Maria Mandel | |
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Nascimento | 10 de janeiro de1912 Münzkirchen,Áustria-Hungria |
Morte | 24 de janeiro de1948 (36 anos) Cracóvia,Polônia |
Nacionalidade | Austríaca |
Cargo | Comandante dos campos femininos deAuschwitz |
Serviço militar | |
País | ![]() |
Serviço | Schutzstaffel |
Anos de serviço | 1942–1945 |
Patente | SS-Lagerführerin (Líder de Campo) |
Maria Mandel (Münzkirchen,10 de janeiro de1912 –Cracóvia,24 de janeiro de1948) foi uma notória guarda feminina de alta patente daSSnazista, servindo nocampo de extermínio deAuschwitz-Birkenau, naPolônia, responsável direta pela morte de cerca de 500 000 mulheresjudias,ciganas e prisioneiras políticas.[1]
Nascida naÁustria, começou a carreira de guarda de prisão emLichtenburg, um dos primeiros campos alemães naSaxônia, em 1938, junto a outras cinquenta mulheres. Em 1939, junto com outros guardas e prisioneiros, foi transferida para o recém-construído campo deRavensbrück, próximo aBerlim. Seu trabalho rapidamente impressionou seus superiores, que a promoveram aSS-Oberaufseherin (Supervisora Sênior) em julho de 1942.[2] Em Ravensbrück, ela supervisionava as chamadas diárias de prisioneiros, as tarefas dos guardas comuns e prescrevia punições como chicotadas e espancamentos.
Em 7 de outubro de 1942, Mandel foi transferida para o campo de Auschwitz, na Polônia, onde foi promovida aSS-Lagerführerin (Líder de Campo), um cargo de comando abaixo apenas do próprio comandante do campo,Rudolf Höß. Lá ela controlou diretamente todos os campos e sub-campos femininos de Auschwitz e seu poder sobre as prisioneiras e suas subordinadas era absoluto. Maria teve simpatia por outra notória guarda femininaSS,Irma Grese, a quem promoveu a chefe do campo de judias húngaras em Auschwitz-Birkenau, anexo do complexo de extermínio de Auschwitz.
De acordo com testemunhas, uma de suas crueldades preferidas era se colocar em frente ao portão de entrada de Birkenau, esperando para ver se algum prisioneiro se virava para olhá-la; quem o fizesse, era sumariamente executado.
EmAuschwitz, era conhecida comoA Besta[2] e pelos dois anos seguintes encarregou-se de selecionar prisioneiros para ascâmaras de gás e outras atrocidades. Frequentemente escolhia alguns prisioneiros para lhe servirem de mascotes, animais de estimação, mantendo-os fora das câmaras até se cansar deles e os enviar para a morte; também foi testemunhado sobre ela, seu especial prazer em selecionar as crianças que deveriam ser executadas; foi ela quem criou a famosaorquestra Feminina de Auschwitz,[2] formada por prisioneiras, que acompanhava as chamadas diárias, execuções, seleções e transportes.[3] Assinou ordens enviando um número estimado de 500 mil mulheres e crianças para as câmaras dos campos de Auschwitz I e II.
Em novembro de 1944, Maria Mandel foi enviada para o sub-campo deMühldorf, no complexo deDachau, onde ficou até maio de 1945, quando deixou o campo à aproximação dosAliados e fugiu pelas montanhas do sul daBaviera para sua cidade natal deMünzkirchen, na Áustria.
Ela foi presa em sua terra natal em 10 de agosto de 1945 pelos norte-americanos e, após diversos interrogatórios onde ficou constatado a sua inteligência e dedicação ao trabalho nos campos, foi devolvida à Polônia. Em novembro de 1947, após passar dois anos em custódia dos Aliados, foi julgada porcrimes contra a humanidade numa corte deCracóvia e sentenciada à morte. Foi enforcada em 24 de janeiro de 1948, aos 36 anos de idade.[2]