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Oboé

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Oboé
Oboé
Um Oboé moderno.
Informações
Classificação
ClassificaçãoHornbostel-Sachs422.112-71
(Instrumento depalheta dupla com chaves)
Extensão
Instrumentos relacionados
Saxofone
Clarinete
Heckelfone
Corne inglês

Ooboé é uminstrumento musical desopro, classificado como umaerofone, membro da família dasmadeiras. Este instrumento contém umapalheta dupla. A família das madeiras inclui também asflautas,clarinetes,fagotes,saxofones, entre outros, sendo que oboés e fagotes possuem palhetas duplas. O corpo do oboé, em formato cônico, é normalmente em madeira (ébano,jacarandá e outras), mas pode ser também encontrado emresina, compósitos e plástico. A palheta dupla é constituída por uma pequena e delgada tira de uma cana especial (cana-do-reino), da espécie Arundo donax, dobrada em dois e um pequeno tubo de metal (tudel) é colocado entre os dois lados da tira dobrada, a qual é então passada em volta do tubo e firmemente amarrada a ele. A parte dobrada da tira é cortada e as duas extremidades, criteriosamente desbastadas e raspadas, constituindo então a palheta dupla. O tubo de metal encaixa-se em uma base decortiça que é firmemente fixada na extremidade superior do oboé.

O oboé constitui por si só uma subfamília de instrumentos, que inclui o oboé soprano em Dó (o mais comumente encontrado, como o da foto), o oboé d'amore (um pouco mais grave, em Lá), o corne inglês (mais grave ainda, em Fá), além de outros que são bastante raros, como o oboé musette (ou oboé piccolo, em Fá, geralmente), oboé barítono e oboé baixo.[1]

O músico que toca o oboé é denominado oboísta.

Origem do nome

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Oboé vem do nomefrancêshautbois, que significa madeira alta, devido ao seu registro agudo. Embora a pronúncia atual dehautbois se assemelhe aoboá, até oséculo XVII a pronúncia eraoboé. Como o instrumento já havia se espalhado pelo mundo quando esta mudança ocorreu, o nome permaneceu assim em português e em algumas outras línguas. Pela mesma razão, em algumas línguas o instrumento é chamado de oboa.

Família do oboé

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Outros instrumentos da família do oboé são o oboépiccolo em Fá, ooboé d'amore em Lá, o oboé baixo em Dó (chamado oboé barítono em França) e oboé contrabaixo em Dó. Aparentados com o oboé são ocorne inglês (que integra regularmente as orquestras desde o século XIX) e oHeckelphone.

História

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Antecedentes em civilizações antigas

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Túmulo etrusco de Leopardi (detalhe)

A origem do instrumento conhecido atualmente pelo nome de oboé remonta ao ano 3000 a.C. Seu surgimento ocorreu possivelmente nas civilizações daMesopotâmia,Babilônia eIsin:sumérios, babilônios eassírios. Nessa região geográfica apareceu uma grande diversidade de oboés, conhecidos sob o nome genérico de abud.[2]

O aulos, também com um caráter genérico, difundiu-se por toda aGrécia, chegando posteriormente aRoma com o nome de tibia.Aristóteles, em sua "Arte Poética", faz alusão a esse instrumento, diferenciando-o dosírinx, instrumento antecessor daflauta de Pã.[3] Também encontramos em um texto de Midas de Agrigento uma distinção semelhante.[4]

Por volta doséculo V, os instrumentos de palheta dupla desapareceram em favor de outros aerófonos, reaparecendo com grande intensidade a partir doséculo XI naEuropa e noOriente. Foi naChina que ficaram conhecidos comosuona ouguan; noJapão,hichiriki; naÍndia,sahnai ounagasvaram; naTurquia,zurna; e naÁfrica Ocidental,algaita.[5][[Archivo:Cantigas_musette.jpg|ligação=https://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:Cantigas_musette.jpg%7Cminiaturadaimagem%7C200x200px%7CDuascharamelas tocando. Miniaturas do Códice de El Escorial, por volta de 1270. Cantigas de Santa María.]]

Idade Média

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NaIdade Média, foi a charamela (chalumeau emfrancês,shawm em inglês) que se destacou entre os instrumentos depalheta dupla, chegando à música doRenascimento com força e com importantes aperfeiçoamentos.[3]

No século XIII aparece na França um instrumento que mereceu o nome de oboe. Era fabricado noPoitou. No século XV, a vila de Cousteill (no Poitou) tornou-se célebre pelos oboés ali produzidos. Esses instrumentos rudimentares eram tocados porbobos ejograis, junto com outros de corda ou de sopro, tais como violas,rabels, mandoras,alaúdes, fídulas, caramillos eflautas. Nessa época, ainda não existia a arte de agrupar as diferentes famílias de instrumentos de acordo com seu nome; isso só começaria a ocorrer realmente a partir do século XVI.[6]

