Nascido emSamarobriva (Amiens, naGália), Magnêncio era o comandante doshercúleos e jupiterianos, as unidades responsáveis pela proteção do imperial.[1] Quando a insatisfação contra o imperadorConstante I tornou-se insuportável, oexército romano emAutun proclamou Magnêncio imperador em 18 de janeiro de 350. Constante foi abandonado por virtualmente todas as suas forças e ele acabou assassinado por um grupamento de cavalaria leve perto dosPirenéus.
Magnêncio rapidamente arregimentou a lealdade das províncias daBritânia,Gália eHispânia, em parte por que ele se mostrou ser muito mais tolerante tanto com oscristãos quanto com ospagãos. Seu controle sobreItália eÁfrica foi exercido através da eleição de alguns de seus homens para os cargos mais importantes. Porém, a breve revolta deNepociano, um membro dadinastia constantiniana, mostrou a Magnêncio que sua posição precisava ser consolidada frente aos membros da família do grandeConstantino.
Ele tentou em seguida reforçar seu controle sobre os territórios controlados pelo finado Constante e marchou para oDanúbio.Vetrânio, comandante daslegiões daPanônia, havia sido proclamadoaugusto por suas tropas emMursa (Osijek, naHungria) em 1 de março. Esta revolta tinha um verniz legalista, pois Vetrânio tinha o apoio deConstância, e o próprioConstâncio II o reconheceu enviando-lhe o diadema imperial.
O último imperador da família de Constantino, Constâncio II, interrompeu sua campanha naSíria contra ospersas sassânidas e marchou para o ocidente. Apesar dos esforços de Magnêncio para atrair Vetrânio para sua causa, o velho general alcançou Constâncio com seu exército e abdicou.
Depois de fazer deDecêncio Magno (provavelmente seu irmão) umcésar e de alistar tantos soldados quanto possível, os exércitos de Magnêncio e Constâncio se enfrentaram naBatalha de Mursa Maior em 351. Magnêncio liderou suas tropas pessoalmente enquanto Constâncio passou o dia rezando numa igreja próxima. Apesar do heroísmo de Magnêncio, seu exército foi derrotado e teve que recuar para a Gália.
Por causa da derrota de Magnêncio, a Itália expulsou suas tropas e se juntou à causa legalista. Magnêncio tentou resistir em 353 naBatalha do Monte Seleuco, mas, derrotado, suicidou-se caindo sobre sua espada.
Depois que a revolta de Magnêncio foi sufocada, Constâncio iniciou uma investigação para descobrir quem eram seus aliados. O mais notório dentre eles era oprimicério dos notáriosPaulo Catena.
Algumas fontes afirmam que o pai de Magnêncio era umbritônico e sua mãe, umafranca.[2]