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Manoel Carlos

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Manoel Carlos
Manoel Carlos em 2004
Nome completoManoel Carlos Gonçalves de Almeida
Pseudônimo(s)Maneco
Vovô do Leblon
Nascimento
14 de março de1933 (92 anos)

Nacionalidadebrasileiro
Filho(a)(s)5 (incluindoJúlia Almeida)
Ocupação
Período de atividade1950–2015
Principais trabalhosA Sucessora (1978)
Malu Mulher (1979)
Água Viva (1980)
Baila Comigo (1981)
Sol de Verão (1982)
Felicidade (1991)
História de Amor (1995)
Por Amor (1997)
Laços de Família (2000)
Presença de Anita (2001)
Mulheres Apaixonadas (2003)
Páginas da Vida (2006)
Maysa: Quando Fala o Coração (2009)
Viver a Vida (2009)
PrêmiosGrande Oficial daOrdem do Ipiranga[1]

Manoel Carlos "Maneco" Gonçalves de Almeida (São Paulo,14 de março de1933) é umautor,escritor,diretor,produtor e ex-atorbrasileiro.[2] É pai da atrizJúlia Almeida e da roteirista de novelas Maria Carolina, sua colaboradora em diversas obras.[3] A partir da década de 1990 seus trabalhos se tornaram célebres por retratar a burguesiacarioca contemporânea, principalmente no bairro doLeblon.

Carreira

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1950–77: Excelsior, Record e jornalismo

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Um dos pioneiros da televisão brasileira, iniciou sua carreira na década de 1950, fez parte no Grande Teatro Tupi, na extintaTV Tupi, dirigido porSérgio Britto,Fernando Torres, eFlávio Rangel, no ar por mais de dez anos. Com elenco no qual se destacamFernanda Montenegro,Ítalo Rossi,Natália Thimberg, Fernando Torres,Zilka Salaberry,Aldo de Maio eCláudio Cavalcanti, o teleteatro apresentou um repertório de mais de 450 peças dos maiores autores nacionais e estrangeiros. Em 1952, escreve sua primeira telenovelaHelena para aTV Paulista, uma adaptação doromance homônimo deMachado de Assis.[4] No mesmo ano de 1952, escreveu a telenovelaNick Chuck para aTV Paulista. Em 1953, escreveuIaiá Garcia também para aTV Paulista, uma outra adaptação de umromance homônimo também deMachado de Assis.[5] Dirigiu e produziu programas como aFamília Trapo, exibida naTV Record no final dos anos 1960,[2]Esta Noite se Improvisa,O Fino da Bossa (comElis Regina) e a primeira fase doFantástico, entre 1973 e 1976.

1978–94: Globo, Band e Manchete

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Em 1978, escreve sua primeiratelenovela naTV Globo:Maria, Maria, seguida porA Sucessora, ambas adaptações literárias.[2] Em 1980, atua como colaborador deGilberto Braga emÁgua Viva,[2] um clássico das telenovelas que abordava justamente os conflitos da burguesia e da classe média cariocas, temática que permearia toda a sua obra desde então, como pode se verificar logo emBaila Comigo (1981), sua primeira novela das 20h e com a sua primeira Helena.[2] Em 1982, largaSol de Verão pela metade, abalado com o falecimento deJardel Filho, protagonista da novela e seu amigo pessoal.[2] A novela foi concluída porGianfrancesco Guarnieri eLauro César Muniz e saiu do ar antes do previsto. Sai daRede Globo em seguida, escrevendo duas tramas naRede Manchete: aminissérieViver a Vida, em 1984, oseriadoJoana, no mesmo ano até 1985 (a segunda temporada foi exibida peloSBT, apos rescisão de contrato da produtora com a Manchete) e a novelaNovo Amor, em 1986.[2] Em 1989, escreve a minissérieO Cometa, naRede Bandeirantes.[2] Volta para a Globo em 1991, quando escreve o sucessoFelicidade, que foi uma livre adaptação da obra deAníbal Machado e teve a primeira mulher a frente de uma direção geral, Denise Saraceni; foi uma das mais picotadas noVale a Pena Ver de Novo: 55 capítulos contra 203 da exibição original, nele também o esquema da exibição do último capítulo fugiu ao habitual: exibição do penúltimo capítulo naquinta-feira, reprise do penúltimo na sexta, último nosábado e reprise do último na segunda um pouco antes da novela substituta:Despedida de Solteiro (1992), deWalther Negrão.

