Aetimologia deLondres é incerta. O termo é antigo, pode ser encontrado em fontes doséculo II. Em 121, a cidade foi registrada comoLondinium (Londínio), o que aponta para a sua origemromano-britânica. A primeira tentativa de explicação (agora desconsiderada) para o surgimento do nome da cidade é atribuída aGodofredo de Monmouth em sua obraHistoria Regum Britanniae.[26] Monmouth afirma que o nome se originou a partir do hipotéticoRei Lud, que havia sido levado para a cidade e a nomeou deKaerlud.[27]
Em 1898, era comumente aceito que o nome era de origemcelta e que significalugar pertencente a um homem chamado * Londinos; esta explicação já foi rejeitada.[26] Richard Coates apresenta uma outra explicação em 1998, dizendo que a palavraLondres é derivada do termo do antigo europeu pré-céltico*(p)lowonida, ourio muito largo para vadear, e sugeriu que este era um nome dado para a parte dorio Tâmisa que atravessa Londres; a partir deste termo, o assentamento ganhou a forma céltica de seu nome,* Lowonidonjon;[28] no entanto, isso requer uma alteração bastante complexa. A dificuldade reside em conciliar a forma latinaLondinium com a forma emgalês modernoLlundain, que deveria exigir a forma*(h)lōndinion (em oposição a*londīnion), a partir de*loundiniom. Até 1889, o nome "Londres" foi oficialmente aplicado apenas para a cidade de Londres, mas, desde então, também se referiu aoCondado de Londres e, agora, àGrande Londres.[3]
Duas descobertas recentes indicam prováveis assentamentos muito antigos próximos aoTâmisa, na área de Londres. Em 1999, os restos de uma ponte daIdade do Bronze foram encontrados na área costeira ao norte daVauxhall Bridge. Esta ponte ou cruzava o rio Tâmisa, ou era ligada a uma ilha (perdida) no rio. Técnicas dedendrologia dataram as madeiras ao ano de1 500 a.C..[29] Em 2010, as bases de uma grande estrutura de madeira, datada de4 500 a.C., foram encontradas na área costeira do Tâmisa, ao sul de Vauxhall Bridge. A função dessa estrutura mesolítica ainda não é conhecida. Ambas as estruturas estão emSouth Bank, em um ponto de cruzamento natural, onde o rio Effra deságua norio Tâmisa.[30]
Embora não haja evidências de assentamentos britânicos dispersos na área, a cidade começou quando foi fundada por volta de 43 com o nome deLondínio, no tempo em que as tropas doexército romano lideradas peloimperadorCláudio tomaram posse daInglaterra. Os romanos utilizarammateriais de construção da época para a realização das obras de umporto fluvial na margem norte dorio Tâmisa, que ainda não o era como de hoje. Na verdade, osromanos apontaram esse lugar como propício para a suaconstrução porque nas margens do rio, a leste desse ponto estratégico, existiam muitasáreas pantanosas. O porto recebeu dos romanos o nome de Londínio, que na língua inglesa quer dizerLondon e na língua portuguesa pode ser traduzido comoLondres.[31]
Um fragmento da antiga Muralha de Londres
Esta fase durou cerca de 25 anos até a pilhagem pelosicenos, tribo celta, liderada pela rainhaBoadiceia. Londres foi reconstruída, possibilitando um rápido desenvolvimento nos anos seguintes. Acredita-se que se tenha tornado a capital da Britânia noséculo II, substituindo a antiga capital,Colchester. Nas primeiras décadas doséculo III, os soldados romanos serviram como pedreiros nas obras do então chamadoMuro de Londres ao redor da cidade, cujo objetivo era uma solução para evitar que a área urbana da época fosse destruída. O Muro de Londres, propriamente dito, e as muralhas posteriores serviram como limites da atualcapital doReino Unido há séculos.[31]
Em 410, ocorreu ainvasão bárbara emRoma. Naquela época, os soldados daprovíncia romana da Britânia foram confiados pela segunda vez para expulsar os invasores, mas nada adiantou. Sua população de aproximadamente 45 000 a 60 000habitantes acabou diminuindo em virtude do domínio bárbaro. De acordo com oshistoriadores, o ano de 410 é a data que marca a época em que a Inglaterra deixou de ser governada pelos romanos e passou a ser entregue aosbárbaros. Osingleses nascidos na própria Inglaterra, que já se transferiram com suas bagagens para Londres, firmaram como sua verdadeira morada e fizeram com que a povoação continuasse sendo umcentro comercial. Pouca coisa sobreviveu da Londres romana, menos porções do que era antigamente o Muro de Londres e ruínas de algumas escassas obras daarquitetura romana.[31]
Com o colapso do domínio romano no início doséculo V, Londres deixou de ser uma capital e a cidade murada de Londínio foi efetivamente abandonada embora acivilização romana tenha se mantido na área deSt Martin-in-the-Fields até por volta de 450.[32] Por volta do ano 500, um assentamentoanglo-saxão conhecido comoLundenwic desenvolveu-se na mesma área, um pouco a oeste da antiga cidade romana.[33] Em 680, a área tinha sido reavivada o suficiente para tornar-se um importante porto, embora haja pouca evidência de produção em larga escala de produtos. Na década de 820, a cidade entrou em declínio por causa de repetidos ataques deviquingues e aCrônica Anglo-Saxônica registra que o povoamento só foi "refundado" em 886, porAlfredo, o Grande. Pesquisas arqueológicas mostram que esse "ressurgimento" envolveu o abandono de Lundenwic e o renascimento da vida e do comércio dentro das antigas muralhas romanas. Londres então cresceu lentamente até cerca de 950, depois que a atividade humana na área aumentou dramaticamente.[34]
Noséculo XI, Londres era a maior cidade de toda aInglaterra. AAbadia de Westminster, reconstruída emestilo românico pelo reiEduardo, o Confessor, era uma das mais grandiosos igrejas daEuropa. A cidade deWinchester tinha sido anteriormente a capital da Inglaterra anglo-saxã, mas a partir deste momento em diante, Londres tornou-se o principal fórum para os comerciantes estrangeiros e a base para a defesa da nação em tempos de guerra. Na visão deFrank Stenton: "Ela tinha os recursos e foi desenvolvendo rapidamente a dignidade e a autoconsciência política apropriada para uma capital nacional".[35][36]
Durante oséculo XII, as instituições do governo central, que até então tinham acompanhado a corte real inglesa enquanto se movia ao redor do país, cresceram em tamanho e sofisticação, tornando-se cada vez mais fixas em um só lugar. Na maioria dos casos essas instituições foram agrupadas em Westminster, embora o tesouro real tenha sido movido para a Torre. Enquanto aCity of Westminster desenvolvia-se como uma verdadeira capital em termos de governo, a sua distinta vizinha, a cidade de Londres, manteve-se como a maior cidade da Inglaterra, seu principal centro comercial e floresceu sob sua própria administração, aCorporação de Londres. No ano de 1100, a população da cidade era de cerca de 18 mil habitantes; em 1300 tinha crescido para cerca de 100 mil pessoas.[41] No entanto, um desastre abateu a cidade durante aPeste Negra, em meados doséculo XIV, quando Londres perdeu quase um terço de sua população.[42] A cidade também foi o foco darevolta camponesa de 1381.[43]
Durante operíodo Tudor, aReforma Inglesa produziu uma mudança gradual para oprotestantismo, sendo que grande parte de Londres passou das mãos da igreja para a propriedade privada.[44] O comércio delã não saiu de Londres para as praias vizinhas dosPaíses Baixos, onde era considerado indispensável.[45] Mas os tentáculos do comércio marítimo inglês dificilmente se estendiam para além dos mares do noroeste daEuropa. Arota comercial para aItália e para oMar Mediterrâneo normalmente era feita através daAntuérpia e dosAlpes; quaisquer navios que atravessavam oEstreito de Gibraltar com destino ou partindo daInglaterra eram provavelmente italianos ouragusanos. Após a reabertura dosPaíses Baixos para o comércio marítimo inglês em janeiro de 1565, imediatamente seguiu-se uma forte explosão da atividade comercial.[46] ARoyal Exchange foi fundada.[47] Omercantilismo cresceu emonopólios comerciais, como aCompanhia das Índias Orientais, foram estabelecidos, com o comércio em expansão noNovo Mundo. Londres tornou-se o principal porto doMar do Norte e recebeumigrantes da própria Inglaterra e do exterior. A população aumentou de uma estimativa de 50 mil habitantes em 1530 para cerca de 225 mil pessoas em 1605.[44]
Noséculo XVI,William Shakespeare e seus contemporâneos viveram em Londres em um momento de hostilidade para o desenvolvimento doteatro. No final do período Tudor, em 1603, Londres ainda era muito compacta. Houve uma tentativa de assassinato contraJaime VI & I, em Westminster, através daConspiração da Pólvora, em 5 de novembro de 1605.[48] Londres foi atormentada por umadoença no início doséculo XVII,[49] culminando com aGrande Peste de 1665–1666, que matou cerca de 100 mil pessoas, ou um quinto da população da cidade na época.[50]
Jorge III ascendeu ao trono em 1760 e ficou no poder ao longo dos próximos 60 anos. Durante oséculo XVIII, Londres estava infestada por crimes e osBow Street Runners foram estabelecidos em 1750 como umaforça policial profissional.[55] No total, mais de 200 crimes erampunidos com a morte[56] e até mulheres e crianças foramenforcados por pequenos furtos.[57] Mais de 74% das crianças nascidas em Londres morria antes de completar cinco anos de idade.[57] Oscafés tornaram-se um local popular para debater ideias, com o crescimento daalfabetização e do desenvolvimento daimprensa, que tornou asnotícias amplamente disponíveis;Fleet Street se tornou o centro da imprensa britânica.[58]
Não há nenhum homem, entre os intelectuais, que esteja disposto a deixar Londres. Não, senhor, quando um homem está cansado de Londres, ele está cansado da vida; por isso há em Londres tudo o que a vida pode oferecer.
