Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:Google (N • L • A • I • WP refs) • ABW • CAPES). |
| Razão social | Motiva Infraestrutura de Mobilidade S/A |
|---|---|
| Nome(s) anterior(es) | CCR (1999–2025) |
| Empresa de capital aberto | |
| Slogan | Você nos move |
| Cotação | B3: MOTV3 |
| Atividade | Infraestrutura Transporte |
| Fundação | 23 de janeiro de1999 (26 anos) |
| Sede | São Paulo,SP,Brasil |
| Área(s) servida(s) | |
| Pessoas-chave | Miguel Setas(CEO)[1] |
| Empregados | 17 000(2022)[1] |
| Serviços | |
| Divisões |
|
| Subsidiárias | |
| Acionistas | |
| Valor de mercado | |
| Ativos | |
| Lucro | |
| LAJIR | |
| Faturamento | |
| Website | www |
AMotiva, anteriormenteGrupo CCR ouCCR,[9][10] é umaempresabrasileira decapital aberto com foco na administração deconcessões de ativos deinfraestrutura etransporte, com sede emSão Paulo.
Atualmente, estão sob gestão da companhia 39 concessões em 13 estados, somando 4,47 mil km derodovias, 6 concessões demobilidade urbana e 35aeroportos no Brasil e no mundo.[11][12][13]
A empresa foi criada em 23 de janeiro de 1999, a partir da criação de umaholding pelos grandes grupos nacionais:Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa (atualMover Participações) eSoares Penido, que já eram donos de múltiplas concessionárias "CCR", com o objetivo de consolidar as concessões de rodovias federais e estaduais já detidas.[12][14][15]
Antes da implantação do programa de concessões rodoviárias, a regulação do transporte no Brasil focava principalmente em tarifas e segurança na mobilidade de passageiros e cargas. Essas responsabilidades eram exercidas porautarquias, como o extintoDepartamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e seus equivalentes estaduais. Nas décadas de 1960 e 1970, o Estado conseguia financiar a expansão e manutenção da malha rodoviária com recursos próprios. Contudo, na década de 1980, crises como a doSegundo Choque do Petróleo, aaceleração da inflação e turbulências políticas levaram a questionamentos sobre o papel do Estado na economia, em linha com tendências globais. Esse movimento ganhou força com oConsenso de Washington, em 1989, quando oFMI adotou políticas para promover ajustesmacroeconômicos, incentivando a redução das funções do Estado, comoprivatizações, disciplina fiscal edesregulamentação.[16]
No Brasil, essa reforma administrativa começou em 1995, com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, que buscava melhorar o equilíbrio fiscal, o crescimento econômico e o controle da inflação. Uma das iniciativas centrais foi o Programa de Concessões de Rodovias Federais, iniciado em 1993 e estruturado em etapas. Nesse contexto, aLei Federal 8.987/95 foi promulgada, estabelecendo as bases para concessões no setor rodoviário. A legislação introduziu conceitos fundamentais como serviço adequado, política tarifária e equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, permitindo a entrada de capital privado no setor.[16]
Ainda em 1995, ocorreu a primeira transferência de infraestrutura rodoviária ao setor privado, abrangendo quatro trechos de rodovias federais e aPonte Rio-Niterói, totalizando 858,6 quilômetros, em que a concessionáriaPonte S/A, uma empresa posteriormente incorporada ao grupo CCR,[17][15] venceu o leilão de concessão. Esse marco inaugurou uma nova fase no modelo de gestão rodoviária do país, reforçando o papel regulador do Estado e abrindo espaço para parcerias com a iniciativa privada.[16][17][15]
De sua fundação até 2000, a CCR já havia adquirido os direitos de administração de 6 concessões, sendo elas:
CCR Ponte, em 1995, (BR 101-RJ);[15]CCR Nova Dutra, em 1996, (BR-116);[15]CCR ViaLagos, em 1996, (RJ-124);[15]CCR RodoNorte, em 1997, (BR 376,PR 151,BR 277);[15][18]CCR AutoBAn, em 1998, (SP 300,SP 330,SP 348,SPI 102/330);[15]CCR ViaOeste, em 1998, (SP-15,SP-75,SP-280,SP-270,SP-091/270).[15]
O Grupo CCR obteve o registro de companhia aberta pelaComissão de Valores Mobiliários (CVM) em dezembro de 2000. No ano seguinte, em novembro de 2001, tornou-se a primeira empresa a aderir ao recém-criadoNovo Mercado, segmento especial de listagem voltado para empresas com os mais altos padrões de governança corporativa e relacionamento com acionistas. Em fevereiro de 2002, as ações do Grupo CCR passaram a ser negociadas na Bolsa de Valores, hoje conhecida como B3. Ainda em 2002, foram criadas aCCR Actua e aCCR Engelog, com o propósito de impulsionar o crescimento do grupo e fortalecer sua competitividade em novos negócios.[15]