1995–2014: Repercussão e temas sociais

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A novelaHistória de Amor (1995), que foi considerada uma comemoração dos trinta anos de carreira da atrizRegina Duarte, que pela primeira vez interpretava um papel no horário das 18 horas e foi também sua primeira de três Helenas, além do início da parceria com o diretorRicardo Waddington, com o atorJosé Mayer e a atrizLília Cabral chegou a ter a sua sinopse alterada devido à determinação doMinistério da Justiça, que considerava o tema da paixão de mãe e filha pelo mesmo homem inadequado para o horário. O tema seria discutido às 20 horas, com a marcanteLaços de Família em 2000 que também abordava aleucemia comomerchandising social.

Por Amor, um dos seus maiores sucessos, exibida entre 1997 e 1998, retomava o tema do sacrifício que uma mãe é capaz de fazer pelos filhos, como na novela anterior do autor,História de Amor. A novela também abordava temas comobissexualidade,traição, ciúme doentio, troca de bebês,alcoolismo,aborto,jogo do bicho e outros. Manoel Carlos ainda escreveriaMulheres Apaixonadas, que foi o grande sucesso de 2003 e teve temas fortes comopreconceito social contra os idosos e lésbicas,celibato, alcoolismo,violência doméstica, traição,câncer, romance entre mulheres mais velhas e jovens rapazes, o tormento provocado pelociúme e outros. Além de ter sido um grande sucesso de audiência, atingindo médias diárias em torno dos 50 pontos, a trama influenciou na posterior aprovação de algumas leis, como oEstatuto do Idoso e oEstatuto do Desarmamento.[6]

Apesar de ser mais reconhecido por suasnovelas,Manoel Carlos obteve grande sucesso nas duas minisséries que escreveu para aRede Globo.Presença de Anita, exibida em 2001, foi baseada noromance homônimo deMário Donato.Presença de Anita também foi a responsável pela maior audiência registrada por umaminissérie na década de 2000, com média de 30 pontos noIbope. A minissérie bateu outros grandes sucessos comoA Muralha eA Casa das Sete Mulheres, que registraram 29 e 28 pontos, respectivamente.[7] Em 2006 escreveu o sucessoPáginas da Vida em que retratava novamenteRegina Duarte como sua Helena, uma médica forte e determinada que resolve cuidar de uma criança portadora desíndrome de Down que fora rejeitada pela avó, a perversa Marta, interpretada brilhantemente porLilia Cabral. Em 2009, o autor escreveriaMaysa - Quando Fala O Coração, uma espécie de biografia da cantora Maysa, já falecida. A produção também teve grande sucesso popular e reconhecimento merecido da crítica. Em 2009 escreveViver a Vida, novamente com o bairro doLeblon como cenário principal eTaís Araújo como a Helena da vez. A novela teve audiência razoável, com 36 pontos de média geral, porém o público se identificou e ficou emocionado com o drama de Luciana, vivida porAlinne Moraes, uma modelo que sofre um acidente e tornar-se tetraplégica, para agonia da mãe, a neurótica Teresa vivida porLília Cabral, que por esse trabalho foi indicada aoEmmy Internacional de Melhor Atriz em 2010.