Michael Praetorius (1571–1621), em seu"Syntagma Musicum" (1615–1620), fornece a nomenclatura completa da família dabombarda (Pommer em alemão), instrumento musical antecessor do oboé, com seis orifícios, composta pelos seguintes membros: a charamela pequena, pouco utilizada, com 43 cm de comprimento; a charamela discantus, o primitivo oboé moderno, com 66 cm; o Pommer alto, com 97 cm; o Pommer tenor, com 1,3 m; o Pommer baixo, com cerca de 1,8 m; e, por fim, o Pommer contrabaixo, que media 2,7 m e possuía quatro chaves.[7]

Barroco

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Oboé barroco de duas chaves, cópia Stanesby

No início, quando o oboé possuía poucas chaves, realizavam-se dois orifícios no lugar de um, para que, tampando apenas um deles, fosse possível produzir a mesma nota um semitom acima. Em 1651, Michel Philidor, virtuoso em muitos instrumentos de sopro, foi nomeado para aGrand Écurie du Roy, na Corte Francesa. Foi na corte deLuís XIV, o Rei Sol, que as artes começaram a adquirir grande importância, e a música ocupava um lugar central.Jean-Baptiste Lully, nomeadocompositor da corte, alcançou maior brilho do que qualquer outro compositor da História. Embora Lully consultasse Philidor ao escrever "O Burguês Fidalgo", ainda mais importante foi a colaboração entre Philidor e o grande virtuoso Jean Hotteterre, a quem se atribui o desenho do primeiro oboé. Vindo daItália, Lully encontrou o oboé e as gaitas amplamente utilizados na corte francesa. Nos últimos anos da década de 1650–1660, a comunicação entre essas duas figuras resultaria finalmente na criação do oboé propriamente dito.[8]

Jean Hotteterre era gaiteiro da corte e também fabricante de instrumentos. Possuía um ateliê onde realizou diversas adaptações e experimentos em charamelas e gaitas. Assim surgiu o elegante oboé de três peças, imediatamente adotado pelos instrumentistas de sopros da corte francesa e testado nobalé de Lully L’amour malade em 1657. De qualquer forma, a ópera"Pomone" (1671), deRobert Cambert, é considerada o primeiro uso do oboé como instrumento orquestral. Em 1674, quando Cambert viajou à Inglaterra para supervisionar a produção da mascarada "Calisto", de John Crowe e Nicholas Staggins, levou consigo vários oboístas franceses notáveis, e ohautbois rapidamente ganhou popularidade no país.Henry Purcell compôs pela primeira vez para oboé em 1681 e o utilizaria regularmente em suas obras. Em 1695, foi publicado naInglaterra o primeiro método de oboé,The Sprightly Companion, cujo autor se acredita ter sidoJohn Bannister, o Jovem. No século XVIII, o oboé foi aclamado e amplamente utilizado em toda aEuropa. Assim, as bandas das cortes europeias começaram a abandonar as velhas charamelas e adotar o novohaut-bois.[8][9]

James Talbot descreveu assim esse oboé barroco: possuía seis orifícios, três para cada mão. Os orifícios correspondentes ao terceiro dedo da mão esquerda e ao primeiro da mão direita eram duplos (dois pequenos orifícios juntos em vez de um comum), isto é, para as notas,fá sustenido,sol,sol sustenido. Tinha um par de pequenas chaves fechadas para o ré₃ e uma simples para o dó₃. A campana apresentava dois orifícios para afinação. Apalheta não tinha virola, permanecendo solta para permitir maior controle da embocadura pelo instrumentista. O instrumento alcançava uma extensão de duas oitavas cromáticas completas, do dó₃ ao dó₅. Talbot descrevia ainda a espiga articulada que unia as três seções do instrumento. O oboé barroco não possuía chaves deoitava; para tocar nesse registro, era necessário recorrer a digitações alternativas e ao uso de harmônicos (técnica que consiste em soprar mais forte para mudar para o registro superior). Percebe-se que os desafios enfrentados pelos oboístas daquele período eram semelhantes aos de hoje.[10]

Classicismo

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Oboista tocando. Gravura extraída de "Musicalisches Theatrum", de J. Ch. Weigel. O auge daburguesia faz com que os músicos dependam cada vez menos de “seus protetores” e passem a tocar sua música para novos públicos.