Em 2005, a companhia adquire a concessionáriaCCR ViaOeste, e no ano seguinte conquistou a concessão da operação daLinha 4-Amarela do metrô de São Paulo, por meio do consórcio vencedor da primeiraParceria Público-Privada (PPP) do país, sendo formada aViaQuatro. Ainda em 2006, aCCR EngelogTec é criada para centralizar as atividades e a gestão da tecnologia da informação das unidades do Grupo, que somada a CCR Actua e a CCR Engelog formam o Centro de Serviços Compartilhados do Grupo CCR (CSC).[15]
Em 2007, é inaugurada a sede da companhia, em São Paulo, denominada "Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística". Já em 2008, a CCR adquire 40% do capital social daRenovias e vence a licitação para operar o trecho oeste doanel viário Mário Covas, constituindo a concessionáriaCCR RodoAnel Oeste.[15]
Em 2010, o grupo adquire a totalidade docapital social daCCR SPVias, e inicia a operação da linha 4-Amarela do metrô paulistano, entre as estaçõesPaulista eFaria Lima,[15][19] e em 2011, aSAMM, empresa prestadora de serviços de comunicação multimídia e conectividade IP com mais de 4.700 quilômetros de fibra óptica subterrânea e aérea, inicia suas atividades no segmento de telecomunicações, expandindo o escopo de atuação do grupo.[20]
Em 2012, a companhia adquiriu participação de 45,49% na Quiport, concessionária que administra oAeroporto Internacional de Quito, noEquador, e iniciou seu plano de internacionalização. Na sequência, comprou 48,75% do capital da Aeris, concessionária doAeroporto Internacional de San Jose, naCosta Rica. E, antes do fim do ano, passou a deter 40,8% daCuraçao Airport Partners(CAP), concessionária doAeroporto Internacional de Curaçau.[21] No Brasil, assinou o contrato para implantação, operação e manutenção daViaRio, parte do pacote de investimentos previstos para osJogos Olímpicos de 2016, noRio de Janeiro, além de, ainda nesse ano, adquirir 80% de participação naCCR Barcas.[15][22]
Em 2013, ampliou seu portfólio de ativos no segmento de mobilidade urbana, compondo o consórcio vencedor do leilão para construção e operação doVLT Carioca, e doMetrô de Salvador e Lauro de Freitas na Bahia, através daCCR Metrô Bahia, sendo o ultimo projeto uma PPP.[23] No ano seguinte, o Grupo CCR assumiu a concessão para ampliação, manutenção e operação doAeroporto Internacional de Confins, em Minas Gerais com a composição da BH Airport, com participação do grupoZurich Airport,[12][24] além da constituição daCCR MSVia e a criação doInstituto CCR - criada com o propósito de gerenciar os investimentos sociais do Grupo CCR direcionados para a promoção do desenvolvimento local, por meio de recursos próprios e das leis de incentivo.[15]
Em 2015, o Grupo CCR adquiriu 70% de participação naTotal Airport Services (TAS), prestadora de serviços aeroportuários com atuação nos Estados Unidos, além de aumentar sua participação na Quiport para 50% e dar-se o término do contrato da CCR Ponte, concessionária responsável pela administração da Ponte Rio-Niterói, após 20 anos de prestação de serviços aos usuários. E em 2016, a companhia concluiu a venda da Sociedade de Tecnologias de Pagamento (STP), conhecido pela marcaSem Parar, recebendo R$ 1,4 bilhão pela participação que possuía na empresa.[15]
Já em 2017, a empresa passou a deter participação de 75% na ViaQuatro, administradora da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo, e de 66,66% na ViaRio, no Rio de Janeiro, ademais da reorganização da estrutura de gestão dos ativos do grupo, ao criar quatro novas divisões para a administração dos ativos de rodovias paulistas, rodovias federais, sistemas de mobilidade urbana e aeroportos.[15]
No ano seguinte, a companhia venceu a licitação para a operação e manutenção daLinhas 5-Lilás de metrô eLinha 17-Ouro de monotrilho de São Paulo, ambas operadas pelaViaMobilidade - Linhas 5 e 17[25][26] e conquistou a concessão daRodovia de Integração do Sul (RIS), constituindo, assim, aCCR ViaSul. Ainda em 2018, o grupo também ampliou sua participação para 97,15% no capital social da Aeris, que administra o aeroporto da Costa Rica.[15] Em 2019, a empresa aumentou sua participação no VLT Carioca passando a deter mais de 95% de participação.
