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Palácio Guanabara

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Palácio Guanabara
Paço Isabel
Informações gerais
Estilo dominanteNeoclássico
Restauro2013
Proprietário inicialPrincesa Isabel eConde d'Eu
Função inicialresidência particular
Proprietário atualGoverno do Estado do Rio de Janeiro
Função atualSede do governo do Estado do Rio de Janeiro
Geografia
PaísBrasil
CidadeRio de Janeiro
Coordenadas22° 56′ 15″ S, 43° 11′ 02″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

OPalácio Guanabara (anteriormente conhecido comoPaço Isabel) localiza-se naRua Pinheiro Machado (antiga Rua Guanabara), nobairro deLaranjeiras, nazona sul do município doRio de Janeiro,capital doestado homônimo. É a sede oficial do governo do Rio de Janeiro. O Palácio Guanabara não deve ser confundido com oPalácio das Laranjeiras, situado no mesmo bairro (na Rua Paulo Cesar Andrade, 407), que é a residência oficial dogovernador do Rio de Janeiro.[1]

Histórico

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Palácio Isabel em 1870.
Palácio Isabel 1865
Palácio Guanabara, 1913
Interior do Palácio Guanabara

Originalmente de característicasneoclássicas, sua construção iniciada pelo português José Machado Coelho em1853, tendo sido utilizado como residência particular até adécada de 1860. Comprado pelafamília imperial brasileira e então reformado pelo arquitetoJosé Maria Jacinto Rebelo, em1865 tornou-se a residência daPrincesa Isabel e de seu esposo, oConde d'Eu,[2] sendo então conhecido como Paço Isabel. Na época, o acesso ao Palácio era feito pelaRua Paissandu, que, por essa razão, foi ornada com uma centena de palmeiras-imperiais (Roystonea oleracea).

O imóvel pertenceu aos príncipes até àproclamação da República, em1889, quando foiconfiscado pelo governo militar e transferido ao patrimônio daUnião, mediante decreto de1891. A família imperial tentou recuperar a posse da edificação por 125 anos, no que foi um dos processos judiciais mais longos do país, até perder a ação em 2020, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu que o palácio pertencia à União e não à família imperial, que nunca recebeu uma indenização peladesapropriação.[3] Em dezembro de 2018, a justiça do Rio de Janeiro decidiu que o palácio Guanabara não pertence à família imperial do Brasil e nenhuma indenização cabe à família pela ocupação do palácio pelo governo republicano.[4]

Em1908, uma nova reforma, conduzida por Francisco Marcelino de Souza Aguiar, deu à fachada do palácio característicasecléticas.[2] O prédio anexo, com seis pavimentos, onde funcionam o gabinete do vice-governador, as subsecretarias da Casa Civil e de Governo, só seria inaugurado em 1968.

Fachada do Palácio em arquitetura eclética.

O palácio foi utilizado pelo presidenteGetúlio Vargas como residência oficial durante oEstado Novo (1937-1945). Foi atacado durante oputsch daAção Integralista Brasileira em1938, repelido pelaPolícia Especial (daPolícia Civil do Rio de Janeiro), reação reforçada, posteriormente, peloExército.

Jardim simétrico do Palácio Guanabara

Em1946, o Palácio Guanabara passa a sediar a Prefeitura do Distrito Federal, deixando de ser a residência oficial da presidência, que retorna aoPalácio do Catete e, mais tarde, nogoverno Kubitschek, é transferida para oPalácio Laranjeiras, a dois quarteirões de distância. Em1960, quando a cidade do Rio de Janeiro deixa de ser a capital federal, o território do antigoDistrito Federal se tornou o estado daGuanabara, nesse momento, o Palácio passa a ser a sede do Governo do Estado da Guanabara.[2] – função que manteria após a fusão do Estado da Guanabara com oEstado do Rio de Janeiro, em1975, durante o governo do presidenteErnesto Geisel.[5] Na mesma época, o Palácio Guanabara é doado pela União ao Estado do Rio de Janeiro,[6] e oPalácio do Ingá, emNiterói, deixa de sediar o governo fluminense.

Processo da Família Imperial contra a União

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Comprado pelafamília imperial brasileira, o imóvel pertenceu à princesa Isabel até aproclamação da República, em1889, quando foiconfiscado pelo governo militar e transferido ao patrimônio daUnião. Em dezembro daquele ano, o decreto 78-A baniu formalmente a família imperial e obrigou o imperador a liquidar seus bens em território brasileiro no prazo de dois anos. Um novo decreto do então governo provisório, em 1890, determinou que os bens da família imperial fossem incorporados à União.[7]

Um terceiro decreto no ano seguinte, já sob a Constituição Republicana de fevereiro de 1891, determinou novamente a transferência da posse do palácio à União, mas uma decisão judicial da época em favor do representante legal da família imperial no Brasil travou a execução da ordem do presidenteDeodoro da Fonseca. O argumento básico foi de que, por mais que aFamília Imperial tivesse perdido seus direitos e privilégios políticos, a revolução política de 1889, consolidada com a Constituição de 1891, não afetou os direitos privados de propriedade da antiga dinastia. Assim, até 1894 a posse daFamília Imperial sobre o palácio não fora turbada.[8]

Em 1894, o palácio foi confiscado por forças militares e incorporado aos bens da União. No ano seguinte, a Princesa Isabel e o Conde D'Eu entram na Justiça pela posse do local.[9] No processo, os sucessores daPrincesa Isabel pediram a restituição do Palácio da Guanabara e o reconhecimento da posse do imóvel, de forma que o palácio seja considerado integrante do espólio daFamília Real.[10]

Em 1955, os oito netos da princesa Isabel entraram com uma nova ação, desta vez reivindicatória — o que fez esta diferir da primeira, já que a original era uma ação possessória.[11]

Em 1967, o primeiro caso foi considerado prescrito pela Justiça brasileira, mas a família herdeira recorreu da decisão.[11]

Em 1969, os dois processos se encontram no antigoTribunal Regional Federal do Rio de Janeiro. Passam a tramitar de mãos dadas pela intrincada malha dos tribunais. E isso fez com que se iniciasse uma nova discussão sobre se as ações estariam ou não prescritas.[11] Nove anos mais tarde, o TFR foi extinto pelaConstituição de 1988.[11]

Em 6 de dezembro de 2018, entre decisões e recursos de uma ação que chegou ao Judiciário em 1895, trazida pela princesa Isabel, oSTJ julgou o recurso de processo mais antigo em tramitação no país. Na decisão, o STJ entendeu que o Palácio Guanabara é da União, e não da família imperial.[12] O processo foi encerrado em 28 de agosto de 2020, após 125 anos, dando ganho à União.[13]

Referências

  1. Lucena, Felipe (4 de outubro de 2015).«História do Palácio Guanabara».Diário do Rio 
  2. abcPalácio Guanabara- Um dos principais palcos da história do Brasil é restaurado e volta ter as características da época da construção. Por Juliana Araújo e Hugo Denizart.O Prelo, ano IX, nº 29, março de 2012.
  3. Teixeira, Matheus (1 de setembro de 2020).«Após 125 anos, STF decide que Palácio da Guanabara é da União e não da família real». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de setembro de 2020 
  4. https://g1.globo.com/politica/noticia/2018/12/06/palacio-da-guanabara-e-da-uniao-e-nao-da-familia-imperial-decide-stj-em-acao-que-dura-123-anos.ghtml
  5. Do estado da Guanabara ao estado do Rio de Janeiro: a fusão. MultiRio. Empresa Municipal de Multimeios Ltda. Secretaria Municipal de Educação. Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro.
  6. Palácio Guanabara de Portas Abertas. Visite! Por Sandra Machado. MultiRio, 14 Setembro 2015.
  7. noticias.r7.com/Começa julgamento de ação pela posse do Palácio da Guanabara
  8. jota.info/A odisseia do Palácio Guanabara
  9. noticias.r7.com/STJ julga hoje ação da família real pela posse do Palácio da Guanabara
  10. jota.info/STJ adia julgamento de processo mais antigo do país.
  11. abcdepoca.globo.com/120 anos nos labirintos da Justiça
  12. g1.globo.com/Palácio Guanabara é da União, e não da família imperial, decide STJ em ação que dura 123 anos
  13. Teixeira, Matheus (1 de setembro de 2020).«Após 125 anos, STF decide que Palácio da Guanabara é da União e não da família real». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de setembro de 2020 

Ligações externas

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Brasão de armas constituídos por um escudo com um campo verde com uma esfera armilar de ouro sobrepor na cruz vermelha e branca da Ordem de Cristo, rodeado por uma faixa azul com 20 estrelas de prata; os portadores são dois braços de uma coroa de flores, com um ramo de café à esquerda e um ramo de tabaco floração à direita; e acima do escudo é uma coroa de ouro e joias em arco. Cruzados atrás do escudo estão um cetro com a serpe da Casa de Bragança e outro com a mão da justiça. Todo o conjunto é coberto por um manto erminho e verde, encimado pela coroa imperial.
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