Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Parotidite epidémica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado dePapeira)
Parotidite epidémica
Parotidite epidémica
Asparótidas infectadas são o sintoma mais característico.
SinónimosPapeira(português europeu) oucaxumba(português brasileiro)
EspecialidadeInfectologia
SintomasFebre,dores musculares,dores de cabeça, cansaço,inflamação dolorosa da glândula parótida[1]
ComplicaçõesMeningite,pancreatite,surdez,infertilidade nos homens[1]
Início habitual~17 dias após exposição[2][1]
Duração7–10 dias[2][1]
CausasVírus da parotidite infecciosa[2]
Método de diagnósticoCultura viral,anticorpos no sangue[2]
PrevençãoVacina VASPR[1]
TratamentoTerapia de apoio[3]
MedicaçãoAnalgésicos,imunoglobulina intravenosa[4]
Prognóstico1 morte em cada 10 000 casos[1]
FrequênciaMais comum nos países em desenvolvimento[5]
Classificação e recursos externos
CID-111D80
CID-10B26
CID-9072
DiseasesDB8449
MedlinePlus001557
eMedicineemerg/324
MeSHD009107
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Parotidite epidémica, conhecida popularmente porpapeira(português europeu) oupapeira/caxumba(português brasileiro), é umadoença viral causada pelovírus da parotidite.[2] Os sinais e sintomas iniciais mais comuns sãofebre,dores musculares,dores de cabeça e cansaço.[1] A estes sintomas segue-seinflamação dolorosa de uma ou mais glândulas salivares parótidas.[4] Os sintomas geralmente têm início entre 16 e 18 dias após a exposição ao vírus e desaparecem ao fim de sete a dez dias.[2][1] Os sintomas em adultos são muitas vezes mais graves do que em crianças.[1] Cerca de um terço das pessoas apresenta sintomas leves ou não apresenta sequer sintomas.[1] Entre as possíveis complicações estão ameningite (15%),pancreatite (4%),surdez permanente einflamação dos testículos que, embora pouco comum, pode causarinfertilidade.[1] As mulheres podem desenvolver umainflamação dos ovários, embora isto não afete o risco de infertilidade.[4]

A parotidite epidémica é altamentecontagiosa e propaga-se rapidamente entre as pessoas que partilham um mesmo espaço.[6] O vírus é transmitido por gotículas provenientes da respiração ou por contacto direto com a pessoa infetada.[2] A doença é transmitida apenas pelo ser humano.[1] As pessoas infetadas são contagiosas desde sete dias antes do início dos sintomas até oito dias depois.[7] Uma vez curada a infeção, a pessoa geralmente torna-seimune para toda a vida.[1] Embora seja possível ser novamente infetada, as infeções posteriores tendem a ser ligeiras.[8] O diagnóstico baseia-se na inflamação das parótides e pode ser confirmado isolando o vírus num esfregaço doducto parotídeo.[2] As análises do sangue para a presença deanticorpos no sangue são simples e podem ser úteis. No entanto, podem resultar em falsos negativos nas pessoas imunes.[2]

A parotidite epidémica pode ser prevenida com avacina contra a parotidite epidémica.[1] A vacina está incluída nos planos de vacinação de maior parte dospaíses desenvolvidos. Geralmente está incluída navacina VASPR, que também oferece imunidade contra osarampo erubéola.[1] Em países com baixos índices de vacinação pode-se verificar aumento de casos entre pessoas mais velhas, piorando o prognóstico.[4] Não existe tratamento específico.[1] As medidas de alívio passam por controlar os sintomas comanalgésicos como oparacetamol.[4] Em algumas complicações pode ser útil administrarimunoglobulina por via intravenosa.[4] No caso da pessoa desenvolvermeningite oupancreatite pode ser necessária hospitalização.[6][8] Cerca de uma em cada dez mil pessoas infetadas morre.[1]

