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Macbeth

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, vejaMacbeth (desambiguação).
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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Agosto de 2020)
Macbeth e Banquo com as Bruxas, deJohann Heinrich Füssli

Macbeth é umatragédia dodramaturgoinglêsWilliam Shakespeare, sobre umregicídio e suas consequências. É atragédia shakespeariana mais curta, e acredita-se que tenha sido escrita entre1603 e1607. O primeiro relato de uma performance dapeça é de abril de1611, quandoSimon Forman registrou tê-la visto noGlobe Theatre, emLondres. A obra foi publicada pela primeira vez noFolio, de1623, possivelmente a partir de umatranscrição de alguma performance específica.

As principais fontes de Shakespeare para a tragédia são os relatos dos reis Duff e Duncan nasCrônicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda, de1587, uma história dasIlhas Britânicas familiar a Shakespeare e seus contemporâneos, e pelos escritos dofilósofo escocêsHector Boece.[1]

Ao longo dos séculos a peça atraiu alguns dos maiores atores de seu tempo para os papéis deMacbeth eLady Macbeth. A obra já foi adaptada para ocinema,televisão,ópera,quadrinhos e muitas outrasmídias. No cinema destacam-se as versões doitalianoMario Caserini (1908), a doaustríacoRichard Oswald (1921), a donorte-americanoOrson Welles (1948), a dojaponêsAkira Kurosawa (1957), a dopolonêsRoman Polanski (1971) e a doaustralianoJustin Kurzel (2015).

Noteatro brasileiro, a peça ganhou adaptação deAderbal Freire-Filho eJoão Dantas e foi interpretada por elenco contando comDaniel Dantas como Macbeth eRenata Sorrah como Lady Macbeth.[2] No cinema, em 2015, foi lançada uma adaptação contemporânea chamadaA Floresta que se Move, do diretorVinícius Coimbra,[3] comGabriel Braga Nunes eAna Paula Arósio nos papéis principais.

Personagens

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  • Ross,Lennox,Angus,Mentieth,CaithnessLordes escoceses
  • SiwardEarl deNorthumberland, general das tropasinglesas
    • Jovem Siward – Filho de Siward
  • Seyton – Criado de Macbeth
  • Hécate – Bruxa-chefe/Deusa da bruxaria
  • Três Bruxas
  • Três Assassinos
  • Porteiro (ou Mensageiro) - Porteiro docastelo de Macbeth
  • Médico inglês
  • Médico escocês - Médico de Lady Macbeth
  • Senhora - Criada de Lady Macbeth

Enredo

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Cena deMacbeth mostrando as bruxas conjurando uma aparição, na primeira cena do quarto ato, em pintura deWilliam Rimmer

O primeiro ato da peça abre entretrovões erelâmpagos, com as Três Bruxas decidindo que seu próximo encontro será comMacbeth. Na cena seguinte, umsargento ferido apresenta-se aoreiDuncan daEscócia, relatando que seusgeneraisBanquo e Macbeth, que étano (barão) de Glamis, acabaram de derrotar as forças aliadas daNoruega e daIrlanda, lideradas pelo rebelde Macdonwald. Macbeth, parente do rei, é louvado por sua bravura e habilidade na batalha.

A cena muda. Macbeth e Banquo entram, discutindo o tempo e sua vitória ("So foul and fair a day I have not seen"; "Tão feio e belo dia eu jamais vi"). À medida que se aproximam de umacharneca, as trêsbruxas, que os esperavam, cumprimentam-nos comprofecias. Ainda que seja Banquo o primeiro a desafiá-las, dirigem-se a Macbeth. A primeira o saúda como"thane de Glamis", a segunda como"thane de Cawdor", e a terceira proclama que ele deverá"ser rei daí em diante". Macbeth parece estarrecido a ponto de silenciar-se, e Banquo novamente as desafia. As bruxas informam a Banquo que ele dará origem a uma linhagem de reis, embora ele mesmo não se tornará um. Enquanto os dois ficam maravilhados com o que ouviram, as bruxas desaparecem, e outrothane, Ross, um mensageiro do rei, chega e informa Macbeth sobre o título que lhe acaba de ser concedido —thane de Cawdor. A primeira profecia é cumprida. Imediatamente, Macbeth começa a ambicionar tornar-se rei.

