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Partido Democrático Social

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Partido Democrático Social
SiglaPDS
Número eleitoral11
PresidentePaulo Salim Maluf
Fundação31 de janeiro de1980
Dissolução4 de abril de1993 (32 anos)
SedeBrasília,DF
Espectro políticoDireita
AntecessorARENA
SucessorPPR(fusão com oPDC e sucessor legal)
PFL(dissidência, coexistiu historicamente com o PDS de 1985 a 1993)
PSD(dissidência, coexistiu historicamente com o PDS de 1987 a 1993)
PSC(dissidência Em 1985 )
Cores    Azul
    Branco
    Vermelho

Partido Democrático Social (PDS) foi um partidopolítico brasileiro dedireita fundado em31 de janeiro de1980.[1] O partido surgiu após o fim dosistema bipartidário que havia sido implantado peloRegime Militar de 1964 e que foi objeto de uma reforma ocorrida no governoJoão Figueiredo. Sucessor daARENA, foi extinto em1993, após seus integrantes aprovarem sua fusão com oPartido Democrata Cristão (PDC) para criar oPartido Progressista Reformador (PPR).

De uma dissensão nos seus quadros, surgiu o Partido da Frente Liberal (PFL), mais recentementeDemocratas (DEM) e hoje parte doUnião Brasil, em1985. Posteriormente o Partido Progressista Reformador mudaria paraPartido Progressista Brasileiro (PPB) em1995, e, numa nova mudança, tornou-se o Partido Progressista (PP) em2003, passando a denominação atual deProgressistas em 2017.

Como herdeiro da ARENA, comandou as duas casas doCongresso Nacional durante o Governo Figueiredo (1979-1985).

Elegeu governadores em treze estados brasileiros ao longo de sua existência, sendo doze naseleições de 1982 e um nas de1990.

História

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Oretorno do pluripartidarismo no Brasil ocorreu em novembro de1979. OCongresso Nacional extinguiu nessa ocasião obipartidarismo, abrindo o caminho para a criação de novos partidos. AARENA foi legalmente extinta[2] e o PDS foi criado em seu lugar, como seu sucessor direto.[3]

Fundado em31 de janeiro de1980, o PDS tinha dentre seus filiadosJosé Sarney eFernando Collor, dois futuros Presidentes da República, sendo que omaranhense foi eleito presidente do partido em28 de fevereiro e ocupou o cargo durante quatro anos.

Mesmo aureolado pela condição de agremiação governista, o PDS urdiu a aprovação de uma emenda constitucional de autoria do deputadoAnísio de Souza, que prorrogou até 1982 os mandatos dos prefeitos e vereadores eleitos em 1976, de modo a permitir uma melhor estruturação partidária. Assim o PDS só disputou sua primeira eleição em15 de novembro de1982 na qual elegeu 12 governadores (vencendo em todo oNordeste), 15 senadores (preenchendo as três vagas deRondônia), 235 deputados federais, 476 deputados estaduais, 2533 prefeitos e a maioria dos vereadores. No cômputo geral foi o mais votado do país, porém muito dessa maioria foi conseguida graças ao voto vinculado e assublegendas.

Em1º de fevereiro de1983 tomaram posse os parlamentares eleitos no ano anterior e na condição de maior bancada o PDS assegurou o comando doSenado Federal e daCâmara dos Deputados, contudo por não dispor de maioria urdiu um acordo com o PTB em maio após fazer algumas concessões políticas (cargos) aos trabalhistas. Tal aliança não evitaria a rejeição do Decreto 2.024 em21 de setembro. Em seu teor ele garantia reajustes salariais de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a quem recebesse até sete salários mínimos e foi a primeira vez desde 1964 que um projeto do Executivo foi rejeitado pelo Congresso. Ao proclamar o resultado o senadorNilo Coelho declarou:"Eu não sou presidente do Congresso do PDS, sou presidente do Congresso do Brasil", no que foi aplaudido pela oposição. A essa altura os debates acerca da sucessão presidencial dominavam os bastidores do PDS e diante da falta de consenso quanto ao tema o presidente Figueiredo abdicou de comandar o processo de escolha de um candidato delegando a tarefa à cúpula partidária. A essa altura despontavam os nomes de:Aureliano Chaves,Costa Cavalcanti,Hélio Beltrão,Mário Andreazza,Marco Maciel ePaulo Maluf.

Sucessão presidencial de 1985

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Ver artigo principal:Eleição presidencial no Brasil em 1985

Paralelo a efervescência no seio do PDS, a oposição encampou asDiretas Já cujo estopim se deu num comício emAbreu e Lima em março de 1983 e depois viria a contagiar o país ao longo do ano seguinte, contudo a rejeição da emendaDante de Oliveira por falta de quorum em25 de abril de1984 frustrou os anseios do eleitorado brasileiropor falta dos vinte e dois votos, que garantiriam sua apreciação peloSenado.[nota 1]

Na qualidade de presidente do PDS,José Sarney propôs a realização de prévias na escolha do candidato a presidente, tese rechaçada pelosmalufistas que a consideravam um ardil para evitar sua vitória na convenção. Diante do impasse, Sarney renunciou em11 de junho, no que foi seguido por seu sucessor o senadorJorge Bornhausen num intervalo pouco superior a dez dias. Em5 de julho a dissidênciaFrente Liberal rompeu com o comando partidário e no dia23 foi anunciado um acordo desta com o PMDB em apoio à eleição deTancredo Neves onde o vice-presidente seria escolhido dentre os quadros liberais. Em8 de agosto José Sarney deixou o PDS e se filiou ao PMDB no dia13 e foi escolhido candidato a vice-presidente.

O revés da eleição direta para Presidente da República logo foi capitalizado em comícios e manifestações de apoio favoráveis à escolha de Tancredo Neves à suprema magistratura do país ao passo que o PDS teve que decidir em convenção datada de11 de agosto entreMaluf eMário Andreazza, quem seria o candidato. Consumada a vitória do primeiro por 493 votos a 350 multiplicaram-se as dissidências comAureliano Chaves,Marco Maciel eAntônio Carlos Magalhães anunciando seu apoio à chapaTancredo-Sarney. O comício inaugural da "Aliança Democrática" aconteceu emGoiânia dia14 de setembro onde compareceram 300 mil pessoas. A essa altura as oposições (exceto ospetistas) apontaram Tancredo como seu candidato. Setenta e duas horas antes da votação Maluf sofreu um revés com a decisão de que a escolha do Presidente da República seria em votação aberta. Em15 de janeiro de1985, Tancredo Nevesfoi eleito presidente com 480 votos contra 180 dados a Paulo Maluf mais 26 abstenções, mas não chegou a tomar posse e foi substituído por José Sarney.

Novos desafios

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Após a derrota no Colégio Eleitoral, o PDS teve que se reorganizar como partido político e nisso o senadorAmaral Peixoto foi escolhido para presidir a agremiação e seu principal desafio foi conciliar os partidários de uma oposição sistemática ao governo, no caso os malufistas, e os que defendiam uma postura moderada quanto ao tema, liderados pelo Ministro das ComunicaçõesAntônio Carlos Magalhães, todavia como ACM deixou o partido e ingressou noPFL em6 de janeiro de1986 os defensores da oposição férrea ao governo foram vitoriosos.

A primeira empreitada do PDS na oposição aconteceu naseleições realizadas em 201 municípios brasileiros em 1985[nota 2] e nelas o partido elegeu 22 prefeitos[nota 3] colhendo uma vitória emSão Luís comGardênia Gonçalves, esposa do senadorJoão Castelo, adversário político de Sarney. Ao final daquele ano o partido contava com apenas quatro[nota 4] dos doze governos de estado que elegera em1982[4] sendo que em1986 elegeu o vice-governador do Piauí e levou ao Congresso apenas dois senadores e trinta e três deputados federais, números pífios se comparados aos de 1982.

Naseleições de 1988,Maluf foi derrotado porLuiza Erundina emSão Paulo, todavia o PDS conquistou 446 prefeituras, (inclusiveRio Branco eFlorianópolis)[nota 5] o terceiro maior número do país. Maluf foi candidato a Presidência da República em1989 quando ficou em quinto lugar e no segundo turno, apoiouCollor, em oposição aLula. Derrotado na disputa pelo governopaulista em1990, Maluf teve o consolo de ver seu partido conquistar o governo doAcre, derrotando oPT e eleger dois senadores[nota 6] e quarenta e dois deputados federais.

A última eleição disputada pelo PDS aconteceu em1992 quando Paulo Maluf venceu em São Paulo eTeresa Jucá emBoa Vista. Naquele ano os pedessistas mantiveram o posto de terceiro maior partido do Brasil ao elegerem 363 prefeitos. A história da agremiação teve fim em4 de abril de1993 quando este se fundiu aoPDC para criar oPartido Progressista Reformador (PPR), presidido pelo senador Espiridião Amin.

