Oshumanos modernos chegaram pela primeira vez na Península Ibérica há cerca de 35 mil anos. As culturasibéricas, juntamente com antigos povoamentosfenícios,gregos,celtas ecartagineses, desenvolveram-se na península até o início dodomínio romano por volta de200 a.C., quando a região era denominadaHispânia, baseada no antigo nome fenícioSpania.[6] Com ocolapso do Império Romano do Ocidente,confederações tribais germânicas migraram da Europa Central,invadiram a Península Ibérica e estabeleceram reinos relativamente independentes em suas províncias ocidentais, incluindo ossuevos,alanos evândalos. No final doséculo VI, osvisigodos tinham integrado à força todos os territórios independentes remanescentes na península aoReino de Toledo, incluindo as provínciasbizantinas, o que de certa maneira unificou politicamente, eclesiasticamente e juridicamente todas as antigas províncias romanas ou reinos sucessores da antiga Hispânia.
O nomeEspanha provém deHispânia, nome com o qual osromanos designavam geograficamente aPenínsula Ibérica. O nomeIbéria era o que os gregos davam à Península embora houvesse outras designações dadas pelos povos antigos.[14] O facto de o termoHispânia não ter uma raizlatina resultou na formulação de diversas teorias sobre a sua origem, algumas controversas. A opção mais consensual seria a de que o nome Hispânia provém do fenícioi-spn-ea.[15] Os romanos tomaram essa denominação dos vencidoscartaginenses, interpretando o prefixoi comocosta,ilha outerra, e o sufixoea com o significado deregião. O lexemaspn foi traduzido comocoelhos (na realidadedassies, animais comuns no norte daÁfrica).
O topónimoEspanha, evolução da designação doImpério Romano Hispânia era, até aoséculo XVIII, apenas descritivo da Península Ibérica, não se referindo a um país ou Estado específico, mas sim ao conjunto de todo o território ibérico e dos países que nele se incluíam. A Espanha é unificada durante oIluminismo, até então era um conjunto de reinos juridicamente e politicamente independentes governados pela mesma monarquia.[16] Até à data da unificação a monarquia era formada por um conjunto de reinos associados por herança e união dinástica ou por conquista. A forma de governo era conhecida comoaeque principaliter, os reinos eram governados cada um de forma independente, como se tivesse cada reino o seu próprio rei, cada reino mantinha o seu próprio sistema legal, a sua língua, os seus foros e os seus privilégios.[17] AsLeyes de extranjeria determinavam que o natural de qualquer um dos reinos era estrangeiro em todos os outros reinos ibéricos.[18][19] A constituição de 1812 adota o nomeAs Espanhas para a nova nação.[20] A constituição de 1876 adota pela primeira vez o nomeEspanha.[21][22]
Os termos "as Espanhas" e "Espanha" não eram equivalentes, e eram usados com muita precisão.[23] O termoAs Espanhas referia-se a um conjunto de unidades jurídico-políticas, ou seja, referia-se a um conjunto de reinos independentes, primeiramente apenas aos reinos cristãos da Península Ibérica, depois apenas aos reinos unidos sobre a mesma monarquia. O termoEspanha referia-se a um espaço geográfico e cultural que englobava diversos reinos independentes. A partir deCarlos V o uso do títuloRei das Espanhas, referia-se à parte da Espanha que não incluíaPortugal, mas esta designação era apenas uma forma de designar coletivamente um extenso número de reinos, uma abreviação, que não tinha validade jurídica, para uma longa lista de títulos reais cuja forma oficial era rei de Castela, de Leão, de Aragão, de Navarra, de Granada, de Toledo, deValência, da Galiza, de Maiorca, de Menorca, de Sevilha, etc. (da mesma forma utilizava-se o título Sua Majestade Lusitana para o rei de Portugal, ou rei Lusitano).[24][25][26]
