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Ornette Coleman

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Ornette Coleman

Ornette Coleman emconcerto em Outubro de2005, naAlemanha
Informações gerais
Nascimento9 de março de1930
Fort Worth,Texas,Estados Unidos
Morte11 de junho de2015 (85 anos)
Manhattan,Nova Iorque,Estados Unidos
Gênero(s)Free jazz,funk,avant-garde jazz
Instrumento(s)Saxofone,violino etrompete
PrémiosPrémio Pulitzer de Música (2007)
Página oficialOrnette Coleman.com

Randolph Denard Ornette Coleman (Fort Worth,Texas,9 de março de1930Manhattan,11 de junho de2015[1]) foi umsaxofonista ecompositor dejazznorte-americano. Coleman foi um dos grandes inovadores do movimento doFree-jazz dadécada de 1950 e dadécada de 1960. Em 9 de julho de 2009 recebeu o prestigiadoMiles Davis Award.[2]

Primeiros anos

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Ornette Coleman nasceu e cresceu em Fort Worth,Texas, nosEstados Unidos. Iniciou sua carreira tocandorhythm and blues ebebop emsax tenor. Procurando sair da sua terra natal, empregou-se no espetáculo itinerante de variedadesSilas Green from New Orleans. Uma noite, após um espetáculo emBaton Rouge foi atacado por desconhecidos e o seu saxofone foi destruído.[3]

Mudou, então para osaxofone alto que se tornará o seuinstrumento principal. Juntou-se então àbanda dePee Wee Crayton, com quem foi paraLos Angeles. Aí teve vários empregos a par da atividade musical.

Desde o início da sua carreira que a forma de tocar de Coleman era pouco ortodoxa. Seguia mais o seuouvido relativo do que obem comportadotemperamento igual. O seu sentido deharmonia eprogressão de acordes - muito menos rígido do que o dos músicos deswing oubebop - era flutuante e, por vezes, apenas sugerido e não explícito. Muitos músicos de Los Angeles consideravam-nodesafinado e Coleman tinha dificuldades em encontrar outros músicos que pensassem como ele. OpianistaPaul Bley[4] foi um dos seus seguidores desde o início.

Em1958 Coleman conduziu a sua primeira sessão de gravação para odiscoSomething Else!!!! The music of Ornette Coleman. Participaram também otrompetistaDon Cherry, obateristaBilly Higgins, obaixistaDon Payne e opianistaWalter Norris.

The Shape of Jazz to Come

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Em1959, Ornette Coleman manteve-se muito ocupado. Assinou umcontrato para vários discos com aeditoraAtlantic Records e lançou o álbumTomorrow Is the Question!, com umquarteto que tinhaShelly Manne nabateria e excluía opiano de sua formação. Coleman não voltaria a utilizar piano em seus grupos até osanos 90. De seguida, convidou ocontrabaixistaCharlie Haden - um dos seus mais importantes colaboradores - para um conjunto comDon Cherry eBilly Higgins. GravaramThe Shape of Jazz to Come em1959. De acordo com ocrítico Steve Huey, foi um momento de viragem na génese doAvant-garde jazz, marcando profundamente o seu rumo e lançando um desafio que muitos ainda não conseguiram enfrentar.[5] Embora claramente baseados noblues e bastantemelódicos, os temas do álbum tinham umaharmonia pouco usual e imprevisível. Algunscríticos musicais viam Coleman como um charlatão sem talento, enquanto outros o achavam um génio.

O quarteto de Coleman foi contratado para vários espetáculos no clube de jazz deNova IorqueFive Spot. Algumas figuras notáveis, como oModern Jazz Quartet,Leonard Bernstein eLionel Hampton, ficaram impressionados e o encorajaram. Conta-se que Hampton ficou tão impressionado que teria pedido para tocar com eles. Bernstein ajudou Coleman a obter umabolsa decomposição. As opiniões, no entanto, dividiam-se: otrompetistaMiles Davis declarou que Coleman estava"todo lixado por dentro" eRoy Eldridge disse:acho que ele está agozar.

Nas gravações feitas naAtlantic Records,Scott LaFaro substituía por vezesCharlie Haden nocontrabaixo e surgemBilly Higgins ouEd Blackwell nabateria. Estas gravações foram compiladas no conjuntoBeauty Is a Rare Thing (1961).

Parte da singularidade do som dos primeiros anos de Ornette Coleman devia-se ao facto de utilizar umsaxofone deplástico. Coleman afirmava que tinha um som mais"seco", sem o"ping" característico dometal. No entanto, em anos mais recentes tem utilizado umsaxofone demetal.

Free-jazz

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Em1960 Coleman gravouFree Jazz, onde apresentava um quarteto duplo incluindoDon Cherry eFreddie Hubbard notrompete,Eric Dolphy noclarinete baixo,Charlie Haden eScott LaFaro nocontrabaixo eBilly Higgins ouEd Blackwell nabateria. O disco foi gravado emestéreo com cada um dos quartetos tocando isolado em cada um doscanais, isto permitia produzir passagens extraordinárias deimprovisação coletiva de todos os oito músicos.Free Jazz tinha quase 40 minutos, sendo a mais longa sessão de jazz gravada até à data e tornou-se, instantaneamente um dos discos mais controversos de Ornette Coleman.

Coleman pretendia queFree Jazz fosse apenas o título do álbum, mas a sua crescente reputação colocou-o no primeiro plano da inovação jazzística e, passado pouco tempo, ofree jazz era considerado um novo género, embora Coleman tenha demonstrado reservas em relação ao termo.