Desde 1690 e durante o século XVIII, assiste-se ao período do oboé de três e de duas chaves. Os modelos da primeira metade do século possuíam duas chaves e ainda conservavam a chamada “cauda de peixe”, que permitia o uso ambidestro. Após 1750, o oboé de duas chaves já exigia a posição das mãos como a atual: a mão esquerda acima da direita. Eram fabricados em madeira debuxo,bordo,ameixeira, cedro, pereira, e mais tarde emébano. A partir de 1730, o furo do oboé começou a estreitar-se em comparação com os modelos plenamente barrocos.[10]

O instrumento passou por um período de consolidação até o fim do Barroco e, durante o Classicismo, observou-se um desejo de melhora técnica, bem como os primeiros sinais de características nacionais emergentes. Nos novos instrumentos, reduziu-se a grande extensão do tubo abaixo dos orifícios dos dedos. Havia seis orifícios distribuídos em dois grupos de três, separados por um espaço maior e por uma chave entre eles. Na extremidade inferior, outro orifício era controlado por uma chave permanentemente aberta e articulada. O orifício seguinte, fechado por uma chave, produzia o semitom cromático ré sustenido₃. Embora a escala principal do tubo fosse ré maior, os seis orifícios eram algo ambíguos em sua afinação, oferecendo ao instrumentista grande liberdade de entonação e inflexão.[11]

Outras possibilidades cromáticas surgiram ao se fazerem o terceiro e quarto orifício menores e duplos, em vez de simples. Abrindo um ou ambos, era possível obter digitações alternativas para certos semitons. O dó sustenido₃, inicialmente, só podia ser obtido fechando parcialmente a grande chave — de modo incerto — ou elevando o dó. Assim se chegou ao oboé clássico de sete chaves. No entanto, a resistência a essas adições era forte, e em 1823 o oboísta Wilhelm Johann Braun (1796–1867) afirmou: “Chaves demais parecem prejudicar o som e, além disso, são mal construídas. Rapidamente se percebe que uma ou outra não cobre bem os orifícios. As vantagens não superam os inconvenientes mencionados.” Mesmo nos últimos anos de vida de Beethoven, muitos oboés de duas chaves ainda eram usados.[12]

Nada sugere que o novo oboé fosse um instrumento de timbre mais suave que o shawm ou a charamela, mas sobre sua variedade de flexibilidade e dinâmica — comentadas por Talbot e pelo autor do livro "The Sprightly Companion" — afirma-se que “era majestoso, não inferior a uma trombeta” e que “com uma boa palheta e uma mão habilidosa soa tão suave e fácil quanto uma flauta”.[13]

Desde a segunda metade do século XVIII há uma primeira evidência positiva, embora escassa, das palhetas utilizadas. Em alguns museus existem tudéis feitos de lâminas metálicas enroladas, com restos de palhetas presas a eles, datados por volta de 1770. Esses restos, juntamente com uma ou duas caixas de palhetas da mesma época, fornecem indícios sobre as dimensões da palheta completa. Ela media aproximadamente 9 mm de largura na ponta e ainda era proporcionalmente curta. A ilustração do oboé em "L’Encyclopédie" deDenis Diderot (1751–1765) mostra uma palheta muito peculiar, longa, construída sem a dobra, aparentemente para ser inserida diretamente na parte superior do instrumento.[11]

Foi durante esse período que o instrumento foi plenamente aceito na orquestra, inicialmente dobrando a seção de cordas; mas muito rapidamente passou a ser uma das vozes mais expressivas, sendo empregado em solos por mérito próprio. Namúsica de câmara, também logo demonstraria suas qualidades, o que estimulou compositores a escrever algumas das melhores obras de todos os tempos para o instrumento. O oboé alcançou protagonismo claro graças às contribuições deJohann Sebastian Bach (1685–1750),Georg Friedrich Händel (1685–1759), Jean Baptiste Loeillet de Gante (1688–1750),Georg Philipp Telemann (1681–1787),Jan Dismas Zelenka (1679–1745), entre outros. O instrumento chega à sua maturidade graças a Ludwig August Lebrun (1752–1790), compositor e importante oboísta da orquestra de Mannheim, que lhe dedicou numerosos concertos.[14]

Romanticismo

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O oboísta (Benjamin Sharp). Retrato de 1880 porThomas Eakins (1844–1916).

O espírito estético doRomantismo, junto com aRevolução Industrial, criou as circunstâncias ideais para a evolução sonora e a mecanização do oboé. Por um lado, a delicada precisão do instrumento exigiu, para sua fabricação, o desenvolvimento mecânico das máquinas. Por outro, o espírito romântico permitiu investigar até alcançar o som desejado no oboé. A mecanização nunca foi concebida como um mero capricho, mas sim como um meio para se atingir a beleza sonora e a articulação que realmente se buscavam — e que muitas vezes foram efetivamente alcançadas.[15]

Não há dúvida de que o oboé moderno foi obra dos construtores parisienses. Os primeiros professores doConservatório de Paris, Sallatin eVogt, mostraram-se resistentes às mudanças e continuaram utilizando o antigo instrumento simples, mas muitos de seus jovens alunos tinham ideias diferentes. Essa rápida evolução do oboé mecânico deveu-se à reflexão conjunta entre fabricantes e intérpretes como Apollon Marie-Rose Barret (1804–1879), a família Triébert,Theobald Boehm (1794–1881) e, sobretudo, Henri Brod (1799–1838) e Georges Gillet (1854–1920).[16]

