranger o governador tucano, havendo permanecido como secretário licenciado até dezembro de 2020 sem receber qualquer salário.[53][54] Posteriormente, o Secretário da Fazenda de Dória, Henrique Meirelles (ex-MDB), reingressou no PSD.[55]
Embora o presidente do PSD tenha reiterado posição de neutralidade formal em relação aoGoverno Federal, o PSD ocupou alguns cargos na gestão de Bolsonaro.[56] Em março de 2019, o senadorNelsinho Trad (PSD-MS) assume a vice-liderança do governo no Senado.[57] Além disso,Fábio Faria (PSD-RN) se tornouMinistro das Comunicações em junho de 2020 e o PSD apontou o ex-comandante daPM-MG, Giovanne Gomes da Silva, como presidente daFundação Nacional de Saúde.[58][59] Até março de 2021, os congressistas do PSD tinham alinhamento, em média, de mais de 90% com o governo Bolsonaro (em votos na câmara/senado).[60]

Com relação àPandemia de COVID-19 no Brasil, o PSD abrigou quadros que defenderam e promoveram o uso de medicamentos sem eficácia para a Covid-19, mas também quadros que estimularam a vacinação e as medidas preventivas de distanciamento social.[61][62][63][64][65][66][67]
Em abril de 2020, o deputado paranaenseReinhold Stephanes Junior defendia otratamento precoce.[61] No mesmo mês, noParaná, o governadorRatinho Júnior passou a distribuir acloroquina, seguindo a recomendação doMinistério da Saúde ocorrida depois da exoneração deNelson Teich.[62] Em outubro, o então senador pelo partido,Arolde de Oliveira (RJ), defensor do uso de cloroquina e crítico ao isolamento social, morreu de Covid-19.[68] Em fevereiro de 2021, a prefeitura deChapecó (SC), dirigida porJoão Rodrigues (PSD), intensificou a distribuição de medicamentos sem comprovação, em meio ao colapso do sistema de saúde.[63] Em abril de 2020, o vereador ecandidato à Prefeitura de Porto Alegre (RS), Valter Nagelstein, publicou um vídeo ironizando um funeral de mortos pela doença.[64]

Por outro lado, oPrefeito de Belo Horizonte,Alexandre Kalil (PSD), foi um grande crítico da resposta de Bolsonaro à crise sanitária. Belo Horizonte foi bem avaliada nas suas estratégias de combate à pandemia, as quais se realizaram em franca observância ao tratamento cientificamente comprovado por meio deisolamento social.[65] O presidente nacional do partido, Kassab, também considerou que o governo errou em menosprezar a crise sanitária, mas ponderou contrariamente à realização de uma CPI para investigar a conduta de Bolsonaro durante a calamidade.[66] Mas, quando aCPI da COVID-19 foi instalada, elegeu-se como presidente o senadorOmar Aziz (PSD-AM). A composição da CPI também contou com a participação titular deOtto Alencar (PSD-BA) e de Angelo Coronel (PSD-BA) como suplente. Aziz e Alencar naquele momento se declaravam independentes, embora Alencar fosse próximo da oposição.[67]

Após aseleições municipais no Brasil em 2020, o PSD se torna o terceiro maior partido político do Brasil em número de prefeitos. O partido reelegeu seus dois prefeitos capitais:Marcos Trad emCampo Grande (MS) e Alexandre Kalil emBelo Horizonte (MG). Ao todo, o PSD elegeu 649 prefeitos, 508 para vice-prefeito e 5.624 vereadores, tornando-se o partido que governa o maior número de habitantes no país.[69][70]
Durante aeleição para mesa diretora da Câmara dos Deputados do Brasil em 2021, o PSD integrou o bloco comandado pelo deputadoArthur Lira (PP) e indicou o deputadoAndré de Paula (PSD-PE) como candidato a 2º Vice-Presidente da Câmara dos Deputados. NoSenado, o PSD aderiu à candidatura deRodrigo Pacheco (DEM-MG) e indicouIrajá Abreu (PSD-TO) para 1º Secretário da mesa diretora.[71][72]