Uma parte das razões porque Coleman não se sentia bem com o termofree jazz prendia-se com a importância dacomposição na sua música. As suasmelodias fazem lembrar as queCharlie Parker escreveu e estão, de modo geral, mais perto dobebop que o antecedeu do que se imagina. Apesar disso, Coleman quase nunca tocavastandards, concentrando-se nas suas próprias composições, que se sucediam num fluxo ininterrupto.

Década de 1960

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Após o período daAtlantic a sua música tornou-se maisabrupta e envolveu-se completamente com oAvant-garde jazz que se desenvolveu, em parte, em torno das suas inovações de Coleman.

O seu quarteto dissolveu-se e Coleman formou um trio comDavid Izenzon nocontrabaixo eCharles Moffett nabateria. Coleman começou a alargar a amplitude sonora da sua música, introduzindo acompanhamentos porinstrumentos de cordas e tocando ele própriotrompete eviolino.Charlie Haden juntava-se-lhes por vezes para formar um quarteto com doiscontrabaixos.

Entre1965 e1967 assinou com a lendáriaeditoraBlue Note e gravou vários discos, começando pelo importante registoAt the Golden Circle Stockholm.

Em1966 Coleman foi criticado por ter gravadoThe Empty Foxhole, um trio comCharlie Haden e com o seu filhoDenardo Coleman que tinha 10 anos de idade. Alguns pensaram que tinha sido um insensato golpe publicitário que falhou. Outros, no entanto, notaram que, apesar da sua juventude, Denardo havia estudadobateria durante vários anos, a suatécnica apesar de não ser refinada era aceitável e entusiástica, ligando-se mais ao estilo debatida debateristas defree jazz comoSunny Murray.Denardo Coleman tornou-se um músico respeitado e é obaterista principal de seu pai desde o final dadécada de 1970.

Coleman formou outro quarteto, utilizando várioscontrabaixistas ebateristas, entre os quaisCharlie Haden,Jimmy Garrison eElvin Jones.Dewey Redman juntou-se ao grupo, habitualmente nosaxofone tenor.

Continuou, também, a explorar as texturas dosinstrumentos de cordas, desde oTown Hall Concert de1962 aoSkies of America de1972.

Carreira posterior

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Mais tarde Coleman começou (tal comoMiles Davis fizera) a utilizarinstrumentos eléctricos. Discos comoVirgin Beauty eOf Human Feelings usavamritmos derock efunk, por vezes chamadofree funk. Podería parecer que Coleman aderira aojazz de fusão, em voga na época, mas o primeiro disco de Ornette com este grupo (Dancing in Your Head1976) era suficientemente diferente para ter impacto. Asguitarras eléctricas estavam em destaque, mas a música, no fundo, era semelhante aos seus trabalhos mais antigos. Estas sessões tinham as mesmas melodias abruptas eimprovisações colectivas.

Jerry Garcia tocouguitarra em três faixas do álbumVirgin Beauty. Por duas vezes, em 1993, Coleman apareceu em palco com osGrateful Dead tocando várias músicas da banda. Outra associação inesperada foi com oguitarristaPat Metheny, com quem gravou o discoSong X (1985), que embora editado sob o nome de Metheny foi composto por Coleman.

Em1991, Coleman tocou nabanda sonora dofilme deDavid CronenbergO Festim Nu com umaorquestradirigida porHoward Shore.

Em meados dadécada de 1990, assistiu-se a um assomo de atividade de Ornette Coleman. Entre1995 e1996 gravou quatro discos e trabalhou, pela primeira vez em muitos anos compianistas, entre os quais,Geri Allen eJoachim Kühn.

Em Setembro de 2006 lançou o álbum ao vivoSound Grammar com o seu quarteto, comDenardo Coleman nabateria e doiscontrabaixistas:Gregory Cohen eTony Falanga. Foi o primeiro disco com novo material em dez anos.

Ganhou oPrémio Pulitzer de Música em2007.

Legado

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Embora fosse um venerável ancião dojazz, Coleman continuou a tocar regularmente e, muitas vezes, fazendo associações inesperadas com músicos jovens ou de culturas radicalmente diferentes.

Muitas das suas composições tornaram-sestandards e são bastante ouvidas e tocadas. Pianistas comoPaul Bley ePaul Plimley utilizam-nas.John Zorn gravou um álbum deThrash metal chamadoSpy Vs Spy (1989) com versões de músicas de Ornette Coleman e até o violinista demúsica country,Richard Greene utiliza temas de Coleman.

Ornette Coleman influenciou virtualmente todos os saxofonistas e músicos de jazz da geração seguinte que admiram o seu esforço de descobrir, não só a forma do jazz, mas de toda a música que está para vir.

Em11 de fevereiro de2007 recebeu oPrémio Grammy pelo conjunto da sua carreira. Faleceu em Nova Iorque após sofrer ataque cardíaco.[1]

Discografia

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Referências

  1. ab«Morreu o saxofonista Ornette Coleman, histórico do jazz, precursor do "free"». Consultado em 11 de junho de 2015 
  2. Julie Houle & Greg Kitzler (9 de junho de 2009).«Ornette Coleman Winner of the Miles Davis Award». Consultado em 15 de janeiro de 2011. Arquivado dooriginal em 18 de julho de 2011 
  3. Spellman, A. B. (1985). Four Lives in the Bebop Business. Limelight, 98-101.ISBN 0-87910-042-7
  4. esposo da também pianistaCarla Bley
  5. Huey, Steve. The Shape of Jazz To Come

Ligações externas

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OCommons possui imagens e outros ficheiros sobreOrnette Coleman
1963–1990
1991–2000
2001–2010
2011–2020
2021–2030
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