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Marrocos

30° 56′ N, 8° 24′ O
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Reino de Marrocos
المملكة المغربية (árabe)
Al-Mamlaka al-Maḡribiyya
ⵜⴰⴳⵍⴷⵉⵜ ⵏ ⵓⵎⵔⵔⵓⴽ (berbere)
Tageldit n Lmeɣrib
Lema:Allāh, al Waţan, al Malik
(Deus, a Pátria, o Rei)
Hino: Hymne Chérifien
Localização de Marrocos (verde escuro) e da região do Saara Ocidental (verde claro), região em disputa com a República Saarauí.
Localização de Marrocos (verde escuro) e da região doSaara Ocidental (verde claro), região emdisputa com aRepública Saarauí.
CapitalRabate
Maior cidadeCasablanca
Língua oficialÁrabe[1] eamazigue[2][♦]
Outras línguasÁrabe marroquino,árabe hassani,línguas berberes,espanhol efrancês[♦]
Religião oficialislã
Gentílicomarroquino, -na
GovernoMonarquia semiconstitucionalparlamentaristaunitária
• Rei
Maomé VI
Aziz Akhannouch
Formação 789[3][4]
• Unificação daDinastia sádida
1554
• Dinastia Alauita (presente)
1666
• Independência daFrança
2 de março de1956
• Independência daEspanha
7 de abril de 1956
Área
 • Total446 550km² (57.º)
 • Água (%)0,056
FronteiraArgélia,Saara Ocidental eEspanha
População
 • Estimativa para 202338 271 637[5][6] hab. (38.º)
 • Densidade73.1/km2 hab./km²
PIB (PPC)Estimativa para 2014
 • TotalUS$ 241,677bilhões *[7]
 • Per capitaUS$ 7 356[7]
PIB (nominal)Estimativa para 2014
 • TotalUS$ 103,824bilhões *[7]
 • Per capitaUS$ 3 160[7]
IDH (2023)0,710 (120.º) – alto[8]
Moedadirrã marroquino (MAD)
Fuso horárioWAT (UTC+1)
UTC+0durante oRamadão[9][10]
Cód. ISOMAR
Cód. Internet.ma
Cód. telef.+212
Website governamentalwww.maroc.ma
[♦] ^O árabe e o amazigue (berbere) são as duas únicas línguas mencionadas na constituição como "oficiais do Estado", mas ofrancês é amplamente utilizado em textos oficiais do Governo e pela comunidade empresarial.[11]

Marrocos (emárabe:المغرب;romaniz.:al-Maġrib; emberbere:Amerruk /Murakuc; emfrancês:Maroc[ma.ʁɔk]), oficialmenteReino de Marrocos[12] (em árabe:المملكة المغربية;romaniz.:al-Mamlakah al-Maġribiyya; emtifinague:ⵜⴰⴳⵍⴷⵉⵜ ⵏ ⵓⵎⵔⵔⵓⴽ;romaniz.:Tageldit n Umerruk; emfrancês:Royaume du Maroc), é umpaís soberano localizado na região doMagrebe, nonorte da África. Geograficamente, Marrocos é caracterizado por um interior montanhoso acidentado, grandes extensões dedeserto e um longo litoral ao longo dooceano Atlântico e domar Mediterrâneo.

Marrocos tem uma população de mais de 33,8 milhões de pessoas e uma área de 446 550 km2. Sua capital éRabate e a maior cidade éCasablanca. Um poder regional historicamente proeminente, Marrocos tem uma história da independência não compartilhada por seus vizinhos. Desde a fundação do primeiro Estado marroquino porIdris I em 788, o país foi governado por uma série de dinastias independentes, atingindo o seu zênite sob as dinastiasalmorávida ealmóada, abrangendo partes daPenínsula Ibérica e noroeste daÁfrica. As dinastiasMerínida eSádida continuaram a luta contra a dominação estrangeira e Marrocos continuou a ser o único país do Norte da África a evitar a ocupação peloImpério Otomano. Adinastia Alauita, reinante atualmente, tomou o poder em 1666. Em 1912, Marrocos foi dividido emprotetoradosfranceses eespanhóis, com umazona internacional em Tânger, tendo recuperado a sua independência em 1956.

Marrocos é umamonarquia constitucional com umparlamento eleito. ORei de Marrocos tem vastos poderes executivos e legislativos, especialmente sobre os militares, a política externa e os assuntos religiosos. Opoder executivo é exercido pelo governo, enquanto o poder legislativo é investido tanto no governo como nas duas câmaras do parlamento, a Assembleia de Representantes e a Assembleia de Conselheiros. O rei pode emitir decretos chamados dahirs que têm força de lei. Ele também pode dissolver o parlamento depois de consultar o primeiro-ministro e o presidente doTribunal Constitucional.

A cultura marroquina é uma mistura deárabes,berberes nativos, africano subsaariano e influênciaseuropeias. A religião predominante é oislã e as línguas oficiais são oárabe etamazigue. Odialeto árabe marroquino, referido comoDarija, e ofrancês também são falados extensamente. Marrocos é membro daLiga Árabe, daUnião para o Mediterrâneo e daUnião Africana. Tem aquinta maior economia do continente africano. O país reivindica o território doSaara Ocidental como suas províncias do sul. Em 1975, o país anexou o território, levando a umaguerra de guerrilha com as forças nativas até umcessar-fogo em 1991. Processos de paz até agora não conseguiram quebrar este impasse político.

Etimologia

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A palavra Marrocos deriva do nome da cidade deMarraquexe, que foi sua capital durante adinastia almorávida e oCalifado Almóada.[13] A origem do nome Marraquexe é contestada,[14] mas provavelmente vem das palavras berbereamur (n)akush ( ⴰⵎⵓⵔ ⵏ ⴰⴽⵓⵛ ), que significa "Terra de Deus".[15] O nome berbere moderno para Marraquexe é"Mṛṛakc" (na escrita berbere latina). Em turco, o Marrocos é conhecido comoFas, um nome derivado de sua antiga capital,Fez. No entanto, em outras partes do mundo islâmico, por exemplo na literatura árabe egípcia e do Oriente Médio, antes de meados do século XX, o nome comumente usado para se referir ao Marrocos era Marraquexe (مراكش).[16]

História

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Ver artigo principal:História de Marrocos

Pré-história e Antiguidade

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Ver também:Pré-história do Norte da África eMauritânia romana
Ruínas da antiga cidaderomana deVolubilis

O mais antigofóssil humano foi encontrado em 1960 noJebel Irhoud, no interior do país e em 2017 foi datado em 300 mil anos.[17] Durante oPaleolítico Superior, oMagrebe era mais fértil do que é hoje, assemelhando-se a umasavana mais do que à paisagem árida atual.[18] Cerca de 22 mil anos atrás, acultura ateriana foi sucedida pelaibero-maurisiana, que compartilhava semelhanças com culturasibéricas. Foram sugeridas semelhanças esqueléticas entre os aterros ibero-maurisianos dos "Mechta-Afalou" e os restos europeus deCro-Magnon. A cultura ibero-maurisiana foi sucedida pelacultura do Vaso Campaniforme. Estudos deDNA mitocondrial descobriram uma estreita ligação entre osberberes e oslapões daEscandinávia. Isto sustenta as teorias de que a área de refúgio franco-cántabra do sudoeste da Europa era a fonte de expansões glaciais decaçadores-coletores que repovoaram onorte da Europa após a últimaera glacial.[19]

O Norte da África e Marrocos foram lentamente atraídos para o mundo mediterrânico emergente pelosfenícios, que estabeleceram colônias comerciais e assentamentos no início do período clássico. Houve assentamentos fenícios consideráveis emChelá,Lixo eEssaouira,[20] que era uma colônia fenícia já no início doséculo VI a.C.[21]

Marrocos tornou-se mais tarde um reino dacivilização cartaginesa como parte de seu império. O primeiro Estado marroquino independente conhecido foi o reino berbere daMauritânia sob o rei Baga. Este reino antigo (a não ser confundido com o país atual deMauritânia) data de pelo menos225 a.C. A Mauritânia transformou-se umreino cliente doImpério Romano em33 a.C. OimperadorCláudio anexou a Mauritânia diretamente como umaprovíncia romana em44 d.C., sob um governador imperial, o procurador imperial (aprocurator Augusti) ou um legado augusto propretor (legatus Augusti pro praetore). Durante aCrise do Terceiro Século, partes da Mauritânia foram reconquistadas por tribos berberes. O regime romano direto ficou confinado a algumas cidades costeiras (como Septum (Ceuta) naMauritânia Tingitana eCherchell naMauritânia Cesariense) no final doséculo III.[carece de fontes?]

