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Parque Estadual da Cantareira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parque da Cantareira
CategoriaII daIUCN (Parque Nacional)
Parque Estadual da Cantareira
Vista da cidade deSão Paulo no núcleo Pedra Grande.
Localização
PaísBrasil
EstadoSão Paulo
MesorregiãoMetropolitana de São Paulo
MicrorregiõesFranco da Rocha,Guarulhos eSão Paulo
Localidades mais próximasZona Norte do Município de São Paulo,Mairiporã,Caieiras eGuarulhos.[1]
Dados
Área7.916,52 hectares (79,2 km2)
Criação29 de agosto de1962 (63 anos)
Visitantes47 712 (em 2007)
GestãoFundação Florestal
Coordenadas23° 24' 5" S46° 35' 24" O
Parque da Cantareira está localizado em: Brasil
Parque da Cantareira

OParque Estadual da Cantareira é umaUnidade de Conservação de Proteção Integral paulista que abrange parte daSerra da Cantareira. A condição de Parque Estadual foi adotada em 1962 e regularizada pelo Decreto Estadual nº 41.626 de 1963. Porém, apenas em 1968 foi publicada a Lei Estadual que oficializou sua criação (nº 10.228/68). Na época, o nome foi definido como Parque Turístico da Cantareira. No ano de 1986 ele passou a se chamar Parque Estadual da Cantareira.[2]

Em outubro do ano de 1994, aUNESCO o declarou como parte daReserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo.[3] Atualmente, é gerenciado pelaFundação para Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (ou Fundação Florestal) – fundação vinculada à Secretaria do Meio Ambiente do Governo de São Paulo, que foi criada com o intuito de conservar, ampliar e administrar florestas pertencentes ao estado deSão Paulo.

Sua maior proporção se encontra naZona Norte de São Paulo,[4] mas também abrange áreas dos municípios deMairiporã,Guarulhos eCaieiras.[5]

O parque possui 7.916,52hectares, sendo parte da Serra da Cantareira, a maiorárea verde urbana do país (64 800 hectares),[6] superando a Reserva Floresta Adolfo Ducke (10 000 hectares) emManaus[7] e oParque Estadual da Pedra Branca (12 500hectares) noRio de Janeiro.[8][9]

História

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É um fragmento daMata Atlântica com várias espécies defauna eflora. ASerra da Cantareira foi batizada pelos tropeiros que faziam o comércio entreSão Paulo e outras regiões do país, nosséculos XVI eXVII. A grande quantidade de nascentes ecórregos ali encontrados forneciam água, que era armazenada em umcântaro (jarros para armazenar água) e, depois de cheios, eram colocados em prateleiras, as chamadas cantareiras. O Parque compreende parte da Serra, mas não toda ela. Oferece três trilhas: a da Figueira com 700metros, a Pedra Grande com 7km e a da Bica com 1 500 metros.

Atualmente com 7 916,52 ha (pouco mais de 79 quilômetros quadrados) deMata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa Montana) distribuídos por quatromunicípios daGrande São Paulo, a área do Parque foi tombada no final do século XIX, para garantir o abastecimento de água para a cidade deSão Paulo.

Desde a década de 1990 oParque se encontra ameaçado pela especulação imobiliária, devido ao loteamento clandestino das áreas particulares contíguas, que facilita a formação de favelas no em torno e mesmo dentro da área do parque.

Núcleos

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Existem quatro núcleos de visitação: Pedra Grande, Águas Claras, Engordador e Cabuçu.

Pedra Grande

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Núcleo Pedra Grande
Indicações para as trilhas do núcleo Pedra Grande
Núcleo Águas Claras

É o mais visitado do parque e também o primeiro aberto à visitação no ano de 1989, oferecendo ao público um contato direto com a Mata Atlântica mesmo estando perto da Praça da Sé. Destaca-se o contraste do natural com o urbano. Possui quatro trilhas:

  • Trilha das Figueiras: com 1 200 m de percurso variando de suave a íngreme;
  • Trilha da Bica: com 1 500 m de percurso suave;
  • Trilha da Pedra Grande: com 9 500 m de percurso íngreme.
  • Trilha do Bugio: com 330 m de percurso suave.

Engordador

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O nome nasceu da fazenda que existia ali no final doséculo XVII, onde era realizada a "engorda" do gado.[10] Mas também alguns dizem que o nome deriva do fato de que local concentrava inúmeros córregos e riachos da região que acabavam engordando o Rio Engordador d'água.[11] Possui três trilhas:

  • Trilha da Cachoeira: com 6 500 m;
  • Trilha do Macuco: com 700 m de percurso leve;
  • Trilha de Mountain Bike: com 1 400 m de percurso variando de leve a íngreme.
  • Trilha do Sagui[12]
  • Trilha do Macuco[13]
  • Do estacionamento do Núcleo Engordador até o final da Trilha da Cachoeira[14]

Águas Claras

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O Núcleo Águas Claras, localizado no município deMairiporã, sendo mais voltado mais para a educação ambiental (com foco na preservação dos rios).[10] Seu nome deriva de uma microbicida em que o núcleo esta inserido que da origem ao Ribeirão Águas Claras. Foi aberto ao público no ano de 2000 e conta com aproximadamente 80% de sua área total decretada como Área de Proteção aos Mananciais. Nele, podem-se percorrer cinco trilhas:

  • Trilha das Águas Claras: com quase 700 m.
  • Trilha da Samambaia-açu: com caminhada de 1 250 m por uma alameda de samambaias de até 2,5 m de altura;
  • Trilha das Araucárias: com 1 250 m toda ladeada deAraucárias;
  • Trilha da Suçuarana: com 1 200 m.
  • Trilha do Pinheirinho: uma trilha bem longa , bastante praticada por veículos Off-Road.

Cabuçu

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Núcleo Cabuçu

O núcleo Cabuçu, localizado no município deGuarulhos, é o mais recente de todos. Foi aberto para visitação em 2008 e conta com cerca de 1/3 da área do parque (1.619,4 hectares). Para seu nome existem duas explicações, uma delas teria como origem a língua tupi guarani (em que “Caba” significa Vespa e “Açu” Grande formando Vespa Grande que é uma espécie encontrada no local), já a outra o nome teria origem pela espécie de árvore Cabuçu (Miconia cabussu) que existe em grande quantidade na área.[11] O local foi aberto à visitação pública em 2008. Nele, podem ser feitas cinco trilhas:

  • Trilha do sagui: são 730 metros de trilha. Nela, pode ser vista um antigo forno para produção decarvão vegetal e cursos de água ao longo do percurso.
  • Trilha da cachoeira: são 5.200 metros em um percurso muitas vezes íngreme. Ao final do trajeto, há uma cachoeira.
  • Trilha da jaguatirica: são 1.000 metros com a presença de uma vegetação exótica, comopinheiros e obambu. É muito procurada em excursões de educação ambiental.
  • Trilha do tapiti: São 250 metros de muita presença da espéciearaucária e da espécie cabuçu, espécie que dá nome ao núcleo.

Biodiversidade

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Tucano-de-bico-verde no parque.
Aranhas saltadoras se encaram em flores no núcleo Águas Claras

O parque apresenta diversas espécies de fauna e flora que constam naLista Oficial das Espécies Ameaçadas de Extinção no Estado de São Paulo.[15][16]

Fauna

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O parque possui imensa diversidade de animais. Dentre eles mamíferos, como os macacos (bugios, sauás, dentre outros), os felinos (onça parda, gato-mourisco e gato-do-mato-pequeno), quatis, gambás, etc. As aves encontradas variam desde o grande gavião pega-macaco até o pequeno beija-flor-rubi. Entre os répteis pode-se dar destaque para as serpentes (jararaca, entre outras) e lagartos como o teiú, e entre os anfíbios, o sapo-cururu e a rã-manteiga, por exemplo.[17][18]

Flora

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São aproximadamente 678 espécies muitas ameaçadas de extinção como é o caso da canela - sassafrás, a imbuia, a canela-preta, que são plantas típicas dessa região.[19] Neste parque possuem também uma diversidade grande de plantas, como por exemplo: Samambaia-açu ouxaxim, uma árvore muito antiga, contemporânea dos dinossauros, mas que hoje é ameaçada pela exploração desenfreada; afigueira, que apresenta mais de 5000 espécies em todo o mundo, principalmente em climas tropicais. Devido à força de suas raízes, não aconselha-se plantá-la perto de edificações, com a certeza de trincas e rachaduras nas paredes. O tapiá-mirim, árvore presente principalmente em morros e montanhas e cuja madeira é muito utilizada na indústria madeireira; a palmeira-juçara, cujo fruto é muito importante na dieta de algumas espécies e que vem sofrendo com extração ilegal; apata-de-vaca, nome dado devido ao formato de suas folhas, circulares e achatadas; asbromélias, originárias das Américas, de florestas tropicais e que apresentam mais de 200 espécies, além do gênero ananás, muito utilizado para produção de batatas e morangos. Outros exemplos:jacarandá-paulista, canela-incenso,embaúba,pau-jacaré,açoita-cavalo, pasto-d'anta,cedro-rosa,bambu,araucária,helicônia,jequitibá-branco, vassourão-branco (ouvernonia), philodendros ecabreúva. Em 2017 foi descoberta uma nova espécie de árvore na Mata Atlântica, pertencente ao gênero Ocotea que nunca havia sido identificada apesar de poder atingir até 40 metros de altura, e foi no parque estadual da cantareira que os pesquisadores puderam comprovar que apesar das árvores do parque possuirem características semelhantes, as chamadasOcotea dispersa ou canela-sassafrás, inclusive ameaçadas de extinção como citado acima, as achadas na mata atlântica eram de uma outra espécie, recebendo seu nome científico deOcotea koscinskii Baitello & Brotto.[20]

Panorama deSão Paulo vista do Núcleo Pedra Grande.

