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Mário Kozel Filho

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Mário Kozel Filho
Dados pessoais
Nascimento6 de julho de1949

São Paulo,Brasil
Morte26 de junho de1968 (18 anos)
São Paulo,Brasil
Carreira militar
ForçaExército Brasileiro
Anos de serviço1968-1968
Hierarquia
3º sargento( post mortem)

Mário Kozel Filho (São Paulo,6 de julho de1949São Paulo,26 de junho de1968) foi umsoldado doExército Brasileiro, morto em um atentado praticado pelaVanguarda Popular Revolucionária (VPR) ao Quartel General doII Exército, o atualComando Militar do Sudeste, nacidade de São Paulo, no governo do marechalArtur da Costa e Silva, segundo presidente durante aditadura militar brasileira.[1]

Biografia

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Filho de Mário Kozel e Therezinha Lana Kozel, Mário Kozel Filho, o"Kuka", tinha dezoito anos quando deixou de frequentar as aulas e de trabalhar na Fiação Campo Belo, com seu pai, então gerente da empresa, para iniciar oserviço militar obrigatório, no 4º Regimento de Infantaria Raposo Tavares, emQuitaúna, no município deOsasco, no dia15 de janeiro de 1968. Em Quitaúna passou a ser o soldado nº 1.803 da 5ª Companhia de Fuzileiros do Segundo Batalhão, 4º Regimento de Infantaria, Regimento Raposo Tavares.

A ação

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Na madrugada de 26 de junho de 1968, após seis meses de iniciação no serviço militar, morreu em um atentado à bomba. Diógenes José Carvalho de Oliveira, Pedro Lobo de Oliveira e José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, integrando um grupo de onze militantes daVanguarda Popular Revolucionária (VPR), lançaram umcarro-bomba, sem motorista, contra o Quartel General do II Exército, no bairro deIbirapuera, emSão Paulo. A guarda disparou contra o veículo, que bateu na parede externa do Quartel General. Mário foi em direção ao carro-bomba. A carga com vinte quilos dedinamite explodiu em seguida,[2] atingindo uma área de raio de 300 metros. O corpo de Mário Kozel Filho foi despedaçado. Outros seis militares saíram feridos gravemente.

Os sobreviventes foram o coronel Eldes de Souza Guedes, os soldados João Fernandes de Sousa, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e Ricardo Charbeau. Kozel foi sepultado com honras militares, noCemitério do Araçá. No atentado foram utilizados três automóveisVolkswagenFusca e umacamionete. O carro-bomba só não fez mais vítimas porque não conseguiu penetrar no Quartel-General, por ter batido em um poste.

Participaram indiretamente da ação os seguintes integrantes da VPR: Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava,Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, José Araújo de Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos,Dulce Maia,Renata Ferraz Guerra, José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, Pedro Lobo de Oliveira eEduardo Collen Leite, este integrante da REDE, outro grupoguerrilheiro.[3]

Renata Ferraz Guerra, chamada pelos militares e pela imprensa de "a terrorista loura", integrante da VPR e participante da ação, disse, trinta anos depois, que o atentado teve um motivação quase infantil. Dias antes, o mesmo grupo havia assaltado um hospital militar para roubar armas e o então comandante do II Exército, general Manoel Rodrigues Carvalho de Lisboa, foi aos meios de comunicação dizer que o ato tinha sido covarde e sem heroísmo e que desafiava os guerrilheiros a fazerem isso nos quartéis dele. A resposta da VPR aceitando a provocação foi lançar um carro-bomba contra o próprio QG do II Exército. Renata diz que os integrantes do grupo depois se penitenciaram por isso, ao cair na provocação do general e que o "atentado não serviu para nada, a não ser matar o rapazinho".[4]

Homenagens

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Emdecreto de 15 de julho de 1968, Mário Kozel foi admitido no grau decavaleiro, no quadro ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem Pós-Morte daOrdem do Mérito Militar, pelo PresidenteCosta e Silva, então seugrão-mestre. Em consequência, foi promovido à graduação de 3ºsargento.

Em sua homenagem, a avenida que passa em frente ao Comando Militar do Sudeste, foi batizada com seu nome".[5]

Em 2005, osdeputadosElimar Máximo Damasceno eJair Bolsonaro apresentaram um projeto de lei (PL-5508/2005) naCâmara dos Deputados, que inscreve omilitar Mário Kozel Filho noLivro dos Heróis da Pátria.[6] Jair Bolsonaro apresentou também um projeto de lei (PL-1446/2007) promovendo-o, ao posto de capitão,[7] o que possibilitaria aumento da pensão recebida pelos pais de Mário Kozel. Até o momento o projeto ainda não teve aprovação, sendo a patente pelo qual ainda é reconhecido a de terceiro-sargento.[8]

No 50° ano da morte de Mário Kozel, o Exército decidiu homenageá-lo, no dia 5 de julho de 2018, no Quartel General doComando Militar do Sudeste, em São Paulo (SP). A cerimônia foi presidida pelo generalEduardo Villas Bôas, Comandante da Força.[8]

Referências

  1. «É falso que Dilma tenha participado de atentado que matou soldado Mario Kozel Filho».Estadão Verifica. Consultado em 14 de agosto de 2021 
  2. Laque, João Roberto. Ava Editorial, ed.Pedro e os Lobos. [S.l.: s.n.] p. 185 
  3. CASO, Antônio,A Esquerda Armada no Brasil - 1967/1971, Moraes Editores, Lisboa, 1976.
  4. Carvalho, Mário César.«Livro revela as guerrilheiras brasileiras». Jornal do Comércio via UOL. Consultado em 25 de maio de 2013 
  5. «Histórico do Comando Militar do Sudeste». Comando Militar do Sudeste. Consultado em 25 de maio de 2013 
  6. «projeto de lei»(PDF). Câmara dos Deputados. Consultado em 25 de maio de 2013 
  7. «projeto de lei»(PDF). Câmara dos Deputados. Consultado em 25 de maio de 2013 
  8. ab«General Villas Bôas preside ato que lembra soldado vítima de atentado - Política - Estadão».Estadão 

Bibliografia

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  • CASO, Antônio,A Esquerda Armada no Brasil - 1967/1971, Moraes Editores, Lisboa, 1976.
  • MIR, Luís,A revolução impossível, Editora Best Seller, São Paulo, 1994.

Ligações externas

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Atividade paramilitar durante aditadura militar no Brasil (1964 – 1985)
Conflitos armados
Incidentes
Grupos paramilitares
Principais guerrilheiros
Os crimes políticos e eleitorais cometidos entre 1961 e 1979 foramanistiados pela Lei 6.683/79
Geral
Atos Institucionais
Eventos
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