Conquista islâmica e dinastias berberes

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Ver artigo principal:Conquista muçulmana do Magrebe
Califado Almóada em sua extensão máxima

Aconquista muçulmana do Magrebe, que começou em meados doséculo VII, foi concluída no início do século seguinte. Ela trouxe alíngua árabe e oIslã para a área. Embora parte do maiorImpério Islâmico, Marrocos foi inicialmente organizado como uma província subsidiária deIfríquia, com os governadores locais nomeados pelo governador muçulmano emCairuão.[22] As tribos indígenas berberes adotaram o Islã, mas mantiveram suas leis tradicionais. Elas também pagavamimpostos e tributos à nova administração muçulmana.[23]

A partir doséculo XI surgiu uma série de poderosas dinastias berberes.[24][25][26] Sob adinastia almorávida[27] e adinastia almóada, Marrocos dominou o Magrebe, grande parte da atualEspanha ePortugal, além da região do Mediterrâneo Ocidental. A partir doséculo XIII o país viu uma migração maciça de tribos árabesBanu Hilal. Nos séculos XIII e XVI osmerínidas tomaram o poder em Marrocos e esforçaram-se para replicar os sucessos dos almóadas através de campanhas militares naArgélia e Espanha. Eles foram seguidos pelosoatácidas. Noséculo XV, aReconquista acabou com o regime muçulmano no centro e sul da Espanha e muitosmuçulmanos ejudeus fugiram para Marrocos.[28]

Conquista portuguesa

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Cidadela Portuguesa de Mazagão, emEl Jadida

Em 1415, Portugal virou os olhos para a África e empreendeu aconquista de Ceuta e, no século seguinte, a maior parte do litoral marroquino estava nas mãos de portugueses e espanhóis. Ceuta continua sob soberania espanhola até hoje. Em 1472, os sultões de Fez perderam todos os seus territórios estratégicos e já não tinham o controle do Estreito de Gibraltar. Os portugueses apoderaram-se deTânger em 1471, que quase dois séculos mais tarde (1661) cederam à Inglaterra como dote da rainhaCatarina de Bragança a seu maridoCarlos II de Inglaterra. Durante o governo português(1471–1661), Tânger foi a capital do Algarve, em África, porque existiramdois Algarves, o da Europa e o de África, tanto um como outro considerados territórios pessoais daDinastia de Avis e depois dadinastia de Bragança (o rei de Portugal também tinha o título de Rei dos Algarves). Sob os reinados sucessivos deAfonso V,João II eManuel I (período que marcou o apogeu da expansão portuguesa), o Algarve africano abrangeu quase toda a costa atlântica de Marrocos, com a excepção de Rabate e Salé. Os portugueses controlavam a parte costeira que se estendia desdeCeuta atéAgadir (Fortaleza de Santa Cruz do Cabo de Gué), tendo como marcos as praças fortes deAlcácer-Ceguer, Tânger,Arzila,Azamor,Mazagão eSafim e doCastelo Real de Mogador. Estas possessões formavam asfronteiras, e eram usadas como paradas na rota doBrasil e doEstado Português da Índia. No entanto, a maioria de Marrocos português foi conquistada pelossádidas em 1541. A última fronteira foi a de Mazagão, recuperada pelos marroquinos em 1769. Os espanhóis, quanto a eles dominaram parte da costa do Mediterrâneo com os presídios deMelilha e oIlhote de Vélez de la Gomera, assim como a região deTarfaya em frente dasilhas Canárias. Também conservaram o controlo de Ceuta após aRestauração da Independência de Portugal em 1640. Os oatácidas enfraquecidos, finalmente, cederam o poder a uma dinastia que reivindicava uma origem árabeXerifiana, os sádidas, em 1554.[29]

Os esforços portugueses para controlar o comércio do Atlântico noséculo XV não afetaram grandemente o interior de Marrocos. Apesar de terem conseguido controlar algumas possessões na costa marroquina, eles não se aventuraram mais ao interior. Em outra nota e de acordo com Elizabeth Allo Isichei, "Em 1520, houve uma fome em Marrocos tão terrível que por muito tempo outros eventos foram datados por ele. Além disso, sugeriu-se que a população de Marrocos caiu de 5 para menos de 3 milhões entre os séculos XVI e XIX".[30]

Protetorados francês e espanhol

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Ver artigos principais:Protetorado Francês em Marrocos eProtetorado Espanhol em Marrocos
Morte do general espanholJuan García y Margallo durante aGuerra de Margallo

À medida que aEuropa seindustrializava, oNorte da África era cada vez mais apreciado pelo seu potencial decolonização. AFrança mostrou um forte interesse por Marrocos já em 1830, não só para proteger a fronteira do seu território argelino, mas também devido à posição estratégica de Marrocos em dois oceanos.[31] Em 1860, uma disputa sobre o enclave deCeuta levou aEspanha a declarar guerra. Além de sair vitoriosa, a Espanha ganhou outro enclave e uma Ceuta ampliada. Em 1884, a Espanha criou um protetorado nas zonas costeiras de Marrocos.[carece de fontes?]

Em 1904, a França e a Espanha esculpiram zonas de influência em Marrocos. O reconhecimento da esfera de influência da França peloReino Unido provocou uma forte reacção doImpério Alemão e uma crise surgiu em 1905. O assunto foi resolvido naConferência de Algeciras em 1906. ACrise de Agadir de 1911 aumentou as tensões entre as potências europeias. OTratado de Fez de 1912 tornou Marrocos um protetorado francês e desencadeou os distúrbios de Fez no mesmo ano.[32] A Espanha continuou a operar o seu protetorado costeiro. Pelo mesmo tratado, a Espanha assumiu o papel de proteger sua soberania sobre as zonas do norte e sul do Saara.[33]

Dezenas de milhares de colonos entraram em Marrocos. Alguns compraram grandes quantidades da rica terra agrícola, outros organizaram a exploração e modernização de minas e portos. Grupos de interesse formados entre esses colonos continuamente pressionaram a França a aumentar seu controle sobre Marrocos — um controle que também se tornou necessário pelas contínuas guerras entre tribos marroquinas, parte das quais tinha tomado partido com os franceses desde o início da conquista. O governador-geral, MarechalHubert Lyautey, admirava sinceramente a cultura marroquina e conseguiu impor uma administração conjunta marroquino-francesa, ao mesmo tempo que criava um sistema escolar moderno. Várias divisões de soldados marroquinos (Goumiers ou tropas regulares e oficiais) serviram noexército francês tanto naPrimeira Guerra Mundial como naSegunda Guerra Mundial, além doExército Nacionalista naGuerra Civil Espanhola.[34] A instituição da escravidão foi abolida em 1925.[35]

Pós-independência

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A seguir àSegunda Guerra Mundial, de acordo com aCarta do Atlântico (assinada em 1941 porWinston Churchill eFranklin Delano Roosevelt), as forças vivas de Marrocos exigiram o regresso do sultãoMaomé V e em 1955 a França, que já se encontrava a braços com insurreição na Argélia, concordou com a independência da sua colónia, que foi celebrada dia 2 de Março de 1956. A mudança do controle francês sobre Marrocos para as mãos do sultão e do partido independentistaIstiqlal decorreu pacificamente. O exílio da França do sultão Maomé V em 1953 paraMadagascar e sua substituição pelo impopularMaomé ibne Arafa provocou uma oposição ativa aos protetorados franceses e espanhóis. A violência mais notável ocorreu emUjda, onde os marroquinos atacaram franceses e outros residentes europeus nas ruas. A França permitiu que Maomé V voltasse em 1955 e as negociações que levaram à independência marroquina, que começaram no ano seguinte.[36]