Diagrama da origem histórica do partido[5][6]
Partido Social Liberal (PSL)
1994–2022
 União Brasil (UNIÃO)
2022–presente
Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
1966–1979
 Partido da Frente Liberal (PFL)
1985–2007
Democratas (DEM)
2007–2022
 Partido Democrático Social (PDS)
1980–1993
 Partido Progressista Reformador (PPR)
1993–1995
 Partido Progressista Brasileiro (PPB)
1995–2003
Partido Progressista (PP)
2003–2017
Progressistas (PP)
2017–presente
Partido Democrata Cristão (PDC)
1985–1993
Partido Social Trabalhista (PST)
1988–1993
 Partido Progressista (PP)
1993–1995
Partido Trabalhista Renovador (PTR)
1985–1993

Participação e desempenho eleitoral

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Participação em eleições presidenciais

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AnoImagemCandidato(a) a PresidenteCandidato a Vice-PresidenteColigaçãoVotos%ColocaçãoRef.
1985Paulo MalufPaulo Maluf (PDS)Flávio Marcílio (PDS)Sem coligação18027,27%2.º[7]
1989Paulo MalufPaulo Maluf (PDS)Bonifácio Andrada (PDS)Sem coligação5.986.5758,85%5.º[8]

Participação e desempenho eleitorais

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Participação em eleições parlamentares federais

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Câmara dos Deputados[9]
LegislaturaBancada%±
198648.ª (1987–1991)0118
41 / 487
8,411000Estável 0
199049.ª (1991–1995)0083
42 / 503
8,340998Aumento 1
Senado Federal[10]
LegislaturaBancada%±
198648.ª (1987–1991)0000
4 / 75
5,331000Estável 0
199049.ª (1991–1995)0000
12 / 81
14,810998Aumento 8

Membros famosos

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Presidente da República pelo PDS

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Vice-presidente da República pelo PDS

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Governadores pelo PDS

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Senadores pelo PDS

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Deputados Federais pelo PDS

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Outros

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Notas e referências

Notas

  1. Sobre o resultado da votação, a proposta recebeu o voto favorável de 298 deputados contra 65 votos contrários e 03 abstenções, porém a ausência de 112 parlamentares impediu que os 22 votos restantes necessários para a apreciação pelo Senado Federal fossem alcançados.
  2. Capitais de estado, áreas de segurança nacional, estâncias hidrominerais, novos municípios e municípios deterritórios.
  3. Àquela altura o grupo político deAntônio Carlos Magalhães, ainda estava no PDS e em razão dessa circunstâncias dezesseis dos vinte e dois prefeitos eleitos em todo o país eram daBahia.
  4. O partido manteve os governos da Bahia,Mato Grosso,Rio Grande do Sul eSanta Catarina e perdeu oito governadoresnordestinos, sendo que o doCeará ingressou noPMDB e os demais (Maranhão,Piauí,Rio Grande do Norte,Paraíba,Pernambuco,Alagoas eSergipe) migraram para o PFL.
  5. Em 1988, o PDS triunfou comEspiridião Amin eJorge Kalume nas referidas capitais.
  6. O próprio Amin em Santa Catarina eLucídio Portela no Piauí.

Referências

  1. Almanaque digital daFolha de S. Paulo
  2. www.planalto.gov.br.«LEI Nº 6.767, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1979». Consultado em 16 de novembro de 2017 
  3. Fundação Getúlio Vargas.«PMDB». Consultado em 16 de novembro de 2017 
  4. Partido já perdeu oito governadores (online). Folha de S. Paulo, 04/12/1985. Página visitada em15 de janeiro de2012.
  5. TSE.«Histórico de partidos». Consultado em 26 de outubro de 2016 
  6. Marcio Rodrigo Nunes Cambraia (outubro–dezembro de 2010).«A Formação da Frente Liberal e a Transição Democrática no Brasil (1984-85)».Revista On-Line Liberdade e Cidadania. Fundação Liberdade e Cidadania. Consultado em 26 de outubro de 2016 
  7. «Eleição indireta de 1985 marcou o fim da ditadura militar - Notícias».Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 24 de agosto de 2020 
  8. «1989: Uma eleição histórica».ISTOÉ Independente. 3 de outubro de 2014. Consultado em 24 de agosto de 2020 
  9. Bancada na EleiçãoPortal da Câmara dos Deputados. Acessado em 19 de abril de 2016.
  10. SenadoresPortal do Senado Federal. Acessado em 19 de abril de 2016.

Bibliografia

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  • ALMANAQUE ABRIL 1986. 12ª edição. São Paulo, Abril, 1986.
  • ALMANAQUE ABRIL 1987. 13ª edição. São Paulo, Abril, 1987.
  • ISTO É - BRASIL 500 ANOS: Atlas Histórico. São Paulo, Editora Três, 1998.
  • VEJA.O Beijo da Maioria, matéria publicada em 1º de junho de 1983.

Ligações externas

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Ordenados pelos respectivos números eleitorais
Com registro definitivo
Com registro provisório
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