O uso da designação de "reis de Espanha" pelos reis Fernando e Isabel foi considerado uma ofensa pelo rei de Portugal que considerava que o nome designava a Península.[27] A última vez que Portugal protestou oficialmente o uso do termo "coroa de Espanha" ou "monarquia de Espanha" pelo governo de Madrid foi, supõe-se, durante oTratado de Utrecht em 1714.[28]
Atualmente o nome "Península Hispânica" não é aceite pelos portugueses, sendo que a designação usada é a dePenínsula Ibérica.[29] A partir de 1640, com aRestauração da Independência de Portugal, a designação "Rei da Espanha" manteve-se, apesar de a união dinástica já não englobar toda a Península.[30]
Os primeiros humanos modernos chegaram àPenínsula Ibérica no território da atual Espanha há 35 mil anos. No período histórico o território foi invadido e colonizado porceltas,fenícios,cartagineses,gregos e cerca de218 a.C., a maior parte da Península Ibérica começou a formar parte doImpério Romano, sendo orio Ebro a fronteira entre a Espanha romana e cartaginesa.[31]
Durante aSegunda Guerra Púnica, uma expansão do Império Romano capturou colônias comerciais cartaginesas ao longo da costa doMediterrâneo, cerca de210 a 205 a.C. Os romanos levaram quase dois séculos para completar a conquista da Península Ibérica, apesar de terem o controle de boa parte dela há mais de 600 anos. O domínio romano era unido pela lei, idioma e asestradas romanas.[32]
As culturas das populaçõesceltas eibéricas foram gradualmenteromanizadas (latinizadas) em diferentes níveis e em diferentes partes daHispânia (o nome romano para a Península). Os líderes locais foram admitidos na classearistocrática romana. A Hispânia serviu como um celeiro para o mercado romano e seus portos exportavamouro,lã,azeite evinho. A produção agrícola aumentou com a introdução de projetos deirrigação, alguns dos quais permanecem em uso. Os imperadoresTrajano eTeodósio I e o filósofoSéneca nasceram na Hispânia. Ocristianismo foi introduzido naprovíncia noséculo I d.C. e tornou-se popular nas cidades noséculo II.[33] O termo "Espanha", as línguas, a religião e a base das leis atuais da Espanha se originaram a partir deste período.[32]
O enfraquecimento da jurisdição doImpério Romano do Ocidente em Hispânia começou em 409, quando ospovos germânicossuevos evândalos, juntamente com osalanossármatas, cruzaram oReno e devastaram aGália e a Península Ibérica. Osvisigodos atacaram aIbéria no mesmo ano. Os suevos estabeleceram um reino no que hoje é a modernaGaliza e oNorte de Portugal. Oimpério romano ocidental se desintegrava, mas a sua base social e econômica continuou, ainda que de forma modificada. Os seus regimes sucessores mantiveram muitas das instituições e das leis do Império, incluindo o cristianismo.[34]
Os aliados dos alanos, os vândalosasdingos, estabeleceram um reino naGalécia, ocupando grande parte da região, mas indo mais ao sul dorio Douro. Os vândalossilingos ocuparam a região que ainda tem o seu nome — Vandalúsia, a modernaAndaluzia, na Espanha. Osbizantinos estabeleceram um enclave,Espânia, no sul, com a intenção de reviver o Império Romano ao longo da Península Ibérica. A Hispânia acabou unida sob odomínio visigótico no final doséculo VI.[34]
Noséculo VIII, quase toda a Península Ibérica foi conquistada(711–718) por exércitos demourosmuçulmanos provenientes principalmente doNorte de África. Essas conquistas fizeram parte da expansão doCalifado Omíada. Apenas uma pequena área montanhosa no noroeste da Península conseguiu resistir à invasão inicial muçulmana.[34]
Sob alei islâmica, os cristãos e osjudeus receberam o estatuto subordinado dedhimmi. Esse estatuto permitia que cristãos e judeus praticassem suas religiões como "povos do livro", mas eles eram obrigados a pagar um imposto especial e eram sujeitos a certas discriminações.[35][36] A conversão aoislamismo prosseguiu a um ritmo cada vez maior. Acredita-se que osmuladi (muçulmanos de origem étnica ibérica) compreendiam a maioria da população deAl-Andalus até o final doséculo X.[37][38]