Macbeth escreve a sua esposa,Lady Macbeth, falando sobre as profecias das bruxas. Quando Duncan decide ficar nocastelo de Macbeth, emInverness, ela bola um plano para assassiná-lo e conquistar o trono para seu marido. Embora Macbeth se demonstre preocupado com oregicídio, sua esposa finalmente o consegue persuadir, questionando sua condição humana, a seguir seu plano. Na noite da visita do rei, Macbeth mata Duncan; o ato, que não é visto pela plateia, o deixa tão abalado que Lady Macbeth tem que assumir o controle da situação, recolhendo o punhal ensanguentado das mãos do marido. De acordo com o seu plano, ela incrimina os criados de Duncan, adormecidos por causa da bebedeira ocorrida na noite anterior, pelo assassinato, colocandopunhais sujos desangue em meio a eles. Na manhã seguinte, Lennox, umnobre escocês, juntamente com Macduff, o lealthane deFife, chegam.[4] O porteiro, ainda bêbado, abre o portão, e Macbeth os leva aos aposentos do rei, onde Macduff descobre o cadáver. Num acesso fingido de raiva, Macbeth assassina os guardas, antes que eles jurem sua inocência. Macduff imediatamente suspeita de Macbeth, porém não revela publicamente esta suspeita. Temendo por suas vidas, os filhos de Duncan fogem;Malcolm vai para aInglaterra eDonalbain para aIrlanda. A fuga dos herdeiros também faz deles suspeitos, e Macbeth assume otrono como o novorei da Escócia, já que possui parentesco com o falecido rei.

Macbeth vendo ofantasma de Banquo, deThéodore Chassériau

Apesar de seu sucesso, Macbeth continua inquieto com a profecia a respeito de Banquo, então o convida para umbanquete real — onde descobre que Banquo e seu jovem filho, Fleance, planejam fugir naquela mesma noite. Macbeth contrata então dois homens para assassiná-los, porém um terceiro assassino surge misteriosamente no parque, antes do crime. Enquanto os assassinos matam Banquo, Fleance escapa; no banquete, ofantasma de Banquo entra e se senta no lugar de Macbeth à mesa. Apenas este pode ver o espectro, enquanto os outros convidados entram em pânico diante da visão de Macbeth em fúria, esbravejando contra uma cadeira vazia, até que uma desesperada Lady Macbeth lhes ordena irem embora.

Macbeth, perturbado, vai às bruxas mais uma vez. Elas conjuram então três espíritos, em meio a três outros avisos e profecias, que lhe mandam ter"cuidado com Macduff", porém também lhe avisam que"ninguém que tenha nascido de uma mulher fará mal a Macbeth", e que ele"jamais será vencido até que a Grande Floresta deBirnam vá até as alturas doMonte Dunsinane". Como Macduff está exilado na Inglaterra, Macbeth presume que está seguro; então condena à morte todos do castelo de Macduff, incluindo Lady Macduff e suas crianças.

Enquanto isso, Lady Macbeth torna-se atormentada pela culpa dos crimes que ela e o marido cometeram; numa cena célebre, ela perambula pela casa de ambos, à noite,sonâmbula, e tenta lavar manchas imaginárias de sangue de suas mãos, enquanto comenta as coisas terríveis de que sabe.

Lady Macbeth sonâmbula, deJohann Heinrich Füssli

Na Inglaterra, Malcolm e Macduff são informados por Ross de que "seu castelo foi pego de surpresa, e suas esposas e seus bebês selvagemente abatidos." Macbeth, agora visto como umtirano, vê adeserção de muitos de seusthanes. Malcolm lidera então umexército, juntamente com Macduff e o inglêsSiward (o Velho),earl deNorthumberland, contra o Castelo de Dunsinane. Enquanto seus soldados ainda estão acampados na Floresta de Birnam, recebem a ordem de cortar e carregar todos os troncos demadeira que puderem para camuflar o número de soldados — e acabando por realizar a terceira profecia das bruxas. Neste meio tempo, Macbeth faz o seu famososolilóquio ("Tomorrow and tomorrow and tomorrow", "Amanhã e amanhã e amanhã") ao ficar sabendo da morte de Lady Macbeth; embora a causa da morte não seja revelada, presume-se que ela tenha cometidosuicídio, já que a última referência de Malcolm a respeito dela revela que "como se acredita, por suas próprias e violentas mãos, tenha tirado sua própria vida" ("as 'tis thought, by self and violent hands / took off her life").

A batalha tem o seu ápice na morte do jovem Siward, e no confronto de Macduff com Macbeth, que apregoa não temer o oponente, pois não pode ser morto por qualquer homem que tenha nascido de uma mulher. Macduff declara então que ele foi"rasgado do útero de sua mãe antes do tempo" ("from his mother's womb untimely ripp'd", ou seja, nascido através decesariana) e, portanto, não"nasceu do ventre de uma mulher", mas sim do ventre de um cadáver, visto que a mãe de Macduff morre durante o parto. Macbeth percebe, já tarde demais, que as bruxas o enganaram. Fora de cena, Macduff corta a cabeça de Macbeth, e cumpre assim a última das profecias.