Manoel Carlos desenvolveuVale Abraão[nota 1], projeto que desejava levar ao ar naRede Globo em formato de telenovela e, posteriormente de minissérie. Inicialmente cogitou-se apresentar na faixa das 23h, apósO Astro, sendo queManeco pretendia levar a produção ao ar, antes de sua última telenovela das 21h, porém a emissora engavetou a produção. Numa entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", o autor disse que pretendia levar à minissérie ao ar, após o término deEm Família, o que não veio a acontecer.[8][9][10][11][12] Em 2014, escreveu a novelaEm Família que traz a última Helena do autor interpretada porJúlia Lemmertz eBruna Marquezine em duas fases diferentes da trama. O folhetim foi um grande fracasso de audiência e recebeu forte rejeição do público e crítica, mesmo tentando repetir as mesmas fórmulas das novelas dos anos 1990 e 2000.

Vida pessoal

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Manoel Carlos é pai da escritora e roteirista Maria Carolina e da atrizJúlia Almeida, que atuou em todos os seus trabalhos deFelicidade aMulheres Apaixonadas. Enfrentou, infelizmente, a morte de três filhos: o dramaturgo e atorRicardo de Almeida (falecido em 1988 em decorrência de complicações de HIV), com quem coescreveuO Cometa; o diretorManoel Carlos Júnior, que em 2012 não resistiu a um ataque cardíaco e o estudante de teatro Pedro Almeida, de 22 anos, falecido de mal súbito em 2014, em Nova York.

Formato das obras

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Helena

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Uma das principais marcas das novelas de Manoel Carlos foi o nome "Helena" em suas protagonistas. Segundo o autor, esta preferência não se deve a nenhuma mulher em especial com este nome em sua vida, mas sim pela admiração que ele tinha pela história mitológica deHelena de Troia, pela força e independência da personagem.[13] Oficialmente, a primeira Helena que o autor credita como precursora de muitas que escreveria na sequência foi interpretada porLilian Lemmertz emBaila Comigo (1981). Helena (Lílian Lemmertz) é uma mulher sofrida, que teve gêmeos no passado, mas por força das circunstâncias, viu-se obrigada a entregar um dos meninos para o pai Joaquim (Raul Cortez) criar. Ele o levou para fora do país e Helena nunca mais teve notícias do menino. Os irmãos cresceram sem que um soubesse da existência do outro. Sente-se culpada por ter permitido que um filho fosse levado e por não revelar a verdade ao outro. Trabalha em uma agência de caderneta de poupança, para complementar a renda de casa.[14]

EmSol de Verão (1982) eNovo Amor (1986), o autor deu outros nomes às protagonistas, acreditando naquele momento que já havia cumprido sua homenagem.

Em 1991, Manoel decidiu retomar o nome como principal pilar de suas obras, escrevendo oito novelas seguidas cujas protagonistas se chamaram Helena. EmFelicidade (1991), Helena foi interpretada porMaitê Proença. Helena (Maitê Proença) é uma moça bela e sonhadora da cidadezinha de Vila Feliz, em Minas Gerais, que sonha com uma vida melhor no Rio de Janeiro. Depois de um casamento fracassado com Álvaro (Tony Ramos), volta a se envolver com o grande amor de sua vida. Ela esconde de todos a identidade do pai de sua filha Bia (Tatyane Goulart).[15]

EmHistória de Amor (1995), Helena foi interpretada porRegina Duarte. Helena (Regina Duarte), uma mulher batalhadora, vive com sua única filha Joyce (Carla Marins), com quem tenta manter uma relação de cumplicidade, muitas vezes sem sucesso. É separada de Assunção (Nuno Leal Maia), pai de Joyce, com quem tem uma relação conturbada por causa do machismo e extrema vigilância dele. Trabalha como corretora de imóveis. Solitária, sonha encontrar um grande amor.[16]

Em 1997, Regina Duarte interpreta a sua segunda Helena. EmPor Amor (1997), Helena (Regina Duarte) é uma mulher independente, inteligente e intuitiva. Sócia em um estúdio de decoração. Tem uma paixão incondicional pela única filha Maria Eduarda (Gabriela Duarte). Separada há anos do marido, casa-se novamente com Atílio (Antônio Fagundes), o homem que acredita ser o grande amor de sua vida.[17]

