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Mádia

35° 30′ N, 11° 04′ L
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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Abril de 2021)
Mádia
المهدية , al-Mahdiya
Município
Vista de Mádia
Vista de Mádia
Vista de Mádia
Brasão de armas de Mádia
Brasão de armas
Localização
Mádia está localizado em: Tunísia
Mádia
Localização de Mádia na Tunísia
Coordenadas35° 30′ N, 11° 04′ L
PaísTunísia
ProvínciaMádia
DelegaçãoMádia
Características geográficas
População total(2004) [1]45 977 hab.
 • Populaçãourbana13 602
Altitude15 m
Altitude mínima0 m
Cidades gêmeas
Cairo Egito
Mazara del Vallo Itália
Sítiowww.commune-mahdia.gov.tn
A Skifa Kahla, ou Babe Zuila, uma porta monumental doséculo X
Vista da entrada da Grande Mesquita
O forte otomano Borje Alquibir, construído no final doséculo XVI

Mádia[2] (emfrancês:Mahdia; emárabe:المهدية;romaniz.:al-Mahdiya) é uma cidade da costa oriental daTunísia e a capital dadelegação (espécie de distrito ou grande município) eprovíncia (gouvernorat)homónimas.

Em 2004, a delegação tinha 71 546 habitantes e os dois municípios urbanos que constituem a cidade tinham 13 602 habitantes.[1]

Originalmente construída numa península com 1 400 metros de comprimento e 500 metros de largura, onde atualmente se situa o centro histórico, mais recentemente expandiu-se para o interior. Situa-se 45 km a sudeste deMonastir, 60 km a sudeste deSousse, 100 km a norte deSfax e 205 km a sudeste deTunes.

Alberga um dos principais portos de pesca do país. O turismo tem vindo a ganhar cada vez mais importância na economia local.

História

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Conhecida ao longo da sua longa história sucessivamente por Jemma, Afrodísio (Aphrodisium)[3] e Cabo África, antes de ter o nome atual, a situação geográfica estratégica e as suas fortificações permitiram à cidade ter um papel de primeiro plano nabacia mediterrânica até aoséculo XVI. Mádia começou por ser um entrepostofenício, depoiscartaginês eromano. Cerca de 1907, foi descoberto umnavio afundado doséculo I a.C. a seis quilómetros ao largo de Mádia, carregado de objetos dearte ateniense, o que constitui um dossítios arqueológicos submarinos mais ricos da Tunísia.[4]

No ano 916 o primeirocalifa fatímidaAbedalá Almadi Bilá ordenou a fundação duma nova cidade, cuja construção demorou cinco anos e à qual foi dado o nome de Mádia e que se tornou a capital fatímida em 921.[5] Teria esse estatuto até 973, quando oCairo passou a ser a capital do califado.[6] Em 944-945 foi cercada durante oito meses peloscarijitas liderados pelo chefe rebeldeAbu Iázide, que não logrou conquistá-la.

Em 1057, osZíridas refugiam-se em Mádia face à ameaça dosBanu Hilal.[carece de fontes?] O reinormando daRogério II daSicília ocupa a cidade em 1148 e mantém o seu domínio até 1160, quando é expulso pelosalmóadas.[7] A cidade perde depois importância política a favor deTunes, mas mantém-se como um porto importante. Ao longo da sua história enfrenta várioscercos.

Em 1390,[8] na sequência da perda de posições comerciais na Tunísia para osvenezianos, osgenoveses organizam uma expedição militar a que pretenderam dar o cunho de novacruzada, a pretexto de se vingarem daatividade dos dospiratas da Barbária contra os cristãos. Os genoveses conseguem o apoio de vários nobres franceses e ingleses, entre os quaisLuís II de Bourbon, que toma o comando do ataque. A praça, fortemente defendida porberberes deBugia,Bona,Constantina e outras regiões doMagrebe vindos em socorro dos tunisinos, resiste a todos os assaltos. Os europeus não tardam em desentender-se entre eles e vêm-se obrigados a retornar ao mar e retirar depois de de 61 dias de combates infrutíferos.[9]

Noséculo XVI, Mádia foi tomada pelocorsário ealmiranteotomanoDragute Arrais, que faz dela um dos seus redutos.[10] Em 1550 a cidade é conquistada porCarlos V, mantendo-se nas mãos dos espanhóis até 1554.[11] Ao retirarem, fazem explodir as muralhas, que os otomanos só reconstruíram parcialmente quando voltaram.[12] A cidade retoma a sua calma pouco a pouco e torna-se um dos maiores portos de pesca da Tunísia.

Cultura

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Monumentos

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A Skifa Kahla, também conhecida como Babe Zuila é uma notável porta fortificada originalmente construída entre 916 e 921 e restaurada noséculo XIV. Continua a ser um dos pontos de acesso ao centro histórico e um dos raros vestígios das antigasmuralhas. O Borje Alquibir (Borj El Kebir) é uma fortaleza dotada duma passagem abobadada e curva que conduz a um pátio imponente; desde 1595 que guarda a ponta docabo África (Ras Ifríquia).[13]

A Grande Mesquita foi fundada em 916 pelo califa xiita Abedalá Almadi Bilá. Tem a particularidade de não terminarete. Sofreu várias modificações e renovações ao longo do tempo, sendo finalmente reconstruída entre 1961 e 1965 conforme a planta original doséculo X.[14] A Mesquita de Haje Mustafá Hâmeza, construída em 1772 e restaurada noséculo XX é um belo exemplo daarquitetura religiosa do período otomano.[13]

Mádia é ainda conhecida pelo seu cemitério "marítimo", situado à beira mar, na extremidade da península.[13]

Museu

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A cidade tem um museu, de vocação regional, instalado na antiga sede da municipalidade, a qual foi completamente renovada para acolher as coleções. Inaugurado em 1997, tem em exposição diversas peças, nomeadamente cerâmicas dos períodos púnico e romano, mosaicos, uma coleção de moedas da época bizantina, que incluem 268 em ouro, além de vários objetos do período islâmico.[15]

Desporto

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O principal clube desportivo de Mádia é oEl Makarem, fundado em 1937 e diversas vezes campeão nacional e africano deandebol. A sua equipa de futebol disputava, em 2012-2013 a terceira divisão tunisina, depois de ter estado naprimeira divisão nas décadas de 1960 e 1970.

Economia

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As principais atividades económicas são oturismo, apesca e oazeite.

O porto de pesca é muito animado a certas horas do dia e nele existem várias fábricas deconservas de peixe. Alguns dos navios pesqueiros sãoarrastões equipados para a pesca noturna com luzes que atraem o pescado.

A oeste da cidade situa-se um extensoolival e várioslagares de azeite. Além de produto alimentar, este é também matéria prima para a produção desabão em que 72% da sua composição é azeite.

A cidade é também conhecida pelas seustxteis deseda e e peloartesanato (joalharia, madeira,couro, etc.).

As praias de areia branca, a história tormentosa da cidade e os numerosos hotéis fazem de Mádia uma estação balnear com alguma popularidade. A chamada zona turística, onde se situam a maior parte dos hotéis turísticos, situa-se a norte da cidade, em frente ao bairro de Hibum. A maior parte dos hotéis situa-se à beira mar e têm uma oferta variada.

Transportes

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A cidade é servida por vários eixos rodoviários de importância nacional, nomeadamente pela estradaTunes-Sfax. Está também ligada porferrovia comSousse,Monastir e Sfax. Oaeroporto mais próximo é o deMonastir-Habib Bourguiba, situado 50 km a noroeste.

Notas e referências

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  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia emfrancês cujo título é «Mahdia», especificamentedesta versão.
  1. ab«Population, ménages et logements par unité administrative : Gouvernorat : Mahdia».www.ins.nat.tn (em francês). Instituto Nacional de Estatística da Tunísia. 2004. Consultado em 28 de setembro de 2012 
  2. Lopes 2017, p. 13.
  3. «Africa olim Aphrodisium (mapa de Mahdia)».gallica.bnf.fr (em francês). Biblioteca Nacional de França. 1600–1699. Consultado em 2 de outubro de 2012 
  4. Pérez 2005, p. 100.
  5. Cortese & Calderini 2006, p. 70
  6. Kjeilen, Tore.«Mahdia».LookLex.com (Lexic Orient) (em inglês). Consultado em 2 de outubro de 2012 
  7. Brown 1985, p. 41.
  8. «L'Église Maronite - Des Croisés à la prise de Constantinople».orient.chretien.free.fr (em francês). Consultado em 2 de outubro de 2012.Cópia arquivada em 2 de outubro de 2012 
  9. Latrie 1845, p. 26-27.
  10. «Dragut».www.publius-historicus.com (em francês). Les pages de Publius Historicus sur le XVIe siècle. Consultado em 2 de outubro de 2012.Cópia arquivada em 2 de outubro de 2012 
  11. Halm 2007, p. 114.
  12. «Annexe F: Les corsaires tunisiens».perso.orange.fr/jean-francois.coustilliere (em francês). Consultado em 2 de outubro de 2012.Cópia arquivada em 8 de fevereiro de 2007 
  13. abc«Présentation de la ville: Sites et monuments».www.commune-mahdia.gov.tn (em francês). Município de Mahdia. Consultado em 2 de outubro de 2012.Cópia arquivada em 2 de outubro de 2012 
  14. Delarosbil 2006, p. 9.
  15. Gaultier-Kurhan 2001, p. 156.

Bibliografia

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  • Gaultier-Kurhan, Caroline (2001).Le patrimoine culturel africain (em francês). Paris: Maisonneuve et Larose. 408 páginas.ISBN 9782706815256 
  • Lopes, Nei Braz; Macedo, José Rivair (2017).Dicionário de História da África: Séculos VII a XVI. Belo Horizonte: Autêntica A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)

Ligações externas

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