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| Olavo Bilac | |
|---|---|
| Nome completo | Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac |
| Nascimento | |
| Morte | 28 de dezembro de1918 (53 anos) |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Cidadania | Brasil |
| Progenitores | Mãe: Delfina Belmira Gomes de Paula Pai: Brás Martins dos Guimarães Bilac |
| Alma mater | Universidade de São Paulo |
| Ocupação | jornalista,contista,cronista epoeta |
| Movimento literário | Parnasianismo |
| Magnum opus | Poesias (1888) |
| Assinatura | |

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro,16 de dezembro de1865 – Rio de Janeiro,28 de dezembro de1918) foi umpoeta,jornalista,cronista econtistabrasileiro, reconhecido como o principal expoente doparnasianismo no país e identificado por muitos como o maior poeta brasileiro, sendo por vezes alcunhado como "o príncipe dos poetas brasileiros".[1] Sua obra poética, que abrangeu a produçãoinfantil,erótica,política,épica, intimista e social, destacou-se pelo rigor formal e pela divulgação de valorescívicos,nacionalistas erepublicanos. Foi também uma importante figura pública durante aPrimeira República Brasileira, tendo sido membro fundador daAcademia Brasileira de Letras, defensor doserviço militar obrigatório,[2] opositor político do governo deFloriano Peixoto e letrista doHino à Bandeira do Brasil.[3]
Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de sua esposa Delfina Belmira Gomes de Paula, teve infância e adolescência comuns para sua época. Era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos — antes, portanto, de completar a idade exigida — autorização especial para ingressar no curso de Medicina naFaculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai, que era médico durante a campanha daGuerra do Paraguai, e a contragosto próprio.

Portanto, começa a frequentar as aulas da faculdade mencionada, terminada a rápida passagem no colegial, mas seu precoce trabalho na redação daGazeta Acadêmica absorve-o e interessa-o mais do que a prática medicinal. Por este motivo, Bilac não concluiu o curso de medicina e nem o de direito que frequentou posteriormente, emSão Paulo.
Bilac foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boêmias e literárias no meio letrado do Rio de Janeiro. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e políticos da época conduziram-no a um cargo público: o de inspetor escolar. A se considerar a importância dada aos cargos escolares naquele período, principalmente aquele de professor da Escola Pedro II (onde diversos eruditos disputaram famosas preleções para cargo professoral, comoEuclides da Cunha eAstrojildo Pereira), não é de somenos importância perceber o relevo social desta profissão naquele meio. Aliás, sua participação na vida cotidiana e cultural foi uma marca patente em sua imagem: sabe-se, por exemplo, que em 1897 Bilac acabou perdendo o controle do seu automóvelSerpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada da Tijuca, noRio de Janeiro -RJ, sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente de carro no Brasil.
Aos poucos profissionaliza-se: produz, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas. Visava, então, contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Prestou colaboração em publicações periódicas como as revistas:A Imprensa[4] (1885-1891),A Leitura[5] (1894-1896),Branco e Negro[6] (1896-1898),Brasil-Portugal[7] (1899-1914),Azulejos[8] (1907-1909) eAtlântida[9] (1915-1920). Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto"Sesta de Nero" no jornalGazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos deArtur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, noDiário de Notícias. Ademais, escreveu diversos livros escolares, ora sozinho, ora em co-autoria com seus amigosCoelho Neto eManuel Bonfim.
Em 1888, Olavo Bilac estreou como poeta e lançou a sua obra intituladaPoesias, que obteve ampla aceitação do público.[10]

Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse deFloriano Peixoto, inúmeros intelectuais perdem seu protetor, o dr. Portela, ligado ao primeiro presidente republicanoDeodoro da Fonseca. Como reação, o escritor participa da fundação d'O Combate, órgãoantiflorianista e opositor doestado de sítio declarado pelo presidenteFloriano Peixoto após a ameaça de novo golpe político contra a ainda instável república, quando então o primeiro é preso e constrangido a passar quatro meses detido naFortaleza da Laje, no Rio de Janeiro.
O grande amor de Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poetaAlberto de Oliveira. Chegaram a ficar noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva, desconfiado de que o poeta era um homem arruinado. Seu segundo noivado fora ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa. Viveu sozinho, em consequência destes descasos amorosos, sem constituir família até o fim de seus dias. Decorrido seu falecimento, em 28 de dezembro de 1918 vítima deedema pulmonar einsuficiência cardíaca,[11] fora sepultado noCemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo.
— Olavo Bilac[12]
Já consagrado em 1907, o autor doHino da Bandeira é convidado para liderar o movimento em prol do serviço militar obrigatório − já matéria de lei desde 1907, mas apenas implementado em 1915 por ocasião da I Guerra Mundial. Bilac se desdobra para convencer os jovens a se alistar.
É como poeta Bilac que se imortalizou. Foi eleitoPríncipe dos Poetas Brasileiros pela revistaFon-Fon em 1907. Juntamente comAlberto de Oliveira eRaimundo Correia, foi a maior liderança e expressão doParnasianismo noBrasil, constituindo a chamadaTríade Parnasiana. A publicação dePoesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração.
Já no fim de sua vida, em 1917, Bilac recebe o título de professor honorário daUniversidade de São Paulo.

Dentre os escritos de Olavo Bilac, destacam-se os seguintes:
Ésoneto constituído deversos decassílabos heróicos (acento tônico ocorrente nas 6ª e 10ª sílabas poéticas), com rimas opostas, interpoladas ou intercaladas.[13]
Língua Portuguesa | |
|---|---|
| Olavo Bilac | |
Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela… Amo-te assim, desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Em que da voz materna ouvi: "meu filho!" E em que Camões chorou, no exílio amargo, | |
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Olavo Bilac traduziu as famosas travessuras deMax und Moritz, porWilhelm Busch, doalemão para o português, aportuguesando os nomes das personagens paraJuca eChico.[17]
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