Em Agosto de 1957, Maomé V transformou Marrocos num reino, passando a usar o título de rei. Em 1959, o Istiqlal se dividiu em dois grupos: um abrangendo a maioria dos elementos do partido, conservador e obediente a Maomé Alal Fassi, apoiante do rei; outro, de carácter republicano e socialista, que adaptou o nome de União Nacional das Forças Populares. Maomé aproveitou a oportunidade para distanciar a figura do rei dos partidos, elevando-o a um papel arbitral. Tal manobra política contribuiu decisivamente para o fortalecimento da monarquia, como se verificou no referendo de 1962, já com Mulei Haçane, filho de Maomé V (falecido em 1961), como reiHaçane II, em que foi aprovada uma constituição de cariz monárquico-constitucional. Um ano depois foram realizadas eleições parlamentares que levaram a conjuntura política a um beco sem saída. Tal facto permitiu a concentração de poderes em Haçane II, como ficou demonstrado na Constituição de 1970, que não sobreviveu a uma tentativa de golpe de Estado, em 1971. Sucedeu-lhe uma outra constituição em 1972, que só foi implementada efectivamente após outra tentativa de golpe de Estado em Agosto desse ano.[carece de fontes?]

Protesto emCasablanca por reformas políticas

O ano de 1974 marcou o início de uma nova orientação da política de Haçane II, a partir do momento em que Marrocos declarou a sua pretensão sobre oSaara Espanhol, rico emminérios (sobretudofosfato), pretensão essa que foi concretizada em Novembro de 1975, com o avanço da "Marcha Verde", constituída por 350 000 voluntários desarmados, sobre o Saara Ocidental, que evitou o conflito e conduziu à assinatura de um acordo em que eram satisfeitas as ambições de Marrocos. No entanto, muitos foram os obstáculos à política marroquina: primeiro, a luta da guerrilhaPolisário (Frente Popular para a Libertação deSaguia el Hamra e doRio do Ouro), apoiada pela Argélia e, mais tarde, também pelaLíbia, que recusou, inclusive, os resultados de um referendo promovido por Haçane II em 1981; segundo, a condenação por parte dasNações Unidas; e, terceiro, a criação daRepública Árabe Saaráui Democrática em 1989, que tem obtido o reconhecimento de um número crescente de países.[carece de fontes?]

Em 1994, o secretário-geral das Nações Unidas,Boutros Boutros-Ghali, propôs um aprofundamento das negociações com o objectivo de promover um processo de recenseamento eleitoral o mais completo possível, de modo a um futuro referendo ter uma legitimidade aceitável por ambas as partes. Por último, é de salientar o papel que Marrocos desempenhou no importante processo de paz naPalestina, através de um relacionamento equilibrado entre Haçane II e as partes beligerantes, a Organização de Libertação da Palestina (OLP) eIsrael, que permitiu, nomeadamente, o estabelecimento de interesses económicos naqueles países.[carece de fontes?]

Geografia

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Alto Atlas no centro do país
Jbel Toubkal, o pico mais alto do país
Paisagem doErg Chebbi
Imagem de satélite do território marroquino
Macaco-de-gibraltar, também conhecido como macaco-berbere

Localizado noMagrebe, o reino de Marrocos é banhado pelooceano Atlântico a oeste, e pelo mar Mediterrâneo a norte, e faz fronteira com a Argélia a leste, a sul e sudeste com aMauritânia. Abrange uma área total de 446 550. A capital, Rabate, tem uma população de 1 618 700 habitantes (2004), destacando-se também outras cidades, comoCasablanca, a maior do país, com 3 741 200 habitantes,Tânger (629 800 habitantes) eFez (1 019 300 habitantes).[carece de fontes?]

Marrocos caracteriza-se por ser um país montanhoso, destacando-se quatro grandes cadeias montanhosas: oRife, com a orientação noroeste-sudeste, que faz, geologicamente, parte das cordilheiras do sul daPenínsula Ibérica, e que tem como ponto mais alto o monteJbel Tidirhine com 2 456 m, oMédio Atlas, oAlto Atlas e oAntiatlas. As três últimas integram acordilheira do Atlas, que se estende desde a costa atlântica até aTunísia, atravessando a Argélia.[carece de fontes?]

O Médio Atlas situa-se no centro-norte do país, imediatamente a sul do Rife, do qual está separado pela zona de planície conhecida como corredor deTaza. O Alto Atlas, a cadeia com as montanhas mais altas do país, onde se encontra oJbel Toubkal (4 165 m), o pico mais alto do Norte de África, situa-se a sul do Médio Atlas. O Antiatlas é a cordilheira mais meridional e mais árida, que faz fronteira com o deserto do Saara. A região nordeste é ocupada pela bacia dorio Muluia, uma região de terras baixas, semiárida, criada pela erosão do rio. Mais a leste e a sudeste, encontram-se os altos planaltos, com cerca de mil m de altitude.[carece de fontes?]

Clima

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Oclima mediterrânico do país é semelhante ao do sul daCalifórnia, com exuberantes florestas nas cadeias de montanhas do norte e centro do país, dando lugar a condições secas e desérticas no interior do sudeste. As planícies costeiras experimentam temperaturas notavelmente moderadas mesmo noverão, devido ao efeito daCorrente das Canárias na sua costa atlântica.[carece de fontes?]

Nas montanhas do Rife, Médio e Alto Atlas, existem vários tipos diferentes de climas: o mediterrânico ao longo das planícies costeiras, dando lugar a umclima temperado úmido em áreas mais elevadas, com umidade suficiente para permitir o crescimento de diferentes espécies decarvalhos, tapetes demusgos, ximbros eabetos atlânticos, uma árvoreconíferasendêmica de Marrocos. Nos vales, solos férteis e a alta precipitação permitem o crescimento de florestas espessas e exuberantes.[carece de fontes?]

A sudeste das montanhas do Atlas, perto das fronteiras argelinas, o clima torna-se muito seco, com verões longos e quentes. O calor extremo e os baixos níveis de umidade são especialmente pronunciados nas regiões de planície a leste da cordilheira do Atlas, devido ao efeito desombra de chuva do sistema de montanhas. As partes do sudeste da maior parte de Marrocos são muito quentes e incluem porções dodeserto do Saara, onde vastas planícies rochosas com algumas zonas arenosas e dedunas são pontilhadas comoásis férteis. Em contraste com a região do Saara no sul, as planícies costeiras são férteis nas regiões central e norte do país e constituem a espinha dorsal da agricultura do país, onde vive 95% da população. A exposição directa ao Atlântico Norte, a proximidade com a Europa continental e as extensas montanhas do Rife e do Atlas são os fatores do clima bastante europeu na metade norte do país. Isso faz de Marrocos um país de contrastes. As áreas florestais cobrem cerca de 12% do país, enquanto asterras aráveis representam 18%. Aproximadamente 5% da terra marroquina é irrigada para uso agrícola.[carece de fontes?]

Biodiversidade

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Marrocos tem uma vasta gama debiodiversidade. É parte dabacia mediterrânea, uma área com concentrações excepcionais deespéciesendémicas que sofrem rápidas taxas de perda dehabitat e, portanto, é considerada um ponto prioritário de conservação.[37] Aavifauna é notavelmente variada[38] e inclui um total de 454 espécies, cinco das quais foram introduzidas porseres humanos e 156 são raramente vistas.[39]

Oleão-do-atlas, caçado até a extinção, era umasubespécie nativa de Marrocos e é um símbolo nacional.[40] O último leão-do-atlas selvagem foi visto nas montanhas Atlas em 1922.[41] Os outros dois predadores primários do norte da África, ourso-do-atlas e oleopardo-do-atlas, estão agora extinto e criticamente ameaçado, respectivamente. As populações decrocodilo-do-oeste-africano persistiram norio Drá até oséculo XX.[42]

Omacaco-de-gibraltar, umprimata endêmico de Marrocos e daArgélia, também está enfrentando a extinção devido ao comércio ilegal, urbanização e expansão imobiliária que diminuem as áreas florestadas que constituem o seu habitat.[43]

O comércio de animais e plantas para alimentação, animais de estimação, fins medicinais, lembranças e objetos fotográficos é comum em Marrocos, apesar de leis que tornam ilegal a maior parte destas práticas.[44][45] Este comércio não é regulado e causa reduções desconhecidas de populações selvagens de fauna marroquina nativa. Devido à proximidade do norte da Marrocos com a Europa, espécies comocactos,tartarugas, peles demamíferos e aves de alto valor (falcões eabetardas) são colhidas em várias partes do país e exportadas em quantidades apreciáveis, com grandes volumes deenguias pescadas — 60 toneladas exportadas para oExtremo Oriente no período de 2009 a 2011.[46]

Demografia

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Grupos étnicos em Marrocos

A maioria dosmarroquinos são de origemberbere ouárabe. Existe uma minoria significativa deafricanos subsaarianos eeuropeus. Árabes e berberes juntos representam cerca de 99,1% da população marroquina.[40] Uma parcela considerável da população é identificada comoharatin[47] eguinaua, descendentes negros ou mestiços de escravos,mouriscos emuçulmanoseuropeus expulsos deEspanha ePortugal noséculo XVI.

Os berberes são o povo nativo do país e ainda constituem a maior parte da população, embora tenham sido amplamentearabizados. Marrocos é o lar de mais de 20 000 imigrantes daÁfrica Subsaariana.[48] A minoriajudaica de Marrocos, que já foi proeminente, diminuiu significativamente, tendo passado de 265 000 em 1948 para os cerca de 2 500 atualmente.[49]

A maioria dos residentes estrangeiros em Marrocos sãofranceses ouespanhóis. Alguns deles são descendentes de colonizadores, que trabalham principalmente para empresas multinacionais europeias, enquanto outros são casados com marroquinos ou são aposentados. Antes da independência, Marrocos era o lar de meio milhão deeuropeus.[50]

O país tem uma grandediáspora, a maioria da qual está localizada naFrança, que tem mais de um milhão de marroquinos até a terceira geração. Existem também grandes comunidades marroquinas naEspanha (cerca de 700 000),[51] nosPaíses Baixos (360 000) e naBélgica (300 000).[52] Outras grandes comunidades podem ser encontradas naItália,Canadá,Estados Unidos eIsrael, onde se pensa que os judeus marroquinos constituem o segundo maior subgrupo étnico judeu.[carece de fontes?]

Religião

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Ver artigos principais:Religião em Marrocos eIgreja Católica em Marrocos
Mesquita emQuenitra

A afiliação religiosa no país foi estimada peloPew Research Center em 2010 como 99% muçulmana, com todos os grupos restantes representando menos de 1% da população.[53] Ossunitas formam a maioria em 67%, sendo que os muçulmanos não denominacionais são o segundo maior grupo de muçulmanos em 30%.[54] Existem cerca de 3 000 a 8 000 muçulmanosxiitas, a maioria deles residentes estrangeiros doLíbano ou doIraque, mas também alguns cidadãos convertidos. Seguidores de várias ordens muçulmanassufistas em todo o Magrebe eÁfrica Ocidental empreendem peregrinações anuais conjuntas ao país.[carece de fontes?]

Oscristãos são estimados em 1% (~ 380 000) da população marroquina.[40] A comunidade cristã, predominantementecatólica romana eprotestante, consiste em aproximadamente 5 000 membros praticantes, embora alguns protestantes e clero católico tenham estimado o número em 25 000. A maioria dos cristãos residentes estrangeiros vivem nas áreas urbanas deCasablanca,Tânger eRabate. Vários líderes cristãos locais estimaram que entre 2005 e 2010 existiam 5 000 cidadãos convertidos aocristianismo (principalmente berberes) que frequentam regularmente igrejas e vivem predominantemente no sul.[55] Alguns líderes cristãos locais estimam que pode haver até 8 000 cidadãos cristãos em todo o país, mas muitos não se reúnem regularmente devido ao medo da vigilância do governo e da perseguição social.[56] O número de marroquinos que se converteram ao cristianismo (a maioria deles adoradores secretos) é estimado entre 8 e 40 mil.[57][58]

As estimativas mais recentes colocam o tamanho da comunidade judaica de Casablanca em cerca de 2 500 pessoas[59] e as comunidades judaicas de Rabate e Marraquexe em cerca de 100 membros cada. A restante população judaica está dispersa por todo o país. Esta população é na sua maioria idosa, com um número decrescente de jovens.[56] A comunidadebahá'í, localizada em áreas urbanas, tem de 350 a 400 membros.[56]

Idiomas

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Placas emfrancês e emárabe

Aslínguas oficiais de Marrocos são oárabe e oberbere.[1][2][60] O grupo distintivo dedialetos árabes marroquinos é referido comodarija. Aproximadamente 89,8%[61] de toda a população pode se comunicar em algum grau emárabe marroquino. A língua berbere é falada principalmente em três dialetos[62] (tarifit ou rifenho,[63]tachelhit ou chleuh[64] etamazigue de Marrocos Central, ou simplesmentetamazight),[65] existindo também umanorma-padrão, oamazigue padrão marroquino.[2] Em 2008, Frédéric Deroche estimou que havia 12 milhões de falantes de berbere, representando cerca de 40% da população.[66] O censo populacional de 2004 relatou que 28,1% da população falava berbere.[61]

Ofrancês é amplamente utilizado em instituições governamentais, mídia, grandes empresas, comércio internacional compaíses francófonos e, muitas vezes, nadiplomacia internacional. O francês é ensinado como uma língua obrigatória em todas as escolas. Em 2010, havia 10 366 000 francófonos em Marrocos, ou cerca de 32% da população.[11] De acordo com o censo de 2004, 2,19 milhões de marroquinos falavam uma língua estrangeira que não o francês.[61]

Cerca de 5 milhões de marroquinos falamespanhol, especialmente nas regiões do norte,[67] visto que a Espanha ocupou essas regiões no passado. Os marroquinos em regiões anteriormente controladas pela Espanha assistem à televisão espanhola e têm interações em espanhol diariamente. Após Marrocos ter declarado a independência em 1956, o francês e o árabe transformaram-se nas línguas principais da administração e de instrução, fazendo com que o papel do espanhol perdesse força.[68]

Cidades mais populosas

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Cidades mais populosas doMarrocos
Censo de 2014[69]

Casablanca

Fez
PosiçãoLocalidadeProvínciaPop.
1CasablancaGrande Casablanca3 359 818
2FezFez-Boulemane2 112 072
3TângerTânger-Tetuão1 747 952
4MarraquexeMarraquexe-Tensift-Al Haouz1 528 850
5SaléRabat-Salé-Zemmour-Zaer920 403
6MequinezMequinez-Tafilete835 695
7RabatRabat-Salé-Zemmour-Zaer777 827
8KenitraGharb-Chrarda-Beni Hssen672 700
9TetuãoTânger-Tetuão463 968
10Beni MellalTadla-Azilal447 330

Governo

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Sistema político

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ReiMaomé VI de Marrocos

Marrocos é umamonarquia constitucional, com umparlamento eleitodemocraticamente. Porém, orei é igualmente o chefe dogoverno. A aliança de forças políticas que patrocinaram a independência manteve-se no poder até 1958, quando o Istiqlal assumiu o Governo. Pouco depois, o partido dividiu-se em duas fações. A ala esquerda, excluída da administração central, venceu as eleições legislativas realizadas em 1960, tornando-se importante força de oposição ao Governo conservador então no poder. Em 1961, com a morte do reiMaomé V, subiu ao trono seu filho, Mulei Haçane, que passou a governar com o nome deHaçane II.[carece de fontes?]

A sucessão decorreu de modo pacífico, já que as forças de oposição não tinham poder suficiente para contestar a monarquia. Além de Chefe de Estado, o Rei de Marrocos também exerce a função de “Líder dos Fiéis” e defensor do islão, o que lhe confere alto grau de legitimidade junto à população. Em 1963, Haçane II fez aprovar emplebiscito uma novaconstituição, ampliando os poderes da monarquia. Os partidos de oposição boicotaram o pleito e, acusados de conspirar contra a Casa Real, passaram a ser duramente reprimidos[carece de fontes?]

Com o falecimento do rei Haçane II, em 23 de julho de 1999, o príncipe herdeiro Sidi Maomé ascendeu ao trono comoMaomé VI. Em seu primeiro “Discurso do Trono”, o novo soberano insistiu no seu interesse pela sorte das camadas mais pobres da população e afirmou que impulsionaria medidas em favor dos excluídos. Reafirmou sua adesão ao regime da monarquia constitucional, ao pluralismo político, ao liberalismo econômico, assim como aos direitos humanos e à proteção dos direitos individuais e coletivos. Mencionou, também, sua particular preocupação com a necessidade de melhorar e expandir o ensino público, fator primordial para a redução do desemprego.[carece de fontes?]

Maomé VI assumiu a chefia de Estado em condições mais favoráveis do que Haçane II. As estruturas políticas do país haviam evoluído, desde 1961, no sentido de institucionalizar métodos democráticos, com consequente redução de riscos de extremismo, tanto de cunho político quanto religioso. Esse desenvolvimento permitiu a Marrocos angariar simpatias e respeitabilidade no exterior. No entanto, a difícil coexistência entre aspirações islâmicas, políticas socialistas e a manutenção da autoridade real levou o soberano a empreender uma reforma ministerial em setembro de 2000, conservando Youssoufi como primeiro-ministro, aglutinando pastas para reduzir o número de ministérios de 41 para 33, mantendo os postos-chave sob controle real e ampliando espaço para as vozes mais críticas dentro do governo. Na sequência das eleições legislativas de 2002, Driss Jettou, ministro do interior, foi nomeado primeiro-ministro.[carece de fontes?]

Eleições e poder legislativo

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Fachada principal do parlamento marroquino

Os sucessivos governos marroquinos foram dominados pela coligação de partidos de direita Wifaq — integrada pela Union Constitutionelle (UC), pelo Mouvement Populaire (MP) e pelo Parti National Démocratique (PND) — e pelos partidos de centro Rassemblement National des Indépendants (RNI), Mouvement Démocratique et Social (MDS) e Mouvement National Populaire (MNP). Nas eleições parlamentares de 1997, essa coligação de centro-direita conquistou 197 dos 325 assentos da Câmara baixa (60%) e 166 das 270 cadeiras da Câmara alta (61%). A oposição se aglutina em torno da coligação Koutla, integrada pelos partidos de esquerda Union des Forces Populaires (USFP), Parti Istiqlal (PI), Parti du Progrès et du Socialisme (PPS) e Organisation pour l’Action Démocratique et Populaire (OADP). O movimento islâmico, por sua vez, se faz representar pelo Mouvement Populaire Constitutionnel Démocratique (MPCD), de tendência moderada, e por outros partidos de menor expressão. Ofundamentalismo islâmico, presente sobretudo no meio universitário através da União Nacional dos Estudantes de Marrocos (UNEM), tem sido duramente combatido. O Governo tem estimulado a reemergência de movimentos estudantis socialistas (procurando, com isso, minimizar a influência do islamismo radical no meio universitário), bem como a participação de partidos islâmicos moderados no debate político nacional.[carece de fontes?]

Em setembro de 1996, realizou-se referendo para a reformulação institucional do país, tendo por objetivo a criação de um ordenamento político mais representativo e a descentralização do poder, que se traduziu na criação da Câmara dos Conselheiros (Senado), na extensão dos mandatos legislativos e na introdução de um sistema eleitoral colegiado para o Senado (dos 270 conselheiros, 162 são eleitos por líderes das comunidades locais, 81 por líderes das regiões administrativas e 27 pelos sindicatos). O novo modelo institucional prevê maior participação no governo dos partidos de oposição, mas as pastas mais importantes, como Negócios Estrangeiros, Interior e Fazenda, seriam reservadas aos homens de confiança do monarca. Ao proceder a essas mudanças, o Governo pretendia dotar o Estado marroquino de uma estrutura de poder mais moderna, menos centrada na figura do monarca e, em última análise, mais democrática.[carece de fontes?]

Nas eleições legislativas de 1997, o partido de esquerda Union Socialiste des Forces Populaires (USFP) obteve 57 assentos na Câmara Baixa. Seu Secretário-Geral,Abderrahmane Youssoufi, foi nomeado Primeiro-Ministro em fevereiro de 1998. Youssoufi formou um governo de coalizão, apoiado por sete dos principais partidos de oposição, inclusive o Istiqlal. No entanto, os principais ministérios continuavam nas mãos de homens ligados ao Rei Haçane, como Driss Basri, o poderoso Ministro do Interior. Além disso, a Câmara dos Conselheiros permanecia dominada por elementos fiéis ao monarca. Em seus primeiros dezoito meses no cargo, Youssoufi logrou obter resultados positivos. Internamente, despertou a consciência da sociedade marroquina para a necessidade de reformas, particularmente aquelas destinadas a combater a pobreza e o desemprego, e a aprimorar a administração pública. No exterior, era muito estimado, sobretudo na França deLionel Jospin, com quem compartilhava a mesma conceção de socialismo.[carece de fontes?]

Forças armadas

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Ver artigo principal:Forças Armadas de Marrocos
OMaomé VI, daClasse Aquitaine, daMarinha Real Marroquina

Oserviço militar obrigatório em Marrocos foi suspenso oficialmente desde setembro de 2006 e a obrigação de reserva de Marrocos dura até os 50 anos. As forças armadas são as Forças Armadas Reais, que incluem oExército (o maior ramo), aMarinha, aForça Aérea, a Guarda, aGendarmería Real e as Forças Auxiliares. A segurança interna é geralmente eficaz e atos de violência política são raros (com uma exceção, osatentados de Casablanca em 2003, que mataram 45 pessoas).[70]

AONU mantém uma pequena força de observação noSaara Ocidental, onde um grande número de tropas de Marrocos estão estacionadas. O grupoFrente Polisário mantém umamilícia ativa de cerca de 5 000 combatentes no Saara Ocidental e se envolveu em guerras intermitentes com as forças marroquinas desde a década de 1970.[carece de fontes?]

As forças armadas marroquinas são uma das maiores e mais bem armadas da região, embora sua eficiência seja questionada. O rei é o seu comandante-em-chefe, que delega as tarefas administrativas ao seu ministro da defesa. Em 2015 contavam com 195 000 soldados em suas fileiras.[71]

Relações internacionais

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Ver também:Missões diplomáticas de Marrocos
Marrocos reivindica soberania sobre osenclaves espanhóis deCeuta eMelilha

Marrocos é membro dasNações Unidas e pertence àLiga Árabe, àUnião do Magrebe Árabe (UMA), àOrganização para a Cooperação Islâmica (OCI), aoMovimento dos Países Não Alinhados e àComunidade dos Estados do Sahel-Saara (CEN-SAD). Os relacionamentos de Marrocos variam grandemente entre os Estados africanos, árabes e ocidentais. Marrocos tem fortes laços com oOcidente, a fim de obter benefícios econômicos e políticos.[72] AFrança e aEspanha continuam a ser os principais parceiros comerciais, bem como os principais credores e investidores estrangeiros no país. Do total de investimentos estrangeiros em Marrocos, aUnião Europeia investe aproximadamente 73,5%, enquanto omundo árabe investe apenas 19,3%. Muitos países das regiões doGolfo Pérsico e do Magrebe estão cada vez mais envolvidos em projetos de desenvolvimento de larga escala em Marrocos.[73]

