Recentemente a república esteve envolvido em episódios conturbados da política russa, sendo alvo de atentados terroristas emBeslan em 2004, e em 2008 se tornou parte do teatro de operações das forças russas envolvidas na guerra entreRússia eGeórgia naOssétia do Sul.
Nos últimos anos daUnião Soviética, à medida que os movimentosnacionalistas se propagaram pela região doCáucaso, diversos intelectuais daRepública Autónoma Socialista Soviética da Ossétia do Norte pediram pela volta do uso do nome deAlânia, o reinomedieval dosalanos. O termo rapidamente se tornou popular na vida cotidiana osseta, sendo utilizado por diversas empresas, um canal de televisão, organizações políticas e cívicas, editoras e umtime de futebol. Em novembro de 1994, o nome de "Alânia" foi adicionado oficialmente ao título da república.[3]
Todas asmontanhas localizadas no território da república fazem parte doCáucaso. Seu ponto mais elevado é oMonte Kazbek, com 5 033 m de altitude, seguido peloMonte Djimara, com 4 780 m.
Seu clima é moderadamentecontinental. A temperatura média em janeiro é de -5°C e em julho é de 24 °C. Aprecipitação anual média é de 400–700 mm nas planícies, e de 1 000 mm nas montanhas.
O território da Ossétia do Norte foi habitado inicialmente por tribos caucasianas. Algunsalanosnômades se fixaram na região no século VII, formando o reino daAlânia. Com o tempo, acabaram sendo convertidos aocristianismo pormissionários doImpério Bizantino. A Alânia lucrou muito com aRota da Seda, que cruzava seu território.
Depois daIdade Média, as diversas invasões demongóis etártaros dizimaram a população daqueles que atualmente são conhecidos comoossetas. Oislã foi introduzido à região no século XVII peloscabardianos. Conflitos entre oCanato da Crimêia e oImpério Otomano acabaram forçando uma aliança entre a Ossétia e aRússia imperial no século XVIII; logo, a Rússia estabeleceu uma base militar na capital,Vladikavkaz, tornando a área o primeiro território controlado pelos russos no norte do Cáucaso. Em 1806, a Ossétia já estava sob domínio total russo.
O domínio dos russos levou a um desenvolvimento rápido da indústria e das ferrovias, que retirou o país de seu isolamento. Os primeiros livros publicados na região surgiram no fim do século XVIII, e o território passou a fazer parte da região russa daTerskaia.
A RSS da Ossétia do Norte se declarou uma república autônoma da União Soviética em 20 de junho de 1990, e teve seu nome alterado para o atual no ano seguinte.
Além de ter que lidar com os efeitos do conflito na Ossétia do Sul, a Ossétia do Norte teve que lidar com os refugiados provocados pelas guerras travadas em sua vizinha, aChechênia, bem como as consequências daquele conflito. O incidente mais sangrento foi acrise de reféns em Beslan, em setembro de 2004, na qual insurgenteschechenos leais aShamil Basayev (que negou e depois assumiu responsabilidade) invadiram e tomaram controle de uma escola, mantendo centenas de reféns. Durante a troca de tiros entre os terroristas e as forças de segurança russas que pôs um fim à crise, 335 civis, a maioria crianças, morreram. Um professor deeducação física,Yanis Kanidis, umgrego do Cáucaso natural da Geórgia, também foi morto após ter salvo a vida de muitas das crianças.
Nos últimos anos, o desenvolvimento econômico da Ossétia do Norte-Alânia tem sido bem-sucedido; os indicadores de desenvolvimento econômico e social da república no período entre 2005 e 2007 revelaram um crescimento estável de todos os setores da economia e dos principais parâmetros sociais. As condições naturais e climáticas da república, aliadas à abundância de recursos naturais, contribuem para o desenvolvimento bem-sucedido de diversos setores econômicos. O produto regional bruto per capita da região em 2006 foi de 61 000 rublos, e aumentou 30% durante o período entre 2005 e 2007.[5] No ano seguinte, o valor subiu para 76 455 rublos.[6] Entre 2005 e 2007 o salário mensal médio na Ossétia do Norte-Alânia dobrou, com os rendimentos aumentando em 42,5%. Em termos de crescimento do salário mensal médio, a república ocupa o primeiro lugar no Norte do Cáucaso.[5]
Entre as prioridades econômicas do governo regional estão o crescimento industrial, o desenvolvimento das pequenas empresas,spas ebalneários, e o fortalecimento da disciplina orçamentária e fiscal.[7]
Os recursos mais difundidos são minérios complexos que contêmzinco echumbo. Existem depósitos decalcário,dolomitas,mármore epedras de toque no território, além de uma grande disponibilidade de materiais para construção, comoargila,areia ecascalho. As reservas locais depetróleo estão estimadas em 10 milhões de toneladas.[5]
O setorindustrial da Ossétia do Norte se concentra principalmente em Vladikavkaz. Entre as principais companhias instaladas ali, estão Elektrotsink, Gazoapparat, Elektrokontraktor, além de diversas empresas do setor alimentício. O centro industrial de Sadonski cresceu em torno das indústrias mineradoras e florestais.[9]
Apesar da sua proximidade com aChechênia, a Ossétia do Norte está se esforçando para desenvolver sua indústria deturismo.[10] Projetos para construirspas, balneários e desenvolver o turismo foram implementados com sucesso na parte montanhosa da república, de acordo com as autoridades do governo regional.[7] Existem cerca de 3 000 monumentos históricos na república, e mais da metade do seu território é coberto pelo Parque Nacional da Alânia, pela Reserva Nacional da Ossétia do Norte, e reservas decaça. Existem mais de 250 fontes terapêuticas, minerais e de água fresca no país, com reservas diárias estimadas em 15 000 m³. Além de fornecer o básico para seusspas, estas águas minerais também têm potencial para serem engarrafadas e vendidas. As águas minerais da Ossétia do Norte são conhecidas por suas qualidades exclusivas, além de sua composição mineral.[9][10]
Em termos de infraestrutura, a Ossétia do Norte-Alânia ocupa o segundo lugar no Distrito Federal Meridional e o décimo na Federação da Rússia.[5] A república tem uma das redes mais extensas de telecomunicação na região doCáucaso do Norte e naRússia, e ocupa o primeiro lugar em termos de instalações de telecomunicações no Distrito Federal Meridional.
Ocupa o quarto lugar em termos depavimentação deestradas, e seu complexo logístico e de transportes fornece redes de comunicação entre a Rússia e o Cáucaso do Sul, assim como aÁsia Central. O complexo inclui duasrodovias federais (entre elas a Estrada Militar Georgiana liga Vladikavkaz com aTranscaucásia), uma rede ferroviária bem desenvolvida, o aeroporto internacional de Vladikavkaz, além de terminais bem-equipados para transporte.[5]
De acordo com o censo russo de 2010, sua população era estimada, naquele ano, em 712 980 habitantes.[11] O número de refugiados no território é estimado em 12 570.[12]