Em 1844, L. A. Buffet, de Paris, patenteou um oboé projetado segundo os princípios acústicos de Boehm, com o correspondente sistema de chaves-anéis. Boehm estava preocupado com a produção desse instrumento. Oboés desse tipo encontraram certa aceitação em círculos militares, mas seu som potente e aberto — decorrente dos orifícios de afinação e da extensão do furo — não atraiu a atenção da maioria dos oboístas franceses.[17]

Henri Brod realizou, entre 1835 e 1839, graças a um trabalho artesanal meticuloso, um mecanismo cuja precisão não fica atrás da alcançada pelos construtores contemporâneos. Da flauta de Claude Laurent (m. 1857), Brod adotou a chave de ferro montada sobre suportes metálicos, com um tambor metálico soldado ao conjunto, de modo que dava a impressão de fazer parte integrante das chaves. Esse tambor era ajustado com precisão a uma forte barra de metal duro presa por suportes fixos a uma placa metálica montada na madeira.[17]

A partir de 1840, os suportes passaram a ser fixados diretamente na madeira. Na época, pensou-se que essa medida era retrógrada e motivada por economia. Do clarinete de Müller, Brod incorporou as novas sapatilhas, feitas inicialmente de pele de cabrito recheada de lã e, mais tarde, de feltro, recobertas por uma membrana de vitelo e adaptadas às chaves em forma de “morteiros”.[18] Essa fórmula revolucionária completava-se com o uso de molas de ferro forjado. Brod iniciou então a fabricação de oboés, adotando suas engenhosas invenções em seus novos instrumentos.[19] Em seu método, Brod reivindica a invenção da placa para o dedo indicador esquerdo. Essa placa possuía a superfície perfurada e destinava-se a evitar a difícil semiobstrução do orifício superior para a oitava do dó sustenido₄ e ré₄. Ele também ampliou a tessitura do instrumento até o si bemol grave, embora essa característica ainda não fosse de uso corrente. O tubo de seus instrumentos era relativamente estreito e o som que produzia tendia a ser fino e suave.[20]

Seu trabalho incluiu um novo desenho do furo (taladro), com o objetivo de buscar sempre maior refinamento na qualidade do timbre, além de melhorias progressivas no sistema de chaves. Por volta de 1840, desapareceram os eixos moldados diretamente na madeira do instrumento, sendo substituídos por colunas aparafusadas diretamente nela, o que resultava em uma superfície completamente lisa. Essas colunas sustentavam as chaves de dó₃, dó♯₃, ré♯₃ para o dedo mínimo da mão direita; além de um si e um dó♯₃ duplicado sobre uma alavanca longa para o dedo mínimo da mão esquerda. A alavanca do fá♯₃ foi substituída por uma chave de anel. Também foi incorporada uma chave de sol♯₃ para eliminar o duplo orifício do dedo médio da mão direita; um meio orifício para o dó♯₄; e uma chave acústica de oitava. Essa configuração foi apresentada como sistema três.[20]

Esse sistema seria logo aperfeiçoado e passaria a ser conhecido como sistema 5 (système 5, 1849). Segundo Philip Bate, embora normalmente atribuído a Barret, esse sistema foi, na verdade, invenção de Frédérick Triébert, a quem ele elogia em seu Guide de 1862. As mudanças introduzidas incluíam tocar o si♭₃ e o dó₄ com o polegar da mão direita. Os instrumentistas consideravam que a precisão e complexidade do mecanismo se refletiam, de certa forma, em sua contribuição técnica e na facilidade de execução. Assim, após um período de grande sucesso, chegou outro período de simplificação.[21]

Entretanto, a importância fundamental do instrumento de Barret residia, segundo o próprio inventor, no fato de que a segunda chave de oitava era essencial para o oboé e, além disso, podia ser acionada com a mesma digitação da primeira oitava. Esse conjunto de chaves de oitava teve ampla aceitação naAlemanha,Áustria eItália. Em seu "Guide" de 1850, Barret recomendava acrescentar também a chave de si♭. Outros detalhes incluíam uma chave para o trinado dó₄–ré₄ e uma alavanca de contato para o si₃ e dó₄ da mão esquerda. Muitos oboés atuais ainda utilizam uma chave para o polegar ligada a um sistema do tipo conservatório. Ela não exige muito mecanismo adicional e oferece certas vantagens para dedilhações alternativas, além de permitir variação de cor sonora, melhoria da afinação e maior simplicidade técnica.[22]

No sexto e último sistema dos Triébert, ele removeu o mecanismo de si♭₃ e dó₄ acionado pelo polegar da mão esquerda, estabelecendo o uso do dedo indicador da mão direita para essas notas. Além disso, acrescentou uma chave automática de oitava para suavizar a transição de sol₄ para lá₄. Assim ficava estabelecida a base do que viria a ser o sistema conservatório.[23][24]

