Maggie Nelson | |
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![]() Nelson na Biblioteca Pública de San Francisco | |
Nascimento | 12 de março de1973 Califórnia,Estados Unidos |
Nacionalidade | americana |
Cônjuge | Harry Dodge |
Filho(a)(s) | 2 |
Ocupação | Escritora |
Maggie Nelson (nascida em12 de março de1973), é uma escritoraamericana. O registo híbrido e fragmentado do seu trabalho, que combina crítica, ensaio pessoal e autobiografia, abrange as diversas áreas de interesse de Nelson:arte,violência contra a mulher,estética,filosofia, estudosqueer efeminismo.[1]
Nasceu em 1973 emSan Francisco naCalifornia, foi a segunda filha do casal Bruce e Barbara Nelson que se divorciou quando ela tinha oito anos,[2] o que fez com que a família estivesse se mudando constantemente. Já admitiu em entrevistas que sempre foi “dura” com a mãe ao escrever sobre ela, inclusive pelo fato de ter deixado o pai por outro homem alguns anos antes da morte do pai, aos 40 anos.
Sua irmã mais velha, Emily, era rebelde, fez um aborto no início da adolescência, tomava ácido, assistiafilmes snuff e roubava o carro da mãe. Na maior parte do tempo, Maggie “tirava boas notas e passava despercebida”, mas tinha ataques de pânico quando pensava sobre a morte, e quando adolescente “gostava de tomar banho no escuro com moedas colocadas sobre os olhos”.
Aos 12 anos, venceu um concurso de poesia realizado sob os augúrios de sua banda favorita,The Cure: o dela era “um poema terrível”, uma imitação grosseira da letra do álbumThe Top, mas suas palavras foram reimpressas em preto e o panfleto enviado a ela. “Eu li queRobert Smith adorava o chá Earl Grey e os romances dePatrick White, então passei por uma fase de beber chá Earl Grey e ler Patrick White. EmHaight Ashbury. Foi uma época estranha.”
Tendo visitadoNova York algumas vezes quando era adolescente, ela saiu de casa aos 17 anos para estudar na Wesleyan University emConnecticut, a uma hora e meia da cidade. Lá, ela teve aulas de escrita com Annie Dillard, ganhadora doprêmio Pulitzer, e encontrou pela primeira vez a “carismática e franca” Eileen Myles, que em 1991 – em um ato que era em parte uma façanha performática, em parte um protesto – estava concorrendo à presidência da república, como a primeira candidata “abertamente mulher” (também abertamente gay); a faculdade de Nelson foi uma de suas paradas durante a campanha eleitoral.
Ao terminar a faculdade, Nelson se mudou definitivamente para Nova York. Ela participou de muitos dos workshops que Myles ministrava em sua casa noEast Village, teve contato com diversos artistas e considera isso o equivalente a fazer um mestrado em artes plásticas. Ela conseguiu inúmeros empregos em bares e restaurantes, e se tornou parte de uma cena depoesia punk de vanguarda,DIY, envolvendo a pequena Soft Skull Press indie – e lia poesia antes dos shows de rock.
Em 1998, iniciou um curso de pós-graduação naCity University of New York. Foi aqui que ela começou a trabalhar no projeto que se tornaria seu primeiro livro, Women, the New York School, and Other True Abstractions, de 2007. Publicou livros de poesia, mas percebeu que a poesia “nunca foi o repositório certo para o que eu queria fazer”. Ela também deu continuidade ao projeto que trabalhava há oito anos, Jane: A Murder, publicado em 2005.[3]
Recebeu algumas bolsas de apoio à literatura: da Creative Capital em 2013, a National Endowment for the Arts Fellowship em 2011, aBolsa Guggenheim em 2010 e um auxílio para escrita sobre arte concedido em 2007 pela Fundação Andy Warhol.Argonautas foi vencedor doNational Book Critics Circle Award em 2015 e escolhido como um dos livros do ano peloThe New York Times'.[4]
Atualmente, é professora e investigadora na Escola de Estudos Críticos do Instituto de Artes da Califórnia. Doutorou-se em Literatura Inglesa no Centro de Pós-Graduação da Universidade da Cidade de Nova Iorque, tendo recebido nos últimos anos várias bolsas de criação literária.[1] Nelson é casada com o artista plásticoHarry Dodge, que se reconhece pela identidade de gênero fluída. Eles moram com os dois filhos emLos Angeles .[2]