OsMarsos (emlatim:Marsi) formavam uma pequena tribo na Germânia Ocidental, pelos séculosII a.C.eI d.C., entre os riosReno,Roer eLippe, na atualAlemanha norte-ocidental (na fronteira com a Gália),[1] ao norte daBoêmia, no AltoElba, naFloresta de Teutoburgo. Sua língua e costumes eram assemelhados aos dosSuevos. Eles penetraram na Gália em70 a.C. sob a direção deAriovisto, chefe dosSuevos.
Os Marsos foram primeiramente descritos porEstrabão, eTácito os menciona várias vezes, especialmente no contexto das campanhas de Germânico, quando da invasão romana de14 d.C. Eles faziam parte da coalizão de tribos sob a direção deArmínio e que contava com osQueruscos, osBrúcteros, osCatos, osCaúcos e osSicambros) que, liderado por Armínio em9 d.C., destruiu três legiões (as legiões romanasXVII,XVIII eXIX) romanas lideradas pelogeneralVaro naBatalha da Floresta de Teutoburgo.Germânico, em uma expedição punitiva, que visava vingar essa derrota, invadiu a Mársica (terra onde viviam os Marsos), no ano 14 com 12 mil legionários, 26 coortes de tropas auxiliares, e 8 esquadrões de cavalaria auxiliar.[2][3]
Em outro grande ataque, que se deu enquanto estavam em suas celebrações de solenidade à deusaTamfana,[4][5][6][7] embriagados e incapazes de reagir de um modo organizado ao ataque surpresa dos romanos, o que resultou num massacre. De acordo com Tácito (Anais 1,51), uma área de 50milhas romanas foi devastada pelo fogo e pela espada e "o sexo ou a idade não despertaram a piedade".[8] A águia (símbolo de uma legião romana) das legiões de Varo foi recuperada.
Exasperados com este e outros massacres, seguidos de derramamentos de sangue, a exemplo do que ocorreu contra osCatos na primavera do ano15 d.C., fizeram com que as tribos germânicas deixassem suas hostilidades mútuas de lado e, novamente, se unissem contra os invasores romanos, os atacassem e os repelissem. Após dois anos de campanha,Roma resolveu abandonar a região e estender suas fronteiras para o leste doWeser, e as tropas se retiraram para além do Reno.[9]
Após a paz romana, as tribos germânicas se organizaram em uma Liga principal, e pelos idos do de240, eles se integraram aos Francos ripuários. Parte deste povo teve assentamento naRenânia central e consistia de uma mistura deCatos, MarsosBrúcteros e outras tribos germânicas.
O Marsos da Germânia não devem ser confundidos com os da tribo de mesmo nome e que viviam naItália verMarsos.
A linguagem estabelecida entre os Marsos, pertencia ao grupo linguístico comum às línguas germânicas do Weser-Reno. Estas línguas foram desaparecendo gradualmente e assimiladas ou convertidas que que ficou conhecido como a língua franca, paralelamente à mistura de hábitos, habitat e costumes das pequenas tribos daquela mesma região de torno de uma só tribo a dos Francos ripuários.
Algumas cidades têm hoje um nome que lembra aos Marsos. Exemplos deMarsberg eObermarsberg emRenânia do Norte-Vestfália Oriental eVolkmarsen emHesse no norte.
Quando os romanos chegaram, várias tribos foram localizados na região dosPaíses Baixos, que residiam nas partes habitáveis mais altas, especialmente no leste e sul. Essas tribos não deixaram registros escritos. Todas as informações conhecidas sobre elas durante este período pré-romano é baseada no que os romanos, mais tarde, escreveram sobre as mesmas.
As tribos mostrado no mapa à esquerda são:
Outros grupos tribais não mostrados neste mapa, mas associado com a Holanda são: