Informações pessoais | ||
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Data de nascimento | 22 de junho de1908 | |
Local de nascimento | Montevidéu,Uruguai | |
Nacionalidade | uruguaio | |
Data da morte | 18 de novembro de1978 (70 anos) | |
Local da morte | Montevidéu,Uruguai | |
Seleção nacional | ||
1929-1932 | Uruguai | 7 (3) |
Pablo Dorado (22 de junho de1908 –18 de novembro de1978) foi um futebolistauruguaio que jogava como ponta-direita, vencendo aCopa do Mundo de 1930. Foi o autor do primeiro gol da histórias das finais da competição.[1]
Dorado era o jogador mais jovem entre os titulares campeões da primeira Copa do Mundo; havia acabado de completar 22 anos. Na época da competição, Dorado jogava noBella Vista, não sendo muito famoso nem no próprio país.[1] Foi convencido a atuar na ponta-direita porJosé Nasazzi, colega no clube e na seleção. Era veloz e tinha boa técnica para cruzamentos, sendo considerado um ponta clássico.[2] O Bella Vista era nadécada de 1920 o maior concorrente doNacional,[3] bem como foi o segundo clube mais representado entre os uruguaios titulares nafinal da Copa do Mundo FIFA de 1930.[1] Na maior parte da década, o Nacional e oPeñarol ficaram em ligas separadas;[carece de fontes?] o Nacional (e o Bella Vista) permaneciam naquela reconhecida pelaFIFA, o que privou os jogadores aurinegros de integrarem em maior escala aseleção uruguaia.[4]
Dorado estreou pelo Uruguai em16 de junho de1929, data de derrota de 2-0 para aArgentina emBuenos Aires.[carece de fontes?]
No ano seguinte, na estreia daseleção uruguaia na Copa do Mundo, na vitória de 1-0 sobre oPeru, o titular foiSantos Urdinarán. O resultado magro contra um oponente cuja seleção havia sido criada apenas três anos antes foi uma grande decepção,[5] e Urdinarán, jogador doNacional, foi criticadíssimo pela imprensa. Assim, Dorado entrou já na segunda partida, no 4-0 sobre aRomênia.[1] Nela, ele, já aos sete minutos, abriu o placar de vitória por 4-0.[6]
Dorado também abriu o placar nafinal do torneio. O primeiro gol da história das finais daCopa do Mundo FIFA veio em chute cruzado entre as pernas dogoleiro argentinoJuan Botasso. A jogada começou comLorenzo Fernández, que passou a bola aJosé Pedro Cea, que então a entregou aHéctor Castro. Castro repassou aHéctor Scarone, que chutou. A bola rebateu nas pernas do adversárioFernando Paternoster e voltou para perto de Castro e Cea, que, atraindo marcadores, se preparava para chutar a bola. Mas Castro notou que Dorado estava desmarcado, antecipou-se ao arremate de Cea e passou a bola ao ponta. Botasso e os demais esperavam que Dorado devolvesse a bola para alguns dos consagrados campeões olímpicos à espreita - Scarone, Castro ou Cea -, mas o jovem ponta surpreendeu com um chute cruzado.[2][7]
"Peguei cheio e Botasso não pôde abaixar a 'cortina metálica'", contaria Dorado, em referência ao apelido do goleiro argentino. Eram 12 minutos do primeiro tempo e aquele foi o primeiro lance de perigo da partida.[2] Em contra-ataque, Dorado também fez o cruzamento para o último gol do jogo, do próprio Castro, já no penúltimo minuto, abafando a contínua pressão dos argentinos, que dominavam ocasionalmente a partida em busca de um empate - o resultado até então estava em 3-2 para o Uruguai.[2][8]
Dorado jogou pela última vez pelaCeleste em18 de maio de1932, totalizando sete jogos oficiais e três gols marcados.[carece de fontes?]
Apesar da boa exibição, Dorado não conseguiu maior sucesso clubístico. Foi contratado em 1931 peloRiver Plate, que até então tinha um único título nocampeonato argentino. O clube contratara naquele mesmo ano tambémCarlos Peucelle, outro a marcar gol na final da Copa de 1930. Essas e outras contratações inspiraram o apelido deMillonarios para a equipe. Os investimentos renderam no título de 1932, o primeiro que o River conseguiu na era profissional,[9] mas Dorado atuou apenas onze vezes na campanha,[10] em torneio que teve 34 rodadas além de um jogo-extra entre River eIndependiente para definir o título - partida da qual o uruguaio não participou.[carece de fontes?]
Em 1935, Dorado voltou aMontevidéu para defender o Nacional, mas só teve espaço em equipes menores, regressando ao Bella Vista em 1937 para seu último ano de carreira.[1][2] Considerado um grande ser humano, chegou a doar suamedalha de ouro de campeão argentino pelo River para ajudar um amigo endividado que corria o risco de perder a casa. Após parar de jogar, trabalhou na inspeção geral da prefeitura de Montevidéu. Casou-se com Irma Callejas e teve três filhos: Susana, Luis e Graciela, além de vários netos, um dos quais, Pablito, veio a falecer com oito anos de idade em famoso acidente de helicóptero napraia Pocitos em 1971.[2]
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