A comunidade muçulmana na Península Ibérica era diversificada e atormentado por tensões sociais. Os povosberberes do Norte de África, que tinham fornecido a maior parte dos exércitos invasores, entraram em choque com a liderançaárabe doOriente Médio. Ao longo do tempo, grandes populações árabes se estabeleceram, especialmente no vale dorio Guadalquivir, na planície costeira deValência, no vale dorio Ebro (no final deste período) e na região montanhosa deGranada.[38]
Córdova, a capital docalifado, era a maior, mais rica e sofisticada cidade naEuropa Ocidental na época. O comércio e o intercâmbio cultural noMediterrâneo floresceram. Os muçulmanos importaram uma rica tradição intelectual do Oriente Médio e do Norte da África. Estudiosos muçulmanos e judeus desempenharam um papel importante na renovação e ampliação da aprendizagemclássica grega na Europa Ocidental. As culturasromanizadas da Península Ibérica interagiram com as culturas muçulmanas e judaicas de forma complexa, dando, à região, uma cultura distinta.[38] Noséculo XI, os territórios muçulmanos fragmentaram-se em reinos rivais (as chamadastaifas), permitindo, aos pequenosEstados cristãos, a oportunidade de ampliar enormemente seus territórios.[38]
A chegada das seitas islâmicas dominantes dosAlmorávidas eAlmóadas, do Norte da África, restaurou a unidade na Península Ibérica muçulmana, com uma aplicação mais rigorosa e menos tolerante doislã, provocando uma recuperação das fortunas muçulmanas. Este Estado islâmico reunido experimentou mais de um século de sucessos que reverteram parcialmente as vitórias cristãs.[34]
AReconquista foi o período de séculos em que o domínio cristão foi sendo gradualmente restabelecido sobre aPenínsula Ibérica. A Reconquista é vista como tendo início naBatalha de Covadonga, vencida porDon Pelayo em722, e coincide com o período do domínio muçulmano. A vitória do exército cristão sobre as forças muçulmanas levou à criação doReino das Astúrias ao longo das montanhas costeiras do noroeste. Pouco depois, em 739, as forças muçulmanas foram expulsas daGaliza, que depois hospedaria um dos locais mais sagrados da Europa medieval,Santiago de Compostela, e foi incorporada ao novo reino cristão. OReino de Leão foi o reino cristão mais forte por séculos. OReino de Castela, formado a partir do território leonês, foi seusucessor como o reino mais forte.[34]
Os exércitos muçulmanos também se mudaram para o norte dosPirenéus, mas foram derrotados pelas forçasfrancas naBatalha de Poitiers e expulsos da região mais ao sul doReino Franco ao longo da costa marítima nos anos 760. Mais tarde, as forças francas estabeleceram condadoscristãos no lado sul dos Pireneus. Essas áreas deveriam crescer nos reinos deNavarra eAragão.[39] QuandoFernando II de Aragão sucedeu na Coroa de Aragão, em 1479, ocorreu finalmente a união deste reino com o de Castela, onde reinava a sua mulher,Isabel I de Castela, dando início àMonarquia Católica, governada pelosReis Católicos e seus sucessores.[34]
Em 1492 também marcou a chegada deCristóvão Colombo aoNovo Mundo, durante uma viagem financiada por Isabela. A primeira viagem dele atravessou o Atlântico e chegou às ilhas doCaribe, iniciando a exploração e conquista europeia das Américas, embora Colombo continuasse convencido de que havia chegado aoOriente. Um grande número deameríndios morreu em batalha contra os espanhóis durante a conquista,[42] enquanto outros morreram por várias outras causas, comoepidemias de doenças trazidas pelos europeus. Alguns estudiosos consideram o período inicial da conquista espanhola — desde o primeiro desembarque de Colombo nasBahamas até meados doséculo XVI — como um dos casos mais notórios degenocídio na história da humanidade.[43] O número de mortos pode ter atingido cerca de 70 milhões de indígenas (de uma população de 80 milhões) neste período.[43]