Inicialmente, Marrocos foi o único estado africano a não ser membro daUnião Africana após a sua retirada unilateral em 12 de novembro de 1984, em razão da admissão da República Árabe Saaraui Democrática à organização em 1982 (então chamada Organização da Unidade Africana). A admissão da RASD como um pleno membro deu-se sem a organização de um referendo de autodeterminação no território disputado do Saara Ocidental. Anos depois, Marrocos voltou à União Africana em 30 de janeiro de 2017.[74][75] Em agosto de 2021, a Argélia rompeu relações diplomáticas com o Marrocos.[76]

Umadisputa com a Espanha em 2002 sobre a pequenailha de Perejil reavivou a questão da soberania deMelilha eCeuta. Estes pequenosenclaves na costa mediterrânica são cercados por Marrocos e são administrados pela Espanha há séculos. Marrocos recebeu o estatuto dealiado importante extra-OTAN pelo governo dosEstados Unidos. O país foi o primeiro no mundo a reconhecer a soberania dos Estados Unidos (em 1777) e está incluído naPolítica Europeia de Vizinhança (PEV) da União Europeia, que visa aproximar a UE e os seus vizinhos.[77]

Estatuto do Saara Ocidental

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Ver artigos principais:República Árabe Saaraui Democrática,Conflito do Saara Ocidental,Relações internacionais da República Árabe Saaráui Democrática, eReconhecimento internacional da República Saarauí
Protesto emBilbau pela independência doSaara Ocidental

Quando, em 1975, aEspanha abandonou a sua antiga colônia, deixou para trás um país sem quaisquer infra-estruturas, com uma população completamente analfabeta e desprovida de tudo. O vazio criado pela Espanha foi aproveitado pelaMauritânia (que assenhorou-se de 1/3 do território) e por Marrocos (que ficou com o restante), que, invocando direitos históricos, invadiram o território. Ogoverno no exílio doSaara Ocidental tem o nome deRepública Árabe Saaraui Democrática (RASD). Foi proclamado pelaFrente Polisário em27 de Fevereiro de 1976. O primeiro governo da RASD formou-se em4 de Março desse ano. Os saaráuis haviam fundado a Frente Polisário, que expulsou do sul o pequeno exército da Mauritânia, forçando o país a abdicar seus direitos sobre o território em 1979. Frente a frente ficaram, nas areias do deserto, os guerrilheiros da Frente Polisário e as forças marroquinas de Haçane II. Oexército marroquino retirou-se para uma zona restrita do deserto, mais próxima da sua fronteira e constituindo o chamado "triângulo de segurança", que compreende as duas únicas cidades costeiras e a zona dosfosfatos. Aí a engenharia militar construiu um imenso muro de concreto armado, por trás do qual os soldados marroquinos vivem entrincheirados, protegendo a extração do minério. Desde então, a guerra, vista do lado da Frente Polisário, resume-se a uma série de ataques esporádicos à zona dos fosfatos tentando interromper o seu escoamento. Em 1987, uma missão daONU visitou a região para averiguar a possibilidade da realização de umreferendo sobre o futuro do território. Uma iniciativa difícil, dado que grande parte da população é nómada. Marrocos e a Frente Polisário selaram um cessar-fogo em 1988. Um plebiscito foi marcado para 1992, mas não aconteceu porque não houve acordo sobre quem tinha direito a votar: Marrocos queria que fosse toda a população residente no Saara Ocidental, mas a Frente Polisário só aceitava que fossem os habitantes contados no censo de 1974. Isso impediria o voto dos marroquinos emigrados para a região em disputa depois de 1974. Até 1993 foi impossível realizar o referendo.[carece de fontes?]

Colonizada pelaEspanha de 1884 a 1975, comoSaara Espanhol, o território foi listado nasNações Unidas como um processo de descolonização incompleto desde a década de 1960, tornando-o no último grande território a continuar a ser uma colónia eficazmente.[78] O conflito é em grande parte entre o Reino de Marrocos e aArgélia — organização nacionalista apoiada pelaFrente Polisário (Frente Popular para a Libertação de Saguia el-Hamra e Rio de Oro), que em Fevereiro de 1976 foi formalmente proclamada a República Democrática Árabe (Sadr), agora basicamente administrada por um governo no exílio emTindouf, na Argélia.[carece de fontes?]

Os países a verde representam as nações que suportam as intenções independentistas do Saara Ocidental e o direito à autodeterminação do povo da região disputada

Após oAcordo de Madrid, o território foi dividido entre Marrocos e Mauritânia, em novembro de 1975, com Marrocos a ficar com dois terços do norte. A Mauritânia, sob pressão dos guerrilheiros da Polisário, abandonou todas as reivindicações para a sua porção em agosto de 1979, com Marrocos a possuir a maioria do território. Uma porção é administrado pela SADR. A República Democrática Árabe sentou-se como membro daOrganização da Unidade Africana em 1984, e foi membro fundador daUnião Africana. As atividades da Guerrilha continuaram até as Nações Unidas imporem um cessar-fogo, implementado a6 de Setembro de 1991, através da missão MINURSO. A missão de patrulhas atuou na linha de separação entre os dois territórios.[79]

Em 2001, aÁfrica do Sul tornou-se o sexagésimo país a reconhecer a independência do Saara Ocidental. Marrocos protestou. Marrocos e a Frente Polisárioreiniciaram conversações em agosto de 2007 na cidade nova-iorquina de Manhasset, com o patrocínio daONU, para debater o estatuto do território. A política do Saara Ocidental tem lugar num quadro de uma área reivindicada por ambos os sarauis daRepública Árabe Saaraui Democrática e o Reino de Marrocos, que controla a maioria do território. Em 2003, o enviado especial da ONU para o território,James Baker, apresentou oPlano Baker, conhecido como Baker II, que teria dado o Saara Ocidental, imediata autonomia à Autoridade do Saara Ocidental durante um período transitório de cinco anos para se preparar para um referendo, oferecendo aos habitantes do território a possibilidade de escolher entre a independência, a autonomia no seio do Reino de Marrocos, ou a completa integração com Marrocos. Polisário aceitou o plano, mas Marrocos rejeitou-o. Anteriormente, em 2001, Baker tinha apresentado o seu quadro de pessoal, chamado Baker I, onde a disputa seria finalmente resolvida através de uma autonomia dentro da soberania marroquina, mas a Argélia e a Frente Polisário recusaram. A Argélia tinha proposto a divisão do território de vez.[80]

Subdivisões

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Ver artigo principal:Subdivisões de Marrocos

A administração territorial de Marrocos está organizada de forma descentralizada e desconcentrada num sistema complexo. Segundo a reforma administrativa de 1997, que determinou a descentralização da administração de Marrocos, o país está dividido segundo três níveis administrativos: 16 regiões económicas, designadaswilayas (ver também a secção"Wilayas"), cada uma dirigida por umváli (wali ougovernador) e por um conselho regional representativo das chamadas "forças vivas" da região. Segundo o artigo 101º da Constituição de Marrocos, estas regiões têm o estatuto de coletividade local. O váli da região é também o governador da província em que reside. Também há 62províncias e 13prefeituras (estas últimas são o equivalente urbano das primeiras), dirigidas por um váli. Ascomunas são 1 503, 221 urbanas e 1 282 rurais, sendo que estão agrupadas emcaïdats e estes em círculos (cercles oudistritos). Em algumasáreas metropolitanas, há ainda subdivisões de 4.º nível, osarrondissements (bairros,freguesias ou distritos urbanos).[carece de fontes?]

Regiões

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Divisão de Marrocos por regiões, províncias e prefeituras conforme a reforma administrativa de 2015, com o Sara Ocidental incluído
Nº no
mapa
NomeCapitalPopulaçãoAno pop.
1Chaouia-OuardighaSettat1 744 7382010
2Doukkala-AbdaSafim4 284 0392010
7El Aiune–Bojador–Saguia el Hamra[‡]El Aiune256 1522004
3Fez-BoulemaneFez1 573 0552004
4Gharb-Chrarda-Beni HssenQuenitra1 859 5402004
5Grande CasablancaCasablanca3 897 7482009
6Guelmim-Es Semara[‡]Guelmim462 4102004
8Marraquexe-Tensift-Al HaouzMarraquexe3 102 6522004
9Mequinez-TafileteMequinez2 119 0002006
10OrientalUjda1 918 0942004
11Oued Ed-Dahab-Lagouira[‡]Dakhla99 3672004
12Rabat-Salé-Zemmour-ZaerRabate3 123 5952004
13Souss-Massa-DrâaAgadir3 113 6532004
14Tédula-AzilalBeni Mellal1 450 5192004
15Tânger-TetuãoTânger2 470 3722006
16Taza-Al Hoceima-TaounateAl Hoceima1 807 1132004
[‡] ^As regiões assinaladas com ‡ fazem parte, total ou parcialmente, doSaara Ocidental, um território onde a legitimidade da administração marroquina não é reconhecida por muitos países nem pelas Organização dasNações Unidas.

