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Marinho Chagas (centro) na Copa do Mundo de 1974 | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Francisco das Chagas Marinho | |
Data de nascimento | 8 de fevereiro de1952 | |
Local de nascimento | Natal,Rio Grande do Norte,Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Data da morte | 1 de junho de2014 (62 anos) | |
Local da morte | João Pessoa,Paraíba,Brasil | |
Pé | destro | |
Apelido | "Bruxa", "Diabo Loiro", "O Canhão do Nordeste" | |
Informações profissionais | ||
Posição | lateral-esquerdo | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1967–1969 1969–1970 1971–1972 1972–1976 1977–1978 1979 1980 1981–1983 1983 1984 1985–1986 1986–1987 1987–1988 | Riachuelo AC (Natal) ABC Náutico Botafogo Fluminense New York Cosmos Fort Lauderdale Strikers São Paulo Bangu Fortaleza América de Natal Los Angeles Heat BC Harlekin Augsburg | 00000000 00000000 00098000(12) 00183000(38) 000000 00000000 00000000 000850000(4) 00000000 00000000 00000000 00000000 00000000 |
Seleção nacional | ||
1973–1977 | Brasil | 000360000(4) |
Francisco das Chagas Marinho, mais conhecido comoMarinho Chagas (Natal,8 de fevereiro de1952 —João Pessoa,1 de junho de2014) foi umfutebolistabrasileiro[1] que atuou comolateral-esquerdo, apesar de serdestro.[2][3][4]
Apelidado de "A Bruxa", ou simplesmente "Bruxa", era conhecido pelo comportamento irreverente e não raro polêmico dentro e fora de campo, se destacando por estar taticamente à frente de seu tempo: avançava livremente pela lateral do campo rumo ao ataque, características de um verdadeiroala. Isso na época causava controvérsia, já que antigamente era considerado muito mais importante para um lateral marcar do que apoiar.
Caçula de uma família de nove irmãos[5], o menino magro do bairro do Alecrim, em Natal, foi levado por umsargento daMarinha aoRiachuelo, pequeno clube daGrande Natal, em 1967.[3] Despontou para ofutebol em 1969 e no ano seguinte, ele teve seu passe comprado peloABC.[2]
Em 1970, comAlberi e Marinho no time, o ABC quebrou um jejum de três anos sem títulos noCampeonato Potiguar.[3]
Chegou aoNaútico em 1971. Lá, onde ficou até 1972, foi apelidado também como “Canhão do Nordeste”, pelos seuschutes.[3] Em umamistoso pelo Náutico emKingston, trocou uma camisa por trêsdiscos com ocantorBob Marley.[6][7]
Chegou aoBotafogo em 1972 e fez sua estreia contra oSantos dePelé, onde marcou umgol e aplicou um lençol[6][7] e, em seguida, botou a bola entre as pernas do Rei.[3]
Foi vencedor, por dois anos consecutivos (1972/73), daBola de Prata darevista Placar.[3] O sucesso naCopa de 74 fez oSchalke 04 enviar uma proposta pelo Diabo Loiro, mas que foi recusada.[3][8] Marinho ficou no Botafogo até 1977 e se transferiu para oFluminense em 1978.[2] A passagem pelo Tricolor das Laranjeiras foi rápida e durou apenas um ano.[2]
Depois de atuar dois anos no futebol norte-americano (Cosmos, em 79, eStrikers, em 80), Marinho Chagas retornou ao futebol brasileiro para jogar noSão Paulo. Pelo clube, conquistou o título paulista de 1981[2] e a terceira Bola de Prata da revista Placar[3]. Ao todo foram 85 jogos com a camisa do Tricolor doMorumbi, tendo 46 vitórias, 16 empates e 23 derrotas, e quatro gols marcados.[2]
Em 1985, Marinho retornou ao futebolcarioca para atuar noBangu, mas não teve sucesso.[2]
Ainda atuou peloFortaleza, em 86, e América (RN), também em 86.
Encerrou a carreira como jogador no Harlekin Augsburg, daAlemanha, em 1987.[2]
Atuando peloBotafogo chegou aSeleção Brasileira. Estreou em 25 de junho de 1973 em partida amistosa contra aSuécia emRåsunda.[9]
Ficou marcado pelo atrito com o então goleiroLeão após o jogo contra aPolônia, perdido por 0–1, durante a Copa do Mundo FIFA de 1974 que valia a 3ª posição.[2][3][6][9] Foi eleito o melhor lateral esquerdo da Copa do Mundo de 1974.[5][6][7]
Pela Seleção Brasileira, Marinho Chagas atuou em 36 partidas (24 vitórias, 9 empates, 3 derrotas) e marcou quatro gols.[2][5][8]
Tentou ainda uma carreira comotreinador, mas não vingou. O primeiro e único time sob seu comando foi oAlecrim.[3][8]
Nos seus últimos anos de vida, morou em sua cidade natal, onde foi comentarista da Band Natal, emissora doGrupo Bandeirantes de Comunicação, a partir de 2011, nos programa "Palavra da Bruxa" e "Histórias da Bruxa".[2][5]
Marinho foi homenageado diversas vezes no Rio Grande do Norte; a última delas foi uma estátua sua entre as decorações da cidade do Natal para a Copa do Mundo. Ele também havia sido nomeado pela então prefeita da cidadeMicarla de Sousa como embaixador da cidade-sede para a Copa do Mundo.[10]
Faleceu em 1 de junho de 2014 após sofrer umahemorragia digestiva alta.[11]
A vida de Marinho Chagas é contada nolivro"A Bruxa e as vidas de Marinho Chagas", escrito pelojornalista Luan Xavier[12] e publicado em novembro de 2014 em Natal.[13]