Ocidentalização é um processo por quesociedades não ocidentais recaem sob a influência dacultura ocidental em questões tais comoindústria,tecnologia,lei,política,economia,estilo de vida,dieta,língua,religião ouvalores ocidentais. A ocidentalização tem sido percebida como uma influência disseminada e aceleradora através do mundo nos últimos séculos. Geralmente, é um processo bilateral, no qual às influências e interesses ocidentais junta-se o desejo de pelo menos algumas partes da sociedade afetada, de mudar no rumo de uma sociedade mais ocidentalizada, na esperança de alcançar um padrão de vida ocidental ou alguns aspectos dele.
A ocidentalização também pode ser relacionada ao processo deaculturação. A aculturação refere-se às mudanças que ocorrem dentro de uma sociedade ou cultura quando dois grupos diferentes entram em contato direto contínuo. Depois do contato, as mudanças nos padrões culturais numa cultura ou em ambas são evidentes. Popularmente, a ocidentalização pode também referir-se aos efeitos da expansão do Ocidente e docolonialismo sobre sociedades nativas.
Por exemplo, nativos que adotaramlínguas europeias e costumes ocidentais característicos são chamados de "aculturados" ou "ocidentalizados". A ocidentalização pode ser forçada ou voluntária, dependendo da situação do contato.
Diferentes graus de dominação, destruição, resistência, sobrevivência, adaptação e modificação da cultura nativa podem seguir-se a um contato interétnico. Numa situação onde uma cultura nativa vivencia a destruição como resultante do contato com um intruso mais poderoso, frequentemente uma "fase de choque" é o resultado do encontro. Esta fase de choque é especialmente característica durante interações envolvendo épocas expansionistas ou colonialistas. Durante a fase de choque, a repressão civil usando forças militares pode levar a um colapso cultural ouetnocídio, o qual é a extinção física de uma cultura. De acordo com Conrad Phillip, os ocidentais "tentarão refazer a cultura nativa à sua própria imagem, ignorando o fato de que os modelos culturais que eles criaram são inadequados para ambientes fora da civilização ocidental".
Um ponto de vista diferente sobre o mundo ocidental é que ele não seria definido por seu território, mas por seu povo, visto que este tende a diferenciar-se num mundo crescentemente globalizado. Esta abordagem destaca a presença de populações não ocidentais em países de maioria ocidental e vice-versa. Osbôeres, por exemplo, podem ser considerados como habitantes ocidentais daÁfrica do Sul.
Seria incorreto considerar o mundo ocidental como um bloco monolítico, visto que existem muitas diferenças culturais, linguísticas, religiosas, políticas e econômicas entre os vários países ocidentais e suas populações. O próprio conceito de mundo ocidental tem mudado gradualmente ao longo do tempo.
Referências
↑Neumann M., Has Islam Failed? Not by Western Standards, Counter Punch, May 2003.