Nanomenclatura zoológica, umnomen dubium (latim de "nome duvidoso", pluralnomina dubia) é um nome científico que é de aplicação desconhecida ou duvidosa.
Note-se que nanomenclatura botânica a frase "nomen dubium" não tem qualquer status, embora seja informalmente usada para nomes cuja aplicação se tornou confusa. A este respeito no entanto, o seu sinônimonomen ambiguum é de uso mais frequente. Na botânica, tais nomes podem ser propostos para arejeição.
No caso de umnomen dubium pode ser impossível de determinar se uma amostra pertence a esse grupo ou não. Isso pode acontecer se a série original tipo (ou seja,holótipo,isotipos,síntipos eparátipos) é perdido ou destruído. Os códigos de zoológicos e botânicos permitem um espécime novo tipo, ouneótipo, a ser escolhido neste caso.
Um nome também pode ser considerado umnomen dubium se seu tipo portador do nome é fragmentário ou não apresenta características diagnósticas importantes (isto é muitas vezes o caso de espécies conhecidas apenas como fósseis). Para preservar a estabilidade dos nomes, oCódigo Internacional de Nomenclatura Zoológica permite que um espécime novo tipo, ou neótipo, seja escolhido para umnomen dubium neste caso.
75.5. A substituição do tipo portador do nome não identificável por um neótipo. Quando um autor considera que a identidade taxonômica de um táxon nominal de grupo de espécies não podem ser determinados a partir de seu tipo portador do nome existente (ou seja, seu nome é umnomen dubium), e estabilidade ou universalidade estão ameaçadas, assim, o autor pode solicitar à Comissão a deixar de lado sob seu poder no plenário [art. 81] o tipo portador do nome já existente e designar um neótipo.[1]
Por exemplo, o réptilarchosauria semelhante aocrocodiloParasuchus hislopiLydekker, 1885 foi descrito com base em um rostropré-maxilar (parte do focinho), mas isso não é mais suficiente para distinguir umParasuchus de seus parentes próximos. Isso fez com que o nomeParasuchus hislopi fosse considerado umnomen dubium. Paleontólogo texano Sankar Chatterjee propôs que um novo espécime tipo, a ser designado tinha que ter um esqueleto completo.[2] AComissão Internacional de Nomenclatura Zoológica considerou o caso e concordou, em 2003, a substituir o espécime-tipo originais pelo proposto neótipo.[3]