Economia

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Ver artigo principal:Economia de Marrocos
Principais produtos deexportação do Marrocos em 2019 (em inglês)
Porto deAgadir
Mesquita Cutubia emMarraquexe
Almedina deFez

Marrocos pertence ao grupo depaíses emergentes, com um sistema econômico misto. Desde 1993 o governo seguiu uma política deprivatização das empresas públicas, bem como da liberalização de muitos setores. Aeconomia do país é uma das melhores daÁfrica, graças ao tratado decomércio eexportação que o país fez com osEstados Unidos e com aUnião Europeia. Marrocos é o maior exportador mundial defosfato e equipamentos petrolíferos. Possui terras áridas em quase todo o território. O reiMaomé VI lançou vários projetos de modernização econômica. A partir deles, o país começou a apresentar um crescimento grande doPIB — 4,4% em 2001, 7,5% em 2005, 9,3% em 2006. O país possui também grandes reservas depetróleo nodeserto do Saara.[carece de fontes?]

Naagricultura, em 2018 Marrocos foi um dos 5 maiores produtores do mundo deazeitona,figo etangerina, um dos 15 maiores produtores do mundo decevada,tomate elaranja, além de ter grandes produções detrigo,batata,cebola,melancia,maçã,cana de açúcar emelão, entre outros produtos.[81] As maiores exportações de produtos agropecuários processados do país em termos de valor, em 2019, foram: tomate, tangerina,feijão,açúcar,mirtilo, azeitona,pimenta, comidas e frutas industrializadas, melancia, entre outros.[82] Napecuária, em 2019, o Marrocos produziu 2,5 bilhões de litros deleite de vaca, 782 mil toneladas decarne de frango, 283 mil toneladas decarne bovina, 178 mil toneladas decarne de cordeiro, entre outros.[83] Namineração, em 2019, o país era o 2.º maior produtor mundial defosfato[84] e o 10.º maior produtor mundial decobalto.[85] O Marrocos tinha a 58.ª indústria mais valiosa do mundo em 2019 (US $ 17,8 bilhões), de acordo com oBanco Mundial.[86] Neste ano, o país era o 26.º maior produtor deveículos do mundo (394 mil unidades).[87][88][89] O país foi o 5º maior produtor mundial deazeite de oliva em 2018.[90] Foi o 6º maior produtor mundial de em 2019.[91] Oturismo é importante na formação do PIB do país: em 2018, o Marrocos foi o 32º país mais visitado do mundo, com 12,2 milhões de turistas internacionais. As receitas do turismo, neste ano, foram de US $ 7,7 bilhões.[92]

Mesmo tendo nos últimos anos seguido uma política de diversificação econômica, aagricultura, que só representa 17,1% doPIB, emprega 44% da população ativa. Em 2009, mesmo com a crise econômica que afetou parte do mundo, o país conseguiu um crescimento de 5,0%,[93] graças em parte ao grande protecionismo ao sistema bancário marroquino e aos bons resultados no setor agrícola.[carece de fontes?]

O país está se esforçando para manter um altoÍndice de Desenvolvimento Humano e estabilidade na economia. Em 2010 o país teve umPIB per capita de US$ 4 900.[40] Juntando com o PIB doSaara Ocidental, o resultado é US$ 5 555.[94][95]

Osdéficescomercial eorçamental de Marrocos cresceram durante 2010, e a redução da despesa do governo e a adaptação a um crescimento econômico reduzido daEuropa — o seu principal mercado — eram os desafios do país em 2011. Para o longo prazo, um dos principais desafios é melhorar aeducação e criar oportunidades deemprego para os jovens, além de reduzir as desigualdades entre ricos e pobres e combater acorrupção.[40] As principais produções das indústrias transformadoras são os produtos alimentares, os têxteis, os artigos de couro e os adubos. Oturismo constitui uma importante fonte de receitas. Os principais parceiros comerciais de Marrocos são:Portugal,França,Espanha,Estados Unidos eAlemanha.[carece de fontes?]

Turismo

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Oturismo é um dos setores mais importantes da economia marroquina. Ele é bem desenvolvido com uma forte indústria turística focada no litoral, cultura e história do país. Marrocos atraiu mais de dez milhões de turistas em 2013. O turismo é o segundo maior rendimento cambial em Marrocos, após a indústria defosfato. O governo marroquino está a investir fortemente no desenvolvimento do setor. Em 2010 o governo lançou a sua "Visão 2020", que pretendia tornar Marrocos um dos 20 principais destinos turísticos do mundo e dobrar o número anual de chegadas internacionais para 20 milhões até 2020.[96]

O turismo está cada vez mais focado na cultura marroquina, como as antigas cidades. A moderna indústria turística capitaliza os antigos sítios romanos e islâmicos locais, bem como a sua paisagem e a sua história cultural. 60% dos turistas de Marrocos visitam por sua cultura e herança histórica e cultural.Agadir é um importanteresort costeiro e uma base para passeios para as montanhas do Atlas. Outrosresorts no norte de Marrocos também são muito populares.[97]

Casablanca é o principal porto de cruzeiros de Marrocos e tem o melhor mercado desenvolvido para turistas.Marraquexe, no centro de Marrocos, é um destino turístico importante, mas é mais popular entre os turistas para excursões de um e dois dias que fornecem um sabor da cultura local. OJardim Majorelle na cidade é uma atração turística popular. Foi comprado pelo designer de modaYves Saint-Laurent ePierre Bergé em 1980. A sua presença na cidade ajudou a aumentar o perfil da cidade como um destino turístico.[98]

Em 2006, a atividade turística nas montanhas do Atlas e do Rife foi a que cresceu mais rápido no país. Estes locais têm excelentes oportunidades de caminhada etrekking de final de março a meados de novembro. O governo está investindo em circuitos de trekking. Eles também estão desenvolvendo o turismo no deserto, em concorrência com aTunísia.[99]

Infraestrutura

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Educação

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Universidade Al Akhawayn emIfrane

A educação em Marrocos é gratuita e obrigatória através daescola primária. Ataxa de alfabetização estimada em 2012 foi de 72%.[100] Em setembro de 2006, aUNESCO concedeu a Marrocos, entre outros países, comoCuba,Paquistão,Índia eTurquia, o "Prémio UNESCO 2006 de Alfabetização".[101]

Marrocos tem mais de quatro dezenas deuniversidades, institutos deensino superior epolitécnicos dispersos em centros urbanos em todo o país. Suas principais instituições incluem aUniversidade Maomé V emRabate, a maior universidade do país, com filiais emCasablanca eFez; o Instituto Agronómico e Veterinário Haçane II, em Rabate, que realiza pesquisas de liderança emciências sociais, além de suas especialidades agrícolas; e a Universidade Al-Akhawayn emIfrane, a primeira universidade delíngua inglesa noNorte da África, inaugurada em 1995 com contribuições daArábia Saudita e dosEstados Unidos.[102]

AUniversidade al Quaraouiyine, fundada na cidade de Fez em 859 como umamadraça, é considerada por algumas fontes, incluindo a UNESCO, a "mais antiga universidade do mundo". [129] Marrocos tem também algumas das prestigiadas escolas de pós-graduação, incluindo: Escola Nacional Superior de Eletricidade e Mecânica (ENSEM), EMI, ISCAE, INSEA, Escola Nacional de Indústria Mineral, École Hassania des Travaux Publics, Les Écoles Nationales de Commerce et de Gestion, Escola Superior de Tecnologia de Casablanca.[103]