Após a morte de Frédéric Triébert em 1878, seu protegido, François Lorée (1835–1902), criou sua própria empresa de fabricação exclusiva de oboés em 1881 (F. Lorée), dando continuidade ao trabalho e à tradição de Triébert.[25] Nesse mesmo ano, obteve o contrato de fornecimento de oboés para o Conservatório de Paris. Há bons motivos para acreditar que o professor de oboé do Conservatório, Georges Gillet, tenha incentivado Lorée a abrir seu próprio ateliê — prova disso é o fato de Lorée ter conseguido o contrato antes mesmo de fabricar um único oboé sob seu próprio nome, além de ter colaborado com Gillet no aperfeiçoamento do sistema 6. Desde então, esse sistema passou a ser conhecido como sistema conservatório, cuja principal melhoria consistia em permitir que os três primeiros dedos da mão direita (indicador, médio e anular) pudessem acionar o mecanismo do si₃–dó₄.[26]

Século XX

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Seu filho, Lucien Lorée (1867–1945), a quem havia transmitido seus anos de experiência, sucedeu-lhe após sua morte em 1902. Com a participação do já idoso Georges Gillet, durante o período de 1900 a 1906, Lucien Lorée modernizou o oboé e realizou numerosas modificações no sistema 6, criando em 1906 seu famoso modelo de conservatório com pratos (modèle conservatoire à plateaux).[27] Recebe esse nome porque incorporou três pratos perfurados (um tipo de chave) aos três orifícios abertos que ainda restavam, além de um prato sólido para o primeiro dedo da mão direita, com o objetivo de conectar outras chaves. Segundo Baines, uma das principais razões para acrescentar as chaves cobertas foi facilitar os trilos, mas também obter maior agilidade em passagens rápidas. Este modelo também é chamado de sistema 6 bis ou sistema Gillet, para diferenciá-lo do sistema conservatório.[24] O instrumento foi muito bem recebido nos Estados Unidos e, progressivamente, também na Europa a partir do final da década de 1930.[28]

O oboe moderno melhorou quanto à qualidade de fabricação das peças, mas difere pouco do sistema de pratos. Hoje, é o modelo mais fabricado em Paris.[25] Entre as invenções notáveis do século XX, destaca-se a chave de ressonância para o fá de forquilha (posição conhecida comofourchu em francês[29] efork em inglês[30]), criada por Bonnet em 1907. A melhoria do trilo ré♯–mi deve-se a Bienzet. Também foi acrescentada uma chave de ressonância para o si♭₂ e uma terceira chave de oitava, destinada a facilitar a execução das notas sobreagudas e oferecer maior segurança ao intérprete.[31]

As pesquisas de Marigaux (1935), anteriores a 1930, seguiram uma orientação em certo sentido contrária à evolução anterior do oboé francês, pois seu corpo era um pouco mais alongado. O resultado foi um instrumento de grande qualidade e de sonoridade mais suave, características que ainda mantém hoje. O oboé de Charles Rigoutat aproxima-se mais da pureza clássica de Lorée.[31]

Descrição

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Generalidades

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Existem vários sistemas: o semiautomático, o automático, o sistema thumbplate[32][33] e o sistema de conservatório; além de uma série de chaves opcionais, como a terceira chave de oitava, a chave dupla de fá[34] ou o dó₃ grave (que facilita o ré₅)[35] e, inclusive, mais recentemente — embora não de forma habitual — é possível fazer com que o instrumento alcance o lá₂ grave,[36] superando assim seu limite inferior absoluto. Existe ainda outro sistema, hoje praticamente em desuso, baseado em anéis que exigem que a almofada do dedo tampe completamente o orifício, como ocorre nos clarinetes.[37]

O furo interno é estreito e cônico, expandindo-se de forma mais ou menos regular ao longo de cinco sextos de seu comprimento, abrindo-se depois mais rapidamente para formar a campana. Essa expansão pode ter a forma de uma curva suave ou de uma progressão de cones, dependendo da fórmula adotada por diversos fabricantes e desenvolvida experimentalmente ao longo do tempo. O diâmetro da abertura no corpo superior, onde se encaixa a palheta, mede 0,47 cm, e 1,58 cm no início do pabellón. O comprimento do oboé, incluindo a palheta, é de 64,77 cm, podendo variar conforme os diferentes modelos de oboé. A palheta e o tudel sobressaem da abertura superior em 6,35 cm.[38]

O oboé é afinado em dó; portanto, não é um instrumento transpositor, e possui um registro entre meio-soprano e soprano.[39] As orquestras costumam afinar ouvindo o oboé tocar o lá₃ a 440 Hz (o lá situado acima do dó central do piano, vibrando aproximadamente quatrocentas e quarenta vezes por segundo, isto é, a 440 Hz). A razão pela qual se afina a orquestra usando o oboé é que, entre todos os instrumentos orquestrais — excluindo o piano — ele é o que possui o tom mais estável, mantendo-se constante apesar das mudanças de temperatura ou umidade. Além disso, em comparação com muitos outros instrumentos, quando permanece um longo tempo sem ser tocado, é o que menos tende a desafinar.[40][41][42][43]

Técnica

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O oboé é considerado como um dos instrumentos de sopro de técnica mais difícil (requer grande controle respiratório e relativamente altas pressões de sopro), além de sofisticado controle labial das vibrações da palheta, por meio da chamada embocadura.

