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| Menotti Del Picchia | |
|---|---|
Menotti Del Picchia,c. 1920 | |
| Nome completo | Paulo Menotti Del Picchia |
| Nascimento | |
| Morte | 23 de agosto de1988 (96 anos) |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Progenitores | Mãe: Corinna Del Corso Pai: Luigi Del Picchia |
| Ocupação | Poeta,jornalista,tabelião,advogado,político,romancista,cronista,pintor eensaísta |
| Prêmios | Prémio Jabuti 1960 Prêmio Juca Pato (1968) |
| Magnum opus | Assis Chateaubriand e a sua obra |
Paulo Menotti Del Picchia (São Paulo,20 de março de1892 – São Paulo,23 de agosto de1988) foi umpoeta,jornalista,tabelião,advogado,político,romancista,cronista,pintor eensaístabrasileiro.[1]
Filho dosimigrantes italianos Luigi Del Picchia e Corinna Del Corso, com cinco anos de idade mudou-se para a cidade deItapira,interior de São Paulo, onde foi aluno deJacomo Stávale. Fez seus estudos ginasiais no Colégio São José, emPouso Alegre, Minas Gerais. Bacharelado em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, formado em 1913. Nesse ano publicouPoemas do Vício e da Virtude, seu primeiro livro de poesias. Na cidade deItapira foi agricultor e advogado militar; lá criou o jornal políticoO Grito e escreveu os poemasMoisés eJuca Mulato. Colaborou em vários jornais, entre os quaisCorreio Paulistano,Jornal do Comércio eDiário da Noite. Em 1924 criou, comCassiano Ricardo ePlínio Salgado, oMovimento Verdamarelo, de tendêncianacionalista. Publicou vários romances, entre eles Lama e Argila,O Homem e a Morte,Republica 3 000 eSalomé, além de livros de ensaios e de crônicas.[1]
Foi membro doPartido Republicano Paulista (PRP) durante aRepública Velha, participou daRevolução de 1932 como ajudante de ordens do governadorPedro de Toledo. Escreveu um livro sobre a revolução de 1932, chamadoA Revolução paulista.
Exerceu vários cargos públicos. Foi o primeiro diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado de São Paulo;deputado estadual em duas legislaturas, membro da constituinte do Estado de São Paulo edeputado federal pelo Estado de São Paulo em três legislaturas.
Menotti Del Picchia foi um dos principais articuladores, ativistas e colaboradores da Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro de 1922 noTheatro Municipal de São Paulo. Junto deOswald de Andrade,Mário de Andrade e outros jovens artistas e escritores brasileiros.[2]
O autor abriu a segunda noite, a mais importante e a mais tumultuada da Semana, com uma conferência em que era negada a filiação do grupo modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia a integração da poesia com os tempos modernos, a liberdade de criação e, ao mesmo tempo, a criação de uma arte genuinamente brasileira.
"A nossa estética é de reação. Como tal, é guerreira. O termo futurista, como que erradamente a etiquetaram, aceitamo-lo porque era um cartel de desafio. Na geleira de mármore de Carrara do parnasianismo dominante, a ponta agressiva dessa proa verbal estilhaçava como um aríete. Não somos, nem nunca fomos “futuristas”. Eu, pessoalmente, abomino o dogmatismo e a liturgia da escola de Marinetti. Seu chefe é para nós um precursor iluminado, que veneramos como um general da grande batalha da Reforma, que alarga seu “front” em todo o mundo. No Brasil não há, porém, razão lógica e social para o futurismo ortodoxo, porque o prestígio do seu passado não é de molde a tolher a liberdade da sua maneira de ser futura".[3]
Fez parte doGrupo dos Cinco, junto deTarsila do Amaral,Anita Malfatti,Mário de Andrade eOswald de Andrade. Foi diretor deA Noite eA Cigarra, entre 1920 e 1940, além de diversos outros jornais e revistas. ComOswald de Andrade,Mário de Andrade e outros jovens artistas e escritores paulistas, participou daSemana de Arte Moderna de fevereiro de 1922 noTheatro Municipal de São Paulo.

Em 1937, foi diretor doGrupo Anta, comCassiano Ricardo, e diretor doMovimento Cultural Nacionalista Bandeira, com Cassiano Ricardo eCândido Mota Filho.
Em 1943, foi eleito para a cadeira nº 28 daAcademia Brasileira de Letras, tendo sido suas principais obrasJuca Mulato (1917) eSalomé (1940). Um livro seu de elevada popularidade éMáscaras (1920), pela sua nota lírica.
Presidiu a Associação dos Escritores Brasileiros, seção de São Paulo. Foi agraciado com o título de "Intelectual do Ano", em 1968, e aclamado "Príncipe dos Poetas Brasileiros", em 1982.[1]
Em 1960, recebeu oPrêmio Jabuti comoPersonalidade literária do ano, concedido pela Câmara Brasileira do Livro.[4] Destacam-se em sua obra poética os livrosJuca Mulato (1917),Máscaras (1920),A Angústia de D. João (1922) eO Amor de Dulcinéia (1931). A poesia de Menotti Del Picchia vincula-se à primeira geração doModernismo. Em 1984, recebeu o Prêmio Moinho Santista - Categoria Poesia.
Morreu emSão Paulo, no dia 23 de agosto de 1988. O seu corpo foi velado naAcademia Paulista de Letras, da qual também era membro, e sepultado noCemitério São Paulo. Em sua homenagem, foram fundados na cidade deItapira o Parque Juca Mulato e a Casa Menotti Del Picchia (24 de março de 1983) onde podem ser vistos objetos e livros que pertenciam ao autor.
Poesia:
Romance:
Conto, Crônica e Novela:
Literatura Infanto-juvenil:
Ensaio e Monografia:
Teatro:
Obras Completas:

Menotti Del Picchia já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado porCarlos Gregório no filme "O Homem do Pau-Brasil" (1982) eRanieri Gonzalez na minissérie "Um Só Coração" daRede Globo de Televisão (2004).
Menotti Del Picchia é apresentado como personagem (em uma citação), no livroTieta do Agreste (1977), do escritor baianoJorge Amado. Na obra, Menotti é descrito por Tieta como sendo um assíduo frequentador de sua "casa de diversões".
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