Saúde

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O governo de Marrocos estabelece sistemas de vigilância dentro do sistema de saúde já existente para monitorar e coletar dados. A educação em massa em higiene é implementada nas escolas primárias, constante no currículo escolar. Em 2005, o governo do Marrocos aprovou duas reformas para expandir a cobertura do seguro saúde, sendo que a primeira consistiu num plano de seguro saúde obrigatório para funcionários dos setores público e privado. A segunda reforma criou um fundo para cobrir serviços de saúde para a população hipossuficiente. Ambas as reformas melhoraram o acesso a cuidados de saúde. A mortalidade infantil melhorou significativamente desde 1960, quando havia 144 mortes por 1 000 nascidos vivos, passando para 19 mortes por 1 000 nascidos vivos em 2021. A taxa de mortalidade de menores de cinco anos caiu 60% entre 1990 e 2011.[104][105][106]

Energia e transportes

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Painéis solares em Marrocos Oriental
Autoroute A3 (RabateCasablanca, 95 km)

Em 2008, cerca de 56% do fornecimento de electricidade em Marrocos vinha docarvão.[107] No entanto, como as previsões indicam que as necessidades de energia em Marrocos aumentarão 6% ao ano entre 2012 e 2050, uma nova lei foi aprovada incentivando os marroquinos a procurar formas de diversificar o fornecimento de energia, incluindo maisrecursos renováveis.[108]

O governo marroquino lançou um projeto para construir umausina heliotérmica deenergia solar[109] e também está estudando o uso dogás natural como fonte potencial de receita para o governo marroquino.[108] O país embarcou na construção de grandes fazendas de energia solar para diminuir a dependência decombustíveis fósseis e eventualmente exportar eletricidade para aEuropa.[110]

Existem cerca de 56 986 km de estradas (nacionais, regionais e provinciais) em Marrocos,[111] além de 1 416 km deautoestradas.[112] Aligação ferroviária de alta velocidade Tânger-Casablanca marca a primeira fase do plano diretor ferroviário de alta velocidade da ONCF, segundo o qual mais de 1 500 km de novas linhas ferroviárias serão construídas até 2035. O TGV terá capacidade para 500 passageiros e transportará 8 milhões de passageiros por ano. Os trabalhos sobre o projeto de trens de alta velocidade foram iniciados em setembro de 2011.[113] A construção de infraestrutura e entrega de equipamentos ferroviários terminaria em 2014 e a HSR estaria operacional em dezembro de 2015.[114]

Cultura

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Teto com estuque esculpido emAgadir

No jantar marroquino, as mesas geralmente não ficam preparadas, pois os pratos são trazidos pouco a pouco. Uma empregada ou um membro mais jovem da família (sempre uma mulher) traz uma bacia de metal com sabão no meio, às vezes feito de esculturas artesanais, e água em volta. As mãos são lavadas e uma toalha é oferecida para secá-las. Os marroquinos têm o costume de beberchá com hortelã (atāy outhé à la menthe;chá verde comhortelã-verde e açúcar) antes e depois da refeição. Agradecem aDeus dizendobismillah. Eles comem primeiramente de um prato comunitário, com a mão direita, o polegar e os dois primeirosdedos. No fim das refeições, agradecem novamente dizendoall hamdu Lillah, que quer dizer: "graças a Deus" e repetem o ritual de lavar as mãos.[carece de fontes?]

A cultura marroquina é também transposta para o artesanato. Dentro dos mercados esocos, os artesãos podem estar a trabalhar mesmo à sua frente: o couro, os metais, a joalharia e pode-se inclusive assistir ao tratamento doscurtumes. Faz parte da cultura marroquina negociar. O que quer que se queira comprar, deve-se preparar para negociar. Sempre muito simpáticos, os comerciantes marroquinos começam a negociação sempre com valores elevados para manter a conversa. Deve-se apontar para um valor baixo e dizer sempre que é muito caro o que oferecem. Claro que se deve ser correto na negociação e não estar a insistir num valor ridículo por uma peça que se sabe que vale mais.[carece de fontes?]

Osmouros foram responsáveis por um dos maiores tesouros de Marrocos: ozellige, um tipo deazulejo com padrões geométricos que surgiu noséculo X e se tornou ícone da arquitetura marroquina. O uso de formas geométricas foi uma forma encontrada pelos artistas islâmicos para evitar a representação de seres vivos, proibida pela religião. Os elementos daescrita cúfica também são usados como ornamentos.[carece de fontes?]

Música

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Músicosjilalas em 1900

A música marroquina épredominantemente árabe,[carece de fontes?] mas foi influenciada pela músicaandaluza, por exemplo. Mais tarde foi influenciada pela música popular, incluindo bandas conhecidas como Lemchaheb, Nass El Ghiwane e Jil Jilala. Berberes e outras minorias étnicas têm suas próprias tradições musicais.[115]

O rap também cresceu tremendamente em Marrocos. Os artistas de rap marroquinos incluem Bigg, Casa Crew, Ahmed Soultan, Steph Ragga Man, Fnaire, K-Libre, H-Kayne e Muslim.[116]

O país participou doFestival Eurovisão da Canção uma vez, em 1980, quando foi representado porSamira Bensaïd com a cançãoBitakat Hob.[117] O hino nacional do país foi composto por Léo Morgan eHymne Chérifien por Ali Squalli Houssain.[118] A vida cotidiana marroquina é rica em tradições, que muitas vezes remontam aos regulamentos do Alcorão. Orações pedem eco nos alto-falantes dos minaretes. Ainda há uma mesquita que convida os islâmicos a rezar cinco vezes por dia.[119]

Esportes

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Estádio Mohammed V emCasablanca

Ofutebol é o esporte mais popular do país, popular entre os jovens urbanos em particular. Em 1986, o Marrocos se tornou o primeiro país árabe africano a se classificar para a segunda fase daCopa do Mundo da FIFA. Já naedição de 2022 do Mundial, aSeleção Marroquina conseguiu ir além, tornando-se o primeiro país africano a alcançar as semifinais do torneio,[120] terminando a competição em quarto lugar.[121] O Marrocos estava originalmente programado para sediar a Copa das Nações Africanas de 2015, mas se recusou a sediar o torneio nas datas programadas por causa dos temores sobre osurto de ebola no continente. O país fez cinco tentativas de sediar aCopa do Mundo FIFA, todas sem sucesso.[carece de fontes?]

NosJogos Olímpicos de Verão de 1984, dois marroquinos ganharam medalhas de ouro noatletismo.Nawal El Moutawakel venceu nos400 m com barreiras; ela foi a primeira mulher de um país árabe ou islâmico a ganhar uma medalha de ouro olímpica.Saïd Aouita venceu os5 000 m nos mesmos jogos.Hicham El Guerrouj ganhou medalhas de ouro nosJogos Olímpicos de Verão de 2004 nos1 500 e 5 000 m e detém vários recordes mundiais nacorrida da milha.[carece de fontes?]

Feriados

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DataNome em portuguêsNome em árabe
1 de janeiroAno Novoالسنة الجديدة
2 de marçoIndependênciaعيد الاستقلال
1 de maioDia do Trabalhadorعيد العمال
23 de maioDia da Naçãoيوما للأمة
9 de julhoDia da Juventudeيوم الشباب
13 de julhoCoroação do reiMaomé VIيوم تتويج الملك
30 de julhoFesta do Trono L'Aïd el Archالطرف على العرش
14 de agostoDia da Lealdadeأيام المعرض
20 de agostoAniversário do Reiالذكرى السنوية للملك

Referências

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Notas
(C) Nos 15 membros daCommonwealth, o monarca, à excepção do Reino Unido, é representado por um Governador Geral.
(J) Monarca discutível como sendo o verdadeiro Chefe de Estado.
(Q) Tecnicamente uma monarquia constitucional mas mostra eficazes propriedades de uma monarquia absoluta.
(U) O monarca utiliza o título não-monárquico de "Presidente".
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