Embora Malcolm seja colocado no trono, e não Fleance, a profecia das bruxas a respeito de Banquo —"Thou shalt [be]get kings","Tu gerarás reis" — era conhecida pelo público da época de Shakespeare como verdade, já que oreiJaime I daInglaterra era, supostamente, um dos descendentes de Banquo.

Fontes do texto

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Macbeth já foi comparada a outra peça do próprioShakespeare,Antony and Cleopatra (Antônio e Cleópatra). TantoAntônio quantoMacbeth, enquanto personagens, procuram um novo mundo, ainda que a custa do antigo. Ambos estão lutando por um trono e têm uma 'nêmesis' a enfrentar para obter este trono; para Antônio, éOtávio, e para Macbeth é Banquo. A certo ponto da peça Macbeth até mesmo se compara a Antônio, dizendo:"under [Banquo] / My Genius is rebuk'd, as it is said / Mark Antonies was by Caesar" ("sob [Banquo] / Meu gênio é rechaçado, como diz-se que / o de Marco Antônio era porCésar"). As duas peças também contêm figuras femininas poderosas:Cleópatra eLady Macbeth.[5]

Shakespeare pegou a história emprestada de diversos relatos existentes nasCrônicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda, uma história dasilhas Britânicas compilada inicialmente porRaphael Holinshed e muito conhecida na época. NasCrônicas um homem chamado Donwald encontra diversos membros de sua família assassinados pelo seu rei, o rei Duff, por terem se envolvido combruxas. Após ser pressionado por sua esposa, ele e quatro de seus criados matam o rei em sua própria casa. Quanto ao próprio Macbeth, asCrônicas o retratam como um personagem esforçado em manter o reino diante da incapacidade do rei Duncan. Ele e Banquo encontram-se com três bruxas, que fazem exatamente as mesmasprofecias da versão de Shakespeare; os dois tramam então a morte de Duncan, a pedido de Lady Macbeth. Macbeth reina então por dez anos antes de finalmente ser deposto por Macduff e Malcolm. Os paralelos entre as duas versões são claros; alguns estudiosos, no entanto, acreditam que a obraRerum Scoticarum Historia, deGeorge Buchanan, seja ainda mais similar à versão de Shakespeare. A obra estava disponível, emlatim, naInglaterra da época de Shakespeare.[6]

Em nenhuma outra versão da história o rei é morto no próprio castelo de Macbeth; acredita-se que esta mudança tenha sido uma adição intencional de Shakespeare, para acrescentar à maldade de Macbeth esta terrível violação da hospitalidade. Em outras versões da história comuns na época Duncan é morto numa emboscada emInverness, e não num castelo.

Shakespeare fundiu a história de Macbeth à história de Donwald e do rei Duff, alterando significantemente a trama,[7] e fez outra mudança reveladora: nasCrônicas Banquo é cúmplice do assassinato do rei Duncan, por Macbeth. Ele também desempenha um papel importante ao assegurar que Macbeth, e não Malcolm, assuma o trono no golpe que se segue ao crime.[8] Na época de Shakespeare, Banquo era tido como um ancestral direto do reiStuart,Jaime I.[9] O Banquo retratado nas fontes históricas difere significativamente do Banquo criado por Shakespeare, e diversas razões para esta mudança foram propostas. Uma delas é que retratar um ancestral real como um assassino seria, no mínimo, arriscado. Outra especulação é de que a alteração pode ter sido simplesmente porque não havia uma necessidade dramática para outro cúmplice para o assassinato, enquanto havia ao mesmo tempo uma necessidade de se ter um personagem que fornecesse o contraste dramático a Macbeth - papel que seria preenchido pelo Banquo shakespeariano.[8] Outros autores da época que escreveram sobre Banquo, comoJean de Schelandre, em seuStuartide, também mudaram a história, ao retratá-lo como um homem nobre, e não um assassino, provavelmente pelos mesmos motivos.[10]

Datas

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Facsimile da primeira página de Macbeth, na edição conhecida comoFirst Folio, publicada em1623