EmLaços de Família (2000), Helena foi interpretada por Vera Fischer. Helena (Vera Fischer) é uma bela mulher dona de uma clínica de estética. Divide-se entre suas paixões e o amor pela filha Camila (Carolina Dieckmann).[18]

EmMulheres Apaixonadas (2003), Helena foi interpretada por Christiane Torloni. Helena (Christiane Torloni) é uma professora de História e diretora da Escola Ribeiro Alves, a ERA, uma das mais conceituadas do Rio de Janeiro. Mesmo sendo uma mulher confiante e segura, passa por uma fase de incertezas quanto à sua felicidade. Seus questionamentos sobre a vida conjugal ganham força quando ela reencontra César (José Mayer), um amor do passado, a quem abandonou para se casar.[19]

EmPáginas da Vida (2006),Regina Duarte interpreta sua terceira e última Helena. Helena (Regina Duarte) é uma médica obstetra, que a única filha biológica que gerou morreu ainda criança, o que a levou, depois, a adotar dois filhos, em situações diferentes: Salvador (Jorge de Sá), filho biológico de uma ex-empregada que faleceu, e a menina Clara (Joana Mocarzel), criança comsíndrome de Down, rejeitada pela avó Marta (Lília Cabral) após o nascimento dela e morte de sua mãe Nanda (Fernanda Vasconcellos).[20]

EmViver a Vida (2009),Taís Araújo foi a primeira e única Helena negra. Helena (Taís Araújo) é uma modelo de renome internacional, no auge da carreira. Criada em Búzios, no Rio de Janeiro, foi para a capital ainda na adolescência, onde iniciou sua carreira. A maturidade precoce a colocou no centro da família. Durante um desfile em Búzios, se apaixona por Marcos (José Mayer), um homem cujo casamento vai levá-la a abandonar a profissão.[21]

EmEm Família (2014),Júlia Lemmertz, filha da primeira Helena oficial,Lilian Lemmertz, fechou o ciclo das Helenas. Helena (Júlia Lemmertz) na juventude, foi uma mulher linda, independente e dona de personalidade forte, não levava desaforo para casa. Namorou o primo Laerte (Gabriel Braga Nunes), com quem viveu uma relação de amor e ódio. No dia de seu casamento, ele foi preso por tentativa de homicídio à Virgílio (Humberto Martins), o que os afastou. Suas vidas tomaram rumos opostos. Ela casou-se com Virgílio e constituiu família. A volta do primo, vinte anos depois, lhe causa muita angústia.[22]

No entanto, Manoel Carlos já havia escrito outras duas protagonistas com o mesmo nome em novelas antes de Lilian:Jane Batista como a personagem-título emHelena (1952)[23] eNívea Maria como Maria Helena emMaria, Maria (1978)[24], embora as duas nunca foram creditadas por ele como parte de seu ciclo – a primeira por não ser uma Helena original, mas uma adaptação doromance de mesmo título deMachado de Assis, enquanto a segunda, além de ser uma adaptação do romanceMaria Dusá, deLindolfo Rocha, é chamada na trama apenas de Maria.

Vilãs

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Manoel Carlos criou também vilãs antológicas na teledramaturgia brasileira. As mais marcantes rivalizavam com suas Helenas e seu núcleo familiar. A primeira delas foi a arrogante Marta, vivida porTereza Rachel emBaila Comigo (1981). Marta é de família abastada, é fútil, esnobe, arrogante e orgulhosa, porém esconde um lado muito carente. Ama o marido Joaquim (Raul Cortez) e não perdoa suas infidelidades conjugais. A princípio, desconhece a origem de João Victor Gama (Tony Ramos) pensa que ele foi abandonado pelos pais verdadeiros antes de ser adotado. Ao descobrir a verdade, revela ao rapaz que ele é adotado.[14]

Em 1991, foi a vez deViviane Pasmanter interpretar a desequilibrada Débora emFelicidade (1991). Débora é uma moça rica e mimada. Ex-mulher de Álvaro (Tony Ramos) que não se conforma com a separação e transforma a vida dele em um verdadeiro inferno, o que acentua seus problemas psicológicos.