Em 2020, venceu a concorrência para exploração da infraestrutura e da prestação do serviço público do trecho daBR-101/SC, constituindo, portanto, aViaCosteira. Já em 2021, a empresa ganhou a concessão daslinhas 8-Diamante e9-Esmeralda dos trens metropolitanos de São Paulo, criando aViaMobilidade - Linhas 8 e 9, conquistou a concessão de 9 aeroportos do Bloco Sul e 6 do Bloco Central da 6ª rodada de concessões doGoverno Federal, venceu, ainda, o leilão doAeroporto da Pampulha, promovido peloGoverno de Minas Gerais e celebrou a extinção do Contrato de Concessão de Obras Públicas, cumprido pela controlada RodoNorte e oestado do Paraná, por intermédio doDER, (União).[12][18]
Em 2022, a companhia readequou sua estrutura para considerar os três negócios: CCR Rodovias, CCR Mobilidade eCCR Aeroportos, iniciou as operações das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda dos trens metropolitanos de São Paulo, iniciou a operação dos 9 aeroportos do Bloco Sul, 6 do Bloco Central e do Aeroporto da Pampulha e concluiu a alienação da participação acionária na empresa Total Airport Services (“TAS”), correspondente a 70%, pelo valor-base de US$ 143,5 milhões. Além disso, em outubro, aItaúsa e aVotorantim concluíram a compra de 14,86% do capital total da empresa, detidas pelaAndrade Gutierrez Participações pelo valor de aproximadamente R$ 4,1 bilhões.[27] Em 2023, o grupo aumentou sua participação acionária no VLT Carioca, detendo, a partir de então, 95,1737% do controle da companhia.[12]
Em 2025, a companhia deixou de ser a operadora doTransporte Aquaviário do Rio de Janeiro, sendo, agora, o serviço operado pelo ConsórcioBarcas Rio.[28]
A empresa nasceu a fim de agregar múltiplas concessionárias já em operação no país, e, ao longo de sua história, novas empresas foram criadas, adquiridas, vendidas e extintas por diversas razões. Já compuseram ou fazem parte do grupo as seguintes empresas:
| Plataforma de Atuação | Nome | Razão Social | Concessão | UF de Atuação | Período de atuação | Período incorporada ao Grupo |
|---|---|---|---|---|---|---|
| Serviços | Controlar | Controlar S.A.[29] | Serviço de Avaliação de Emissões Veiculares da Cidade de São Paulo | SP | 1995–2014 | 2009–2014 |
| SAMM | Sociedade de Atividades em Multimidia Ltda.[30] | Não Aplicável | SP, RJ, MG, PR, BA | 2011– | 2011– | |
| Total Airport Services (TAS) | Total Airport Services, Inc.[31] | Não Aplicável | Estados Unidos | 2012– | 2015–2022 | |
| CCR Rodovias | CCR Ponte | Ponte S/A | Ponte Rio-Niterói | RJ | 1995–2015 | 1999–2015 |
| CCR NovaDutra | Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S.A. | BR-116 | RJ, SP | 1996–2022 | 1999–2022 | |
| CCR ViaLagos | Concessionária da Rodovia dos Lagos S.A.[32] | RJ-124 | RJ | 1996– | 1999– | |
| CCR RodoNorte | RodoNorte - Concessionária de Rodovias Integradas S.A.[33] | BR-376,PR-151,BR-277,BR-373 | PR | 1997–2021 | 1999–2021 | |
| CCR PRVias | Concessionária de Rodovias PRVias S.A.[34] | BR-376,BR-369,BR-373,PR-090,PR-170,PR-323,PR-445 | PR | 2025– | 2025– | |
| CCR AutoBAn | Concessionária do Sistema Anahngüera-Bandeirantes S.A. | SP-300,SP-330,SP-348,SPI-102/330 | SP | 1998– | 1999– | |
| CCR ViaOeste | Concessionária de Rodovias do Oeste de São Paulo – ViaOeste S.A. | SP-015,SP-075,SP-280SP-270,SPI-091/270 | SP | 1998–2025 | 2005–2025[35] | |
| Renovias | Renovias Concessionária S.A. | SP-215,SP-340,SP-342,SP-344,SP-350 | SP | 1998– | 2007– | |
| CCR SPVias | Rodovias Integradas do Oeste S.A. | SP-127,SP-255,SP-258,SP-270,SP-280 | SP | 2000– | 2010–[36] | |
| CCR RodoAnel | Concessionária do Rodoanel Oeste S.A. | SP-21 | SP | 2008– | 2008– | |