A peça não pode ser datada com precisão devido às evidências significativas de revisões posteriores. Muitos estudiosos conjecturam a provável data da composição como estando entre1603 e1606.[11][12] Como a peça parece ter tido a intenção de celebrar os ancestrais doreiJaime e a ascensão dosStuart ao trono, ocorrida em 1603 (o próprio Jaime acreditava ser descendente direto deBanquo),[13] é improvável que ela tenha sido composta antes deste ano; e sugeriu-se também que o desfile de oito reis parecidos com Banquo, mostrados pelasbruxas a Macbeth numa visão no quarto ato da peça, seriam uma homenagem aJaime VI da Escócia. Já outros autores especularam uma data ainda mais específica, de 1605-6, com base em possíveis alusões à chamadaConspiração da Pólvora, e os julgamentos que se seguiram a ela. A fala do porteiro (ato II, cena III, versos 1-21), em especial, conteria alusões ao julgamento dojesuítaHenry Garnet, ocorrido naprimavera de1606;"equivocator" (verso 8) poderia se referir à defesa de Garnet da "equivocação", e"farmer" ("fazendeiro", verso 4) a um dosapelidos (alcunhas) de Garnet.[14]"Farmer", no entanto, é uma palavra muito comum, e o conceito de "equivocação" já havia sido o tema de umtratado escrito em1583 pelo conselheiro-chefe da rainhaElizabeth I,Lorde Burghley, e daDoutrina da Equivocação, escrita em1584 pelo preladoespanholMartin Azpilcueta, que a disseminou pelaEuropa até que chegasse naInglaterra nadécada de 1590.[15]

Outra referência citada seria um espetáculo assistido pelo rei Jaime emOxford, no verão de 1605 que contava com três "sibilas", às quais alguma alusão poderia ter sido feita nas Três Bruxas da peça.[16] A versão mais aceita, no entanto, estipula uma possível data que não anteceda 109[17] e não seja posterior a1607, já que neste ano já existem "claras alusões" à peça.[16] O primeiro relato de uma performance da peça é de abril de1611, quandoSimon Forman registrou tê-la assistido noGlobe Theatre, emLondres.[18]

A peça foi impressa pela primeira vez na edição chamada deFirst Folio, de1623; e oFolio é até hoje a única fonte disponível. O texto que sobreviveu foi claramente alterado por mãos posteriores; a alteração mais significante foi a inclusão de duas canções da peçaThe Witch (1615), deThomas Middleton. Especula-se que Middleton teria inserido uma cena extra envolvendo asbruxas eHécate pois este tipo de cena tinha se revelado muito popular entre as platéias da época. Estas revisões feitas ao texto - que, desde a ediçãoClarendon de1869, presume-se que inclua todo a quinta cena do terceiro ato e parte da primeira cena do quarto - frequentemente são indicadas nos textos modernos.[19] Com base nisto diversos estudiosos rejeitam todos os trêsinterlúdios com a deusa Hécate como não sendo autênticos; porém, como mesmo com este material, a peça é conspicuamente curta, o que indica que o texto doFolio pode ter sido derivado de uma transcrição que foi, por sua vez, cortada substancialmente para a performance, ou que tenha sido editada por um adaptador.

Histórico de encenações

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Thomas Keene emMacbeth,1884

Na época de Shakespeare

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Além da menção no documento de Forman, não existem outras performances conhecidas com certeza na época do próprioWilliam Shakespeare. A brevidade da peça e certos aspectos de sua encenação (por exemplo, a grande proporção de cenas noturnas e a quantidade excessiva de efeitos sonoros ocorridos fora do palco) sugerem que o texto existente atualmente tenha sido revisado para produções em lugares fechados, provavelmente noBlackfriars Theatre, que havia sido comprado pelo grupo teatral a qual Shakespeare pertencia, osKing's Men, em1608.[20]

Restauração e século XVIII

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Durante a chamada 'Restauração',sirWilliam Davenant produziu uma adaptação "operática" espetacular deMacbeth, "com todas as cantorias e danças nela", e efeitos especiais como "voos para as bruxas".[21] A revisão de Davenant também ampliava o papel de Lady Macduff, fazendo dela um contrapeso temático a Lady Macbeth.Samuel Pepys, na anotação feita em19 de abril de1667 em seu célebreDiário, chamou oMacBeth de Davenant de "uma das melhores peças destinadas a um palco, e das melhores variedades de dança e música que eu já vi." A versão ficou em cartaz até a metade do século seguinte, e foi nesta versão que os mais famososMacbeths do início doséculo XVIII, comoJames Quin, atuaram.

Charles Macklin, que não foi particularmente lembrado como um grande Macbeth, é recordado por suas performances naRoyal Opera House, emCovent Garden,Londres, no ano de1773, nas quais diversos tumultos ocorreram, relacionados às rivalidades entre Garrick eWilliam Smith. Macklin atuava vestido em trajes típicosescoceses, revertendo uma tendência anterior que vestia o personagem como umbrigadeiroinglês. A encenação recebeu críticas respeitosas, no geral, embora o crítico shakespearianoGeorge Steevens tenha comentado sobre a falta de adequação de Macklin, então com oitenta anos, ao papel.