Coloca-se a extremidade da palheta dupla entre oslábios, retraindo-os levemente para dentro daboca sem tocar nos dentes. O instrumentista deve manter um sopro contínuo entre as duas extremidades da palheta dupla, colocando-as assim emvibração, uma contra a outra (da mesma maneira que as bordas de uma folha dobrada vibram quando apertadas entre os dedos e sopradas). A vibração das duas canas coloca a coluna de ar existente dentro do oboé também em vibração, produzindo assim o som das notas musicais.

O som

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O som do oboé é rico em parciais harmônicos, sendo as notas agudas bem penetrantes, motivo pelo qual o oboé é o instrumento usado para iniciar o tom de afinação de uma orquestra, a pedido dospalla. O som do oboé é comumente referido como sendo "anasalado", termo discutível, mas que é encontrado em livros de orquestração.

Tessitura

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Oboé atual da firma Marigaux

O si bemol grave é o limite absoluto inferior. No registro sobreagudo, o sol pode ser ultrapassado por alguns semitons, mas essas notas são difíceis para um oboísta de força média. Para tocar nesse registro, acrescentou-se ao oboé uma terceira chave de oitava, mas mesmo assim o instrumento se torna pesado e difícil. Os oboés mais modernos, melhor construídos que os antigos, oferecem uma emissão de som mais fácil no extremo agudo devido a um alongamento do pabellón. Isso permitiu ganhar alguns graus no registro sobreagudo, embora os mestres clássicos tenham evitado escrever acima do fá natural sobreagudo, como se observa no Quarteto para oboé e cordas de Mozart. O melhor registro do oboé está entre o lá₃ e o ré₅, faixa em que o instrumento é de valor inestimável para melodias, sendo símbolo de pureza e ingenuidade quando se trata de representar caracteres humanos.[44]

"O oboé é, antes de tudo, um instrumento melódico; tem um caráter agreste, cheio de ternura, eu diria até de timidez. Os sons do oboé são adequados para expressar candura, graça ingênua, doce alegria ou a dor de uma alma atormentada. Transmite tudo isso de maneira admirável em passagens cantabile". -Grand Traité d’Instrumentation et d’Orchestration Modernes,Hector Berlioz[45]

O som do oboé distingue-se do dos demais instrumentos por ser mais fanhoso e nasal; também acre, penetrante, áspero, cortante, rouco e aveludado. Ele, junto ao fagote e ao corne inglês, forma um grupo muito homogêneo, representando as qualidades mais evidentes da palheta dupla, que os distingue de outros instrumentos. Se o oboé é a vozsoprano, ofagote é baixo, o corne inglês é tenor, e — embora pouco usado — o oboe d’amore corresponde aocontralto.[45]

No oboé, os sons harmônicos são obtidos por meio das chaves deoitava e empregando as digitações das notas situadas uma décima segunda abaixo. Ao contrário doclarinete ou daflauta, que têm furo cilíndrico, os harmônicos no oboé soam levemente velados devido ao alargamento cônico do tubo, o que é uma vantagem, pois permite obter efeitos de extrema suavidade. Ao contrário de outros instrumentos de madeira, o oboé possui um som claro e penetrante. Isso se deve ao furo cônico, que o torna rico em harmônicos pares e ímpares, conferindo-lhe um espectro sonoro muito amplo. Graças a isso, oboés se fazem ouvir facilmente acima de outros instrumentos em grandes conjuntos. Os matemáticos explicam o fenômeno por meio de fórmulas derivadas do fato de que a frente de onda é esférica, e não plana.[46][47]

A beleza e a pureza dos sons do oboé dependem do sentimento e do bom gosto do artista, o que não significa negligenciar a qualidade do som. Pelo contrário, é preciso colocar extrema atenção nesse ponto, sob pena de adquirir hábitos sonoros difíceis de corrigir depois. Deve-se ter grande cuidado ao posicionar a palheta entre os lábios, pois disso depende a qualidade sonora. A busca por uma boa sonoridade é o principal objetivo do oboísta durante toda a carreira.[48]

