
Oneopaganismo ítalo-romano, conhecido variadamente comoReligio Romana (Religião Romana) emlatim, oCaminho Romano aos Deuses emitaliano eespanhol (via romana agli dei ecamino romano a los dioses, respectivamente),Cultus Deorum Romanorum (adoração dos deuses romanos),Tradição ítalo-romana ouTradição romano-itálica eReligião Romana Gentia,[1] é um movimentoreconstrucionista contemporâneo revivendocultostradicionais romanos e religiosositálicos consistindo de organizações vagamente relacionadas.[2][3]


Adeptos podem ser encontrados através daEuropa Latina, principalmenteItália, mas também nasAméricas, o último exemplificado porNova Roma.[5] Enquanto uma organização internacional, é legalmente baseada nos Estados Unidos, com uma maioria de seus membros vindos dosEstados Unidos eCanadá. Atividade religiosa em Nova Roma, entretanto, é também especialmente ativa nos países daEuropa Central tais como aHungria, bem como oLeste Europeu, particularmente aUcrânia eRússia. Organizações adicionais têm se tornado cada vez mais populares em anos recentes.

Como geralmente agrupados na literatura italiana, os movimentos italianos podem não corresponder precisamente com a noção da literatura inglesa de reconstrucionismo, mas para uma noção mais abrangente de "tradicionalismo pagão romano".[6] Vagamente influenciado peloGrupo Ur deJulius Evola eArturo Reghini nos anos 1920, vários outros grupúsculos têm aparecido na Itália, mais notadamente oMovimento Tradizionale Romano eCuria Romana Patrum nos anos 1980, qual unificou alguns calendários.[7] Entre os sucessos do movimento na Itália estão dois casamentos: um em 1989 e um em 1992.CESNUR mantém uma página com várias outras organizações e sua história.[8]
Alguns estudiosos da religião tendem a relacionar o "Caminho Romano aos Deuses" ao grupo de religiões pertencentes aoneopaganismo, enquanto grande parte dos aderentes refutam tanto essa associação e o próprio conceito deneopaganismo, como tendo vindo a desenvolver nas últimas décadas dosséculo XX.[9] As principais organizações têm preferido aderir às fileiras das religiões étnicaseuropeias da ECER (European Congress of Ethnic Religion)[10] em vez da Pagan Federation.[11]
O Caminho Romano aos Deuses é uma religião politeísta. Entretanto, como acontece também em outras tradições neopagãs, alguns grupos colocam ênfase na unidade de fundo do divino, da qual a multiplicidade faria expressão.
Alguns grupos, como o Movimento Tradizionale Romano, praticam rituais exclusivamente em ambientes privados, outros grupos, como a organização religiosa clássica "Pietas Comunità Gentile", oferecem a realização de rituais abertos ao público, principalmente em templos erguidos pela organização mencionada. O fundamento do culto público é aPax Deorum (hominumque), isto é, o pacto entre os deuses e a comunidade humana juridicamente estabelecida. Transferido em âmbito privado, designa o acordo não escrito entre o/a praticante e a própriadivindade, estabelecido e mantido pelo culto que, seguindo o antigocalendário romano, tem estabelecido liturgias, mas com alguns ajustes para a idade moderna. Entre os mais importantes, osacrifício de sangue de animais não é praticado e os deuses são honrados com oferendas de incenso, velas, perfumes, produtos hortícolas, vinho e comida. Como nohelenismo e nabruxaria, agnose pessoal não verificada é permitida, ou seja, na ausência de comunidade, adorando aos deuses na solidão. A ética se refere aoconhece a ti mesmo grego, àfilosofia (por exemplo,estoicismo eneoplatonismo), mas sobretudo aomos maiorum romano.
Cada indivíduo adulto é um sacerdote de si próprio e adora antes de tudo o próprioGênio (ou a própria Juno, no caso das mulheres), eLares Familiares, divindades protetoras da própria casa, osPenates (divindades da pátria), osmanes (espíritos dos antepassados), em segundo lugar as divindades, a quem as festividades do calendário do ano são consagradas. Tais deuses são os dozeolímpicos com nomes romanos (Júpiter,Juno,Minerva,Marte,Apolo,Diana,Vênus,Baco,Netuno,Plutão,Ceres,Vulcano eMercúrio) e outras divindades comoVesta,Proserpina,Hércules,Jano,Saturno,Quirino (ou seja, odeificadoRômulo),Eneias divinizado,Esculápio,Sol Invicto,Mater Matuta,Ana Perena,imperadores romanos deificados comoCésar,Augusto,Trajano,Antonino Pio,Juliano ouMarco Aurélio, adeusa Roma,Cibele,Belona,Telo,Bona Dea, etc. e todos aqueles que ele considera protetores de si mesmo ou de sua família e comunidade.
As ocasiões rituais importantes, como os momentos de passagem da vida (nascimento, puberdade, casamento, morte), as festivas anuais ordinárias, as três pedras angulares do mês (calendas,nonas,idos), ossolstícios, osequinócios e as fases da lua são frequentemente celebrados em comunidade. Em particular, os ritos relacionados com as fases da lua, as calendas, as nonas e os idos que se baseiam na lógica da evolução espiritual do indíviduo. Todos os anos, o colégio pontifício da organização religiosa clássica "Pietas Comunità Gentile" elabora o calendário das festividades com base em cálculos lunissolares, que são celebrados pelos praticantes em templos privados ou reconstruídos.[12]
De importância fundamental é a leitura de textos antigos recebidos.[13] A tradição gentil considera algunspoemas épicos como textos sagrados, em particular aIlíada e aOdisseia deHomero (âmbito grego), e aEneida deVirgílio (âmbito romano). Igualmente de valor sagrado conservar osHinos Homéricos eórficos. Nas fontes antigas (tanto epigráficas tanto literárias) são encontradas muitas orações (Cícero,Lucrécio, etc.).
Diferentemente de outras expressões neopagãs, como aWicca, no âmbito do Caminho Romano aos Deuses se afirma a sobrevivência da religião pagã romana, transmitida através dos séculos em formaesotérica, ou seja, secreta e privada. Em qualquer caso, considerando os Deuses eternos dispondo de fontes eternas sobre ritualidade para o culto privado, não faria contudo necessária alguma continuidade histórica. Apesar da interrupção daPax Deorum, sucessiva abolição do culto público, e as leis deTeodósio (fim doséculo IV), que proibiu até o culto privado, a tradição cultual romana não teria sido extinta, mas seria conservada ao interior de algumas famílias. Eles secretamente transmitiam ao longo do tempo, constituindo um centro sacral oculto, que em períodos favoráveis da História faria também ter visibilidade e influência na realidade sócio-política italiana.[14] Se cita como exemplo o aumento emRoma, em torno da metade doséculo XIV, da Acadêmia Romana dePomponio Leto, de qual é notada a celebração ritual do Natal de Roma em 21 de abril, a evidência arqueológica de algumas inscrições descobertas noséculo XIX, a restauração doPontífice Máximo, realizada por Leto mesmo. Tal Acadêmia foi dissolvida peloPapa Paulo II em 1468 e seus membros encarcerados ou perseguidos.