Após uma crise interna noDEM, que se sucedeu à eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, o PSD convida alguns de seus membros para iniciarem processos de adesão. Assim, o prefeito do Rio de Janeiro,Eduardo Paes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se filiam ao PSD. Havia também planos de filiar o tucano Geraldo Alckmin para concorrer novamente ao Governo de São Paulo, mas este recusara o convite do presidente do PSD.[73]
Inicialmente, o PSD fazia planos de lançar a candidatura própria de Rodrigo Pacheco à presidência da República em 2022. No entanto, as dificuldades de Pacheco de crescer nas pesquisas o levaram a desistir da pré-candidatura em março de 2022. Neste cenário, Gilberto Kassab passa a articular uma possível filiação deEduardo Leite (PSDB-RS), que havia sido derrotado nasprévias presidenciais do PSDB em 2021, para concorrer naeleição presidencial pelo PSD. Leite, contudo, rejeitou o convite.[74][75][76][77]
A busca por um candidato próprio do PSD refletia as dificuldades de se coordenar uma posição conjunta do partido para eleições que se desenhavam muito polarizadas. Os diretórios pessedistas doNordeste favoreciam uma aliança com o PT, ao passo que os diretórios das regiõesSul eSudeste rejeitavam expressamente essa possibilidade. Diante disso, a convenção nacional do PSD definiu a posição oficial de neutralidade do partido, com liberação de diretórios.[78][79][80]
O PSD lançou candidatos ao governo de 11 estados em2022, dos quais apenas 2 disputaram segundo turno:Jaime Nunes no Amapá eFábio Mitidieri no Sergipe.[81] Mitidieri se elegeu com 51,7% do votos, Nunes foi derrotado.[82] O PSD também reelegeu o governador do Paraná, Carlos Massa Júnior, em primeiro turno.[83] O partido reconduziu os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Otto Alencar (PSD-BA).[51]
EmMinas Gerais, o PSD lançou Alexandre Kalil para governador eAlexandre Silveira para a vaga de senado — ambos em coligação com o Partido dos Trabalhadores.[84] No entanto, nenhum dos dois conseguiu se eleger. NaBahia, o PSD integrou a chapa vitoriosa deJerônimo Rodrigues (PT), indicando o senador Otto Alencar para a vaga no Senado.[85] Já noRio de Janeiro, o partido aderiu à campanha do pedetistaRodrigo Neves e apontou o presidente daOrdem dos Advogados do Brasil,Felipe Santa Cruz (PSD), como seu vice.[86] NoRio Grande do Sul, o PSD apoiou a reeleição do tucano Eduardo Leite, com a indicação deAna Amélia Lemos (PSD) para o Senado.[87] Por fim, noestado de São Paulo, o PSD ingressou na campanha deTarcísio de Freitas (R) e selecionou o ex-prefeito deSão José dos Campos,Felicio Ramuth (PSD), para concorrer a vice-governador.[88]
Logo de sua fundação, o presidente nacional do partido,Gilberto Kassab (SP), afirmou: "Não será de direita, não será de esquerda, nem de centro". O propósito fundacional do PSD é a satisfação dos interesses da classe C que ascendera à posição declasse média durante os governos doPartido dos Trabalhadores.[25] O então vice-presidente da legenda,Guilherme Affif Domingos (SP) redigiu um documento com 12 engajamentos partidários, dentre eles:
No entanto, segundo o cientista político Rui Maluf, a ausência de conteúdo programático específico, revela que o PSD possui a natureza organizacional tipicamentecatch-all e que a sua fundação reflete a insatisfação dos seus quadros com os partidos anteriores — majoritariamente oriundos do partidoDemocratas.[25]
Há cientistas políticos que consideram que a concretização da dissidência pessedista fora um reflexo da intensa centralização histórica que predominava no estatuto do Partido da Frente Liberal e depois no DEM. A adoção de uma estrutura descentralizada para o PSD lhe tem permitido coordenar e administrar conflitos entre diretórios regionais — como aquele que opôs o diretório do DEM de São Paulo ao DEM nacional e deu origem ao PSD — com maior sucesso que as demais legendas. Dessa forma, os pessedistas têm conseguido manter um grau de coesão interna acima da média brasileira.[35]
