Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:Google (N • L • A • I • WP refs) • ABW • CAPES). |
Museu Histórico Nacional | |
|---|---|
| Tipo | museu nacional, arquivo, museu, biblioteca |
| Inauguração | 12 de outubro de 1922 |
| Acervo | http://mhn.acervos.museus.gov.br/ |
| Administração | |
| Diretor(a) | Fernanda Santana Rabello de Castro (substituta) |
| Página oficial (Website) | |
| Geografia | |
| Coordenadas | 22° 54' 21.27" S43° 10' 10.28" O |
| Localidade | Praça Marechal Âncora S/N - Centro |
| Localização | Rio de Janeiro, RJ - Brasil |
| Patrimônio | bem tombado pelo IPHAN, Património de Influência Portuguesa (base de dados) |
OMuseu Histórico Nacional (MHN) é ummuseu dedicado àhistória do Brasil, localizado napraça Marechal Âncora, no centro histórico dacidade doRio de Janeiro, noBrasil. Foi criado em 1922 pelo presidenteEpitácio Pessoa,[1] como parte das comemorações doCentenário da Independência do Brasil e o seu primeiro diretor foi o advogado e jornalistaGustavo Barroso.[2]
O museu é uma das unidades museológicas doInstituto Brasileiro de Museus (Ibram) — autarquia federal ligada ao Ministério da Cultura — e possui um acervo constituído por mais de 300 mil itens arquivísticos, bibliográficos e museológicos.[3] Sãomanuscritos,iconografia,mobiliário,armaria,esculturas,indumentária, entre outros itens.

O local onde se encontra o museu era uma ponta de terra que avançava sobre as águas dabaía de Guanabara, entre as praias de Piaçaba e de Santa Luzia. Nessa ponta, os portugueses ergueram, em1603, oForte de São Tiago da Misericórdia,[4] ao qual se acrescentou a Prisão do Calabouço (1693) — destinada a escravizados faltosos —,[5] a Casa do Trem (1762) — depósito do "trem deartilharia" (armas e munições) —, o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (1764) e o Quartel (1835).[6]
Na Casa do Trem teria sido esquartejado o corpo deTiradentes, após sua execução no Campo de Lampadosa (atualPraça Tiradentes), no final doséculo XVIII.
Por sua localização estratégica para a defesa da cidade, então capital, a ponta e as instalações nela mantidas foram área militar até1908, quando o Arsenal de Guerra foi transferido para a ponta doCaju.[7]


Nadécada de 1920, aPonta do Calabouço foi aterrada e reurbanizada para acolher aExposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência.[8] Para integrar o evento, as edificações do antigo Arsenal de Guerra foram ampliadas e embelezadas, com decoração característica da arquiteturaneocolonial.
Do primitivo forte de São Tiago e da prisão do Calabouço restam apenas as fundações. Subsistem até aos nossos dias o edifício da Casa do Trem (totalmente recuperado nadécada de 1990), o do Arsenal de Guerra (onde se destaca o imponente pátio daMinerva), e o pavilhão da exposição de 1922, atualmente ocupado pela Biblioteca.
Criado em agosto de 1922, visando dotar o país de um museu voltado para ahistória do Brasil,[9] as novas instalações foram abertas ao público em 12 de outubro, compreendendo o pavilhão das Grandes Indústrias, um dos mais visitados da referida exposição, e duas galerias do Museu Histórico Nacional. Em 1940, essas galerias abertas ao público já somavam vinte e duas.
Atualmente, o museu ocupa todo o conjunto arquitetônico da antiga Ponta do Calabouço, constituindo-se em um dos mais importantes museus históricos do país e um centro gerador de conhecimento nas áreas damuseologia e dopatrimônio cultural.

Abrigou o primeiro curso deMuseologia do país, criado em 1932, e que funcionou nas dependências do museu até 1977, tornando-se uma referência para a constituição de outros importantes museus brasileiros. Outra importante instituição que começou no Museu Histórico Nacional foi aInspetoria dos Monumentos Nacionais, criada em 1934, que transformou-se mais tarde noInstituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).[10]
Em 2009, o conjunto arquitetônico e as coleções do MHN foram tombados peloIphan.

O museu se caracteriza como um museu de história, com ênfase na história do Brasil, abrangendo desde o períodopré-cabralino até sua história contemporânea. Seus espaços expositivos abertos à visitação pública fazem parte de um conjunto arquitetônico que distribui-se por uma área útil total de 14 540 m², a qual se somam os 3 212 m² de seuspátios internos (pátio Epitácio Pessoa, também conhecido como pátio dos Canhões, pátio da Minerva, pátio de Santiago e pátio Gustavo Barroso).
Nopavimento térreo, encontram-se o pátio dos Canhões, que apresenta uma coleção de canhões do período colonial e a exposição de longa duração "Do móvel ao automóvel", com um grande número decarruagens do século XIX. Nesse pavimento encontra-se ainda a Reserva Técnica do museu, localizada no pátio Gustavo Barroso. Há também no térreo algumas galerias utilizadas para exposições temporárias.

O segundo pavimento apresenta o circuito de longa duração do museu, com as seguintes galerias: "Oreretama" (dedicada aos primeiros povos que viveram no Brasil e aosíndios que até hoje povoam o país); "Portugueses no Mundo" (mostrando as trajetórias dos navegantes portugueses noperíodo das grandes navegações e o processo decolonização no Brasil); "A Construção do Estado" (abrangendo aIndependência e operíodo imperial); e "A Construção da Cidadania" (que aborda desde aProclamação da República até ahistória contemporânea). Neste segundo pavimento localiza-se também abiblioteca do museu no pátio de Santiago.
No terceiro pavimento encontram-se o Arquivo Institucional, o Laboratório deConservação e Restauração, o acervo denumismática (Casa do Trem) e as áreas técnicas e administrativas do museu.

A formação do acervo do Museu Histórico Nacional teve início a partir da transferência itens de outras instituições que já existiam à época de sua fundação. Vários itens e peças vieram do museu doArquivo Nacional e do gabinete de numismática daBiblioteca Nacional. Também colaboraram para formação inicial do acervo aCasa da Moeda, oMuseu Nacional de Belas Artes, oMinistério do Exército e oMinistério da Marinha.[11]Ajudaram a compor ainda o acervo do museu, em seu período inicial, a doação de colecionadores particulares, como a do senador baiano Miguel Calmon du Pin e Almeida, a da família Guinle e a da museóloga Sophia Jobim. Outra importante coleção, adquirida nos primeiros anos do museu, é a de esculturas religiosas em marfim do empresário e colecionador Souza Lima, arrematadas pelo presidenteGetúlio Vargas em um leilão promovido pelaCaixa Econômica Federal, em 1940.[12]

Atualmente, o acervo do museu se divide emarquivístico, bibliográfico, museológico e aquele de suas próprias publicações. O acervo arquivístico está dividido em dois: o Arquivo Histórico e o Arquivo Institucional. O primeiro, é formado por coleções, em sua maioria de caráter originalmente particular, e que abriga cerca de 62 mil documentos iconográficos e manuscritos.
Destacam-se as coleções do fotógrafoJuan Gutierrez, que documentou aRevolta da Armada no Rio de Janeiro, as deAugusto Malta eMarc Ferrez, a deCarlos Gomes (composta departituras, epistolário,libretos efotografias) e aColeção Família Imperial, comgravuras,documentos e outros objetos referentes aD. Pedro I,D. Pedro II e familiares. Já o Arquivo Institucional é fonte de pesquisa sobre a história do próprio museu e da história política e administrativa da cultura no país.

O acervo bibliográfico, com cerca de 65 mil itens, encontra-se preservado na Biblioteca do Museu Histórico Nacional e disponibiliza obras do século XVI ao XXI. Ele é composto porlivros, folhetos,periódicos e outros tipos de publicação, que abrangem temas comoArte Decorativa, Numismática,Filatelia,Indumentária, História do Brasil,História do Rio de Janeiro,História de Portugal,Heráldica,Genealogia,Sigilografia,Gastronomia e Museologia.
O acervo museológico do Museu Histórico Nacional conta com cerca de 172 mil itens e é formado por coleções de objetos que datam desde aAntiguidade até os dias atuais. Faz parte deste acervo a área de Numismática, responsável pelas coleções demoedas,cédulas,selos,carimbos,sinetes,medalhas e ordens honoríficas deBrasil ePortugal, totalizando mais de 150 mil itens. A qualidade do acervo faz da coleção de numismática a mais expressiva daAmérica do Sul.

Nela há várias peças raras, como a moedaPeça da Coroação, com tiragem de apenas 64 exemplares, cunhada a mando do Imperador D. Pedro I para comemorar sua coroação, em1822, a medalha de homenagem aLouis Pasteur, bulas dos PapasClemente VI (século XIV) eJúlio II (séculos XV e XVI) e aInsígnia Imperial Ordem da Rosa, criada para perpetuar a memória do segundo casamento de Dom Pedro I com DonaAmélia de Leuchtenberg.

O acervo museológico inclui ainda a Reserva Técnica do museu, com mais de 22 mil itens, datados dos séculos XVI ao XXI, e que abrangem diversos tipos de materiais, tais como amadeira, ometal, omarfim, ovidro, omármore, oouro, aporcelana e ogesso, além dequadros,joalheria,cestaria, esculturas,brinquedos, armaria e têxteis.
Por fim, o museu também preserva um acervo de suas publicações, pois desde a sua criação, o Museu Histórico Nacional dedica-se à produção e à divulgação de conhecimento nas áreas deHistória, do Patrimônio e da Museologia. Desde de 1940, o museu publica seusAnais, um periódico de caráter científico, e, a partir de 1999, passou a publicar em livro as apresentações do Seminário Internacional que começou a promover na década de 1990.
Esta seçãonão citafontes confiáveis. Ajude ainserir referências. Conteúdo nãoverificável pode ser removido.—Encontre fontes:Google (N • L • A • I • WP refs) • ABW • CAPES(setembro de 2023) |
Desde dezembro de 2024, o circuito expositivo permanece fechado para obras de modernização. Com reabertura parcial em novembro de 2025, quando as galerias de exposição temporária serão ocupadas até 1º de março de 2026[13], o MHN prevê a reabertura oficial para 2026[14].
Entre as exposições do circuito de longa duração estão:

O MHN possui um núcleo de Educação que atende grupos escolares agendados e visitantes espontâneos com atividades mediadas especiais. As exposições são acessíveis e todas as áreas de visitação do museu permitem a livre circulação decadeirantes. O museu também possui uma loja desouvenirs no pátio da Minerva.

Ao longo de sua história o museu teve os seguintes diretores:[15]
OWikimedia Commons possui multimédia sobre:Museu Histórico Nacional.