| CCR MSVia | Concessionária de Rodovia Sul-Matogrossense S.A. | BR-163 | MS | 2014– | 2014– | |
| ViaRio | Concessionária ViaRio S.A.[37] | TransOlímpica | RJ | 2016– | 2016– | |
| CCR ViaSul | Concessionária das Rodovias Integradas do Sul S.A. | BR-101,BR-290,BR-386,BR-448 | RS | 2019– | 2019–[38] | |
| CCR ViaCosteira | Concessionária Catarinense de Rodovias S.A. | BR-101 | SC | 2020– | 2020– | |
| CCR RioSP | Concessionária do Sistema Rodoviário Rio-São Paulo S.A | BR-116,BR-101 | RJ, SP | 2022- | 2022- | |
| CCR Sorocabana | Concessionária Rota Sorocabana S.A.[39][40] | SP-075,SP-079,SP-264,SP-270,SP-280, SPA-103/079, SPA-104/079, SPA-160/250, SPA-053/280, SPI-060/270, SPI-087/270,SPI-091/270[41] | SP | 2025– | 2025– | |
| CCR Mobilidade | CCR Barcas | Barcas S.A. - Transportes Marítimos | Rio de Janeiro ↔ Niterói; Rio de Janeiro ↔ Paquetá; Mangaratiba ↔ Ilha Grande; Angra dos Reis ↔ Ilha Grande; Rio de Janeiro ↔ Cocotá; Rio de Janeiro ↔ Charitas; | RJ | 1998–2025[28] | 2012–2025 |
| ViaQuatro | Concessionária da Linha 4 do Metrô de São Paulo S.A. | Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo | SP | 2006– | 2006– | |
| VLT Carioca | Concessionária do VLT Carioca S.A. | Linha 1,Linha 2,Linha 3 eLinha 4 do VLT Carioca | RJ | 2016– | 2016– | |
| CCR Metrô Bahia | Companhia do Metrô da Bahia S.A. | Linha 1 eLinha 2 do Metrô da Bahia | BA | 2013– | 2013– | |
| ViaMobilidade - Linhas 5 e 17 | Concessionária das Linhas 5 e 17 do Metrô de São Paulo S.A. | Linha 5-Lilás eLinha 17-Ouro do Metrô de São Paulo | SP | 2018– | 2018– | |
| ViaMobilidade - Linhas 8 e 9 | Concessionária das Linhas 8 e 9 do Sistema de Trens Metropolitanos de São Paulo S.A. | Linha 8-Diamante eLinha 9-Esmeralda de Trens Metropolitanos de São Paulo | SP | 2021– | 2021– | |
| CCR Aeroportos | Quiport | Corporación Quiport S.A.[42] | Aeroporto internacional Mariscal Sucre | Ecuador | 2012– | 2012– |
| Aeris | Aeris Holdings Costa Rica | Aeroporto internacional Juan Santamaría | Costa Rica | 2012– | 2012– | |
| Curaçao Airport Partners (CAP) | Curaçao Airport Partners | Aeroporto Internacional Hato | Curaçau | 2012– | 2012– | |
| BH Airport | Concessionaria do Aeroporto Internacional de Confins S.A. | Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins | MG | 2014– | 2014– | |
| CCR Aeroportos - Bloco Sul | Concessionária do Bloco Sul S.A.[43] | Aeroporto Internacional Afonso Pena; Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu/Cataratas; Aeroporto Governador José Richa; Aeroporto de Bacacheri; | PR, SC e RS | 2021– | 2021– | |
| CCR Aeroportos - Bloco Central | Concessionária do Bloco Central S.A.[44] | Aeroporto Santa Genoveva; Aeroporto Marechal Cunha Machado; Aeroporto Senador Petrônio Portella; Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues; Aeroporto Senador Nilo Coelho; Aeroporto Prefeito Renato Moreira; | GO, MA, PI, TO, PE. | 2021– | 2021– | |
| CCR Aeroportos - Aeroporto da Pampulha | Concessionaria do Aeroporto da Pampulha S.A.[45] | Aeroporto Carlos Drummond de Andrade | MG | 2021– | 2021– |
Aneutralidade deste artigo foi questionada. |
A CCR tem sido uma empresa de atuação cada vez mais contestada no Brasil, visto que tem tido um histórico de não-cumprimento dos contratos de concessão, e até mesmo tem sido acusada de envolvimento com propinas a políticos para alteração de seus contratos e aumento indiscriminado dos pedágios. Outra crítica é praticar grande deságio nos preços dos pedágios nos leilões de rodovias, para vencer os leilões, e depois realizar pedidos de reequilíbrio financeiro.