Sem vacinação, entre 0,1 e 1% da população é infetada em cada ano.[1] Avacinação em massa permitiu diminuir a prevalência da doença em mais de 90%.[1] A parotidite epidémica é mais comum nospaíses em vias de desenvolvimento, onde a vacinação é menos frequente.[5] No entanto, é possível a ocorrência surtos entre a população vacinada.[4] Antes da introdução da vacina, a papeira era uma doença infantil bastante comum em todo o mundo[1] e geralmente ocorriam surtos de grande dimensão a cada dois a cinco anos.[1] O grupo mais afetado eram as crianças entre os cinco e nove anos de idade.[1] Entre a população vacinada, a faixa etária mais afetada são as pessoas com vinte e poucos anos.[4] Naslatitudes próximas doequador, a doença ocorre durante todo o ano, enquanto nas regiões mais a norte ou mais a sul é mais comum no verão e na primavera.[1] A inflamação dolorosa das glândulas parótidas e dos testículos foi descrita porHipócrates noséculo V.[2]

Causa

[editar |editar código-fonte]
O vírus da caxumba tem formato aproximadamente esférico e é composto por camadas concêntricas de lipídeos, grandes moléculas de proteína e ácido nucléico. No interior, encontra-se um núcleo de uma molécula, único longa de RNA embrulhado em proteína que é introduzida na célula humana.
Vírus da parotidite infecciosa
  • Grupo:Grupo V ((-)ssRNA)
  • Ordem:Mononegavirales
  • Familia:Paramyxoviridae
  • Gênero:Paramyxovirus
  • Espécie:Vírus da parotidite

É um vírus da família dosparamyxovirus, parente do vírus dosarampo. O seugenoma é deRNA simples, de sentido negativo (a cópia é que serve de RNA para síntese proteica). É envelopado,pleomórfico variando de 100-600 nm, e de formato esférico, muitas vezes filamentoso. O envelope contém as proteínashemaglutinina eneuraminidase, que participam das reações imunológicas, sendoantígenos virais.[9]

Transmissão

[editar |editar código-fonte]

É altamente infeccioso. Os vírus são transmitidos por gotas deespirros,tosse, respiração em ambiente fechado ou por contato direto com asaliva. Pode ser transmitido ao se compartilhar copos, pratos e talheres. O vírus também pode sobreviver fora do organismo por algumas horas e, em seguida, ser transmitido após o contato caso a pessoa encoste nele e depois encoste na mão na boca ou no nariz. A pessoa infectada com caxumba pode contaminar outros, entre aproximadamente seis dias antes do início dos sintomas até cerca de 9 dias após início dos sintomas. O período de incubação (tempo até o início dos sintomas) pode ser 14-25 dias, mas é mais tipicamente em média de 16 a 18.[10][11]

O ser humano é o único hospedeiro natural. O vírus atravessa aplacenta, sem causar malformações mas pode causaraborto.

Progressão e sintomas

[editar |editar código-fonte]
A pessoa começa a apresentar sintomas apenas cerca de duas a três semanas depois de ser contaminada.

A parotidite infecciosa é uma enfermidade contagiosa aguda caracterizada por um aumento não supurativo de uma ou ambas glândulas salivaresparótidas, e também as outras glândulas salivares, sendo outros órgãos também acometidos. Complicações são mais comuns em homens após a puberdade.

O vírus penetra pela boca e vai até à glândula parótida (canal de Stenon) onde se dá a multiplicação primária,viremia e localização nostestículos,ovários,pâncreas,tireóide,cérebro,próstata,fígado,baço etimo. A multiplicação também se pode dar noepitélio superficial respiratório, viremia e localização nasglândulas salivares e outros órgãos.

Os sintomas mais comuns são[12]:

Entre 20 e 30% das infecções pelos vírus da caxumba são assintomáticas ou mesmo que as glândulas salivares inflamem não é muito visível.

Ocasionalmente em adultos ou adolescentes, quando tratada de forma equivocada ou displicente, pode comprometer o sistema nervoso central (meningoencefalite) etestículos (orqui-epididimite), raramente resultando emsurdez eesterilidade. Raramente ocorrem essas complicações em crianças, sendo que esterilidade só ocorre em indivíduos do sexo masculino durante ou após a puberdade, logo nunca em crianças.[13]

Outras possíveis complicações incluem[14]:

Uma complicação rara é o desenvolvimento deencefalite, podendo levar aedema cerebral, manifestações neurológicas graves e levar à morte.

A imunidade após resolução geralmente é para toda a vida. A mortalidade é baixa e principalmente em adultos.

Diagnóstico

[editar |editar código-fonte]
Mulheres adultas que ainda não tiveram a doença, e não tomaram a vacina quando crianças, e querem engravidar devem tomar a tríplice viral para evitar sérias complicações na gravidez. Homens adultos e adolescentes também devem tomar para evitar problemas nos testículos que podem resultar em infertilidade.

Um exame físico confirma a presença das glândulas inchadas. Geralmente a doença é diagnosticada naanamnese, sem necessidade de testes laboratoriais de confirmação. Caso haja incerteza sobre o diagnóstico, um teste de saliva ou sangue podem ser realizados. As provas sorológicas podem ser feitas porneutralização,inibição da hemaglutinação ouELISA.[14]

Possíveis diagnósticos diferenciais incluem: Cálculo de dutos parotidianos,hipersensibilidade a drogas (iodetos,fenilbutazona,tiouracil, entre outras), ingestão excessiva deamidos,sarcoidose,cirrose,diabetes,parotidite etiologiapiogênica,inflamação delinfonodos, tumores parenquimatosos,hemangioma,linfangioma.[14]

Prevenção

[editar |editar código-fonte]

A vacina é altamente eficaz e raramente produz efeitos colaterais. É feita através da vacinatríplice viral (MMR), geralmente entre 12 e 15 meses de vida (1ª dose), 4 e 6 anos (2ª dose) e 11 e 12 anos (3ª dose). Caso todas sejam tomadas possui 97% de chance de proteger contra uma infecção natural. Os anticorpos maternos protegem os filhos durante os primeiros meses de vida.[13][15]

Adultos e adolescentes que nunca foram infectados nem tomaram a vacina também devem ser imunizados, especialmente mulheres que planejam engravidar.[16]

Tratamento

[editar |editar código-fonte]

O tratamento é predominantemente sintomático, comoanalgésicos,anti-inflamatórios eantitérmicos. A criança não precisa ficar na cama, mas deve conservar suas energias e não deve frequentar ambientes com muitas pessoas por se tratar de uma doença viral altamente contagiosa.

Aaspirina não deve ser usada por crianças em doenças virais porque a sua utilização tem sido associada com o desenvolvimento deSíndrome de Reye, que pode levar àinsuficiência hepática emorte[carece de fontes?].

Tanto bolsas de água quente como fria nas áreas inchadas podem amenizar a dor. Uma dieta com alimentos macios e muita água e sucos naturais que não sejam ácidos é recomendada. Alimentos ácidos podem piorar a dor.[17]

Epidemiologia

[editar |editar código-fonte]

Estima-se que 85% dos adultos não vacinados ao longo da vida, mas 33% infectados temparotidite (inchaço das glândulas salivais) e acabam não sendo diagnosticados. A doença é mais severa em adultos, podendo causar meningite e infertilidade. As estações com maior número de casos são o inverno e a primavera.[18]

Surtos são frequentes entre os não vacinados a cada 3-6 anos. NoEstado do Rio de Janeiro a média anual passou de 200 a 300 casos entre 2007 e 2013 para 500 a 600 casos em 2014 e 2015. Durante um surto estima-se que 3% dos vacinados com duas doses também são infectados. Antigamente surtos infectavam 30% da população e era uma das principais causas de surdez, pancreatite, aborto e infertilidade.[19]