EmHistória de Amor (1995), a dupla de vilãs interpretadas porCarolina Ferraz eLília Cabral, na pele das perigosas Paula e Sheila, infernizavam a vida de Helena. Paula (Carolina Ferraz) é com quem Carlos Alberto Moretti (José Mayer) se casa no início da trama. Moça bela e mimada, de família tradicional e rica, mas falida. O seu egoísmo, ciúme e sentimento de posse prejudicam o casamento. Não admite dividir o marido com nada e ninguém, nem mesmo com o cachorro dele. As coisas pioram quando, ao se separarem, Carlos decide assumir seu amor por Helena (Regina Duarte). Sheila (Lília Cabral) foi namorada de Carlos, com quem viveu uma relação de dez anos. Ao terminarem, imaginou tratar-se apenas de uma curta separação, mas foi nesse intervalo que Carlos se envolveu e se casou com Paula. Sheila sente-se traída e luta para ter seu amor de volta. No decorrer da trama, ainda disputa o médico com Helena, revelando-se uma mulher amargurada e vingativa. Dissimulada, aproxima-se de Helena e finge-se amiga, mas causa vários problemas na vida da protagonista. Além da dupla Paula e Sheila, a novela tinha outras vilãs secundárias, como a arrogante Rafaela Moretti (Marly Bueno) e a intransigente Dalva (Ana Rosa).[25]

EmPor Amor (1997), foi a vez da dupla de vilãs Branca e Laura, vividas porSusana Vieira eVivianne Pasmanter. A primeira é uma aristocrata esnobe, falsa e manipuladora, disposta a tudo para conseguir o que quer, inclusive chegando a humilhar o filho caçula, Léo (Murilo Benício). A segunda é uma mulher obsessiva que não aceita ser rejeitada. Ambas as mulheres faziam da vida das protagonistas, mãe e filha, um verdadeiro tormento.[17]

Seguindo uma premissa similar a dePor Amor, novamente mãe e filha protagonizaram uma trama, emLaços de Família (2000), e ambas tiveram uma dupla de vilãs, vividas porDeborah Secco eMarieta Severo, dispostas a fazerem de suas vidas um verdadeiro inferno. Íris (Deborah Secco), meia-irmã de Helena (Vera Fischer), não se conforma com as atitudes da sobrinha Camila (Carolina Dieckmann), que "roubou" Edu (Reynaldo Gianecchini) o namorado da mãe, e fará de tudo para prejudicá-la, chegando muitas vezes aos extremo para isso. Já Alma (Marieta Severo), tia de Edu, é uma mulher preconceituosa que não aceita o amor do sobrinho por uma mulher mais velha. No núcleo da família de Helena, havia também a mimada e fútil Clara (Regiane Alves), uma jovem que sonha com dinheiro e glamour e não aceita o passado do marido Fred (Luigi Baricelli) com a garota de programa Capitu (Giovanna Antonelli). Nessa novela, Maneco apostou também em vilões masculinos, os desequilibrados Orlando e Maurinho, vividos porHenri Pagnoncelli e Luiz Nicolau, que perseguiam e humilhavam Capitu.[26]

EmMulheres Apaixonadas (2003),Carolina Kasting deu vida a médica Laura, assistente de César (José Mayer). Com a morte de Isabel (Cris Bonna), cria grande expectativa de assumir seu relacionamento com ele, por quem é muito apaixonada. Porém, eles terminam e ela não aceita o término de seu relacionamento. A novela também continha vilãs jovens como Dóris e Paulinha, e o vilão Marcos. Dóris (Regiane Alves), moça voluntariosa, interesseira e malcriada. Não quer mais dividir o quarto com o irmão Carlinhos (Daniel Zettel) e pressiona os pais, Carlão (Marcos Caruso) e Irene (Martha Mellinger) para ter um espaço próprio ou para que os avós, Leopoldo (Oswaldo Louzada) e Flora (Carmem Silva), deixem a casa, já que eles ocupam um quarto que poderia ser dela. Seu comportamento perturba toda a família, já que ela insiste em maltratar os avós. Paulinha (Roberta Gualda) é filha de Oswaldo (Tião d’Ávila), aluna bolsista, amiga de Marcinha (Pitty Webo), e amargurada por ser pobre, tem vergonha e despreza o pai. Preconceituosa, arrogante e metida, pega no pé de todo mundo.[27][28] Marcos (Dan Stulbach) é um homem violento e desequilibrado que persegue e agride fisicamente e psicologicamente sua ex-mulher Raquel (Helena Ranaldi). Possessivo, não aceita o fim da relação e a proximidade dela com qualquer outra pessoa, principalmente o jovem Fred (Pedro Furtado).