Em 1951, o Festival da Grã-Bretanha foi realizada na margem sul. OGrande Nevoeiro de 1952 levou aoClean Air Act de 1956, que terminou aos nevoeiros de poluição pelos quais Londres era conhecida. A partir da década de 1940, a cidade tornou-se o lar de um grande número de imigrantes, principalmente de países daCommonwealth, comoJamaica,Índia,Bangladesh ePaquistão, tornando Londres uma das maiscosmopolitas cidades da Europa.[62]
A população da Grande Londres diminuiu de forma constante nas décadas após a Segunda Guerra Mundial, a partir de um pico estimado de 8,6 milhões em 1939 para cerca de 6,8 milhões em 1980. Os principais portos de Londres mudaram-se para Felixstowe e Tilbury, o que tornou a área dasDocas de Londres um foco para a regeneração com o desenvolvimento de centro financeiro deCanary Wharf, o que foi consolidado com o papel cada vez maior de Londres como um centro financeiro internacional durante a década de 1980.[64]
AGrande Londres é a subdivisão administrativa superior que abrange toda a cidade. Quarenta por cento da Grande Londres é coberta pelo distrito postal de Londres.[67] O código de área do telefone de Londres (020) cobre uma área maior, semelhante em tamanho da Grande Londres, embora algumas zonas exteriores sejam omitidas e em alguns lugares exteriores estejam inclusos. A área contida dentro do anel formado pela rodoviaM25 é geralmente conhecida como "Londres".[68]
A Grande Londres ocupa uma área de 1 583 km2, continha uma população de 7 172 036 de habitantes em 2001 e umadensidade populacional de 4 542 hab./km2. A área maior, conhecida comoRegião Metropolitana de Londres, cobre uma área de 8 382 km2 (3 236 mi2), tem uma população de 12 653 500 e uma densidade populacional de 1 510 hab./km2.[73] A Londres moderna se estende peloTâmisa, sua característica geográfica primária, um rio navegável que atravessa a cidade de sudoeste a leste. O Vale do Tamisa é umaplanície de inundação cercada por colinas suaves, comoParliament Hill, Addington Hills ePrimrose Hill. O Tâmisa já foi um rio raso muito mais amplo, com extensospântanos; namaré alta, suas costas atingiam cinco vezes a sua largura atual.[74]
Desde aera vitoriana, o Tâmisa tem sido extensivamente aterrado e muitos de seus afluentes agora correm no subsolo. O Tâmisa é um rio demaré, o que faz de Londres uma cidade vulnerável a inundações.[75] A ameaça tem aumentado ao longo do tempo por causa de um aumento lento, mas contínuo, no nível da água na cidade, elevado pela leve 'inclinação' da Grã-Bretanha (do norte ao sul), causada por ajustes pós-glaciais.[76]
Em 1974, iniciou-se a construção daBarreira do Tâmisa emWoolwich, para lidar com a ameaça de inundação. A construção durou uma década e a barreira foi projetada para funcionar até aproximadamente 2070, mas conceitos para o seu futuro alargamento ou redesenho já estão sendo discutidos.[77]
Alguns espaços abertos seminaturais mais informais também existem, como oHampstead Heath, um parque de 320hectares no norte da cidade.[85] O parque incorpora a Kenwood House, uma antiga casa senhorial e um local popular nos meses de verão, onde clássicos concertos musicais são realizados à beira do lago, atraindo milhares de pessoas todos os finais de semana para desfrutar da música, cenário e fogos de artifício.[86]
Londres tem umclima temperadooceânico (Köppen: Cfb), similar a grande parte do sul daGrã-Bretanha. Apesar de sua reputação de ser uma cidade chuvosa, Londres recebe menos precipitação (com 615 mm por ano) do queRoma (834 mm),Bordéus (923 mm),Toulouse (668 mm) eNápoles (1 006 mm).[87][88][89][90] Os invernos são geralmente frios, comgeadas ocorrendo geralmente os subúrbios, em média, duas vezes por semana de novembro a março.
Aneve geralmente ocorre cerca de quatro ou cinco vezes por ano, principalmente entre dezembro e fevereiro. A queda de neve nos meses de março e abril é rara, mas ocorre a cada dois ou três anos. As temperaturas do inverno raramente caem abaixo de -4 °C (24,8 °F) ou acima de 14 °C (57,2 °F). Durante o inverno de 2010, Londres registrou a sua temperatura mais baixa, -14 °C, em Northolt, e a neve mais pesada vista por quase duas décadas, uma enorme pressão sobre a infraestrutura de transportes londrina.
Os verões londrinos são geralmente quentes e, às vezes, o calor é impulsionado pelo efeito urbano deilha de calor, o que faz com que o centro da cidade fique até 5 °C mais alta do que nos subúrbios e periferias. A temperatura média do verão de Londres é de 24 °C (75,2 °F). Em média, há sete dias por ano com temperaturas acima de 30 °C (86,0 °F) e dois dias por ano acima de 32 °C (89,6 °F). Temperaturas de 26 °C (79 °F) ocorrem semanalmente entre meados de junho e o final de agosto.
Com o aumento daindustrialização, a população da cidade cresceu rapidamente ao longo doséculo XIX e início do XX, sendo durante este período a cidade mais populosa do mundo, até ser ultrapassada porNova Iorque, em 1925. A população londrina atingiu um pico de 8 615 245 habitantes em 1939, imediatamente antes da eclosão daSegunda Guerra Mundial, mas caiu para 7 192 091 habitantes no censo britânico de 2001. No entanto, a população cresceu pouco mais de 1 000 000 entre os censos de 2001 e 2011, chegando a 8,9 milhões na última pesquisa. A área urbana contínua de Londres, porém, se estende além das fronteiras daGrande Londres e era a casa de 8 278 251 pessoas em 2001,[16] enquanto asua área metropolitana tem uma população de mais de 14 milhões de pessoas.[99][100] De acordo com oEurostat, Londres é a segunda área metropolitana mais populosa daEuropa. Entre 1991 e 2001, 726 mil imigrantes chegaram em Londres.[101]
De acordo com oOffice for National Statistics (ONS), com base em dados do censo de 2011, 59,8% dos 8 173 941 habitantes de Londres sãobrancos (44,9% brancosbritânicos, 2,2% brancosirlandeses, 0,1% brancosciganos e 12,1% classificados como "outros brancos"). Cerca de 20% dos londrinos são de origem asiática (19,7% de descendência asiática completa e 1,2 descendentes miscigenados de asiáticos). Osindianos representam 6,6% da população da cidade, seguidos porpaquistaneses ebengaleses com 2,7% cada. Os chineses representam 1,5% e osárabes 1,3% da população da cidade. Há ainda outros 4,9% de londrinos que são classificados como "outros asiáticos". Osnegros e seus descendentes representam 15,6% da população de Londres, sendo 13,3% de ascendência completamente negra e 2,3% de multirraciais. Os negros são responsáveis por 7% da população africana da cidade (4,2% são classificados como "negros caribenhos" e 2,1% como "outros negros"). 5% dos londrinos são miscigenados.[106] Já em 1185, o cronista Ricardo de Devizes queixava-se de que em Londres "se amontoavam homens de todos os países que há debaixo do céu".[107]
As crianças negras e asiáticas superam as crianças brancas britânicas em cerca de seis para quatro nas escolas públicas da cidade.[108] No entanto, as crianças brancas representavam 62% dos 1 498 700 de habitantes de Londres com idade entre 0 e 15 anos em 2009. Segundo estimativas do ONS, 55,7% da população com idade entre 0 a 15 anos é branca britânica, 0,7% é branca irlandesa e 5,6% é de brancos de outras origens daUnião Europeia.[109] Em janeiro de 2005, um levantamento sobre a diversidade étnica e religiosa de Londres registrou mais de 300 idiomas falados na cidade e identificou mais de 50 comunidades não nativas que têm uma população superior a 10 mil pessoas. Dados do ONS mostram que, em 2010, a população estrangeira de Londres era de 2 650 000 (33%), contra 1 630 000 em 1997.[110]
As cerimônias nacionais e reais mais importantes são compartilhadas entre a Catedral de São Paulo e aAbadia de Westminster.[116] A abadia não deve ser confundida com a vizinhaCatedral de Westminster, a maior catedralcatólica romana daInglaterra e doPaís de Gales.[117] Apesar da prevalência de igrejas anglicanas, frequência à igreja continua em um longo, lento e constante declínio, de acordo com estatísticas da Igreja da Inglaterra.[118]
Londres é o lar de consideráveis comunidades de muçulmanos, hindus, sikhs e de judeus. Muitos muçulmanos vivem emTower Hamlets eNewham; o mais importante edifício muçulmano da cidade é a Mesquita Central de Londres, à beira doRegent's Park.[119] Após oboom do petróleo, houve um aumento do número de muçulmanos ricos vindos doOriente Médio que têm se estabelecido em torno deMayfair eKnightsbridge, na região oeste da cidade.[120][121] Londres é o lar da maior mesquita da Europa Ocidental, a Mesquita Baitul Futuh, da comunidade muçulmana ahmadi. A grande comunidade hindu de Londres é encontrada em bairros do noroeste, comoHarrow e Brent, sendo o último o lar de um dos maiores templos hindus da Europa, o Templo Neasden.[122] A comunidadesikh está localizada no leste e no oeste da cidade, que também é o lar do maior templo sikh do mundo fora daÍndia.[123]
A maioria dosjudeus britânicos vive em Londres, sendo que as comunidades judaicas significativas localizam-se emStamford Hill,Stanmore,Golders Green,Hampstead,Hendon eEdgware, nonorte da cidade. Stanmore and Canons Park Synagogue tem o maior número de membros do que qualquer outra sinagoga ortodoxa única em toda a Europa, ultrapassando sinagoga de Ilford (também em Londres), em 1998.[124] A comunidade judaica criou o Fórum Judeu de Londres em 2006.[125]
A administração de Londres é feita de duas maneiras: em nível geral e local. A administração de toda a cidade é coordenada pelaGreater London Authority (GLA), enquanto a administração local é realizada por 33 autoridades menores.[126] A GLA consiste em dois componentes eleitos: oprefeito de Londres, que tempoderes executivos, e aAssembleia de Londres, que analisa as decisões do prefeito e pode aceitar ou rejeitar suas propostas orçamentárias a cada ano. A sede da assembleia é oPaço Municipal, emSouthwark, e o atual prefeito éSadiq Khan, membro doPartido Trabalhista. Oplano diretor da prefeitura é publicado sob o nome "Plano de Londres", mais recentemente publicado em 2011.[127] As autoridades locais são os conselhos dos 32boroughs de Londres e daCity of London Corporation.[128] Elas são responsáveis por serviços regionais, como o planejamento local, a administração de escolas, serviços sociais, estradas e coleta de lixo. Algumas funções, como gestão de resíduos, são fornecidas através de acordos conjuntos. No período 2009–2010 os gastos combinados dos conselhos da cidade e da Assembleia foram de pouco mais de 22 bilhões delibras esterlinas (14,7 bilhões para osboroughs e 7,4 bilhões para a GLA).[129]