Depois de Garrick, uma dos mais célebres Macbeths do século XVIII foiJohn Philip Kemble; ele desempenhou o papel com sua irmã,Sarah Siddons, cuja Lady Macbeth era tida amplamente como insuperável. Kemble continuou a tendência rumo às vestimentas mais realistas, e ao idioma de Shakespeare, que haviam marcado a produção de Macklin; oescritor escocêsWalter Scott relatou ter feito diversas "experiências" com a roupa escocesa da peça. As reações à interpretação de Kemble foram divididas; no entanto, Siddons foi louvada de maneira unânime. Seu desempenho na cena do "sonambulismo", no quinto ato, ficou especialmente marcada; o poetaLeigh Hunt a chamou de "sublime". As performances de Kemble e Siddons foram as primeiras produções amplamente influentes nas quais a perversidade de Lady Macbeth foi apresentada de maneira mais profunda e ainda mais poderosa que a do próprio Macbeth. Foi também a primeira vez em que o fantasma de Banquo não apareceu em cena.

O Macbeth de Kemble foi, para alguns críticos, educado e cortês demais para o texto de Shakespeare. Seu sucessor como melhor ator de Londres,Edmund Kean, era frequentemente ainda mais criticado por seus excessos emocionais durante a peça, especialmente no quinto ato. A atuação de Kean como o personagem, aliás, esteve longe de ser admirada universalmente; o escritor inglêsWilliam Hazlitt, por exemplo, reclamava que o Macbeth de Kean se assemelhava muito ao seu próprioRicardo III. Como costumava fazer em outros papéis, Kean explorava sua forma física atlética como componente chave do colapso mental de Macbeth. Kean também reverteu a ênfase dada por Kemble em Macbeth como umnobre, apresentado-o como umpolítico inescrupuloso, que desaba sob o peso da culpa e do medo. Kean, no entanto, nada vez para interromper a tendência da época rumo a cenários e figurinos cada vez mais extravagantes.

Século XIX

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OMacbeth do próximo ator proeminente deLondres,William Charles Macready, provocou respostas tão variadas quanto as que Kean recebera no século anterior. Macready estreou no papel em1820, naRoyal Opera House, emCovent Garden. Como Hazlitt notou, a leitura de Macready do personagem era puramente psicológica; nela, asbruxas perdiam qualquer poder sobrenatural, e a queda de Macbeth se dava unicamente devido aos conflitos internos do personagem. A Lady Macbeth mais famosa a contracenar com Macready foiHelena Faucit, que estreou catastroficamente no papel, enquanto ainda tinha pouco mais de 20 anos, mas que conseguiu eventualmente ser aclamada no papel por uma atuação que, ao contrário da de Siddons no século anterior, estava em acordo com as noções da época de decoro feminino. Depois que Macready se mudou para osEstados Unidos, continuou a desempenhar o papel; em1849 esteve envolvido numa rivalidade com o ator americanoEdwin Forrest, cujos seguidores o vaiaram durante a performance da peça emAstor Place, levando ao que ficou conhecido comoTumulto de Astor Place.

Charles Kean e sua esposa como Macbeth e Lady Macbeth, em figurinos que tinham a pretensão de serem precisos historicamente

Os dois Macbeths mais destacados de meados daquele século,Samuel Phelps eCharles Kean, foram recebidos com ambiguidade pela crítica, porém obtiveram sucesso popular. Ambos são menos famosos por sua interpretação do personagem, do que por certos aspectos de suas encenações. NoSadler's Wells Theatre, Phelps trouxe de volta quase todo o texto original de Shakespeare, incluindo a primeira metade da cena do Porteiro, que era ignorada pelos diretores desde muito tempo; já a segunda metade permaneceu cortada, devido à sua "obscenidade". Também abandonou a música que era utilizada na peça, e reduziu as aparições das bruxas ao seu papel noFolio. De maneira igualmente significante, ele retornou para o tratamento dispensado no mesmoFolio à morte de Macbeth. Nem todas estas decisões foram bem-sucedidas no contextovitoriano, e Phelps experimentou com diversas combinações de Shakespeare e D'Avenant em suas mais de doze produções realizadas entre 1844 e 1861. Sua Lady Macbeth de mais sucesso foiIsabella Glyn, cuja presença dominante lembrava a alguns críticos de Siddons.

Uma característica particular das produções de Kean noPrincess's Theatre de Londres depois de 1850 era o realismo dos seus figurinos. Kean conseguiu seu maior sucesso nomelodrana moderno, e não era tido como cativante o suficiente para os principais papéis elizabetanos. As platéias, no entanto, não se incomodavam; uma produção de 1853 ficou em cartaz por vinte semanas. Presume-se que parte da atração era a famosa atenção dada por Kean ao realismo histórico; em suas produções, como notou o acadêmicoAllardyce Nicoll, "até mesmo abotânica é correta historicamente."

A primeira tentativa deHenry Irving no papel, noLyceum Theatre de Londres, em 1875, foi um fracasso. Sob a produção deSidney Frances Bateman, e estrelando ao lado deKate Josephine Bateman, Irving pode ter sido afetado pela morte recente de seu empresário,Hezekiah Linthicum Bateman. Embora a produção tenha durado apenas oitenta performances, seu Macbeth foi tido como inferior a seuHamlet. Sua próxima tentativa, ao lado deEllen Terry, no mesmo Lyceum, em1888, teve um desempenho melhor, chegando a 150 encenações,[22] e contava commúsica incidental de autoria do célebrecompositorArthur Sullivan.[23] Amigos de Irving, como oescritorBram Stoker, defenderam sua leitura "psicológica", baseados na suposição de que Macbeth havia sonhado em matar Duncan antes do início da peça. Seus detratores, entre eles o também escritorHenry James, deploraram suas mudanças um tanto arbitrárias no texto ("would have" passou para"should have", na fala durante a morte de Lady Macbeth) e sua abordagem "neurastênica" ao personagem.

Século XX - presente

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Barry Vincent Jackson encenou uma influente performance em figurinos modernos noRepertory Theatre deBirmingham, em1928; a produção chegou a Londres e foi encenada noRoyal Court Theatre, onde recebeu críticas variadas. Eric Maturin o classificou como um Macbeth inadequado, enquanto a Lady Macbethvamp deMary Merrall foi criticada positivamente. Embora o jornal inglêsThe Times tenha classificado a montagem de um "fracasso desprezível", a produção contribuiu muito para reverter a tendência ao excesso cênico e à antiquação que tinham tido seu ápice com Charles Kean.

Produção deMacbeth encenada pelaNegro Unit ("unidade denegros") doFederal Theatre Project, em1935

Entre as produções mais propagandeadas doséculo XX está a que foi montada peloFederal Theater Project, doLafayette Theatre, nobairronova-iorquino doHarlem, de14 de abril a20 de junho de1936.Orson Welles, em sua primeira produção no palco, dirigiu Jack Carter e Edna Thomas, comCanada Lee como Banquo, numa produção inteiramente composta por atoresafro-americanos. Welles ambientou a peça noHaiti pós-colonial, e sua direção enfatizou o espetáculo e o suspense: suas dúzias detambores africanos lembravam o coro de bruxas de Davenant.

Laurence Olivier fez o papel de Malcolm na produção de1937 doOld Vic Theatre, numa montagem que viu a diretora artística doVic,Lilian Baylis, morrer bem na noite de sua abertura. Amaquiagem de Olivier estava tão pesada e estilizada nesta produção que a atrizVivien Leigh, Lady Macbeth nesta montagem, teria dito: "Você ouve a primeira fala de Macbeth, então a maquiagem de Larry [Olivier] entra em cena, depois Banquo entra em cena, e depois Larry entra em cena."[24] Laurence Olivier estrelou posteriormente naquela que é considerada como a mais famosa das produções da peça nosécullo XX, dirigida porGlen Byam Shaw, emStratford-upon-Avon, terra natal deShakespeare, em1955. O elenco de apoio, denegrido pelocrítico teatralHarold Hobson, incluía diversos atores que seguiram carreiras shakespearianas posteriormente:Ian Holm, no papel de Donalbain,Keith Mitchell como Macduff, ePatrick Wymark como o Porteiro. Olivier, no entanto, foi o principal motivo do sucesso da montagem. A intensidade de sua performance, particularmente durante a conversa com os assassinos, e ao confrontar o fantasma de Banquo, pareceu, para muitos dos críticos, lembrar Edmund Kean. Planos para uma versão para ocinema, no entanto, foram abandonados, após o fracasso da versão cinematográfica de Olivier paraRicardo III. Foi a respeito desta performance que o crítico teatral e escritor inglêsKenneth Tynan teria afirmado que "ninguém jamais foi bem-sucedido como Macbeth - até Olivier".

