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Nestorianismo

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Padres nestorianos em procissão noDomingo de ramos
Pintura de parede doséculo VII ou VIII em uma igreja nestoriana na China

Onestorianismo é uma doutrinacristológica proposta porNestório,Patriarca de Constantinopla(428–431). A doutrina, que foi formada durante os estudos de Nestório sobTeodoro de Mopsuéstia naEscola de Antioquia, enfatiza a desunião entre as naturezas humana e divina deJesus. Os ensinamentos de Nestório o colocaram em conflito com alguns dos mais proeminentes líderes daigreja antiga, principalmenteCirilo de Alexandria, que criticou-o particularmente por negar o títuloTeótoco ("Mãe de Deus") aMaria de Nazaré. Nestório e seus ensinamentos foram condenados comoheréticos noPrimeiro Concílio de Éfeso em 431 e noConcílio de Calcedônia em 451, o que acabou por provocar ocisma nestoriano, no qual as igrejas que apoiavam Nestório deixaram o corpo da Igreja.[1]

Porém, o crescimento daIgreja do Oriente noséculo VII e nos seguintes espalhou o nestorianismo por toda aÁsia. Há que se distinguir porém que nem todas as igrejas afiliadas com a Igreja do Oriente parecem ter seguido a cristologia nestoriana. AIgreja Assíria do Oriente, por exemplo, que reverencia Nestório, não segue a doutrina nestoriana histórica.

Doutrina e a controvérsia nestoriana

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Nestório desenvolveu a sua cristologia como uma tentativa dedutiva e emocional de explicar e entender a encarnação do divinoLogos, a segunda pessoa daTrindade, no homem Jesus Cristo. Ele estudou emAntioquia, onde seu mentor foraTeodoro de Mopsuéstia. Ele e outros teólogos da escola já vinham há muito tempo ensinando umainterpretação literal da Bíblia e enfatizavam a diferença entre as naturezas humana e divina de Jesus. Nestório levou consigo estas crenças quando foi apontadoPatriarca de Constantinopla peloimperadorTeodósio II em 438

Os ensinamentos dele se tornaram então a raiz da controvérsia quando ele publicamente criticou o já tradicional título deTeótoco ("Mãe de Deus") para a Virgem Maria. Ele sugeriu que o título negava a humanidade plena de Cristo, argumentando que Jesus tinha duas naturezas vagamente relacionadas, a do divino Logos e a do humano Jesus. Assim, ele propôs o títuloCristótoco ("Mãe de Cristo") como sendo mais adequado para Maria.

Os oponentes de Nestório acharam que este ensinamento estava muito próximo da já condenadaheresia doadocionismo — a ideia que Cristo teria nascido um homem que foi depois "adotado" (escolhido) como filho de Deus. Nestório foi especialmente criticado porCirilo,Patriarca de Alexandria, que argumentou que os ensinamentos de Nestório minavam a unidade entre as naturezas divina e humana de Cristo naEncarnação. Nestório por sua vez sempre insistiu que a sua visão seria aortodoxa, mesmo depois que ela já tinha sido considerada herética pelo Concílio de Éfeso em 431, levando ao cisma nestoriano.

O Nestorianismo é uma forma dediofisismo e pode ser entendido como a antítese domonofisismo, que emergiu justamente como reação a ele. Enquanto o primeiro sustenta que Cristo teria duas naturezas vagamente unidas (divina e humana), o monofisismo contesta que ele teria apenas uma única natureza, a humana absorvida pela sua divindade. O monofisismo sobreviveu até hoje, transformado nomiafisismo das modernas igrejas do oriente.

Primeiros anos e o cisma nestoriano

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Ver artigo principal:Cisma nestoriano

Nestorianismo se tornou uma seita distinta logo após o cisma nestoriano, iniciado na década de 430 Nestório tinha caído sobre o ataque dos teólogos ocidentais, principalmente Cirilo. Este tinha tanto motivos teológicos quanto políticos para atacar Nestório, uma vez que além de acreditar que ele estava incorreto em suas crenças, ele também queria enfraquecer o líder de um patriarcado competidor. Cirilo e Nestório pediram aoPapa Celestino I que interviesse no assunto e ele entendeu que o título Teótoco era ortodoxo, mas autorizou que ambos se desculpassem. Porém, Cirilo se utilizou esta opinião para atacar ainda mais Nestório, que acabou por solicitar ao imperador Teodósio II que convocasse umconcílio para que todas as mágoas fossem endereçadas corretamente.[1]