O Corpo de Bombeiros de Londres é o serviço oficial de resgate e combates a incêndios naGrande Londres. Ele é gerido pela London Fire and Emergency Planning Authority e é o terceiro maior serviço de combate a incêndios do mundo.[134] Osserviços de emergência doNational Health Service (NHS) são fornecidos pelo London Ambulance Service (LAS), um dos maiores serviços de emergência do planeta.[135]
Segundo aGreater London Authority, existem 46 outras localidades no mundo cujo nome é uma homenagem ou citação a Londres, em seis continentes.[138] Assim como a geminação de Londres, suas cidades irmãs também possuem geminações com partes de outras cidades em todo o mundo.[139][140] Abaixo está a lista de cidades declaradascidades irmãs:
A vastaárea urbana de Londres é frequentemente descrita através do uso de vários nomes de distritos, comoBloomsbury,Mayfair,Wembley eWhitechapel. Estes são designações informais, que refletem os nomes de vilas que foram absorvidas pela expansão daGrande Londres ou que são substituições de antigas unidades administrativas, como paróquias ou antigosbairros. Esses nomes têm permanecido em uso por tradição, sendo cada um referente a uma área local com características próprias, mas sem limites oficiais. Desde 1965, a Grande Londres é dividida em32boroughs, além da antigaCidade de Londres (conhecida comoCity of London ou simplesmenteCity).[150][151] ACity é o principalcentro financeiro, enquantoCanary Wharf se desenvolveu recentemente como um novo centro comercial nasDocklands, a leste.[152]
OWest End é o principal polo comercial e de entretenimento de Londres, atraindo turistas.[153]West London inclui áreas residenciais caras, onde as propriedades podem valer dezenas de milhões delibras. O preço médio de imóveis emKensington e Chelsea é de 894 mil libras esterlinas.[154]
OEast End é a área mais próxima do porto original de Londres e é conhecida por sua numerosa população de imigrantes, bem como por ser uma das áreas mais pobres da cidade.[155] A área deEast London circundante experimentou muito do desenvolvimento industrial no início de Londres; agora, zonas industriais em toda a área estão sendo reconstruídos como parte doThames Gateway, como o London Riverside e Lower Lea Valley, onde foi desenvolvido oParque Olímpico Rainha Isabel, construído para osJogos Olímpicos de Verão de 2012.[155]
A maior indústria de Londres é osetor financeiro e suas exportações financeiras o tornaram um grande contribuinte dabalança de pagamentos do Reino Unido. Cerca de 325 mil pessoas estavam empregadas na área de serviços financeiros na cidade em meados de 2007. Londres tem cerca de 480 bancos estrangeiros, mais do que qualquer outra cidade no mundo. Mais de 85% (3,2 milhões) da população ocupada de grande Londres trabalha no setor de serviços. Por causa de seu papel de destaque mundial, a economia de Londres foi afetada pelacrise financeira de 2008. A cidade de Londres é o lar de instituições comoBanco da Inglaterra,Bolsa de Valores de Londres eLloyd's of London.[159]
Mais da metade das 100 maiores empresas do Reino Unido (de acordo com índiceFTSE 100) e mais de 100 das 500 maiores empresas daEuropa têm a sua sede nocentro de Londres. Mais de 70% das empresas listadas no FTSE 100 estão localizadas dentro da área metropolitana de Londres e 75% das empresas doFortune 500 tem escritórios na capital britânica.[160]
Juntamente com os serviços profissionais, as empresas de mídia estão concentradas em Londres e o setor de distribuição de mídia é o segundo mais competitivo na cidade.[161] ABBC é um importante empregador, enquanto outras emissoras também têm sede na cidade. Muitos jornais nacionais são editados em Londres. A cidade é um importante centro devarejo e em 2010 teve as maiores vendas de varejo não alimentar no mundo, com gastos totais em torno de 64,2 bilhões de libras esterlinas.[162] OPorto de Londres é o segundo maior no Reino Unido, manipulando 45 milhões de toneladas de carga por ano.[163]
Londres tem cinco grandes áreas de negócios:City,Westminster,Canary Wharf,Camden &Islington eLambeth &Southwark. Uma maneira de avaliar a importância econômica da cidade observar a quantidade relativa de espaço de escritórios: a Grande Londres tinha 27 milhões de m² em espaço de escritório em 2001 e a City contém a maior parte deste espaço, com 8 milhões de m². Londres tem alguns dos mais altos preços imobiliários em todo o mundo.[164][165]
Segundo o ranking daMasterCard, Londres foi a cidade mais visitada em 2014,[170] mesmo sendo a cidade que tem uma das políticas de imigração mais temida por turistas de todo o mundo que desejam entrar no Reino Unidos,[171] com uma alta taxa de vistos negados.
