Onome genérico,Spatula, provém do latim, spătŭla, e significa «folha de palma; pata larga».[10]
Oepíteto específico,querquedula, também provém dolatim,querquēdŭla, reportando-se a «certo tipo de pato», especula-se que talvez se reportasse no período clássico à espécieAnas crecca[11], comummente conhecia comomarrequinha.[12]
Quanto aos nomes comuns:
Os nomes «cerceta» e «serzeta», resultam de adaptações, por via popular, do étimo latinoquerquēdŭla.[6][5]
O marreco (Spatula querquedula) é um pequenopato que se reproduz em grande em todo oPaleártico, especialmente no oeste daEurásia. A espécie é estritamentemigratória, com toda a população a migrar no inverno para o sul da África, para a Índia (em particular para a região deSantragachi), para o Bangladesh (em torno dos reservatórios naturais do distrito deSylhet) e para aAustralásia,[3] onde forma grande bandos. Esta espécie foi descrita pela primeira vez porCarl Linnaeus em 1758 na10.ª edição doSystema Naturae. Como outros pequenospatos, como amarrequinha-comum, esta espécie descola facilmente da água com a rápida torção em voo típica dasaves limícolas.
O macho adulto apresenta um aspecto inconfundível, com a cabeça e o peito castanhos e com uma amplalista supraciliar em forma de meia-lua branca sobre o olho. O resto daplumagem é cinzenta, compenas escapulares soltas de coloração cinzenta. O bico e as pernas são cinzentas. Em voo, mostra umespéculo azul claro com um bordo branco. Ao nadar, mostra bordos brancos proeminentes nasterciais. Opíleo é escuro e o rosto é castanho avermelhado.[13]
Algum cuidado é necessário ao separar a fêmea acastanhada desta espécie da muito similar fêmea damarrequinha-comum, mas as marcas faciais mais fortes e balançar a cabeça com mais frequência ao mexer são bons indicadores para a diferenciação. A confusão com a fêmea damarreca-de-asa-azul (Anas discors) também é possível, mas a forma da cabeça e do bico é diferente, e a última espécie tem patas amarelas. Bons indicadores para diferenciação são a sobrancelha pálida, a linha escura sobre os olhos e uma mancha pálida em torno doloro limitada por uma segunda linha escura.[13]
Dimensões
A espécie apresenta as seguintes dimensões típicas:[14]
Comprimento: 41 cm;
Envergadura: 58 - 69 cm.
Peso: 300- 440 g
São aves aquáticas que preferem lagoas pouco profundas com margens ricas em vegetação eáguas mesotróficas com matéria orgânica flutuante, onde estas aves se alimentam principalmente por raspagem da superfície, em vez de arrancarem o alimento dos fundos. O habitat de reprodução preferido por esta espécie são as pastagens e outros terrenos abertos adjacentes apântanos e a lagos e lagoas pouco profundos em regiões deestepe.
O macho tem uma chamada de acasalamento que consiste num crepitar distintivo; a fêmea é muito silenciosa para um pato feminino, mas pode produzir um débil caquejar.
A primeiradescrição formal do esécie foi feita pelo naturalista suecoCarl Linnaeus em 1758 na décima edição de seuSystema Naturae. Na descrição introduziu onome binomialAnas querquedula.[15] Um estudo defilogenética molecular comparando sequências deDNA mitocondrial publicado em 2009 permitiu concluir que o géneroAnas, como então definido, erapolifilético.[16] Em consequência. o género foi subsequentemente dividido em quatro géneros monofiléticos com dez espécies, incluindo a marrequinha, que foram movidos para o género ressuscitadoSpatula.[17] Este género fora originalmente proposto pelo zoólogo alemãoFriedrich Boie em 1822.[18][19] Onome genéricoSpatula deriva dolatim para "colher" ou "espátula". Oepíteto específico é também derivado do latimquerquedula, uma palavra que se acredita representar a sua chamada.[20]
Dentre o rol dos nomes comuns, em português, para esta ave, há dois pares alusivos ao canto característico desta ave. O primeiro, «cantadeira» e «rangedeira»,[8][9] e o segundo, formado pelos nomes «cerceta» e «serzeta» que, por seu turno, são corruptelas do epiteto latinoquerquedula.[5][6]
O nome comum em inglês data do século XVII e vem deidioma lombardogargenei, o plural degarganell, que em última análise vem dolatim tardiogargala "artéria traqueal".[21] O uso em inglês deve as suas origens aConrad Gesner que usou o nome italiano no terceiro volume de seuHistoriae Animalium (História dos Animais) de 1555.[22]
↑Gonzalez, J.; Düttmann, H.; Wink, M. (2009). «Phylogenetic relationships based on two mitochondrial genes and hybridization patterns in Anatidae».Journal of Zoology.279 (3): 310–318.doi:10.1111/j.1469-7998.2009.00622.x
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