Em 431, Teodósio convocou oPrimeiro Concílio de Éfeso. Porém, o concílio acabou finalmente ficando ao lado de Cirilo, defendendo que Cristo é uma pessoa divina que possui duas naturezas (uma divina e outra humana), e que a Virgem Maria é a mãe de Deus (Teótoco). O concílio também acusou Nestório de heresia e o depôs. O nestorianismo foi então oficialmenteanatemizado, uma decisão posteriormente reforçada em Calcedônia em 451. Porém, uma quantidade de igrejas, principalmente as associadas com aEscola de Edessa, apoiaram Nestório — ainda que não necessariamente a sua doutrina completa — e se separaram das igrejas do ocidente. Após o cisma, muitos dos que apoiavam Nestório se mudaram para oImpério Sassânida (Pérsia), onde eles se afiliaram às igrejas locais, conhecidas coletivamente comoIgreja do Oriente.[2]

Nestorianismo e a Igreja do Oriente

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Ver artigo principal:Igreja do Oriente
AEstela nestoriana, que atesta a existência do cristianismo nestoriano na China noséculo VII

APérsia há muito já era refúgio de uma comunidade cristã que vinha sendo perseguida pela maioriazoroástrica, sob a acusação de ter "inclinações" romanas. Em 424, a igreja persa se declarou independente da igrejabizantina e de todas as outras igrejas, justamente para refutar estas acusações. Logo após o cisma, a Igreja da Pérsia cada vez mais se alinhou com os nestorianos, uma medida que foi encorajada pelas lideranças zoroástricas e que, com o passar dos anos, levou-a a se tornar mais e mais nestoriana, ampliando assim o cisma entre ela eigreja calcedoniana.

Em 486, ometropolita deNísibis (atualNussaibine),Barsauma, publicamente aceitou o mentor de Nestório,Teodoro de Mopsuéstia, como uma autoridade espiritual. Em 489, quando aEscola de Edessa (emEdessa, Mesopotâmia) foi fechada peloimperador bizantinoZenão por suas tendências nestorianas, ela se mudou para sua cidade original, Nísibis, e se tornou novamente aEscola de Nísibis, provocando uma onda de migração nestoriana para a Pérsia. O patriarca dali,Mar Babai I(497–502), reiterou e expandiu a alta estima da igreja por Teodoro, solidificando então a adoção do nestorianismo entre membros da Igreja do Oriente.[2]

A igreja emergiu mais forte após este período de atribulações e ampliou para ainda mais longe os seus esforços missionários.Missionários estabeleceramdioceses napenínsula arábica e nosubcontinente indiano entre oscristãos de São Tomé. Eles fizeram alguns avanços sobre oEgito, apesar da forte presençamonofisista lá.[3] Missionários foram também até aÁsia central e tiveram significativos sucessos em converter as tribostártaras. Eles também se firmaram na China durante adinastia Tang(618–907).

Atualmente subsistem aIgreja Assíria do Oriente naÍndia e noIraque,Irã,China e nosEstados Unidos e em outros lugares onde haja migrado comunidades cristãs dos países citados.

AIgreja Assíria do Oriente, que defende não ser totalmente nestoriana, teve um papel fundamental na conservação de antigos textos gregos que foram traduzidos para osiríaco . Mais tarde foram traduzidos para oárabe e noséculo XIII para olatim.

Os historiadores eclesiásticos Wilhelm Baum e Dietmar W. Winkler esclarecem que a Igreja do Oriente "não era propriamente nestoriana" em termos de doutrina.[4]

A Igreja Assíria do Oriente moderna evita o rótulo "nestoriana". O antigo líder da igreja, ocatolikósMar Gewargis III, rejeitou explicitamente o termo por ocasião de sua consagração em 1976.[5] Em 1994 Mar Dinkha IV e o papaJoão Paulo II assinaram uma "Declaração cristológica comum entre a Igreja Católica e a Igreja Assíria do Oriente" reforçando o caráter não nestoriano da Igreja do Oriente.[6]

Referências

  1. ab«Nestorius» (em inglês). Encyclopædia Britannica (11ª edição). Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  2. ab«Nestorians» (em inglês). Encyclopædia Britannica (11ª edição). Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. Campbell.Christian Confessions (em inglês). [S.l.: s.n.] 62 páginas .
  4. Baum, W. & Winkler, D., (2000, 2003[tr.]) The Church of the East, London, RoutledgeCurzon, pp. 4-5
  5. Hill, Donald.Islamic Science and Engineering. 1993. Edinburgh Univ. Press. p.107
  6. Common Christological Declaration between the Catholic Church and the Assyrian Church of the East

Ligações externas

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