Londres é um importante polo de ensino superior e de pesquisa e suas 43 universidades formam a maior concentração de instituições de ensino superior da Europa. Em 2008/09, a cidade tinha 412 mil estudantes no ensino superior (cerca de 17% do total do Reino Unido), dos quais cerca 287 mil estavam matriculados em cursos degraduação e 118 mil estavam matriculados napós-graduação. Em 2008/09, havia cerca de 97 150 estudantes internacionais em Londres, cerca de 25% de todos os estudantes internacionais no país.[172]
Um dos táxis negros de Londres, também conhecidos comohackney carriage
O transporte é uma das quatro principais áreas do governo do prefeito de Londres,[179] no entanto o controle financeiro da prefeitura não abrange a rede ferroviária de longa distância que entra na cidade. Em 2007, ele assumiu a responsabilidade de algumas linhas locais, que agora formam a redeLondon Overground. A rede de transporte público é administrada pelaTransport for London (TfL) e é uma das mais extensas do mundo. Andar de bicicleta é uma maneira cada vez mais popular para se deslocar em Londres. ALondon Cycling Campaign foi criada para pedir por uma melhor estrutura aos ciclistas.[180] Por ter sido um dos maiores portos do mundo, oPorto de Londres é atualmente o segundo maior doReino Unido, movimentando 45 milhões de toneladas de carga anualmente.[163]
As linhas que formavam ometrô de Londres, assim como bondes e ônibus, tornaram-se parte de um sistema integrado de transportes em 1933, quando oLondon Passenger Transport Board (LPTB), ouLondon Transport, foi criado. ATransport for London (TfL) é atualmente a empresa oficialmente responsável pela gestão da maioria dos aspectos do sistema de transporte daGrande Londres e é gerida por um conselho e um comissário nomeado peloprefeito de Londres.[181]
Heathrow (na foto o Terminal 5) é o aeroporto mais movimentado do mundo em tráfego internacional.[182][183]
A cidade de Londres é um importante polo aeroviário internacional, sendo o espaço aéreo da cidade o maior do mundo. Oito aeroportos usam a palavra "Londres" em seu nome, mas a maior parte do tráfego aéreo passa por seis deles. OAeroporto de Heathrow, emHillingdon, na região oeste, é o aeroporto mais movimentado do mundo em tráfego internacional e é o principalhub da companhia aérea britânicaBritish Airways.[184] Em março de 2008 o Terminal 5 do aeroporto foi aberto.[185] Havia planos para uma terceira pista e um sexto terminal de passageiros, porém estes planos foram cancelados pelo governo de coligação em 12 de maio de 2010.[186] Em setembro de 2011 um sistema detrânsito rápido pessoal foi aberto em Heathrow para se conectar a um estacionamento nas proximidades.[187] Um tráfego aéreo de movimento semelhante, com a adição de algunsvoos de baixo-custo decurta distância, também passa peloAeroporto de Gatwick, no sul da cidade, emWest Sussex.[188]
OAeroporto de Stansted, situado emEssex, no nordeste da cidade, é o principal centro aéreo no Reino Unido para aRyanair e oAeroporto de Luton, emBedfordshire, norte de Londres, serve principalmente para voos baratos de curta distância.[189] OAeroporto da Cidade de Londres, um aeroporto menor e mais central, é voltado para viagens de negócios, recebendo voos regulares de curta distância e um tráfego considerável de jatos executivos.[190]
O Aeroporto Londres Southend, em Essex, na região leste, é um aeroporto menor e regional que atende principalmente voos baratos de curta distância. Recentemente, passou por um grande projeto de reformulação que incluiu um novo terminal, a ampliação da pista de pouso e uma nova estação ferroviária que oferece ligações rápidas para a capital britânica. A empresaEasyJet tem uma base nesse aeroporto.[191][192]
OMetrô de Londres — também conhecido comoThe Tube — é o mais antigo[193] e o segundo maior[21] sistema demetrô do mundo, entrando em operação em 1863. O sistema possui 270estações[194] e é formado por várias empresas privadas, incluindo a primeira linha subterrânea elétrica do mundo, aCity & South London Railway.[195]
Mais de três milhões de viagens são feitas todos os dias na rede do metrô londrino e mais de 1 bilhão anualmente.[196] Um programa de investimento está tentando resolver problemas de congestionamento e confiabilidade, incluindo 7 bilhões de libras esterlinas (10 bilhões de euros) de melhorias voltadas para osJogos Olímpicos de Verão de 2012.[197] A cidade de Londres tem sido elogiada pela qualidade de seutransporte público.[198]
Há também uma extensa rede de trens suburbanos acima do solo, particularmente no sul da cidade, que tem menos linhas subterrâneas. Londres abriga a estação mais movimentada estação daGrã-Bretanha —Waterloo — com mais de 184 milhões de pessoas que utilizam o complexo de transferência a cada ano. As estações dispõem de serviços para as regiões sudeste e sudoeste de Londres e também para as regiões sudeste e sudoeste da Inglaterra.[199][200] A maioria das linhas ferroviárias terminam em torno docentro de Londres, por dezoito estações e terminais, com exceção dos trens doThameslink, que fazem ligação com Bedford eBrighton.[201]
