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Panambi | |
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Município do Brasil | |
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Hino | |
Lema | Nova Württemberg |
Gentílico | panambiense |
Localização | |
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Localização de Panambi noBrasil | |
Mapa de Panambi | |
Coordenadas | 28° 17′ 34″ S, 53° 30′ 07″ O |
País | Brasil |
Unidade federativa | Rio Grande do Sul |
Municípios limítrofes | Condor,Santa Bárbara do Sul,Pejuçara,Bozano eAjuricaba. |
Distância até acapital | 370 km |
História | |
Fundação | 15 de dezembro de1954 (70 anos) |
Administração | |
Prefeito(a) | Gustavo Cavalheiro (PSD, 2025–2028) |
Características geográficas | |
Área total[1] | 491,57 km² |
População total(2022) [2] | 43 515 hab. |
• Posição | RS: 50ºBR: 763º |
Densidade | 88,5 hab./km² |
Clima | subtropical úmido |
Altitude | 418 m |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) |
Indicadores | |
IDH(2010) [3] | 0,761—alto |
• Posição | RS: 63ºBR: 350º |
PIB(2020) [4] | R$ 2 104 504,98 mil |
• Posição | RS: 42ºBR: 495º |
PIBper capita(2020) | R$ 47 690,92 |
Sítio | http://www.panambi.rs.gov.br (Prefeitura) |
Panambi é ummunicípio doestado doRio Grande do Sul, noBrasil. Localiza-se a umalatitude 28º 17' 33" sul e a umalongitude 53º 30' 06" oeste, estando a uma altitude de 418 metros. Sua população estimada em 2018 foi de 43.170 habitantes. Possui uma área de 491,48 km². Situa-se no Planalto Rio-Grandense. Sua população é de maioria descendente de alemães e Italianos.
Possui umcampus daUniversidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, cuja reitoria se localiza emIjuí. Em 2010, recebeucampus doInstituto Federal Farroupilha, com investimentos na ordem de R$ 5 milhões em prédios para a instalação de quatro cursos superiores gratuitos.[carece de fontes?]
O município é conhecido pelas alcunhas de "Cidade das Máquinas" e "Vale das Borboletas Azuis". "Cidade das Máquinas" foi umcognome recebido em 1945, devido ao fato de Panambi ser o terceiro maior polo metalmecânico doRio Grande do Sul.
"Panambi" é um termotupi que significa "Vale dasborboletas", através da junção dos termospanama (borboleta) e 'y (rio).[5]
Até o advento dos colonizadores de origem europeia, a partir do século XVI, a região atualmente ocupada pelo município era habitada por índiosguaranis ecaingangues.
O território que hoje constitui Panambi fazia parte dos municípios de Cruz Alta e Palmeira das Missões. Antes da imigração de alemães e teuto-brasileiros, já viviam nessas terras cerca de 500 pessoas de origem brasileira.[6]
O alemão Herrmann Meyer, em expedição aoMato Grosso, tomou conhecimento, através de Carlos Dhein, da existência de terras férteis no Rio Grande do Sul. Em 1898, Meyer, através da Empresa Colonizadora Herrmann Meyer (que funcionou até o início dosanos 1950, quando faliu), comprou quase 2 mil hectares de terras do município deCruz Alta. Pensava em trazer imigrantes deWürttemberg, naAlemanha, projetando um reduto de alemãesluteranos.[6] A grande ocupação, porém, foi feita por teuto-brasileiros das antigas colônias deEstrela eSanta Cruz.
A política do governo brasileiro era de criar colônias mistas, fixando em um mesmo lugar pessoas de diferentes origens, como feito na vizinhaIjuí. No entanto, era permitida a ação de empreendedores individuais, o que abria caminho para colônias homogêneas como Panambi - nas propagandas, Meyer ressaltava que só aceitava colonos alemães, que possíveis "intrusos" já estariam se retirando da área e que havia poucos indígenas na região, nenhum na colônia.[6] Meyer divulgou seu empreendimento na imprensa de língua alemã, primeiro na Alemanha e posteriormente nas "colônias velhas" e no Brasil como um todo. Em 1904, editou o “livreto”Ackerbaukolonien. Neu-Wuerttemberg und Xingu in Rio Grande do Sul (Südbrasilien). Também utilizou-se de cartões postais, nas quais destacava suas semelhanças com a Alemanha.[6]
Em 1899 foi fundada a colônia Neu-Württemberg ("Nova Württemberg"). Para promover os trabalhos de colonização, Meyer escolheu Dhein como administrador remunerado. Somente em 1919, após aPrimeira Guerra Mundial, vieram para a região colonos naturais de Württemberg, com 178 famílias. Uma terceira onda de imigração envolveu luso-brasileiros nadécada de 1970.[6]
Como empreendimento, porém, a colônia se mostrou vulnerável. Entre 1897 e 1900, a colonizadora teve um déficit maior do que o esperado. Houve, também, desvios de dinheiro feitos por Carlos Dhein, que resultou no rompimento da sociedade e sua quase falência.[6]
Até 1908, pouco movimento aconteceu na colônia. Meyer decidiu terminar com seus negócios no Rio Grande do Sul, deixando a colônia para oSínodo Rio-Grandense, o que não chegou a ser realizado.[6]
Em 1901, a cidade de Neu Württemberg trocou sua denominação para Elsenau, em homenagem à esposa de Hermann Meyer, que se chamava Else. Em 1938, a cidade trocou seu nome para Pindorama. Em 1944, passou a chamar-se Tabapirã. No mesmo ano, adotou seu atual nome, Panambi. A região também chegou a ser conhecida como Salina, em referência a um conhecido morador, Francisco Manoel de Barros, que, no final doséculo XIX, possuía umaserraria e um engenho defarinha, além de vendersal, sendo chamado, por isso, de Chico Saleiro.[6]
Em 1949 foi organizada uma comissão pela emancipação da cidade. A localidade, porém, não tinha o número suficiente de moradores, o que levou à ideia de incorporar a vizinha Condor, que pertencia aPalmeira das Missões. Condor, porém, não aceitou por entender que perderia território e arrecadação, começando uma propaganda negativa à iniciativa.[6] Em 15 de dezembro de 1954, a cidade conseguiu sua separação deCruz Alta e Palmeira das Missões.[7]
O projeto de colonização de Panambi baseava-se em três correntes do cristianismo: luteranos,batistas ecatólicos. Acreditava-se que haveria maior possibilidade de desenvolvimento econômico com uma colônia mais ou menos homogênea, aspecto para o qual Neu Württemberg se tornou referência positiva.[6]
As igrejas luterana e batista estavam ligadas a imigrantes alemães e teuto-brasileiros e a católica a luso-brasileiros.[6]
OCenso 2010 apontou que a divisão se mantém na cidade, com maioriaevangélica seguido de católicos.[8]
Os imigrantes que povoaram Panambi tinham como principal ocupação a agricultura, mas também criaram ferrarias,usinas elétricas,moinhos.[6] Entre as principais empresas da cidade estão a Cotripal, cooperativa fundada em 1957, a Kepler Weber (1925)[6], Bruning (1947)[9], Saur (1926)[10] e Fockink (1947)[11].
O fato do município ser o terceiro polo metalmecânico doRio Grande do Sul na década de 1940 deve-se muito à fundação daKepler Weber em 1925.[12]
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