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Matías González

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Matías González
Matías González
OUruguai antes doMaracanaço. Matías González é
o jogador em pé que segura a bola.
Informações pessoais
Nome completoMatías González
Data de nascimento6 de agosto de1925
Local de nascimentoArtigas,Uruguai
Data da morte12 de maio de1984 (58 anos)
Local da morteMontevidéu,Uruguai
Informações profissionais
PosiçãoDefensor
Clubes profissionais
AnosClubesJogos e gol(o)s
?-1956Cerro
Seleção nacional
1949-1956Uruguai30 (0)

Matías González (Artigas,6 de agosto de1925Montevidéu,12 de maio de1984) foi umfutebolistauruguaio que jogava comozagueiro. Foi campeão daCopa do Mundo de 1950. Mesmo passando toda a carreira no modestoCerro e considerado inexperiente, foi titular daSeleção Uruguaia noMaracanaço, onde teve atuação defensiva descrita como "impecável",[1] grudando no artilheiroAdemir de Menezes e anulando tambémFriaça no primeiro tempo.[2]

Carreira clubística

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Matías González defendeu somente oCerro, pequeno clube deMontevidéu que jamais venceu ocampeonato uruguaio. A equipe subiu em 1946 de volta à primeira divisão do torneio, da qual estava ausente desde o rebaixamento em 1929.[carece de fontes?] Dali até González deixar de jogar oficialmente pelo clube, aos trinta anos,[1] a colocação mais comum foi o quinto lugar, como em 1949, 1950 e 1951, conseguindo como melhor posição o terceiro lugar justamente em 1955 e 1956.[carece de fontes?]

Seleção

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Matías González estreou pelaseleção uruguaia em13 de abril de1949. A data correspondeu à estreia daCeleste naCopa América de 1949. Foi o único jogador doCerro convocado à competição;[carece de fontes?] o clube era o último colocado no campeonato uruguaio do ano anterior no momento em que este foi finalizado, após a primeira rodada do segundo turno.[3]

O campeonato uruguaio de 1948 foi interrompido por uma greve que só acabaria já no próprio mês de abril de 1949,[4] quando desenrolou-se aquela Copa América. Assim, decidiu-se que o título caseiro ficaria com o então líderNacional,[5] e que não haveria o rebaixamento.[carece de fontes?]

A greve fez com que jogadores secundários fossem chamados à Copa América, com juvenis, atletas do interior ou quem não houvesse aderido ao protesto - foi este o caso de González.[6] Na campanha que rendeu apenas um sexto lugar entre oito participantes, González foi titular, assim como o único convocado que terminou chamado também para àCopa do Mundo FIFA de 1950.[carece de fontes?]

Copa de 1950

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Ele,Rubén Morán eHéctor Vilches tornaram-se os primeiros jogadores do Cerro chamados a umaCopa do Mundo FIFA.[carece de fontes?] Deles, González foi o primeiro a estrear, participando de todos os jogos da seleção no torneio. Morán esteve apenas noMaracanaço, o suficiente para fazer do Cerro a terceira equipe mais representada na decisão contra oBrasil, abaixo apenas da dupla Nacional (com três) ePeñarol (seis).[1]

O Uruguai veio à Copa do Mundo com um ambiente turbulento;Obdulio Varela chegou a relatar que os jogadores estiveram próximos de não embarcarem aoBrasil, em protesto contra represálias de dirigentes contra a recente greve.[6] Além disso, o técnicoJuan López fora escolhido apenas um mês antes do torneio, após aCeleste Olímpica obter resultados ruins contra os próprios brasileiros, o que, além das derrotas pela Copa Rio Branco, incluíam ainda uma derrota para oBrasil de Pelotas e, emMontevidéu, dois empates contra oFluminense; os jogadores uruguaios viam-se fora de forma após dois meses de inatividade.[7] Antes da escolha daAssociação Uruguaia de Futebol por López, o Peñarol chegara a vetar a convocação de seus jogadores: a AUF desprezava o técnico da equipe aurinegra, o húngaroEmérico Hirschl, desejado pela torcida e mídia. Com pouco tempo para entrosar o time, López chamou exatamente os jogadores que disputaram aCopa Rio Branco semanas antes do mundial.[7]

A Copa Rio Branco desenrolara-se em três partidas, com Matías González jogando todas, repetindo nas duas primeiras a dupla de zaga com Vilches, depois substituído porEusebio Tejera,[carece de fontes?] que seria o parceiro de González no mundial.[1] A presença de González no time foi favorecida por intervenção de Obdulio Varela, pois González vinha sofrendo boicote de colegas por não ter aderido à greve de 1948. Assim o capitão relatou:[6]

Passou que esse rapaz não havia nos acompanhado na greve de 1948. Pelo contrário, furou. São coisas dos homens, cada um sabe sobre si, não gosto de julgar ninguém como se fosse Deus. Além do mais, eu entendia que toda essa história da greve havia passado. Matías era um bom jogador, um jogador necessário. E não era mau companheiro. Eu tinha que trabalhar pela unidade do grupo, porque enfrentaríamos os melhores. Os outros tinham colocado Matías de lado, não conversavam com ele, deixavam no vácuo. Isso não poderia seguir assim, estávamos prejudicando todos. E um dia no qual encontrei Matías bebendo cerveja sozinho, de lado, eu resolvi chamar a todos e disse algo muito simples: não estávamos para discutir o passado, mas para sairmos como campeões do mundo. Olhei a Matías, olhei aos demais, e me saiu aquilo de que ‘osorientales nunca bebem sozinhos’. Coisa de quem já andou muito pelas ruas. E o assunto se resolveu, de início mais ou menos, depois com todos.[6]

González foi herói em um complicado jogo contra aEspanha, já no quadrangular final. Os sul-americanos começaram ganhando, mas sofreram a virada e precisarem de um chute arriscado de longa distância deObdulio Varela para empatar nos últimos vinte minutos.[8] O zagueiro salvou em cima da linha o que poderia ter sido a vitória espanhola no último lance.[9]

NoMaracanaço, González era o jogador uruguaio de linha mais recuado,[10] não saindo muito além da meia-lua.[9] Foi o encarregado de marcar pessoalmente o artilheiroAdemir de Menezes, grudando nele com o apoio deVíctor Rodríguez Andrade pela esquerda,Schubert Gambetta pela direita e Tejera pelo centro. González também anulouFriaça no primeiro tempo, em que a tática uruguaia funcionou para impedir as tabelas entre Ademir,Zizinho eJair da Rosa Pinto, jogadas-chave para as goleadas impostas pelos brasileiros nas partidas prévias à decisão.[2]

Após a Copa

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OUruguai só voltou a fazer partidas no ano de1952, pelo Campeonato Pan-Americano daquele ano, de março a abril.[carece de fontes?] Matías González, novamente, foi convocado e foi o único zagueiro uruguaio titular absoluto, com sua dupla sendo revezada entre Vilches,Juan Carlos González eJosé Santamaría. ACeleste ficou em terceira,[carece de fontes?] sendo derrotada por 4-2 pelo campeão Brasil, que na época encarou o resultado como uma vingança peloMaracanaço, a primeira de diversas partidas vistas como algo do tipo.[7]

González foi o zagueiro uruguaio titular absoluto também naCopa América de 1953, comWilliam Martínez sendo seu parceiro mais frequente. O Uruguai terminou em terceiro; González terminou não convocado àCopa do Mundo FIFA de 1954, perdendo a titularidade naCeleste: foi convocado àCopa América de 1955, mas atuou em somente uma partida, justamente na goleada de 6-1 sofrida para a campeãArgentina. Os uruguaios ficaram em quarto.[carece de fontes?]

González jogou pela última pela seleção em10 de outubro de1956,[carece de fontes?] data de derrota de 2-1 para a Argentina emPaysandú. Havia ficado de fora daCopa América daquele ano, realizada em janeiro noUruguai e ganha pelo país.[carece de fontes?]

Após parar

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Matías González passou a trabalhar como funcionário público do Congresso Nacional, ganhando um bom salário sem muito trabalho.[11] Desenvolveu problemas com oalcoolismo e faleceu em12 de maio de1984.[1]

Títulos

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Referências

  1. abcdeGEHRINGER, Max (dez. 2005).Os campeões. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 4 - 1950 Brasil". São Paulo: Editora Abril, pp. 40-41
  2. abGEHRINGER, Max (dez. 2005)."Silêncio de morte". Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 4 - 1950 Brasil". São Paulo: Editora Abril, p. 38
  3. ANTÚÑEZ, Marcos Silveira (2011).1948.Club Atlético Peñarol 120. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 88-89
  4. ANTÚÑEZ, Marcos Silveira (2011).1949.Club Atlético Peñarol 120. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 90-91
  5. MELOS PRIETO, Juan José (2012).1948.El Padre de la Gloria. Montevidéu: Ediciones El Galeón, pp. 102-103
  6. abcdSTEIN, Leandro (14 de novembro de 2018).«Há 70 anos, jogadores na Argentina e no Uruguai organizavam grandes greves na luta por seus direitos». Trivela. Consultado em 17 de dezembro de 2018 
  7. abcGEHRINGER, Max (dez. 2005).Histórias épicas de heroísmo.Placar - A Saga da Jules Rimet, fascículo 4 - 1950 Brasil. São Paulo: Editora Abril, pp. 44-45
  8. GEHRINGER, Max (dez. 2005).Jogadas ensaiadas. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 4 - 1950 Brasil". São Paulo: Editora Abril, p. 35
  9. abCASTRO, Robert (2014).Capítulo V - Brasil 1950.Historia de los Mundiales. Montevidéu: Editorial Fín de Siglo, pp. 79-105
  10. As batalhas do Maracanã (7 abr. 1986).Placar n. 828. São Paulo: Editora Abril, pp. 39-47
  11. A derrota (19 jun. 1970).Placar n. 14-A. São Paulo: Editora Abril, pp. 8-15

Ligações externas

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Equipes do Uruguai
 Arizábalo • Avilés • Ayala • Betancour • Castro • Gadea • J. García • R. García • S. García • González • La Paz • Martínez • Moll • Moreno • Sosa • Suárez • Villarreal •Treinador: Marcenaro
G Máspoli •G Paz •DF J.C. González •DF M. González •DF Martínez •DF Tejera •DF Vilches •MC Gambetta •MC Ortuño •MC Pini •MC Rodríguez Andrade •AT Britos •MC Varela •AT Burgueño •AT Ghiggia •AT Míguez •AT Morán •AT Pérez •AT Rijo •AT Romero •AT Schiaffino •AT Vidal •Treinador: López
 Balseiro • Betancor • Carballo • Cardozo • Carranza • Cruz • González • Martínez • Méndez • Morán • Morel • Peláez • Puente • Quiroga • Radiche • Rivera • D. Rodríguez • P. Rodríguez • C. Romero • H. Romero • Souto • Vanoli •Treinador: Vázquez
 Abbadie • Abreo • Borges • Carballo • Carranza • Chagas • Cruz • Demarco • Escalada • Galván • M. González • W. González • Leopardi • Martínez • Máspoli • Míguez • Morel • Pérez • Rey • Rodríguez Andrade • Taibo • Tejera •Treinador: Corazzo
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