Por meio da exploração, conquista ou alianças dinásticas, oImpério Espanhol expandiu-se para incluirvastas áreas nas Américas, ilhas na regiãoÁsia-Pacífico, áreas do que hoje é aItália, cidades nonorte da África e partes do que atualmente é território deFrança,Alemanha,Bélgica,Luxemburgo ePaíses Baixos. A primeiracircum-navegação do mundo foi realizada em 1519–1521. Foi o primeiro império no qual foi dito que o "Sol nunca se punha". Era uma época de descobertas, com ousadas explorações marítimas e terrestres, a abertura de novas rotas comerciais através dos oceanos, conquistas e o início docolonialismo europeu. Os exploradores espanhóis trouxeram de volta metais preciosos, especiarias e plantas anteriormente desconhecidas e tiveram um papel de liderança na transformação da compreensão europeia do globo.[44] A eflorescência cultural testemunhada durante esse período é agora chamada de Idade de Ouro da Espanha.[34][45]
AReforma Protestante arrastou o reino cada vez mais profundamente para o caos deguerras religiosas. O resultado foi um país forçado a expandir esforços militares em toda a Europa e no Mediterrâneo.[46] Nas décadas intermediárias doséculo XVII, em umaEuropa assolada pela guerra e pelapeste negra, osHabsburgos espanhóis haviam enredado o país em conflitos políticos e religiosos em todo o continente. Esses conflitos esgotaram seus recursos e minaram a economia em geral. A Espanha conseguiu manter a maior parte do império disperso e ajudar as forças imperiais doSacro Império Romano-Germânico a reverter grande parte dos avanços feitos pelas forças protestantes, mas finalmente foi forçada a reconhecer aseparação de Portugal e dasProvíncias Unidas, além de sofrer algumas reviravoltas militares sérias naFrança nos últimos estágios da imensamente destrutivaGuerra dos Trinta Anos.[47]
O declínio culminou em uma controvérsia sobre a sucessão ao trono que consumiu os primeiros anos doséculo XVIII. AGuerra da Sucessão Espanhola foi um amplo conflito internacional combinado com uma guerra civil e custaria ao reino seus bens europeus e sua posição como uma das principais potências do continente.[48] Durante essa guerra, uma nova dinastia originária da França, osBourbons, foi instalada. Por muito tempo unido apenas pela Coroa, um verdadeiro Estado espanhol foi estabelecido quando o primeiro rei Bourbon,Filipe V, uniu as coroas de Castela e Aragão em um único Estado, abolindo muitos dos antigos privilégios e leis regionais.[49]
Em 1793, a Espanha entrou em guerra contra a novaRepública Francesa revolucionária como membro daPrimeira Coligação. A guerra subsequente dos Pirenéus polarizou o país em uma reação contra as elites galicizadas e após a derrota no campo, um acordo de paz foi feita com a França em 1795 naPaz de Basileia, na qual a Espanha perdeu o controle sobre dois terços da ilha deHispaniola. O primeiro-ministroManuel Godoy garantiu que a Espanha se aliasse à França na breveGuerra da Terceira Coalizão, que terminou com a vitória naval britânica naBatalha de Trafalgar, em 1805. Em 1807, um tratado secreto entreNapoleão e o impopular primeiro-ministro levou a uma nova declaração de guerra contra aGrã-Bretanha ePortugal. As tropas de Napoleão entraram no país para invadir Portugal, mas ocuparam as principais fortalezas da Espanha. O rei espanhol abdicou em favor do irmão de Napoleão,José Bonaparte.[34][50] No entanto, novas ações militares dos exércitos espanhóis, guerrilheiros e forças luso-britânicas deWellington, combinadas com adesastrosa invasão da Rússia por Napoleão, levaram à expulsão dos exércitos imperiais franceses da Espanha em 1814 e ao retorno do reiFernando VII.[51]