NoParaná, houve um dos casos mais gritantes. Há 3 rodovias federais que formam um triângulo dentro do Estado: as BR-376, BRs 369 e 277. Todas foram concedidas para empresas privadas em 1997, no início da era das concessões de estradas do Brasil. Os contratos valem até 2021. Inicialmente deveriam ser duplicados 995 km de estradas do Paraná, e se prometia à população que o Estado teria rodovias de Primeiro Mundo, impulsionando fortemente o crescimento econômico. Mas logo foram assinados aditivos que retiraram dos contratos duplicações e outras obras. O compromisso de duplicação caiu de 995 para 616 km. Para piorar, em 2019, o que havia sido duplicado não passava de 300 km, mesmo com as tarifas de pedágio subindo todos os anos. O MPF (Ministério Público Federal) então realizou a Operação Integração, que mostrava que as mudanças feitas nos contratos fazem parte de um milionário esquema de propinas. As empresas pagaram ao menos R$ 35 milhões em propinas para conseguir estas mudanças nos contratos. O desvio de dinheiro estimado no esquema dos pedágios chega a R$ 8,4 bilhões. Alguns dos citados pelo MPF de receber estas propinas são:Jaime Lerner,Roberto Requião eBeto Richa, todos ex-governadores do Estado do Paraná, e estariam envolvidas as concessionáriasRodonorte,Econorte,Ecovia, Ecocataratas,Caminhos do Paraná e Viapar.[46] A Rodonorte, responsável pela BR-376, faz parte do grupo CCR.
NoMato Grosso do Sul, a CCR obteve a concessão da BR-163, com obrigação de duplicar 847 km da rodovia. Em 2015, já havia começado as obras.[47] Mas em 2020, a CCR MSVia simplesmente propôs àAgência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não realizar nenhuma duplicação, mas continuar cobrando pedágio normalmente, no mesmo preço.[48]
Já o pedágio daVia Lagos, rodovia no Rio de Janeiro que liga a capital à cidades praianas da Região dos Lagos, é constantemente contestado pelo seu valor astronômico (um dos 3 pedágios mais caros do país, sendo que a rodovia não recebe obras relevantes há muitos anos), e pelo valor ainda sofrer um acréscimo nos finais de semana que não ocorre em outras rodovias do país. Em 2019, o Procon da cidade de Arraial do Cabo cobrou informações da empresa como o esclarecimento da base de cálculo do aumento da tarifa e a origem dela, o motivo pelo qual é cobrado um adicional na tarifa do fim de semana (de R$ 12,40 para R$ 20,60) e porque o período considerado fim de semana é tão extenso, começando na sexta-feira, às 12h indo até às 12h de segunda-feira.[49]
NaRodovia Presidente Dutra, entreRio de Janeiro eSão Paulo (a principal rodovia do país), a empresa queria em 2016 um aumento do tempo da concessão de sete anos e nove meses e um adicional de R$ 7 na tarifa das seis principais praças de pedágio (sendo que cada pedágio já custava R$ 13,80, um dos valores mais altos do país), para poder realizar obras altamente necessárias na estrada, como a nova pista na Serra das Araras (RJ) e a complementação de vias marginais em Guarulhos, em São José dos Campos (SP) e em Nova Iguaçu (RJ), locais onde a pista dupla não suporta mais o tráfego excessivo. A ANTT, responsável pela concessão, arquivou em 2017 o processo que analisava fornecer um aditivo ao contrato da CCR Nova Dutra.[50]
| Este artigo sobre umaempresa é umesboço. Você pode ajudar a Wikipédiaexpandindo-o. |