Otávio Mangabeira | |
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Otávio Mangabeira | |
| 31.ºGovernador da Bahia | |
| Período | 10 de abril de 1947 a 31 de janeiro de 1951 |
| Antecessor(a) | Cândido Caldas (interino) |
| Sucessor(a) | Régis Pacheco |
| Ministro das Relações Exteriores doBrasil | |
| Período | 15 de novembro de 1926 a 24 de outubro de 1930 |
| Presidente | Washington Luís |
| Antecessor(a) | Félix Pacheco |
| Sucessor(a) | Afrânio de Melo Franco |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 27 de agosto de1886 Salvador,Província da Bahia |
| Morte | 29 de novembro de1960 (74 anos) Rio de Janeiro,Guanabara |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Progenitores | Mãe: Augusta Cavalcanti Mangabeira Pai: Francisco Cavalcanti Mangabeira |
| Alma mater | Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia |
| Cônjuge | Ester Pinto Mangabeira |
| Partido | UDN |
| Ocupação | Engenheiro,professor epolítico |
| Assinatura | |
Otávio Mangabeira, nascidoOctavio MangabeiraGCSE (Salvador,27 de agosto de1886 —Rio de Janeiro,29 de novembro de1960) foi umengenheiro,professor epolíticobrasileiro. Foi governador daBahia e membro daAcademia Brasileira de Letras.[1]
Filho de Francisco Cavalcanti Mangabeira e Augusta Mangabeira, irmão do médico e poetaFrancisco Mangabeira e do político e escritorJoão Mangabeira, tio do políticoFrancisco Mangabeira, e avô deRoberto Mangabeira Unger. Estudou na cidade natal, onde formou-se na entãoEscola Politécnica, onde mais tarde veio a ser professor de astronomia.
Em 1908 foi eleitovereador da capital, iniciando uma carreira política que rendeu-lhe dois exílios.
Em 1912, primeiro ano do governo deJosé Joaquim Seabra na Bahia, foi eleito deputado federal governista por esse estado, passando em seguida para a oposição, organizada noPartido Republicano da Bahia (PRB). Reelegeu-se e exerceu o mandato consecutivamente até 1926, quando foi convidado para ser ministro das Relações Exteriores porWashington Luís. Entre as realizações do ministro, encontram-se a consolidação de alguns trechos da fronteira do país e principalmente a reforma do arquivo e biblioteca doPalácio do Itamaraty.
A 28 de março de 1928 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Sant'Iago da Espada dePortugal.[2]
Em 1930 foi eleito para aAcademia Brasileira de Letras, mas é exilado, voltando somente em 1937. OEstado Novo força-o novamente a exilar-se, retornando apenas com a redemocratização, elegendo-se deputado constituinte em 1945, tendo sido o vice-presidente da Assembleia pelaUnião Democrática Nacional (UDN) - partido do qual foi um dos fundadores e primeiro presidente, elegendo-se em seguida governador da Bahia.
Após o governo foi novamente deputado federal e, em 1958, foi eleito senador, falecendo durante o mandato.
"Mangabeira, além de memória admirável, capaz de o fazer reproduzir de cor discursos inteiros, como se os estivesse improvisando, era lúcido e ágil de inteligência, qualidades que, acrescidas à enorme experiência e ao gosto pelas infindas conversas políticas, faziam dele um conselheiro precioso."[3]Afonso Arinos de Melo Franco

Tomando posse em 10 de abril de 1947, exerceu o governo até 31 de janeiro de 1951 - primeiro governador eleito após os anos daEra Vargas. No seu secretariado, buscou Mangabeira resgatar as maiores inteligências da Bahia, comoAnísio Teixeira (Secretário de Educação),Albérico Fraga (Interior e Justiça),Nestor Duarte (Agricultura),Dantas Júnior, Ives de Oliveira, dentre outros.
De seu governo é a construção do imponenteFórum Ruy Barbosa - sede do Tribunal de Justiça da Bahia e para onde, nas comemorações do centenário de nascimento de Ruy, em 1949, foram trasladados seus restos mortais, numa cripta em seu andar térreo.
Também durante seu governo comemorou-se o quarto centenário da capital baiana, com festejos que incluíram desfiles cívicos.
Algumas ações de seu governo merecem destaque:
O antigo nome do estádio daFonte Nova, era uma homenagem a Mangabeira, pois governava aBahia justamente na época da inauguração.[4]
Quarto ocupante da cadeira que tem por patronoJosé de Alencar foi eleito em 25 de setembro de 1930, mas somente veio a tomar posse em 1 de setembro de 1934, recebido porAfonso Celso.
| Precedido por Félix Pacheco | 1926 — 1930 | Sucedido por Afrânio de Melo Franco |
| Precedido por Alfredo Pujol | 1930 — 1960 | Sucedido por Jorge Amado |
| Precedido por Cândido Caldas | 1947 — 1951 | Sucedido por Régis Pacheco |