Ademais, sua história torna provável que o PSD como organização concilie os interesses de seus integrantes, não sendo apenas um veículo para os objetivos políticos de sua elite. Isso não significa que o PSD visa ser um partido de massas, mas apenas que as forças regionais existentes no partido têm suas demandas apreciadas e diligenciadas pela cúpula nacional do partido. Pode-se facilmente verificar essa dinâmica pela projeção de certas figuras como Omar Aziz (PSD-AM) e Raimundo Colombo (PSD-SC).[35]
| Presidentes nacionais[100] | |||
|---|---|---|---|
| Imagem | Nome | Período | |
| Início | Fim | ||
| Gilberto Kassab | 2011 | 2015 | |
| Guilherme Campos[nota 1] | 2015 | 2016[100] | |
| Alfredo Cotait Neto[nota 2] | 2016 | 2019[100] | |
| Gilberto Kassab | 2019 | em exercício[nota 3][100] | |
| Governadores atuais (4)[101][102] | ||
|---|---|---|
| UF | Governador | Imagem |
| PR | Ratinho Júnior | |
| PE | Raquel Lyra[nota 4] | |
| RS | Eduardo Leite[nota 5] | |
| SE | Fábio Mitidieri | |
| Senadores atuais (15)[15] | ||
|---|---|---|
| UF | Senador e Legislaturas | Imagem |
| AC | Sérgio Petecão 54ª,55ª, 56ª e57ª | |
| AP | Lucas Barreto* 56ª e57ª | |
| AM | Omar Aziz 55ª,56ª e57ª | |
| BA | Angelo Coronel 56ª e57ª | |
| BA | Otto Alencar 55ª e56ª | |
| GO | Vanderlan Cardoso* 56ª e57ª | |
| MA | Eliziane Gama* 56ª e57ª | |
| MT | Margareth Busetti+ 57ª | |
| MS | Nelsinho Trad* 56ª e57ª | |
| MG | Rodrigo Pacheco* 56ª e57ª | |
| PI | Jussara Lima+ 57ª | |
| RN | Zenaide Maia* 56ª e57ª | |
| SP | Mara Gabrilli*[nota 6] 56ª e57ª | |
| TO | Irajá Abreu 56ª e57ª | |
| Observações: Nomes marcados com osímbolo * foram eleitos (em 2014 ou em 2018) por outros partidos. Nomes marcados com osímbolo + são suplentes em exercício ou efetivados.Carlos Fávaro (MT) foi candidato pelo PSD em 2018 e não se elegeu, mas assumiu em abril de 2020 após a cassação de uma senadora.Arolde de Oliveira (RJ) foi eleito pelo PSD em 2018, mas morreu deCovid-19 em outubro de 2020.Carlos Portinho (RJ) assumiu em seu lugar, mas deixou o PSD em dezembro do mesmo ano. O atual senadorLasier Martins (RS) esteve filiado ao PSD entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2019. O então senadorJosé Medeiros (MT) esteve filiado ao PSD entre março de 2016 e agosto 2017.Em 12 de março de 2025 a SenadoraDaniella Ribeiro (PB) deixou o partido.[103] | ||
| Deputados federais atuais (38)[17] | |||
|---|---|---|---|
| UF | Deputado(a) | UF | Deputado(a) |
| AM | Átila Lins | PI | Marcos Aurélio Sampaio |
| AM | Sidney Leite | PR | Luísa Canziani |
| BA | Antonio Brito | PR | Luiz Nishimori |
| BA | Sérgio Brito | PR | Paulo Litro |
| BA | Diego Coronel | PR | Reinhold Stephanes Jr.+ |
| BA | Gabriel Nunes | PR | Rodrigo Estacho+ |
| BA | Otto Alencar Filho | PR | Sargento Fahur |
| BA | Paulo Magalhães | RJ | Daniel Soranz |
| CE | Célio Studart | RJ | Hugo Leal |
| CE | Domingos Neto | RJ | Laura Carneiro |
| CE | Luiz Gastão | RJ | Pedro Paulo |
| GO | Ismael Alexandrino Júnior | RR | Zé Haroldo Cathedral |
| MA | Josivaldo JP | RS | Luciano Azevedo+ |
| MG | Diego Andrade | SC | Ismael dos Santos |
| MG | Luiz Fernando Faria | SC | Darci de Matos+ |
| MG | Misael Varella | SE | Delegada Katarina |
| MG | Stefano Aguiar | SE | Fábio Reis |
| PA | Júnior Ferrari | SP | Cezinha de Madureira |
| PA | Raimundo Santos | SP | Saulo Pedroso+ |