Referências

  1. abcdefghijklmnopqrstuvw«Mumps virus vaccines.»(PDF).Weekly epidemiological record.82 (7): 49–60. 16 de fevereiro de 2007.PMID 17304707.Cópia arquivada(PDF) em 16 de março de 2015 
  2. abcdefghijAtkinson, William (maio de 2012).Mumps Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases 12 ed. [S.l.]: Public Health Foundation. pp. Chapter 14.ISBN 978-0-9832631-3-5.Cópia arquivada em 6 de julho de 2016 
  3. Davis NF, McGuire BB, Mahon JA, Smyth AE, O'Malley KJ, Fitzpatrick JM (abril de 2010). «The increasing incidence of mumps orchitis: a comprehensive review».BJU International.105 (8): 1060–5.PMID 20070300.doi:10.1111/j.1464-410X.2009.09148.x 
  4. abcdefghHviid A, Rubin S, Mühlemann K (março de 2008). «Mumps».The Lancet.371 (9616): 932–44.PMID 18342688.doi:10.1016/S0140-6736(08)60419-5 
  5. abJunghanss, Thomas (2013).Manson's tropical diseases. 23rd ed. Oxford: Elsevier/Saunders. p. 261.ISBN 978-0-7020-5306-1.Cópia arquivada em 13 de maio de 2016 
  6. abGupta, RK; Best, J; MacMahon, E (14 de maio de 2005).«Mumps and the UK epidemic 2005.».BMJ (Clinical research ed.).330 (7500): 1132–5.PMC 557899Acessível livremente.PMID 15891229.doi:10.1136/bmj.330.7500.1132 
  7. Kutty PK, Kyaw MH, Dayan GH, Brady MT, Bocchini JA, Reef SE, Bellini WJ, Seward JF (15 de junho de 2010).«Guidance for isolation precautions for mumps in the United States: a review of the scientific basis for policy change».Clinical Infectious Diseases.50 (12): 1619–28.PMID 20455692.doi:10.1086/652770 
  8. abSen2008 SN (2008).«Mumps: a resurgent disease with protean manifestations».Med J Aust.189 (8): 456–9.PMID 18928441.Cópia arquivada em 25 de dezembro de 2014 
  9. Trabulsi, Microbiologia, 4ª edição
  10. England National Health Service: What is Mumps?http://www.nhs.uk/Conditions/Mumps/Pages/Symptoms.aspx?url=Pages/What-is-it.aspx
  11. Conly J, Johnston B (January 2007). "Is mumps making a comeback?". Can J Infect Dis Med Microbiol 18 (1): 7–9. PMC 2542890.PMID 18923686.
  12. Bedford H (2005). "Mumps: current outbreaks and vaccination recommendations". Nurs Times 101 (39): 53–4, 56.PMID 16218124.
  13. abABC da saúde:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?645
  14. abchttp://www.scribd.com/doc/52281750/27/Parotidite-infecciosa
  15. CDC. VPD Surveillance Manual, 5th Edition, 2012 Mumps: Chapter 9-1. Disponível emhttp://www.cdc.gov/vaccines/pubs/surv-manual/chpt09-mumps.pdf. Último acesso em 18.07.15.
  16. http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/caxumba/
  17. http://kidshealth.org/parent/general/sick/mumps.html#
  18. Portal Saúde do Ministério da Saúde Brasileiro:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/626-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/caxumba/11190-situacao-epidemiologica-dados
  19. Isabella Ballalai (2015). Nota técnica sobre caxumba da Sociedade de pediatria do estado do RJ. Disponível em:http://www.soperj.org.br/novo/imprimir.asp?s=61&id=1093
Patologia bucal (K00-K14)
Anormalidades dentárias
Condições relativas
ao órgão dentário e anexos
Doenças periodontais
Doenças da polpa e periápice
Cistos odontogênicos
Tumores odontogênicos
Anomalias maxilomandibulares
Glândulas salivares
Lábios emucosa oral
Língua
Disfunções temporomandibulares
Anexo
Doenças causadas porvírus (A80-B34)
Infecções virais dosistema nervoso central
Vírus transmitido por artrópodes
Vírus transmitidos por animais
Exantemas virais
Hepatites virais
Infecções virais dosistema respiratório
Doenças sexualmente transmissíveis
Gastroenterite viral
Vírus que induzem câncer
Outras doenças virais
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Parotidite_epidémica&oldid=64640783"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp