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OMuro das Lamentações,Muro de Al-Buraq ouMuro Ocidental (emhebraico: הַכּוֹתֶל הַמַּעֲרָבִי,romaniz.: HaKotel HaMa'aravi; lit. 'o muro ocidental') é uma antigamuralha de contenção construída nacolina conhecida por judeus e cristãos comoMonte do Templo deJerusalém. Sua seção mais famosa também é frequentemente referida pelos judeus comoKotel ouKosel, enquanto nomundo árabe eislâmico é conhecida comoMuro de Buraq (emárabe:حَائِط ٱلْبُرَاق;romaniz.:Ḥā’iṭ al-Burāq). No contexto religioso judaico, o termo Muro das Lamentações e suas variações são usados, em sentido estrito, para se referir à seção usada para a oração judaica; em seu sentido mais amplo, refere-se a todos o 488 metros de comprimento do muro de contenção situado a oeste do Monte do Templo.
Trata-se do único vestígio do antigoTemplo de Herodes, erguido porHerodes, o Grande no lugar doTemplo de Jerusalém inicial. Herodes mandou construir grandes muros de contenção em redor domonte Moriá, ampliando a pequena esplanada sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o que hoje se designa como aEsplanada das Mesquitas. Assim, o atual Muro das Lamentações é a parte que restou de um muro de arrimo que servia de sustentação para uma das paredes do edifício principal e que em si mesmo, não integrava o Templo que foi destruído pelo generalTito, que depois se tornariaimperador romano, no ano de 70.[1]
Muitos fiéis judeus visitam o Muro das Lamentações para orar e depositar seus desejos por escrito. Antes daGuerra dos Seis Dias, em 1967, quando o local e toda aCidade Velha de Jerusalém foram conquistados porIsrael,[2] era chamado de Quarteirão Marroquino. Por ordem do prefeito de Jerusalém, 135 famílias árabes foram expulsas para a abertura da esplanada do Muro.[3]
Quando as legiões do então generalTito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de queRoma vencera aJudeia (daí o nome de Muro das Lamentações). Os judeus, porém, atribuíram-no a uma promessa feita porDeus, segundo a qual sempre ficaria de pé ao menos uma parte do sagrado templo como símbolo da sua aliança perpétua com o povo judeu. Os judeus têm pregado frente a este muro durante os derradeiros dois milênios, crendo que este é o lugar acessível mais sagrado da Terra, já que não podem aceder ao interior da Esplanada das Mesquitas, que seria ainda mais sagrado.[4][necessário esclarecer]
A tradição de introduzir um pequeno papel com pedidos entre as fendas do muro tem vários séculos de antiguidade. Entre as petições dos judeus estão ferventes súplicas a Deus para que regresse à terra deIsrael, o retorno de todos os exilados judeus, areconstrução do templo (o terceiro), e a vinda daera messiânica com a chegada doMessias judeu.[5]
Para os muçulmanos e noIslão, o Muro é considerado um local sagrado. Conhecido comoAl-Buraq, ele recebe este nome pois foi nele queMaomé, em sua jornada noturna, teria amarrado o ser mitológico, conhecido por este nome.[6]
O Muro das Lamentações também é considerado sagrado para os judeus devido a ser o último pedaço do Templo pelos lados sul e leste. Além disso, o muro é o lugar mais próximo dosancta sanctorum ou lugar "sagrado entre os sagrados" (1 Reis 8:6-8). Das três secções do muro, a do leste, do sul e do oeste, a do oeste é o lugar tradicional de oração (daí o seu nome em hebraico,Hakótel Hama'araví, "o Muro Ocidental").
Em 31 de janeiro de 2016, oGoverno de Israel aprovou um plano para designar um novo espaço no Kotel para homens e mulheres realizarem orações em conjunto e sem o controle pelo Rabinato.[7] A ONG israelenseMulheres do Muro [en] elogiou a decisão, embora oRabino Chefe de Israel, Shlomo Amar, tenha declarado que a criação de uma seção de oração mista equivaleria à destruição do Muro.[8] O Rabinato Chefe disse que iria propor um plano alternativo. Em junho de 2017, o plano que havia sido aprovado em janeiro de 2016 foi suspenso.[9][10]