Durante a guerra, em 1810, um corpo revolucionário, asCortes de Cádis, foi reunido para coordenar o esforço contra o regime bonapartista e preparar uma constituição.[52] Ele se reuniu como um único corpo e seus membros representaram todo o Império Espanhol.[53] Em 1812, umaconstituição para uma representação universal sob umamonarquia constitucional foi declarada, mas após a queda do regime bonapartista, Fernando VII demitiu as Cortes Gerais e estava determinado a governar como ummonarca absoluto. Esses eventos prenunciaram o conflito entre conservadores e liberais nos séculos XIX e XX.[34]
No final doséculo XIX, movimentos nacionalistas surgiram nas Filipinas e em Cuba. Em 1895 e 1896, aGuerra de Independência de Cuba e aRevolução Filipina eclodiram e, finalmente, osEstados Unidos se envolveram. AGuerra Hispano-Americana foi travada na primavera de 1898 e resultou na Espanha perdendo o último bastião de seu vasto império colonial fora do norte da África.[54]El Desastre (o desastre), como a guerra ficou conhecida na Espanha, deu um impulso adicional àgeração de 98 que estava realizando uma análise do país.[55]
A Guerra Civil tirou a vida de mais de 500 mil pessoas[56] e causou a fuga de cerca de meio milhão de cidadãos espanhóis.[57] A maioria de seus descendentes vivem agora em países daAmérica Latina, com cerca de 300 mil apenas naArgentina.[58]
Após a Segunda Guerra Mundial, a Espanha ficou isolada politicamente e economicamente e foi mantida fora dasNações Unidas. Isso mudou em 1955, durante o período daGuerra Fria, quando o país se tornou estrategicamente importante para osEstados Unidos para estabelecer sua presença militar na Península Ibérica como base para qualquer possível transferência pelaUnião Soviética para a bacia doMediterrâneo. Na década de 1960, a Espanha registrou uma taxa sem precedentes de crescimento econômico no que ficou conhecido como omilagre espanhol, que retomou a transição, bastante interrompida, para uma economia moderna.[34]
NoPaís Basco, onacionalismo moderado tem coexistido comum movimento radical nacionalista liderado pela organização armadaEuskadi Ta Askatasuna (ETA). O grupo foi formado em 1959 durante o governo de Franco, mas continuou a travar a sua violenta campanha mesmo após a restauração da democracia e do retorno de um elevado grau de autonomia regional.[59]
Em 1 de janeiro de 2002, a Espanha deixou de usar apeseta como moeda e substituiu-a peloeuro, que compartilha com outros 15 países daZona Euro. O país experimentou um forte crescimento econômico, bem acima da média da UE, mas as preocupações divulgadas e emitidas por muitos comentaristas econômicos no auge doboom dos preços imobiliários e dos elevados défices de comércio exterior de que o país estava susceptível a passar por um doloroso colapso econômico foram confirmadas por uma grave recessão que assola o país desde 2008.[61]
Em 11 de março de 2004,uma série de bombas explodiram em trens deMadrid. Depois de um julgamento de cinco meses em 2007, concluiu-se que os atentados foram perpetrados por um grupo islâmico militante local inspirado pela organizaçãoAl-Qaeda.[62] As explosões mataram 191 pessoas e feriram mais de 1800, e a intenção dos autores doatentado terrorista pode ter sido influenciar o resultado da eleição geral espanhola, realizada três dias depois.[63]
Embora as suspeitas iniciais tenham se focado no grupo basco ETA, logo surgiram evidências indicando um possível envolvimento de grupos extremistas islâmicos. Devido à proximidade da eleição, a questão da responsabilidade rapidamente se tornou uma controvérsia política, com os principais partidos concorrentes, PP e PSOE, trocando de acusações sobre a manipulação do resultado.[64]
Nas eleições de 14 de março de 2004, o PSOE, liderado porJosé Luis Rodríguez Zapatero, obteve uma pluralidade suficiente para formar um novo gabinete, portanto, suceder a administração anterior do PP.[66]