O cuidado com a embocadura no oboé exige mais atenção do que em outros instrumentos. O som, quando mal tocado, pode ser muito desagradável, áspero e ingrato — como ocorre com iniciantes — motivo pelo qual muitos abandonam o estudo. Mas um oboísta avançado pode produzir um som rico, quente e belo. Em contraposição,Gustav Mahler, para obter maior estridência, colocava oboés e clarinetes com suas campanas voltadas diretamente ao público; esse efeito é indicado na partitura de suaSinfonia n.º 8 como Schalltrichter auf. Por outro lado, o chamado efeito de surdina, que obtém um som mais abafado, é produzido introduzindo-se um lenço na campana.[49]

Para fazer o oboé soar, a palheta deve ser umedecida, seja na boca, seja num pequeno recipiente de água colocado no atril. Depois ela é inserida no topo do corpo superior, pressionando-a o máximo possível, tomando cuidado para que o instrumento não fique agudo demais. Todo o peso do oboé recai sobre o polegar direito, apoiado no suporte do corpo médio. A parte raspada da palheta fica sobre o lábio inferior; o lábio superior fecha sobre ela, e ambos se dobram para dentro cobrindo os dentes, enquanto as comissuras se ajustam para impedir vazamento de ar. Alíngua move-se rapidamente sobre a palheta para ostaccato. Para fazer tudo corretamente, os músculos labiais precisam ser treinados aos poucos; no início podem se cansar, e tende-se a introduzir demasiada palheta na boca, gerando som alto e ruidoso.[50]

A gama expressiva do oboé é vasta: ingenuidade, graça, elegância, mas também dramatismo. É o instrumento por excelência para expressar sentimentos “rústicos”, como na "Sinfonia n.º 6, Pastoral", deBeethoven, ou na música do nacionalismo valenciano. Também expressa luto — como na “Marcha Fúnebre” da Sinfonia n.º 3, Heroica —, espanto e desespero, como na “Corrida ao Abismo”, da Condenação deFausto de Berlioz, e frases amorosas delicadas, como em "Romeu e Julieta", deBerlioz, no Concerto para Violino, deBrahms, no solo do movimento lento de "Pelléas et Mélisande", deDebussy; em "Pedro e o Lobo", deProkófiev, o oboé representa o pato desajeitado; e na "Sinfonia Fantástica", de Berlioz, na cena dos campos.[51]

Palhetas

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O oboísta Albrecht Mayer preparando palhetas

A palheta é formada por duas lâminas e um tudel, unidos com fio de náilon, e depois raspados com umanavalha. A planta usada é a Arundo donax. Embora cresça desde o sudoeste daInglaterra até o centro daÁfrica, as melhores palhetas parecem vir do sul daFrança, especialmente das regiões deFréjus eCogolin, no departamento do Var. A palheta espanhola pode substituir a francesa, mas dura menos. Palhetas daCalifórnia,México ouAustrália também são usadas, mas, de modo geral, os oboístas preferem as francesas. A superioridade da palheta mediterrânea pode relacionar-se não apenas ao clima e solo, mas também aos métodos tradicionais de colheita e germinação — esta última, muitas vezes realizada seguindo asfases da lua.[52]

A elaboração da palheta é laboriosa e exige tempo e paciência. A cana brota naprimavera e é colhida com alua minguante de janeiro. Após o corte, retiram-se as folhas e selecionam-se os melhorescolmos, que são secos emceleiros. Depois são cortados em tubos, divididos com um fendedor em três partes, cortados a 7,5 cm, e então gubiados (curvados). Segue-se o modelado, realizado em moldes especiais. Esses processos costumam ser feitos por empresas especializadas, embora alguns oboístas prefiram fazer tudo pessoalmente.[53]

Para o atado, usa-se fio de náilon especial, tudéis (pequenos tubos metálicos revestidos de cortiça) e um tudelero. Depois de atada, a palheta é apoiada em um bloco de madeira e dividida ao meio com uma navalha ou guilhotina, formando duas palhetas. Por fim, vem o raspado, processo extremamente delicado, feito com navalha muito afiada e espátula, buscando a forma em “U”. Pode-se adicionar um fio metálico para estabilizar a abertura. O raspado é geralmente feito pelo próprio oboísta, pois determina características sonoras altamente pessoais. Palhetas pré-raspadas são vendidas, mas exigem ajustes.[54][55]

Materiais

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Os primeiros oboés eram feitos de cana ebambu, como ohichiriki do gagakujaponês. Com o tempo, buscou-se materiais mais resistentes, comobuxo, cerejeira selvagem, palisandro ou pereira; alguns oboés barrocos eram revestidos demarfim. No século XIX, devido às chaves e muitos orifícios, passou a predominar oébano (granadilha africana), especialmenteDalbergia melanoxylon. Ainda usado hoje, é complementado por maderas exóticas como cocobolo, palo rosa, palisandro brasileiro e coco, que oferecem novas sonoridades. Alguns fabricantes, como Marigaux, constroem oboés em resina fenólica, ABS ou metacrilato.[56][57]

