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Marshall Berman

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Marshall Berman

Nascimento24 de novembro de1940
Nova York,Estados Unidos
Morte11 de setembro de2013 (72 anos)
Nova York
Nacionalidadenorte-americano
Ocupaçãoescritor e filósofo

Marshall Berman (South Bronx,Nova York,24 de novembro de1940 — Nova York,11 de setembro de2013)[1] foi umescritor efilósofoestadunidensemarxista. Era também professor deCiência Política do City College of New York e do Graduate Center daCity University of New York, onde ensinavaFilosofia Política eUrbanismo.

Sua obra mais conhecida éTudo que é solido desmancha no ar (1982), cujo título alude a uma frase doManifesto Comunista, deKarl Marx eFriedrich Engels. O livro é uma história crítica damodernidade,[2] constituindo-se de análises críticas de vários autores e suas épocas - desde oFausto deGoethe, passando pelo 'Manifesto' de Marx e Engels, pelos poemas em prosa deBaudelaire e pela ficção deDostoiévski, até asvanguardas artísticas doséculo XX.

Outros livros de Berman -Aventuras no Marxismo eUm Século em Nova York - foram publicados em português. Escreveu também inúmeros artigos sobre cultura e política. Era membro do conselho editorial da revistaDissent e contribuiu regularmente para a revista semanalThe Nation e para o jornalThe New York Times. Em 11 de setembro de 2013, Berman sofreu umataque cardíaco fatal, quando tomava café da manhã, em um restaurante.

Modernidade e modernismo

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A partir das últimas décadas do século XX, o discurso filosófico concentrou-se nas questões da modernidade e da condição moderna. EmTudo o que é sólido..., Berman apresentou sua definição demodernismo contrapondo-a às filosofiaspós-modernas.

"Outros acreditam que as formas realmente distintas da arte e pensamento contemporâneos deram um salto quantitativo além de todas as sensibilidades diversas de modernismo, conquistando o direito de se autodenominarem "pós-modernas". Proponho-me a responder a esses argumentos anti-téticos mas complementares reexaminando a visão de modernidade que marca o início deste livro. Ser moderno, eu dizia, é experimentar a existência pessoal e social como um torvelinho,ver o mundo e a si próprio em perpétua desintegração e renovação, agitação e angústia,ambiguidade econtradição: é ser parte de um universo em que tudo o que é sólido se desmancha no ar. Ser um modernista é sentir-se de alguma forma em casa em meio ao redemoinho, fazer seu oritmodele, movimentar-se entre suas correntesem busca de novas formas de realidade, beleza, liberdade, justiça,permitidas pelo seu fluxo ardoroso e arriscado."[3])

Sob a influência do movimentoNew Left,Nova Esquerda, Berman refletiu sobre uma série de questões que ampliam o horizonte das esquerdas em relação aos elementos constitutivos da modernidade. Apresentou o modo como o indivíduo pode experimentar, criticamente, de modo rico, em verdadeira profusão, tudo o que a cultura moderna nos oferece, na literatura, nas artes em geral, no cotidiano da vida urbana, sem cair nos vícios empobrecedores ou reificantes da existência, ensejados pelo capitalismo, ou na crítica mais convencional marxista que não atenta para essas possibilidades. Segundo Marshall Berman, o marxismo, em larga medida, perdeu esse sentido libertário original presente na obra de Marx, autor que ele classifica como um dos fundadores do mundo moderno.[4]

A visão de Berman sobre o modernismo está em total desacordo com a definição de pós-modernismo. Parafraseando Charles Baudelaire, Michel Foucault definira a atitude da modernidade como "“a heroificação irônica do presente" (in FOUCAULT, A hermenêutica do sujeito, p. 345). Berman, ao contrário, via a definição de pós-modernismo como uma câmara de eco sem alma e sem esperança. Ele abordou isso especificamente em seu Prefácio à reimpressão de 1988 deTudo que é solido desmancha no ar, posterior a edição brasileira de 1982

"Pode-se dizer que os pós-modernistas desenvolveram um paradigma que se choca fortemente com o deste livro. Argumentei que a vida moderna, a arte e o pensamento têm capacidade para autocrítica perpétua e auto-renovação. Os pós-modernistas sustentam que o horizonte da modernidade está fechado, suas energias esgotadas - com efeito, que a modernidade épassé. O pensamento social pós-modernista despreza todas as esperanças coletivas de progresso moral e social, de liberdade pessoal e felicidade pública, que nos foram legadas pelos modernistas do Iluminismo do século XVIII. Essas esperanças, dizem os pós-modernos, mostraram-se falidas, na melhor das hipóteses fantasias vãs e fúteis."[5]

Ver também

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Bibliografia

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  • The Politics of Authenticity: Radical Individualism and the Emergence of Modern Society (1970). Reeditado em 2009 (Verso Press)
  • All That Is Solid Melts Into Air: The Experience of Modernity (1982). Em português,Tudo que é solido desmancha no ar.Companhia das Letras, 1986.
  • Adventures in Marxism (1999). Em português,Aventuras no Marxismo. Companhia das Letras, 2001
  • On the Town: One Hundred Years of Spectacle in Times Square (2006). Em português,Um Século em Nova York - espetáculos em Times Square. Companhia das Letras, 2013
  • New York Calling: From Blackout to Bloomberg (2007), organizado por Marshall Berman e Brian Berger.
  • "Introduction" to "The Communist Manifesto" (Karl Marx). Penguin Books, 2010.
  • Modernism in the Streets: A Life and Times in Essays, edited by David Marcus and Shellie Sclan, Verso Press 2017

Referências

  1. «Marshall Berman, Author and Educator, Dead at 72» (em inglês).ABCNews.com. 12 de setembro de 2013. Consultado em 12 de setembro de 2013 
  2. Morre, aos 72 anos, o filósofo marxista Marshall Berman.Correio da Bahia, 13 de setembro de 2013.
  3. Tudo o que é sólido desmancha no ar. Trad. Carlos Felipe Moisés e Ana Maria L. Ioriatti e Marcelo Macca. São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p.328.
  4. Esquerda. net.Marshall Berman, 1940 2013, O marxismo contra a tristeza por Adriano Campos
  5. All That Is Solid Melts Into Air: The Experience of Modernity (1988)
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