EmPáginas da Vida (2006) foi a vez de Marta, sendo a segunda vez queLília Cabral interpretava uma vilã do autor. Marta é uma mulher amargurada e intransigente, que se sentiu-se traída com a gravidez da filha. Ao ser contatada por Helena (Regina Duarte) sobre a morte de sua filha Nanda (Fernanda Vasconcellos), após o parto de gêmeos, ela descobre que sua neta Clara (Joana Mocarzel) nasceu comsíndrome de Down, e friamente, rejeita a criança e a encaminha para a adoção, enquanto Francisco (Gabriel Kaufmann) é levado para casa. Sem o conhecimento de Alex (Marcos Caruso), Marta mente para a família afirmando que o menino sobreviveu, mas a menina não. Clara é adotada por Helena. Além de Marta,Regiane Alves voltou a interpretar uma vilã, como a mimada Alice, que não aceita o envolvimento do namorado Léo (Thiago Rodrigues) com a bela Olívia (Ana Paula Arósio). E ainda havia a interesseira e arrivista Sandra (Danielle Winits), que não aceitava o comportamento passivo dos pais, empregados da casa de Tide (Tarcísio Meira), e fazia tudo para ter dinheiro e mordomia.[20]

EmViver a Vida (2009),Lília Cabral interpretou pela terceira vez uma vilã do autor. Tereza, ex-mulher de Marcos (José Mayer) apesar de colocar um ponto final no casamento, carrega certa amargura por ter abandonado as passarelas no auge de sua carreira. Isso fica mais evidente quando o ex-marido começa a namorar Helena (Taís Araújo), vinte anos mais nova, e modelo bem sucedida como ela era no passado. Não consegue esconder que não gosta de Helena, a quem sempre trata com distanciamento.[21][29] Além de Cabral,Adriana Birolli interpretou a mimada e arrogante Isabel, filha de Tereza, que sempre sentiu inveja do tratamento que os pais deram as irmãs Luciana (Alinne Moraes) e Mia (Paloma Bernardi).[30]

EmEm Família (2014), novamenteVivianne Pasmanter interpretou uma vilã, dessa vez cômica, a ardilosa Shirley. Shirley é mimada, bonita e ardilosa, gosta de chamar a atenção. Sempre teve uma relação ríspida com Helena (Júlia Lemertz) e sempre foi louca por Laerte (Gabriel Braga Nunes), com quem teve um filho, Leto (Ronny Kriwat), no passado.[22]