Com os avanços tecnológicos, surgiram oboés profissionais feitos com 95% de granadilha granulada,fibra de carbono eresina epóxi (gama Green Line, da Buffet Crampon), mais resistentes à umidade e temperatura e menos propensos a rachaduras.[58] O oboé moderno possui um complexo mecanismo de chaves feitas de alpaca — liga de cobre, zinco e níquel — revestidas de prata ou, ocasionalmente, ouro.[59]

Uso fora da música erudita

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Obras brasileiras para oboé

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Os principais compositores brasileiros escreveram obras para oboé. Entre elesFrancisco Mignone,Almeida Prado,Ernst Mahle,José de Lima Siqueira,Ronaldo Miranda,Estércio Marquez Cunha,Harry Crowl eOsvaldo Lacerda. O Concertino para oboé e cordas deBreno Blauth se tornou muito popular no Brasil e em outros países.

Obras para oboé solo, entre a Fantasia Sul América e Mutationen X deClaudio Santoro e a Partita deErnst Widmer.Heitor Alimonda também escreveu excelente obra para oboé solo, gravada por Ricardo Rodrigues.Ernst Mahle compôs um interessante Concertino para corninglês e cordas.

Música tradicional e folclórica

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Embora oboés tradicionais sem chaves sejam utilizados em muitas tradições musicais naEuropa, o oboé moderno tem sido pouco empregado na música popular. Uma exceção foi Derek Bell,harpista do grupoirlandês The Chieftains, que usou o instrumento em algumas interpretações e gravações. A banda americana de contradança Wild Asparagus,[60] estabelecida emMassachusetts, também utiliza o oboé, tocado por David Cantieni. O músico popular Paul Sartin[61] toca oboé em várias bandas inglesas de música folclórica, incluindo Faustus e Bellowhead.[62] O gaiteiro e fabricante de gaitas Jonathan Shorland toca oboé com as bandas Primeaval e Juice, e anteriormente tocava com Fernhill, que executava música tradicional dasIlhas Britânicas.

Jazz

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Apesar de o oboé nunca ter ocupado um lugar importante no jazz, algumas bandas — como a de Paul Whiteman — o incluíam por razões colorísticas. O multi-instrumentista Garvin Bushell (1902–1991) tocava oboé em bandas dejazz já em 1924 e utilizou o instrumento durante toda a sua carreira; chegou a gravar comJohn Coltrane em 1961.[63] O multi-instrumentista de palhetas Charles Pillow faz uso do oboé e gravou um material pedagógico para tocar jazz com o oboé.[64]

Rock e pop

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Uma lista de exemplos do uso histórico do oboé norock e nopop:[65]

AnoBandaÁlbumOboísta
1964Peter and GordonI don't want to see you again
1965Sonny & CherI Got You Babe[66]Harold Battiste
1967The TurtlesHappy Together[67]
1969The Classics IVTraces [of Love]
1969The Moody BluesIn Search of the Lost Chord (1968)

On the Threshold of a Dream

Ray Thomas
1970The MoveLooking On

Message from the Country

Roy Wood
1974Mike OldfieldHergest Ridge[68]Lindsay Cooper

June Whiting

1983China CrisisWorking with fire and steel, Possible pop songs volume twoSteve Levy
1985Madonna"Crazy for You"[69]George Marge
1987The Go-BetweensTallulah: "Bye Bye Pride"

16 Lovers Lane: "Clouds"

Amanda Brown
1988Tanita TikaramTwist in My SobrietyMalcolm Messiter
1991R.E.M.Out of Time: "Endgame"
1992R.E.M.Automatic for the PeopleDeborah Workman
1992PortastaticWho Loves The SunCarrie Shull
1994SealBatman Forever (BSO):"Kiss from a Rose"
1995QueenMade in Heaven: "It's A Beautiful Day"John Deacon
1996R. KellySpace Jam (BSO): "I Believe I can fly"
2001StereophonicsHandbags & Gladrags
2008Dave Matthews BandBartenderLeroi Moore

Música cinematográfica

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O oboé é usado com frequência namúsica de cinema, muitas vezes para representar uma cena triste ou dolorosa. Um dos usos mais destacados do oboé em uma trilha sonora é na peça intituladaGabriel’s Oboe”, da trilha composta porEnnio Morricone para o filmeA Missão (1986), com solo da oboísta Joan Whiting.[70] O instrumento também aparece como solista no tema “Across the Stars”, da trilha sonora deJohn Williams para o filmeStar Wars: Episódio II – O Ataque dos Clones (2002).[71]

Referências

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  71. «- YouTube».www.youtube.com. Consultado em 14 de novembro de 2025 

Ligações externas

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Cordas dedilhadas:
Cordas friccionadas com arco:
Cordas percutidas:
Metais:
Madeiras - embocadura livre:
Madeiras - Palheta simples:
Madeiras - Palheta dupla:
Palhetas livres:
Compostos:
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