A co-estrela de Olivier em sua produção de 1937 no mesmo Old Vic,Judith anderson, teve uma associação de igual sucesso com a peça. Desempenhou Lady Macbeth naBroadway, juntamente comMaurice Evans, numa produção dirigida porMargaret Webster, que teve 131 performances no ano de1941, a mais longa temporada da peça na históra da Broadway. Anderson e Evans também desempenharam a peça natelevisão por duas vezes, em1954 e1962, pelas quais Anderson ganhou oEmmy pelas duas e Evans pela produção de 1962.

Uma das produções mais notáveis do século XX foi a deTrevor Nunn para aRoyal Shakespeare Company, em1976. Nunn já havia dirigidoNicol Williamson eHelen Mirren na peça, dois anos antes, porém a produção não havia causado qualquer impressão. Em1976 Nunn produziu a peça novamente, desta vez com um cenário minimalista, no teatroThe Other Place; o palco pequeno, quase circular, focalizava a atenção dos espectadores na dinâmica psicológica dos personagens. TantoIan McKellen, no papel-título, comoJudi Dench, como Lady Macbeth, receberam críticas excepcionalmente favoráveis. Dench venceu o prêmio de Melhor Atriz pelaSWET (The Society of London Theatre) e, em2004, membros da Royal Shakespeare Company votaram esta sua performance como a maior por uma atriz na história da companhia.

A produção de Nunn foi transferida para Londres em 1977, e foi filmada posteriormente para a televisão; acabou por ofuscar a produção de1978, dirigida porPeter Hall, comAlbert Finney como Macbeth eDorothy Tutin como Lady Macbeth. Uma das performances mais criticas deMacbeth foi encenada no Old Vic, em1980, ondePeter O'Toole eFrances Tomelty assumiram os papéis principais numa produção de Bryan Forbes que foi renegada em público antes da noite de abertura porTimothy West, diretor-artístico do teatro, apesar de ter sido um sucesso de público, devido à sua notoriedade. Segundo o críticoJack Tinker, comtando a seu respeito noDaily Mail, "a performance não é tão completamente ruim quanto é heroicamente ridícula".[25]

No palco, Lady Macbeth passou a ser considerada como um papéis mais "grandiosos e desafiadores" de toda a obra de Shakespeare.[26] Outras atrizes que se destacaram no papel neste século foramGwen Ffrangcon-Davies,Glenda Jackson eJane Lapotaire.

Uma encenação da peça foi realizada no lar verdadeiro de Macbeth, emMoray, produzida peloTeatro Nacional da Escócia, e realizado naCatedral de Elgin. Atores profissionais, dançarinos, músicos, alunos de escolas locais e um elenco da própria região de Moray participaram num dos eventos do chamadoHighland Year of Culture ("Ano da Cultura dasHighlands"), realizado em 2007.

No mesmo ano houve um consenso entre os críticos de que a produção deRupert Goold para oFestival de Chichester daquele ano, comPatrick Stewart eKate Fleetwood, rivalizava a aclamada produção de 1976 de Trevor Nunn e daRoyal Shakespeare Company. Quando foi transferida para oGielgud Theatre, em Londres,Charles Spencer, crítico teatral doDaily Telegraph, a declarou o melhorMacbeth que já havia visto.[27] No prêmioEvening Standard de 2007 a produção venceu as categorias de Melhor Ator, para Stewart, e Melhor Diretor, para Goold.[28] A mesma produção estreou no ano seguinte nosEstados Unidos, naBrooklyn Academy of Music, antes de se mudar para oLyceum Theatre, na Broadway.

Edições e traduções brasileiras

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Abaixo, uma lista cronológica das traduções brasileiras deHamlet.[29] Uma lista talvez ainda mais atualizada pode ser visualizada na página oficial daFundação Biblioteca Nacional.[30]

  • Tradução deArtur de Sales:Macbeth, prosa e versos dodecassílabos (alexandrinos): Clássicos Jackson, 1948 (edição comRei Lear eMacbeth) e 1960.
  • Tradução deCarlos Alberto Nunes:Macbeth, prosa e decassílabos heróicos:
    • Melhoramentos, 1956 e 1957 (edição comCoriolano eMacbeth);
    • Ediouro, s/d (emShakespeare – Teatro Completo em 3 vol. “Tragédias”);
    • Agir, 2008 (emWilliam Shakespeare – Teatro Completo em 3 vol. “Tragédias”).
  • Tradução de Jean Melville:Macbeth, prosa e verso,Martin Claret, 2002.
  • Tradução de Elvio Funck:Macbeth, prosa,Movimento/UFSC, 2006 (edição bilíngue, tradução interlinear).
  • Tradução de Rafael Raffaelli:Macbeth:
    • Cadernos de pesquisa interdisciplinar em ciências humanas, prosa e verso, 2008;
    • EditoraUFSC, prosa e verso com a predominância de decassílabos, preservando-se as rimas, 2016 (edição bilíngue).