| PI | Castro Neto | SP | Ricardo Silva |
| PI | Júlio César | ||
| Observações: Nomes marcados com osímbolo + são suplentes em exercício ou efetivados.Leandre Dal Ponte (PR),Sandro Alex (PR),Sérgio Brito (BA),Danrlei Hinterholz (RS) eRicardo Guidi (SC) se licenciaram para assumir secretarias estaduais no início de 2023. | |||
| Deputados Estaduais atuais[104][105] | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| UF | Deputado (a) | UF | Deputado (a) | UF | Deputado (a) |
| AC | Eduardo Ribeiro | CE | Lucílvio Girão | MG | Delegado Christiano Xavier |
| AP | Edna Auzier | CE | Fernando Hugo | MG | Doutor Wilson Batista |
| AP | Lorran Barreto | CE | Simão Pedro Alves Pequeno | MG | Duarte Bechir |
| BA | Ângelo Coronel Filho | DF | Robério Negreiros[nota 7][nota 8] | MG | Elismar Prado[nota 9] |
| BA | Adolfo Menezes | DF | Jorge Vianna[nota 10] | MG | Gil Pereira |
| BA | Alex da Piatã | ES | Fabrício Gandini[nota 11] | MG | Leandro Genaro |
| BA | Cafu Barreto | ES | Adilson Espindula[nota 12] | MG | Rafael Martins |
| BA | Claudia Oliveira | GO | Cairo Salim | MG | Tito Torres |
| BA | Eduardo Alencar | GO | Wilde Cambão | MG | Adalclever Lopes |
| BA | Ivana Bastos | MA | Eric Costa | MT | Wilson Santos |
| BA | Marcone Amaral | MA | Mical Damasceno | ||
| BA | Ricardo Rodrigues | MG | Cássio Soares | ||
O PSD, através da setorialPSD Movimentos, é o setor com mais influência na direção da central sindical União Geral dos Trabalhadores (UGT), fundada em 2007 e também construída por outros partidos de centro e de direita.[106][107] Em 2011 o partido filiou o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) Ricardo Patah, que também é o presidente da central desde a fundação.[108] Os vices-presidentes da UGTRoberto Santiago e Enilson Simões de Moura (Alemão),[108] também são filiados ao partido,[109] bem como Gil dos Santos, presidente há 10 anos do Sindicato dos Motoboys de São Paulo e Região (SindimotoSP).[110]
| Data | Filiados[11] | Crescimento anual | |
|---|---|---|---|
| dez./2011 | 131.157 | +100% | |
| dez./2012 | 180.344 | +37,5% | |
| dez./2013 | 191.585 | +6% | |
| dez./2014 | 195.433 | +2% | |
| dez./2015 | 254.509 | +30% | |
| dez./2016 | 317.264 | +25% | |
| dez./2017 | 323.503 | +2% | |
| dez./2018 | 327.038 | +1% | |
| dez./2019 | 330.181 | +1% | |
| dez./2020 | 412.884 | +25% | |
| dez./2021 | 405.764 | -1,7% | |
| dez./2022 | 404.452 | -0,3% | |
| dez./2023 | 406.424 | +0,4% | |
| dez./2024 | 469.336 | +15,47% | |
| Participação e desempenho do PSD naseleições estaduais de 2022[51] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos. Em negrito estão os candidatos filiados ao PSD durante a eleição.
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| Participação e desempenho do PSD naseleições estaduais de 2018[51] | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (12 governadores e 24 senadores). Em negrito estão os candidatos filiados ao PSD durante a eleição.
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| Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição | Ref. |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 2014 | Dilma Rousseff (PT) | Michel Temer (PMDB) | Com a Força do Povo (PT,PMDB,PSD,PP,PR,PROS,PDT,PCdoB ePRB) | 54.501.118 (51,64%) | 1ª | [38] | |
| 2018 | Geraldo Alckmin (PSDB) | Ana Amélia (PP) | Para Unir o Brasil (PSDB,PP,PR,PRB,PSD,Solidariedade,DEM,PTB ePPS) | 5.096.350 (4,76%) | 4ª | [49] |
Embora oficialmente não tenha uma ideologia rígida ou explícita, os ideais do PSD flertam com o liberalismo, principalmente de que a base do partido veio do extinto PFL/Democratas, atual União Brasil.
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