O território da Namíbia foi habitado desde os tempos antigos pelos povoscoissãs,damaras enamas, com uma notável imigração debantos a partir doséculo XIV, no que ficou conhecido comoExpansão Banta. A maior parte do território tornou-se um protetorado doImpério Alemão em 1884, tendo permanecido como colônia alemã até o final daPrimeira Guerra Mundial. Em 1920, aLiga das Nações transferiu sua administração para a África do Sul, que impôs suas leis ao novo território e, consequentemente, sua política deApartheid a partir de 1948. O porto deWalvis Bay e asIlhas do Pinguim, que haviam sido anexadas pelaColônia do Cabo sob a coroa britânica em 1878, tornaram-se parte integrante da novaUnião Sul-Africana em sua criação em 1910.
As crescentes demandas levantadas por líderes africanos levaram a ONU a assumir a responsabilidade direta sobre o território do país. Assim, aOrganização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO) foi reconhecida como representante oficial do povo da Namíbia em 1973. A Namíbia, no entanto, permaneceu sob a administração da África do Sul durante este tempo, sendo administrada como África do Sul-Oeste. Após guerrilhas e conflitos internos, com grande participação da SWAPO, a África do Sul instalou uma administração interina na Namíbia em 1985. Cinco anos depois, em 21 de março de 1990, a Namíbia obteve a independência total da África do Sul, com exceção de Walvis Bay e as Ilhas do Pinguim, que permaneceram sob controle sul-africano até 1994.
Em 1884, aAlemanha foi o país estabelecedor na região de umprotetorado denominadoSudoeste Africano, porém, os colonizadores que vieram do Reino Unido foram o povo retentor de um enclave de importância no qual era incluído o porto de Walvis Bay. O território ficou sob domínio dos alemães até que se iniciou a1.ª Guerra Mundial, em 1915, quando as tropas do Reino Unido com base naÁfrica do Sul ocuparam a região.[6]
Durante a ocupação alemã, a partir do ano de 1904, a Alemanha lançou umacampanha de extermínio das populações indígenas da Namíbia, osHererós e osNamaquas, que acarretou no extermínio de mais da metade de cada um dos povos, por meio deinanição e envenenamento de poços.[8] A campanha foi lançada como uma resposta a revoltas contra a ocupação alemã. O genocídio, que durou até o ano de 1907, é considerado como o primeiro genocídio do século XX, e alguns historiadores argumentam que serviu como inspiração para os genocídios perpetrados pelaAlemanha Nazista, em particular oHolocausto.[9]
No mês de janeiro de 1921, aLiga das Nações deu uma outorga àÁfrica do Sul para administrar oSudoeste Africano.[6] Em 1946, a África do Sul fez uma solicitação àOrganização das Nações Unidas (ONU) para autorizar a plenitude de incorporar o território. A ONU deu veto a essa pretensão e, depois de discutir muito, deu voto, em 1964, para extinguir o mandato sul-africano acima do território. Ainda em 1966, aOrganização do Povo do Sudoeste Africano (South West Africa People's Organization) deu início a uma luta com armas contra a ocupação sul-africana.[6]
Em 1968, a ONU foi aorganização internacional reconhecedora da denominaçãoNamíbia que designa o país até hoje.[6] Anos depois, oConselho de Segurança da ONU e oTribunal Internacional de Justiça da ONU fizeram uma declaração de ilegalidade à África do Sul presente na Namíbia; entretanto, opoder executivo da África do Sul, pelo qual foi englobado o território como província do país a que pertencia, ignorou a resolução. Na metade dos anos 1970, a África do Sul fez uma proposta de divisão da Namíbia, mas não foi aceita pela Swapo. Depois de guerrear por uma grande quantidade de anos, em 1988, a África do Sul entrou em acordo comAngola para tornar independente a Namíbia, esta última deixada pelos sul-africanos em 1989, depois de concordarem com o surgimento do novo país desértico. Um ano depois, pela Swapo foi conseguida força majoritária na novaAssembleia Constituinte e, em 21 de março de 1990, a Namíbia finalmente declarou-se totalmenteindependente, durante a eleição do presidenteSamuel Nujoma, líder da Swapo, com governo que se compunha de membros da organização popular.[6] Em 1994, a África do Sul faz uma devolução à Namíbia do porto principal deWalvis Bay.[10] Nujoma reelegeu-se em 1994[11] e em 1999.[12]
Em 2004, o governistaHifikepunye Pohamba foi declarado vencedor daeleição presidencial.[13] Em 2005, o governo deu início a uma reforma agrária, comprando terras dosbrancos para fazer uma redistribuição a 250 mil lavradores negros,[14] mas ela teve um pequeno avanço.[14] Os brancos são detentores de uma quantidade superior à metade da grandeza das 4 milfazendas, quantidade superior à 50% daterra arável.[14]
Em dezembro de 2009, Pohamba reelegeu-se, com 76,4 da maioria absoluta dos votos válidos, e a força majoritária da Swapo foi mantida nopoder legislativo, composto peloConselho Nacional, com 26 membros, e pelaAssembleia Nacional com até 78 membros.[15]
Em 2011, aAlemanha entregou à Namíbia o que restou dosantepassadoshererós enamas, que os alemães levaram para fazer experiências deracismo nos primeiros anos do século XX. O governo da Alemanha cometeu aevasão fiscal por mais que tivesse reparado os resquícios arqueológicos dos primeiros habitantes do país africano.[16]
Em julho de 2012, foram anunciados os planos governamentais deexploração de um grandeaquífero no norte do país.[14][17] No país de maior secura daÁfrica Subsaariana, a Namíbia, a piorestiagem foi enfrentada em três décadas.[14][17] Em maio, foi declarado estado de emergência e foram pedidos US$ 33,7 milhões em ajuda internacional.[14][17]
A paisagem consiste principalmente de cinco áreas geográficas, cada uma com condições abióticas características e vegetação com alguma variação e sobreposição entre elas: o Planalto Central, o deserto de Namib, a Grande Escarpa, o Bushveld e o deserto de Kalahari. Odeserto do Namibe é uma vasta extensão de planaltos decascalho hiper-áridos edunas que se estende ao longo de toda costa da Namíbia.[21]
O deserto de Kalahari, uma região árida compartilhada comÁfrica do Sul eBotsuana, é uma das características geográficas mais bem conhecidas da Namíbia. O Kalahari, apesar de ser popularmente conhecido como um deserto, tem uma variedade de ambientes, incluindo alguns localizados em áreas verdejantes e tecnicamente não desérticas. Um deles, conhecido como o Succulent Karoo, é o lar de mais de 5 mil espécies de plantas, quase metade delasendêmicas; aproximadamente 10% dassuculentas do mundo são encontradas no Karoo.[22] A razão por trás dessa alta produtividade e endemismo pode ser a natureza relativamente estável das chuvas.[23]
O costeirodeserto da Namíbia é um dos desertos mais antigos do mundo. Suas dunas de areia, criadas pelos fortes ventos terrestres, são as mais altas do planeta.[24] Devido à localização do seu litoral — no ponto onde a água fria doAtlântico chega à África — muitas vezes hánevoeiro extremamente denso.[25] A Namíbia tem ricos recursos marinhos e costeiros que permanecem largamente inexplorados.[26]
A Namíbia tem um clima classificado como subúmido (média de chuvas acima dos 500 milímetros/ano),semiárido (entre 300 e 500 mm) eárido (150–300 mm), até os planaltos costeiros hiperáridos, com média de menos de 100 milímetros. As temperaturas máximas são limitadas pela altitude total de toda a região: apenas no extremo sul, em Warmbad por exemplo, as médias registradas são de 40 °C.[27] Normalmente, zonas subtropicais de alta pressão, com céu claro frequentes, oferecem mais de 300 dias de sol por ano ao país. O inverno (junho-agosto) é geralmente seco. A estação chuvosa ocorre no verão, sendo um pequeno período de chuvas entre setembro e novembro e um maior entre fevereiro e abril.[28] Aumidade é baixa e a precipitação média varia de quase zero no deserto costeiro a mais de 600 mm naFaixa de Caprivi. A precipitação é altamente variável, no entanto,secas são comuns.[29] A última, com precipitações muito abaixo da média anual, ocorreu no verão de 2006/07.[30]
O clima na zona costeira é dominado pelo frio, sendo que aCorrente de Benguela no Oceano Atlântico traz baixa precipitação (50 mm por ano ou menos), denso nevoeiro frequente e temperaturas em geral mais baixas do que no resto do país.[29] No inverno, ocasionalmente, ocorre uma condição conhecida comoBergwind (alemão: brisa de montanha) ouOosweer (africâner: tempo leste), um vento quente e seco que sopra do interior para o litoral. Como a área atrás da costa é um deserto, estes ventos podem evoluir paratempestades de areia, sendo que depósitos de areia no Oceano Atlântico são visíveis em imagens de satélite.[31]
Por ser o país mais seco emÁfrica subsariana, a Namíbia depende, em grande parte, deáguas subterrâneas. Com uma precipitação média de cerca de 350 milímetros por ano, a maior precipitação ocorre na Faiza do Caprivi no nordeste (cerca de 600 mm por ano) e diminui em direção oeste e sudoeste, até tão pouco quanto 50 mm anuais, ou menos, no litoral. Os únicos rios perenes são encontrados nas fronteiras nacionais com África do Sul,Angola eZâmbia e na fronteira comBotsuana, no Caprivi. No interior, as águas superficiais estão disponíveis apenas nos meses do verão, quando os riosinundam após chuvas excepcionais. Caso contrário, a água de superfície é restrita a algumas grandesbarragens de retenção e represamento. Assim, quando as pessoas não vivem perto de rios perenes ou fazem uso das barragens de armazenamento, elas dependem de águas subterrâneas para prover suas necessidades hídricas.[32]
A Namíbia tem a segunda menordensidade populacional em relação a qualquer outro país soberano, atrás apenas daMongólia.[33] A maioria da população é de origem de falantes dalíngua bantu (na maior parte da etniaovambo, que constitui cerca de metade da população) que residem principalmente no norte do país, embora muitos estão agora residente em cidades por toda a Namíbia. Outros grupos étnicos são as pessoashereró ehimba, que falam uma língua semelhante, além dosdamaras enamas.
Além da maioria bantu, existem grandes gruposcoissãs (como namas esãs), que são descendentes dos habitantes originais daÁfrica Austral. O país também contém alguns descendentes de refugiados deAngola. Há também dois pequenos grupos de pessoas com origens raciais diversas, chamados "mestiços" e "basters", que juntos compõem 8%. Há uma grande minoriachinesa na Namíbia.[34]Brancos (principalmente de origemalemã,africâner,britânica eportuguesa) constituem cerca de 7% da população. Embora a percentagem de brancos entre a população esteja diminuindo devido àemigração, eles ainda formam a segunda maior população de ascendênciaeuropeia, tanto em termos de percentagem quanto em números reais, da África subsaariana, depois daÁfrica do Sul.[35] A maioria dos brancos da Namíbia e quase todos os mestiços falamafricâner e compartilham origens, cultura e religião semelhantes como as das populações brancas e negras da África do Sul. Uma pequena proporção de brancos (cerca de 30 mil) encontram as suas origens familiares diretamente nos primeiros colonos alemães e mantém instituições culturais e educacionais alemãs. Quase todos os colonos portugueses chegaram ao país da ex-colônia portuguesa deAngola.[36] O censo de 1960 relatou 526 004 pessoas no que era o entãoSudoeste Africano, incluindo 73.464 brancos (14%).[37]
Desde 1991, oinglês é a únicalíngua oficial, embora apenas cerca de 3% da população fale o idioma comolíngua materna. A sua aplicação é focada na função pública e na educação.[38]
Até 1990, oalemão eafricâner também eram línguas oficiais. Muito antes da independência da Namíbia da África do Sul, aOrganização do Povo do Sudoeste Africano (SWAPO) defendia que o país devia se tornar oficialmente monolíngue, em contraste com a de sua vizinha África do Sul, que concedeu a todas as suas 11 principais línguas o estatuto oficial, o que era visto como "uma política deliberada de fragmentação etnolinguística".[39] Por conseguinte, SWAPO instituiu o inglês como a única língua oficial da Namíbia. Algumas outras linguagens têm recebido um reconhecimento semioficial, por serem permitidas como meio de instrução nasescolas primárias. Espera-se que as escolas privadas sigam a mesma política que escolas públicas, sendo o "idioma Inglês" uma disciplina obrigatória.[38]
Metade de todos os namibianos falamoshiwambo como sua primeira língua, ao passo que a língua mais amplamente entendida e falada é o africâner. Entre a geração mais jovem, o inglês está rapidamente ganhando espaço.[40] O africâner e o inglês são usados principalmente como segunda língua, reservados para comunicação pública, mas pequenos grupos os usam como primeira língua em todo o país. Oportuguês foi adicionado como uma segunda língua ensinada nas escolas.
Segundo o censo de 2011, as línguas mais comuns são oshiwambo (a língua mais falada por 49% dos agregados familiares),nama/damara (11,3%), africâner (10,4%), kavango (9%) eherero (9%).[41][42]
Embora a língua oficial seja o inglês, a maioria da população branca fala alemão ou africâner. Ainda hoje, após o fim da era colonial alemã, alíngua alemã desempenha um papel de liderança como uma linguagem comercial. Enquanto o africâner é falado por 60% da comunidade branca, o alemão é falado por 32% e o inglês por 7%.[35] A proximidade geográfica com Angola explica o número relativamente elevado de falantes de português; estimativas de 2011, apontavam que existiam mais de 100 mil lusófonos no país, ou seja cerca 4-5% da população total.[43]
A Namíbia está envolvida em diversas disputas internacionais menores, incluindo:
Disputas residuais pequenas comBotsuana ao longo doFaixa de Caprivi, incluindo as regiões pantanosas de Situngu e especificamente a ilha de Kasikili ou de Sedudu;
Uma disputa dormente sobre os limites territoriais de Namíbia, Botsuana,Zâmbia eZimbábue;
Disputa sobre os rebeldesangolanos e refugiados na Namíbia.
A Namíbia não possui nenhum inimigo, mas consistentemente gasta mais em percentagem do PIB com suas forças armadas que todos os seus vizinhos, exceto a Angola. A despesa militar aumentou de 2,7% do PIB em 2000 para 3,7% em 2009. Entre 2006 e 2008, a Namíbia passou a ser um dos principais importadores de armas na África Subsaariana.[45] A constituição da Namíbia definiu o papel dos militares como de "defesa do território e dos interesses nacionais". O país formou aForça de Defesa da Namíbia (FDN) em 1990, ano de sua independência.
O Grupo de Assistência Transitória das Nações Unidas (UNTAG), através do batalhão de infantaria queniana, permaneceu na Namíbia por três meses após a independência para ajudar a treinar as forças armadas e estabilizar o norte. De acordo com o Ministério da Defesa da Namíbia, o número de alistamentos de homens e mulheres não supera os 7 500 por ano.
A base daeconomia da Namíbia está na extração e processamento deminerais. Amineração compreende 20% doPIB dopaís e faz da Namíbia o quarto maior exportador de minerais não combustíveis daÁfrica e o quinto maior produtor deurânio do mundo.
Aproximadamente metade da população depende daagricultura para viver, dos quais a maior parte pratica a chamadaagricultura de subsistência. Embora oPIB per capita da Namíbia, cerca de 4 500USD (2005), seja cinco vezes maior do que a média dos países mais pobres da África, a maioria do povo da Namíbia vive na pobreza, principalmente por causa dodesemprego em grande escala e da má distribuição de renda, fazendo com que a maior parte do poder econômico esteja nas mãos da minoria branca. A Namíbia possui a pior distribuição de renda do mundo. Seucoeficiente de Gini é de 0,70 (2003).[46]
A Namíbia geralmente atraiecoturistas a maioria para experimentar os climas diferentes e variados, além das paisagens geográficas naturais como o Deserto doKalahari e as planícies orientais. Nestes lugares existem alojamentos e reservas para que os turistas passem a noite bem acomodados.
A Namíbia é também um destino comum para os interessados nacaça esportiva. Fora das reservas e de parques ambientais a caça é permitida e geralmente ocorre em latifúndios de colonos de origem europeia, principalmente de origemalemã.[47] A carne de caça é muito apreciada na Namíbia, sendo servida em restaurantes locais[48] ou consumida diretamente pelos próprios caçadores.
A educação na Namíbia é gratuita para os níveis de ensino primário e secundário. As séries iniciais (1º ao 7º ano) pertencem ao nível primário, com as demais séries (8º ao 12º ano) integrando o ensino secundário. Em 1998, havia 400 325 alunos namibianos na escola primária e 115 237 alunos nas escolas secundárias. O rácio aluno-professor em 1999 foi estimado em 32:1, com cerca de 3,1% do Produto interno bruto (PIB) sendo destinado a despesas e investimentos na educação pública.[49] O desenvolvimento do currículo escolar, a pesquisa educacional e o desenvolvimento profissional dos professores são organizados centralmente pelo Instituto Nacional para o Desenvolvimento Educacional (NIED) em Okahandja.[50]
Ataxa de alfabetização no país, entre pessoas acima de 15 anos de idade, é de 91,5%, sendo um dos maiores índices em toda a África. A alfabetização é maior entre os homens (91,6%) do que entre mulheres (91,4%).[51]
O atleta mais famoso da Namíbia éFrankie Fredericks, velocista nos eventos de 100 e 200 m. Ele ganhou quatro medalhas olímpicas de prata (1992, 1996) e também possui medalhas em vários campeonatos mundiais de atletismo.[52] O boxeadorJulius Indongo é o campeão mundial unificado daWBA,IBF eIBO na divisão de meios leves.
↑Samuel Totten, William S. Parsons, Israel W. Charny, "Century of genocide: critical essays and eyewitness accounts", Routledge, 2004, pg. 51[1]
↑Madley, Benjamin (2005). «From Africa to Auschwitz: How German South West Africa Incubated Ideas and Methods Adopted and Developed by the Nazis in Eastern Europe».European History Quarterly.35 (3): 429–64.doi:10.1177/0265691405054218
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↑«Namibia's People»(PDF). Namibia Tourism. Consultado em 10 de setembro de 2013. Arquivado dooriginal(PDF) em 3 de abril de 2015