Desde 2007 otrem de alta velocidadeEurostar liga Londres, através da estação de St. Pancras, com as cidades deLille,Paris eBruxelas. O tempo de viagem de pouco mais de duas horas até Paris e de 50 minutos até Bruxelas tornam Londres mais próxima da Europa continental do que o resto da Grã-Bretanha, em virtude dotrem de alta velocidade que atravessa oCanal da Mancha.[202]
A rede de ônibus de Londres é uma das maiores do mundo, funcionando 24 horas por dia, com 8 mil ônibus, 700 linhas e mais de 6 milhões de viagens de passageiros feitas todas os dias da semana. Em 2003, a rede teve um número estimado de 1,5 bilhão de viagens suburbanas por ano, mais do que o metrô.[203] Cerca de 850 milhões de libras são geradas em receitas anualmente. A cidade tem a maior rede com acesso para cadeirantes em todo o mundo[204] e, desde o terceiro trimestre de 2007, tornou-se mais acessível para passageiros com deficiências visual e na audição após a introdução de anúncios audiovisuais. Os característicos ônibus vermelhos de dois andares são reconhecidos internacionalmente e são uma marca registrada do transporte londrino, juntamente com os táxis pretos e o metrô.[205][206]
Londres tem uma rede moderna debondes conhecida comoTramlink, com sede emCroydon, no sul da cidade. A rede tem 39 estações, três rotas e transportou 26,5 milhões de pessoas em 2008. Desde junho de 2008, aTransport for London assumiu completamente aTramlink e planeja 54 milhões de libras esterlinas até 2015 em manutenção, renovações, atualizações e melhorias de capacidade do sistema. Desde abril de 2009 todos os bondes foram remodelados.[207]
Embora a maioria das viagens que envolvam ocentro de Londres sejam feitas através do transporte público da cidade, viajar de carro é comum nossubúrbios londrinos. O anel viário (em torno do centro), as estradas circulares Norte e Sul (na periferia) e a autoestrada orbital exterior (aM25, fora da área urbana) cercam a cidade e são atravessados por várias rotas-radiais, apesar de muito poucasautoestradas entrarem no interior de Londres. A M25 é o maiorrodoanel do mundo, com 195,5 km de extensão. As rodovias A1 eM1 conectam Londres àEdimburgo,Leeds eNewcastle.[208]
Um plano para uma ampla rede deautoestradas por toda a cidade (oRingways Plan) foi elaborado na década de 1960, mas foi cancelado em grande parte na década de 1970. Em 2003, opedágio urbano foi introduzido para reduzir o volume de tráfego de veículos no centro da cidade. Com poucas exceções, os motoristas são obrigados a pagar 10 libras por dia para dirigir dentro de uma zona definida que abrange grande parte do congestionado centro de Londres.[209][210] Os motoristas que são moradores da zona definida podem comprar um passe de temporada de valor muito reduzido, que é renovado mensalmente e é mais barato que uma passagem de ônibus correspondente.[211] A cidade é famosa por seus congestionamentos, sendo a autoestrada M25 o trecho rodoviário mais movimentado do país. A velocidade média de um carro nahora do rush londrina é de 17,1 km/h.[212] O governo da cidade inicialmente previu "Zonas de Taxa de Congestionamento" para aumentar o período de pico metrô e da rede de ônibus em 20 mil pessoas, reduzir o tráfego de 10 a 15%, aumentar a velocidade do trânsito de 10 a 15% e reduzir as filas de 20 a 30%.[213] Ao longo de vários anos, o número médio de veículos que entram no centro de Londres semanalmente foi reduzido de 195 mil para 125 mil carros — uma redução de 35% no número de veículos que circulam por dia.[214]
As construções londrinas são muito diversificadas e são caracterizadas por vários estilos arquitetônicos diferentes, em parte por causa da idade das edificações. Muitos casarões e prédios públicos, como aGaleria Nacional, foram construídos a com pedras de Portland. Algumas áreas da cidade, especialmente na região oeste, são caracterizadas por seus edifícios comestuque ou argamassa branca. Poucas das estruturas no centro de Londres são anteriores aoGrande Incêndio de 1666, mas ainda existem vestígios daera romana, como aTorre de Londres, e alguns sobreviventes daEra Tudor ainda estão espalhados pelaCity. AHampton Court é o mais antigo palácio da era Tudor naInglaterra, construído pelo CardealThomas Wolsey, cerca de 1515.[215] Igrejas deChristopher Wren do final doséculo XVII, instituições financeiras dos séculos XVIII e XIX, como aRoyal Exchange e oBanco da Inglaterra, e edificações do início doséculo XX, comoOld Bailey e o prédio residencial Barbican Estate, fazem parte da variada herança arquitetônica da cidade.