Tony Ramos,Carolina Dieckmann,Regina Duarte,Susana Vieira,Vivianne Pasmanter,José Mayer,Lília Cabral,Helena Ranaldi,Vera Holtz,Regiane Alves,Umberto Magnani,Marly Bueno,Beatriz Lyra,Júlia Almeida,Natália do Vale,Monique Curi,Xuxa Lopes,Paulo Figueiredo,Leonardo Miggiorin,Marcos Caruso,Reynaldo Gianecchini,Giovanna Antonelli,Christine Fernandes,Cláudia Mauro,Edson Silva,Eduardo Lago,Serafim Gonzalez,Elisa Lucinda,Lica Oliveira,Cristina Prochaska,Maria Alves,Milton Gonçalves,Maria Helena Pader,Nathalia Timberg,Paulo José,Paulo César Grande,Maria Ceiça,Ângelo Paes Leme,Otávio Augusto,Ângela Vieira,Thiago Lacerda,Carolina Kasting,Carolina Ferraz,Herson Capri,Arlete Salles,Louise Cardoso,Regina Braga,Ricardo Petraglia,Nuno Leal Maia,Fábio Junqueira,Bruna Marquezine,Mateus Solano,Alinne Moraes,Ana Beatriz Nogueira,Sebastião Vasconcelos,Miriam Pires,Vanessa Gerbelli,Lavinia Vlasak,Christiane Torloni,Walderez de Barros,Henri Pagnoncelli,Inez Viana,Cláudio Gabriel,Arlete Heringer,Yara Cortes,Max Fercondini,Cecília Dassi,Flávia Bonato,Cláudio Cavalcanti,Hemílcio Fróes,Francisco Dantas,Fernando Torres,Yara Amaral,Beatriz Segall,Odilon Wagner,Othon Bastos,Ângela Leal,Ilva Niño,Rosane Gofman,Jorge Cherques,Chaguinha,Jorge Coutinho,John Herbert,Carlos Kroeber,Joana Medeiros,Zé Carlos Machado,Charles Myara,Ary Coslov,Clementino Kelé,Narjara Turetta,Mário Lago,Carlos Zara,Diogo Vilela,Buza Ferraz,Beth Lamas,Francisco Carvalho,Maria Zilda,Selma Reis,Sônia Guedes,Roberto Frota,Cyria Coentro,Zé Victor Castiel,Eva Wilma eHenrique César são atores comuns que estão presentes em suas produções, com parcerias nas tramas do autor.

Filmografia

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Telenovelas

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AnoTrabalhoEmissoraHorárioEscalaçãoParceiros Titulares
1952HelenaTV Paulista-Autor Principal
1953Iaiá Garcia
1978Maria, MariaRede Globo18h
A Sucessora
1980Água Viva20hCoautorGilberto Braga
1981Baila Comigo[31]Autor Principal
1982Sol de Verão[31]Lauro César Muniz eGianfrancesco Guarnieri
1986Novo AmorRede Manchete21h
1987BrilloCanal A
1990El magnateTelemundo
1991Felicidade[31]Rede Globo18h
1995História de Amor
1997Por Amor[31]20h
2000Laços de Família[31]
2003Mulheres Apaixonadas[31]
2006Páginas da Vida[31]
2009Viver a Vida
2014Em Família[32][33]21h

Séries e minisséries

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AnoTrabalhoEmissoraEscalaçãoNotas
1952Nick ChuckTV Paulistaautor principal
1953–1961Grande Teatro TupiTV Tupiautor principal
diretor geral
1967–1971Família TrapoRecordTVautor principal
diretor geral
1979–1980Malu MulherRede GloboAutor principalDaniel Filho
1984Viver a VidaRede Manchete
1984–1985Joana
1989O CometaBand
1993Caso EspecialRede GloboRoteiristaEpisódio: "O Besouro e a Rosa"
2001Presença de Anita[31]autor principal
2009Maysa: Quando Fala o Coração
2015Não se apega, nãosupervisor de textoIsabela Freitas

Programas

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AnoTrabalhoEmissoraEscalação
1963Chico Anysio ShowTV RioRoteirista
1965–1966Corte-Rayol ShowRecordTVRoteirista
diretor geral
1966Bossaudade
1966–1973HebeRoteirista
produtor
diretor
1966–1967O Fino da BossaRoteirista
1967–1973Show do Dia 7
1967Pra ver a Banda Passar
1968Esta Noite se ImprovisaRoteirista
produtor
diretor
Alianças para o Sucesso
1973Globo GenteRede Globoautor principal
diretor geral
Fantásticodiretor geral
1975TV: Ano 25autor principal
diretor geral
editor
1976Convocação Geraldiretor geral

