Erinaceidae é uma família demamíferosinsetívoros da ordemErinaceomorpha. Estes animais possuem odorso coberto por espinhos curtos e lisos, e as partes inferiores porpêlos. Vernacularmente são denominados deouriços.
Os ouriços são animais principalmentenoturnos, que se alimentam deinsetos,caracóis,lesmas e devegetais. Os seus predadores principais são ascorujas e osfurões. O ouriço conta com a sua coloração comocamuflagem, mas quando ameaçado enrola-se numa bola expondo apenas a face coberta de espinhos.
Geralmente, a comunidade científica faz clara diferença entre o ouriço e oporco-espinho (Hystrix cristata), que é umroedor. No entanto, emPortugal e naGaliza, oouriço-terrestre (Erinaceus europaeus) recebe indistintamente os nomes deporco-espinho, ouriço, ouriço-cacho, ouriço-cacheiro ourescacheiro, posto que o habitat doHystrix cristata na Europa se limita ao sul da península italiana (Sicília eNápoles), onde foram introduzidos pelosromanos a partir da África.
Uma diferença importante entre estas duas espécies é que os espinhos do ouriço, ao contrário dos do porco-espinho, não se soltam naturalmente, nem são venenosos.
Graças à sua dieta, os ouriços são importantes no controle de pragas, já que são capazes de comer várias vezes o seu próprio peso em insectos eanelídeos.
Os ouriços têm mais de dezesseis mil picos e usam-nos para diferentes necessidades: camuflagem, defesa, ataque, transporte de comida.
Os ouriços possuem um focinho pequeno e quatro patas que se mobilizam bastante bem. Possui também uma cauda de 5 cm.
O ouriço hiberna no inverno durante aproximadamente 3 meses, antes recolhe comida e mantimentos para a sua hibernação.
A família Erinaceidae, a qual pertencem todos os ouriços, é a única pertencente à ordem Erinaceomorpha. Anteriormente fora classificada na ordemInsectivora. A família inclui duas subfamílias e 10 gêneros:
SubfamíliaErinaceinaeG. Fischer von Waldheim, 1818
HUTTERER, R.Order Erinaceomorpha. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.).Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 212-219.