Dentro daCidade de Westminster, o centro de entretenimento deWest End tem seu foco em torno daLeicester Square, onde estreias de filmes locais e internacionais são realizadas, ePiccadilly Circus, com seus anúncios eletrônicos gigantes.[220] O distrito dos teatros fica em West End, assim como muitos cinemas, bares, clubes e restaurantes, incluindo o bairro deChinatown da cidade (noSoho) e a leste deCovent Garden, uma área de lojas especializadas em várias áreas. A cidade é a casa deAndrew Lloyd Webber, cujomusicais têm dominado West End desde o final doséculo XX.[221]Royal Ballet, English National Ballet,Royal Opera e English National Opera são instituições sediadas em Londres e se apresentam em locais como aRoyal Opera House, oColiseu, o Teatro Sadler's Wells e oRoyal Albert Hall.[222]
A Upper Street, em Islington, com 1,6 km de extensão, tem mais bares e restaurantes do que qualquer outra rua no Reino Unido.[223] A área comercial mais movimentada da Europa é aOxford Street, uma rua comercial de 1,6 km de comprimento, o que a torna a maior rua comercial do país. Oxford Street é o lar de vários varejistas elojas de departamento, incluindo a mundialmente famosaSelfridges.Knightsbridge é a sede da igualmente famosa loja de departamentosHarrods.[224]
Londres é o lar de estilistas comoVivienne Westwood,John Galliano,Stella McCartney,Manolo Blahnik,Jimmy Choo, entre outros, e suas escolas de arte e moda de renome tornam a cidade um centro internacional de moda ao lado deParis,Milão eNova Iorque. A capital britânica oferece uma grande variedade de culinárias, como resultado de sua população etnicamente diversa. Centros gastronômicos incluem os restaurantes de Bangladesh em Brick Lane e os restaurantes decomida chinesa de Chinatown.[225]
A cidade sedia uma grande variedade de eventos anuais, como a relativamente nova Parada do Dia de Ano Novo, a queima defogos de artifício naLondon Eye, oCarnaval de Notting Hill é a segunda maior festa de rua do mundo e é realizado anualmente, durante o final de agosto. Entre os desfiles tradicionais da cidade estão oLord Mayor's Show em novembro, um evento secular celebrando o encontro anual de um novoLord Mayor para Londres, e oTrooping the Colour, um desfile militar formal realizado por regimentos daCommonwealth e por exércitos britânicos para comemorar oAniversário da Rainha.[226]
Londres foi o cenário de muitas obras de literatura. Os centros literários mais tradicionais da cidade sãoHampstead (desde o início doséculo XX) eBloomsbury. Entre os escritores intimamente associados à cidade estãoSamuel Pepys, conhecido por seu testemunho doGrande Incêndio de 1666;Charles Dickens, cuja representação de uma Londres coberta por nevoeiros, neve e sujeira, de ruas repletas de varredores de rua e batedores de carteira, foi uma grande influência sobre a visão popular sobre a cidade no início daera vitoriana; eVirginia Woolf, considerada como uma das principais figuras literárias modernistas doséculo XX.[227]
Os peregrinos deOs Contos da Cantuária, obra deGeoffrey Chaucer do final doséculo XIV, partiram daCantuária, em Londres — mais especificamente, a partir deSouthwark.William Shakespeare passou grande parte de sua vida vivendo e trabalhando na cidade, enquanto seu contemporâneo,Ben Jonson, morou em Londres e alguns de seus trabalhos, mais notavelmente a peça teatralThe Alchemist, se passam na cidade.[227] A obraA Journal of the Plague Year (1722), deDaniel Defoe, é uma ficção sobre os acontecimentos daGrande Praga de 1665.[227] Posteriormente, entre as representações mais importantes da cidade de Londres entre os séculos XIX e XX, estão os romances de Dickens e as histórias deSherlock Holmes, deArthur Conan Doyle.[227] Entre os escritores modernos que foram difusamente influenciados pela cidade estãoPeter Ackroyd, autor de uma "biografia" da cidade, eIain Sinclair, que escreve no gênero depsicogeografia.[227]
A cidade abriga cerca de 240 museus, mas o governo publica números de visitantes apenas de suas próprias instituições. A maioria dos museus financiados pelo governo parou de cobrar taxas de visitação em 2001[239] e, embora isto tenha sido desafiado em 2007,[240] ainda continua em vigor. Após a remoção de taxas, a visitação aos museus de Londres aumentou, com uma grande percentagem dos 42 milhões de visitantes anuais em todo o país.[241]
O primeiro museu a ser estabelecido foi oMuseu Britânico, em Bloomsbury, em 1753. Originalmente contendo antiguidades, espécimes de história natural e da Biblioteca Nacional, o museu tem agora 7 milhões de artefatos de todo o mundo.[242] Em 1824, aNational Gallery foi fundada para abrigar a coleção nacional britânica de pinturas ocidentais e agora ocupa uma posição de destaque naTrafalgar Square. Na segunda metade doséculo XIX a região deSouth Kensington desenvolveu-se como "Albertopolis" (em referência aoPríncipe Alberto), um bairro cultural e científico. Três principais museus nacionais estão localizados lá: oVictoria and Albert Museum (para as artes aplicadas), oMuseu de História Natural de Londres e o Museu da Ciência. A galeria nacional de arte britânica está no Tate Britain, originalmente criado como um anexo da National Gallery em 1897. A Tate Gallery, como era conhecida anteriormente, também se tornou um importante centro de arte moderna, em 2000 transformou-se naTate Modern, uma nova galeria alojada na antiga estação elétrica de Bankside.
A cidade também tem cinco equipes derugby naAviva Premiership (London Irish,Saracens,London Wasps, London Welsh eHarlequins), embora apenas os Harlequins e os Saracens joguem em Londres (todos os outros três agora jogar fora daGrande Londres). Outra equipe profissional derugby union da cidade é a London Scottish F.C., que joga na cidade. Londres tem outros clubes de rugby muito tradicionais, como Richmond F.C., Rosslyn Park F.C., Westcombe Park Rugby F.C. eBlackheath F.C Há três clubes profissionais darugby league em Londres: London Broncos, que joga naSuper League, London Skolars e Hemel Stags.[248]
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