Referências

  1. «The Columbia Encyclopedia, Sixth Edition». Consultado em 1 de abril de 2008. Arquivado dooriginal em 2 de abril de 2008 
  2. «Daniel Dantas e Renata Sorrah levam "Macbeth" ao Sesc Pinheiros».Guia da Folha.com. 26 de junho de 2010. Consultado em 22 de maio de 2011 
  3. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-232345/
  4. VerOn the Knocking at the Gate in Macbeth.
  5. Coursen (1997, 11-13)
  6. Coursen (1997, 15-21)
  7. Coursen (1997, 17)
  8. abNagarajan, S. "A Note on Banquo."Shakespeare Quarterly. (Oct 1956) 7.4 pgs. 371–376
  9. Palmer, J. Foster. "The Celt in Power: Tudor and Cromwell"Transactions of the Royal Historical Society. 1886 Vol. 3 pgs. 343–370
  10. Maskell, D. W. "The Transformation of History into Epic: The 'Stuartide' (1611) of Jean de Schelandre."The Modern Language Review. (Jan 1971) 66.1 pgs. 53–65.
  11. Boyce, Charles.Encyclopaedia of Shakespeare, New York, Roundtable Press, 1990, p. 350.
  12. Braunmuller, A. R. (ed.)Macbeth (CUP, 1997), 5-8.
  13. Braunmuller,Macbeth, pp. 2-3.
  14. Kermode, Frank. "Macbeth,"The Riverside Shakespeare (Boston: Houghton Mifflin, 1974), p. 1308; para detalhes sobre Garnet, ver Perez Zagorin, "The Historical Significance of Lying and Dissimulation—Truth-Telling, Lying, and self-Deception,"Social Research, Outono de 1996.
  15. Anderson, Mark.Shakespeare By Another Name, 2005, pp. 402-403
  16. abKermode,Riverside Shakespeare, p. 1308.
  17. Braunmuller,Macbeth, Cambridge, Cambridge University Press, 1997;pp. 5-8.
  18. Existe, no entanto, alguma dúvida sobre a autenticidade do documento; para mais informações, ver o artigo sobreForman.
  19. Brooke, Nicholas, ed.The Tragedy of Macbeth Oxford: Oxford University Press, 1998:57
  20. Adams, J. Q,Shakespearean Playhouses, Boston: Houghton Mifflin, 1917: 224; Bentley, G. E.The Jacobean and Caroline Stage, Oxford: Clarendon Press, 1941: 6.13-17; Chambers, E. K.,The Elizabethan Stage, Oxford: Clarendon Press, 1923: 2.498. ParaMacbeth como uma peça de encenação interna, ver Bald, R.C., "Macbeth and the Short Plays,"Review of English Studies 4 (1928): 430; Shirley, Frances,Shakespeare's Use of Off-stage Sounds, Lincoln: University of Nebraska Press, 1963: 168-89.
  21. Downes, John.Roscius Anglicanus,1708
  22. "Henry Irving as Macbeth",Arquivado em 6 de dezembro de 2008, noWayback Machine. PeoplePlay UK
  23. Information about Sullivan's incidental music toMacbeth in 1888,Arquivado em 1 de outubro de 2009, noWayback Machine.The Gilbert and Sullivan Archive
  24. Tanitch, Robert,Olivier, Abbeville Press (1985)
  25. Tanitch, Robert.London Stage in the 20th Century, Haus Publishing (2007)ISBN 978-1-904950-74-5
  26. Brown, Langdon.Shakespeare around the Globe: A Guide to Notable Postwar Revivals. New York: Greenwood Press, 1986: 355.
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  28. «Cópia arquivada». Consultado em 12 de janeiro de 2009. Arquivado dooriginal em 30 de dezembro de 2007 
  29. Fonte: "Traduções do teatro de Shakespeare no Brasil" por Marcia A. P. Martins (PUC-Rio).
  30. Página virtual da FBN:http://www.bn.br/portal/Arquivado em 28 de março de 2010, noWayback Machine.

Bibliografia

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  • Coursen, Herbert (1997).Macbeth. Westport: Greenwood Press.ISBN 031330047X 
  • Kliman, Bernice; Rick Santos (2005).Latin American Shakespeares. Madison: Fairleigh Dickinson University Press.ISBN 0838640648 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)

Ligações externas

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AWikisource contém fontes primárias relacionadas comMacbeth
OWikiquote tem citações relacionadas aMacbeth.
OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreMacbeth

Performances

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Gravação de áudio

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Texto completo da peça

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Comentários

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