Ver também

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Referências

  1. «Parques Estaduais». Agência Ambiental Pick-upau. Consultado em 4 de maio de 2014 
  2. Adriano Candeias de Almeida, Aleksandra Furtado Mendes, Carina Zorzeti, Carlos Eduardo P. Freitas, César Juliano S. Alves, Diego Hernandes R. Laranja, Elizangela Moiono Vicario, Gustavo Lopes E. Santo, Hugo Duarte C. Lopes, Luciana Maira Rabelo, Maria Helena H. Pieroni, Mariana Duarte, Rita de Cássia G. Rodrigues, Ronaldo Soares Silva, Rui Carlos Othon P. Júnior, Simone Duarte, Tatiane Araújo Silva, Vanessa Puerta Veroli, Wanda Lúcia L. Costa (2013).«Parque Estadual Cantareira: Programa de Uso Público - Visitas Monitoradas»(PDF). Governo do Estado de São Paulo. Consultado em 7 de setembro de 2016. Arquivado dooriginal(PDF) em 17 de setembro de 2016  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  3. Governo do Estado de São Paulo.«Parque Estadual Cantareira - Sobre o parque». Sistema Ambiental Paulista. Consultado em 7 de setembro de 2016. Arquivado dooriginal em 16 de setembro de 2016 
  4. «Parque da Cantareira - Sistema Ambiental Paulista - Governo de SP».www3.ambiente.sp.gov.br. Consultado em 26 de abril de 2017. Arquivado dooriginal em 26 de abril de 2017 
  5. Fernando Descio, Aleksandra Furtado Mendes, Aparecida Descio, Fausto Assumpção, Carina Zorzeti, Diego Hernandes R. Laranja (2012).«PROJETO CUCA: ESTRATÉGIA DE CONSERVAÇÃO JUNTO A COMUNIDADE DE ENTORNO AO PARQUE ESTADUAL DA CANTAREIRA-SÃO PAULO-BRASIL». Periódico UFSM vol.(5), n°5, p. 1145 – 1156. Consultado em 7 de setembro de 2016  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  6. SCRI - UFRJ - Rio de Janeiro - A Cidade
  7. http://peld.inpa.gov.br/sitios/ducke
  8. «Parque Estadual da Pedra Branca – A maior floresta urbana do mundo». Consultado em 16 de fevereiro de 2008. Arquivado dooriginal em 15 de julho de 2011 
  9. Fundação Instituto Estadual de Florestas do Rio de Janeiro (IEF) – Jovens da Maré visitam o Parque Estadual da Pedra Branca Agosto de 2007
  10. abIha, Marcelo.«Parque da Cantareira».www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 26 de abril de 2017 
  11. ab«Sobre o Parque | Parque da Cantareira - Sistema Ambiental Paulista - Governo de SP».www3.ambiente.sp.gov.br. Consultado em 26 de abril de 2017. Arquivado dooriginal em 26 de abril de 2017 
  12. Rodrigo de Marque (16 de novembro de 2008).«Hiking Trilha do Sagui (Nucleo Cabuçu)». Consultado em 4 de maio de 2014 
  13. Rodrigo de Marque (16 de novembro de 2008).«Hiking Trilha do Macuco». Consultado em 4 de maio de 2014 
  14. Rodrigo de Marque (16 de novembro de 2008).«Hiking Trilha do Núcleo Engordador». Consultado em 4 de maio de 2014 
  15. Parque Estadual da Cantareira[1]Arquivado em 16 de setembro de 2016, noWayback Machine. no Portal do Governo do Estado de São Paulo. Consultado em 12 de Setembro de 2016.
  16. Patrícia Beloto Bertola, Caroline Cotrim Aires, Sandra Elisa Favorito, Gustavo Graciolli, Marcos Amaku, Ricardo Pinto-da-Rocha (fevereiro de 2005).«Bat flies (Diptera: Streblidae, Nycteribiidae) parasitic on bats (Mammalia: Chiroptera) at Parque Estadual da Cantareira, São Paulo, Brazil: parasitism rates and host-parasite associations»(PDF). Mem Inst Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, Vol. 100(1): 25-32,. Consultado em 4 de maio de 2014. Arquivado dooriginal(PDF) em 12 de dezembro de 2010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  17. Ricardo Pinto da Rocha, Antonio D. Brescovit, Carlos Leandro Firmo, Cristina A. Rheims.«Biodiversidade de aracnídeos no Parque Estadual da Cantareira, São Paulo - Brasil (Arthropoda, Arachnida).»(PDF). Instituto Butantan. Consultado em 4 de maio de 2014. Arquivado dooriginal(PDF) em 12 de dezembro de 2010  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  18. Rodrigo dos Santos Machado Feitosa, Andre Soliva Ribeiro (10 de dezembro de 2004).«Mirmecofauna (Hymenoptera, Formicidae) de serapilheira de uma área de Floresta Atlântica no Parque Estadual da Cantareira – São Paulo, Brasil»(PDF). Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Consultado em 4 de maio de 2014. Arquivado dooriginal(PDF) em 12 de dezembro de 2010 
  19. «Parque Estadual da Cantareira | Governo do Estado de São Paulo».Governo do Estado de São Paulo 
  20. «Descoberta nova espécie de árvore na Mata Atlântica | Governo do Estado de São Paulo».Governo do Estado de São Paulo. 12 de abril de 2017 

Ligações externas

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