O cristianismo foi introduzido tarde emMani, com os primeiros templos gregos convertidos em igrejas durante o século XI. O monge bizantinoNicon "o Metanoita" (Νίκων ὁ Μετανοείτε) foi enviado no século X para converter os predominantementepagãos maniotas. Embora sua pregação tenha iniciado o processo de conversão, levou mais de 200 anos para que a maioria aceitasse o cristianismo completamente nos séculos XI e XII.Patrick Leigh Fermor observou que os maniotas, isolados pelas montanhas, estavam entre os últimos gregos a abandonar a antiga religião, fazendo isso no final do século IX:
Isolados de influências externas por suas montanhas, os próprios maniotas semi-trogloditas foram os últimos gregos a se converterem. Eles só abandonaram a antiga religião da Grécia no final do século IX. É surpreendente lembrar que esta península de rocha, tão perto do coração do Levante de onde brota o cristianismo, deveria ter sido batizada três séculos inteiros após a chegada deSanto Agostinho na distanteKent.[15]

De acordo comConstantino VII emDe Administrando Imperio, os maniotas eram chamados de "helenos" e somente foram totalmentecristianizados no século IX, apesar de algumas ruínas de igrejas do século IV indicarem a presença cristã primitiva. O terreno montanhoso da região permitiu que os maniotas escapassem dos esforços de cristianização do Império Romano do Oriente, preservando assim as tradições pagãs, que coincidiram com anos significativos na vida deGemisto Pletão.[16]
Outra área segura para os pagãos era a cidade deHarã que, apesar da perseguição de seus habitantes pagãos pelo imperador bizantino Maurício, permaneceu uma cidade amplamente pagã até o início do período islâmico. Quando a cidade foi sitiada pelos exércitos doCalifado Rashidun em 639–640, foi a comunidade pagã que negociou sua rendição pacífica. Sob o governo subsequente dos califados, Harã se tornou um grande assentamento dentro da região deDiar Modar e manteve um grau significativo de autonomia. Durante aPrimeira Fitna, o povo de Harã ficou do lado deMoáuia I em vez deAli naBatalha de Sifim em 657, o que supostamente resultou em uma retaliação brutal de Ali, que massacrou grande parte da população.[17]
Sob oCalifado Omíada (661–750), Harã prosperou e foi selecionada como capital pelo último califa omíada,Maruane II, de 744 a 750. Essa mudança pode ter sido influenciada pelas simpatias pagãs da cidade e sua posição estratégica perto das províncias orientais do império.[18] A proeminência da cidade sob o governo omíada a viu crescer como um centro cultural e acadêmico, com o estabelecimento da primeira universidade muçulmana em 717 sobOmar II, atraindo acadêmicos de todo o mundo islâmico.[19]
Embora Harã tenha perdido o seu estatuto de capital sob oCalifado Abássida, continuou a florescer, particularmente durante o reinado deHarune Arraxide (786–809), quando a sua universidade se tornou um centro fundamental para a tradução e a actividade intelectual.[20] A religião local, misturando elementos do paganismo mesopotâmico e do neoplatonismo, persistiu até o século X, embora decretos periódicos impusessem conversões ao islamismo, especialmente sobAlmamune em 830.[21] No entanto, Harã manteve sua heterogeneidade, com uma população que incluía muçulmanos, cristãos, judeus, e uma variedade de outros grupos religiosos.
Traços de antigas religiões romanas e mediterrâneas sobrevivem por meio daOrdem Egípcia Osiriana (OOE), que se originou de sacerdotes que fugiram de Alexandria por volta de 391 d.C. após a destruição do Serapeum e se estabeleceram em Nápoles.[22] A OOE preservou as tradições rituais greco-romanas e egípcias continuamente ao longo dos séculos.[23]Giuliano Kremmerz foi iniciado na OOE no final do século XIX,[24] e fundou a Irmandade de Myriam, que descende diretamente da OOE.[25] Este fenômeno pode ser entendido como uma forma de sobrevivência, em oposição ao renascimento, de práticas rituais antigas, e influenciou alguns grupos pagãos modernos na Itália.[26]
O interesse em reviver asantigas tradições religiosas romanas pode ser rastreado até oRenascimento, com figuras comoGemisto Pletão, que influenciouCosme de Médici a estabelecer aAcademia Neoplatônica Florentina, eJúlio Pomponio Leto (aluno de Pletão), que defendeu um renascimento[2] e estabeleceu aacademia romana que celebrava secretamente oNatale di Roma, um festival anual realizado emRoma em 21 de abril para celebrar afundação da cidade.[27] De acordo com alenda, diz-se queRômulo fundou a cidade de Roma em 21 de abril de 753 a.C. Desta data, a cronologia romana derivou seu sistema, conhecido pela fraselatinaAb urbe condita, que significa 'desde a fundação da cidade', que contava os anos a partir desta suposta fundação. A Academia foi dissolvida em 1468, quando oPapa Paulo II ordenou a prisão e execução de alguns dos membros. OPapa Sisto IV permitiu que Leto reabrisse a academia até oSaque de Roma de 1527.
Após aRevolução Francesa, o advogado francês Gabriel André Aucler (meados de 1700–1815) adotou o nomeQuintus Nautius e buscoureviver o paganismo, se autointitulando seu líder. Ele desenhouroupas religiosas e realizou ritos pagãos em sua casa. Em 1799, ele publicouLa Thréicie, apresentando suas visões religiosas. Seus ensinamentos foram posteriormente analisados porGérard de Nerval emLes Illuminés (1852).[28] Admirando aGrécia Antiga e aRoma Antiga, Aucler apoiou a Revolução Francesa e viu isso como um caminho para restaurar uma antiga república.[29] Ele adotou o nome de Quintus Nautius, reivindicou a linhagem sacerdotal romana e realizou ritosórficos em sua casa.[30] Seus seguidores eram principalmente sua família.[28] Em 1799, ele publicouLa Thréicie, defendendo o renascimento do paganismo na França, condenando o cristianismo, e promovendo aanimação universal.[31]
Em seus últimos anos, Aucler publicou um poema que alguns interpretam como uma retratação de suas crenças. Ele morreu em 1815 emBurges.[32] Seus ritos pagãos influenciaram o ocultistaLazare Lenain [fr ], enquantoGérard de Nerval escreveu um ensaio sobre ele emLes Illuminés (1852).[33]
Durante a Itália do século XIX, a queda dosEstados Papais e o processo deunificação italiana fomentaram o sentimentoanticlerical entre a intelectualidade. Intelectuais como o arqueólogoGiacomo Boni[34] e o escritor e pagãoRoggero Musmeci Ferrari Bravo promoveram a restauração das práticas religiosas romanas.[35][36]
Alguns revivalistas religiosos também estavam envolvidos noocultismo,pitagorismo, emaçonaria, incluindo figuras comoAmedeo Rocco Armentano,Arturo Reghini, e Giulio Parise. Em 1914, Reghini publicou Imperialismo Pagano (Imperialismo Pagão), reivindicando uma linhagem iniciática ininterrupta na Itália que ligava a religião romana antiga aos tempos modernos, por meio de figuras históricas comoNuma Pompílio,Virgílio,Dante Alighieri, eGiuseppe Mazzini.[37]
Os esforços para reviver os cultos romanos se alinharam com a ascensão doPartido Nacional Fascista, e vários politeístas tentaram formar alianças com o fascismo. No entanto, a assinatura doTratado de Latrão em 1929 porBenito Mussolini e oPapa Pio XI deixou politeístas como Musmeci e Reghini desiludidos.[35][38] Influenciados pelo trabalho de Reghini e peloGrupo Ur, grupos modernos surgiram na Itália, incluindo a Associazione Tradizionale Pietas (estabelecida em 2005) e oMovimento Tradicional Romano.
O apelo público pela espiritualidade romana pré-cristã nos anos seguintes aofascismo foi amplamente impulsionado porJulius Evola. No final da década de 1960, um renovado interesse "operacional" nas tradições pagãs romanas emergiu dos círculos de jovens ao redor de Evola, particularmente no que diz respeito à experiência doGruppo di Ur.[39] Os escritos de Evola incorporaram conceitos de fora da religião romana clássica, como obudismo, ohinduísmo, amagia sexual, e anudez ritual privada. Este período viu a ascensão doGruppo dei Dioscuri em cidades como Roma, Nápoles, e Messina, que publicou uma série de quatro livretos, incluindo títulos comoL'Impeto della vera cultura eRivoluzione Tradizionale e Sovversione, antes de desaparecer da vista do público.[40]

Ao contrário de algumas alegações de dissolução, particularmente porRenato del Ponte, o grupo continuou suas atividades após a morte de seu fundador em 2000, com sua última aparição pública sendo uma conferência intitulada "Oltre ogni distruzione – la Tradizione vive".[41] O interesse pela religião romana antiga também apareceu na revista evolianaArthos, fundada emGênova em 1972, dirigida por Renato del Ponte, autor de obras comoDei e miti italici (1985) eLa religione dei Romani (1993). Em 1984, as experiências dos Dioscuri foram revisitadas noGruppo Arx liderado por Salvatore Ruta, um antigo membro do grupo original. Entre 1984 e 1986, a AssociaçãoPitagórica, considerada uma continuação do grupo original de Arturo Reghini, surgiu na Calábria e na Sicília, publicando a revistaYghìeia até sua extinção em 1988. O membro Roberto Sestito iniciou então várias atividades editoriais, incluindo a revistaIgnis (1990–1992) e o boletimIl flauto di Pan (2000), embora os temas pagãos-romanos estivessem notavelmente ausentes.[42] A editora genovesaIl Basilisco lançou inúmeras obras naCollana di Studi Pagani entre 1979 e 1989, apresentando textos de figuras notáveis comoSímaco,Porfírio, e oimperador Juliano. O tema da Tradição Romana também apareceu no periódicoPolitica Romana (1994–2004) pela associaçãoSenatus, considerada por muitos como uma publicação romano-pagã, pitagórica, e "Reghiniana". Um ativista proeminente durante esse tempo foi o ator Roberto Corbiletto, que morreu misteriosamente em um incêndio causado por um raio em 1999.


Na década de 2000, aAssociazione Tradizionale Pietas começou a reconstruir templos em toda a Itália e buscou reconhecimento legal do Estado, inspirando-se em grupos semelhantes, como oYSEE, na Grécia. Em 2023, a Pietas participou da reunião daECER, que resultou na assinatura da Declaração de Riga, que exige o reconhecimento das religiões étnicas europeias.[43]
Rituais públicos, como os que celebram o antigo festival do Natale di Roma, também foram retomados nos últimos anos.[44][45][46] Atualmente, oNatale di Roma tem sido celebrado com conferências e encenações históricas. Nos últimos anos, este evento recuperou importância, levando as instituições italianas a reconhecê-lo ainda mais. Associações como o "Gruppo Storico Romano" (GSR) contribuíram para a organização do evento por meio de encenações históricas e eventos religiosos em conjunto com as associações afiliadas envolvidas na religião romana moderna. O Gruppo Storico Romano organiza anualmente um desfile com participantes em trajes de época e representações de cenas da vida e celebrações antigas que ecoam os ritos religiosos da Roma Antiga.[47]
Em 2024, foi realizado o 2777º "Natale di Roma", com a participação de representantes institucionais italianos. Durante o evento, foi anunciado um plano para aumentar o financiamento para reconstituições históricas e uma possível legislação destinada a regulamentar tais celebrações, a fim de preservar e valorizar as tradições culturais. Além disso, a banda do Exército Italiano participou das comemorações.[48] Todos os anos, organizações de toda a Europa vêm celebrar esta data, demonstrando a importância e o apelo internacional do evento.[49]
A ideia de praticar a religião romana na era moderna se espalhou para além da Itália, com praticantes encontrados em países da Europa e das Américas. A organização internacional mais proeminente é aNova Roma, fundada em 1998, com grupos ativos em todo o mundo.[50]