Teatro

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Como ator

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  • 1950 -O urso
  • 1951 -Juventude sem dono
  • 1952 -Society in baby doll
  • 1953 -A valsa do imperador
  • 1954 -O canto da cotovia

Como diretor

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  • 1971 -Chico Buarque
  • 1977–83 -Seis e meia

Bibliografia

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  • 1958 -Fernando Pessoa: uma luz sobre vários poetas
  • 1982 -Bicho alado
  • 2005 -Off: uma história de teatro
  • 2006 -A arte de reviver

Prêmios e indicações

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Troféu Imprensa
AnoCategoriaIndicaçãoResultado
1961Melhor Produtor de TVManoel CarlosVenceu
1966Melhor Produtor MusicalManoel CarlosVenceu
1982Melhor NovelaBaila ComigoIndicado
1996Melhor NovelaHistória de AmorIndicado
1998Melhor NovelaPor AmorVenceu
2001Melhor NovelaLaços de FamíliaVenceu
2004Melhor NovelaMulheres ApaixonadasVenceu
2007Melhor NovelaPáginas da VidaVenceu
2010Melhor NovelaViver a VidaIndicado
Troféu Internet
AnoCategoriaIndicaçãoResultado
2001Melhor NovelaLaços de FamíliaVenceu
2007Melhor NovelaPáginas da VidaVenceu
2014Melhor NovelaEm FamíliaIndicado
Prêmio Contigo!
AnoCategoriaIndicaçãoResultado
1998Melhor NovelaPor AmorVenceu
Melhor AutorVenceu
2002Melhor Série ou MinissériePresença de AnitaVenceu
2004Melhor NovelaMulheres ApaixonadasVenceu
Melhor AutorVenceu
2007Melhor NovelaPáginas da VidaVenceu
Melhor AutorVenceu
2010Melhor NovelaViver a VidaIndicado
Melhor Série ou MinissérieMaysa: Quando Fala o CoraçãoVenceu
Melhor AutorViver a VidaIndicado
Maysa: Quando Fala o CoraçãoIndicado
2014Melhor NovelaEm FamíliaIndicado
Prêmio Extra de Televisão
AnoCategoriaIndicaçãoResultado
2000Melhor NovelaLaços de FamíliaVenceu
2001Melhor Novela ou MinissériePresença de AnitaVenceu
2003Melhor NovelaMulheres ApaixonadasVenceu
2006Melhor NovelaPáginas da VidaVenceu
2009Melhor SérieMaysa: Quando Fala o CoraçãoVenceu
2010Melhor NovelaViver a VidaIndicado
2014Melhor NovelaEm FamíliaIndicado
Prêmio Quem de Televisão
AnoCategoriaIndicaçãoResultado
2009Melhor AutorManoel CarlosVenceu
2010Melhor AutorManoel CarlosIndicado
Outros prêmio
1997
2001
  • "Festival Latino Americano de Cine, Vídeo e TV de Campo Grande" - melhor novela:Laços de Família
  • "Festival Latino Americano de Cine, Vídeo e TV de Campo Grande" - melhor autor
2003
2009/2010

Notas

  1. Minissérie baseada na obraVale Abraão, versão portuguesa do romanceMadame Bovary deGustave Flaubert.

Referências

  1. ab«DECRETO Nº 56.210».Portal da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 17 de setembro de 2010. Consultado em 12 de março de 2018 
  2. abcdefghMemória Globo.«Manoel Carlos». Arquivado dooriginal em 19 de março de 2009 
  3. «Autor de dramas na TV, Manoel Carlos já perdeu dois filhos, um deles por AIDS».R7.com. 13 de fevereiro de 2014. Consultado em 9 de setembro de 2020 
  4. «Teledramaturgia de 1952».Telenovela. Tudo sobre Telenovela. Consultado em 27 de julho de 2024 
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2020–
Relacionados
2007–2016
O ano refere-se à produção da novela/minissérie.
O ano refere-se à entrega do prêmio, geralmente a produção da novela é no ano anterior. A premiação não foi realizada de 1999 a 2001.
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