Naseleições de 20 de novembro de 2011 o partido liderado porMariano Rajoy obteve mais de 10,8 milhões de votos e elegeu 186 deputados, conquistando a maioria absoluta e o melhor resultado de sempre do Partido Popular, que voltou ao poder.[67]
Nenhum país reconheceu a Catalunha como um Estado separado.[65] Em 1 de junho de 2018, o Congresso dos Deputados aprovou uma moção de não confiança contra Rajoy e o substituiu pelo líder doPSOE,Pedro Sánchez, trazendo os socialistas de volta ao poder após sete anos.[71]
Em extensão territorial, é o quarto maior país daEuropa, atrás apenas daRússia (que é o maior país do mundo, tendo em conta apenas a parte europeia),Ucrânia eFrança, e o segundo maior daUnião Europeia, atrás apenas da França.[72] Os limites físicos da Espanha são os seguintes:Portugal e o oceano Atlântico a oeste; o mar Mediterrâneo a leste; oEstreito de Gibraltar, mar Mediterrâneo e oceano Atlântico a sul; osPirenéus a nordeste e ogolfo da Biscaia e omar Cantábrico a norte.[72]
A metade oeste inteira daPenínsula Ibérica, exceto a extremidade meridional, é constituída de rochas velhas (hercínicas); os geólogos costumam se referir a esseMaciço Hespérico com o nome deMeseta Central. A palavrameseta igualmente é utilizada por geógrafos e comotopônimo local para denominar o relevo que domina o centro da Península Ibérica.[72] OsPireneus, uma porção dosAlpes europeus, constituem uma grande cordilheira que vai entre o Mediterrâneo e oGolfo da Biscaia, há 430 km de distância.[72] Muitas serras tendendo de noroeste a sudeste constituem aCordilheira Ibérica, a qual divide a depressão do Ebro da Meseta e se eleva mais com o pico deMoncayo a 2 313 m.[72]
A Península Ibérica tem muitos riachos, três dos quais se encontram dentre os maiores do continente europeu: oTejo, com 1 007 km de extensão, oEbro, com 909 km, e oDouro, com 895 km. OGuadiana e oGuadalquivir possuem 818 km e 657 km, respectivamente. O Tejo, da mesma forma que o Douro e o Guadiana, vem para oOceano Atlântico emterritório português. Na verdade, todos os mais importantes rios espanhóis, com exceção do Ebro, correm para o Atlântico. A rede fluvial na porção mediterrânea dabacia hidrográfica tem pouco desenvolvimento em contraste com os sistemas do Atlântico, em parte uma vez que desce nas porções menos úmidas na opinião dos climatólogos especializados em Espanha. Entretanto, os rios ibéricos, em sua quase totalidade, possuem reduzido volume por ano, irregularidade nos regimes, vales com grande profundidade e até desfiladeiros. As cheias são continuamente um perigo potencializado.[72]
Aerosão do solo que resulta do bioma degradado ao longo de 3 000 anos, tinha criado áreas que reduziram o revestimento da terra, formando dealuviões para o lado em que rio desce e, ultimamente, obras de irrigação ebarragens assorearam outras regiões. Uma das piores questões ambientais da Espanha atualmente constitui o perigo dadesertificação, do empobrecimento deecossistemas áridos, semiáridos e ainda úmidos provocados pela ação conjunta das atividades do homem e daestiagem. Quase 50% de Espanha são atingidas de maneira equilibrada ou severa por secas, principalmente no leste arenoso (Almeria,Múrcia), assim como em boa parte de Espanha sub-árida (bacia do Ebro). Políticas deflorestação foram adotadas pelo poder executivo, no entanto, certas autoridades creem que a vegetação que cresce naturalmente teria trazido maior permanência de benefícios.[72]
A Espanha se caracteriza por uma divisão climática sobreposta entre zonasúmidas,semiáridas,áridas,oceânicas,continentais etemperadas. Essa complexidade é resultado da dimensão da península, que é suficientemente extensa para produzir um regime térmico bastante variado, assim como pela proximidade com o oOceano Atlântico e oNorte da África, o que expõe o país a influências do mar e doSaara.[72]
OsPireneus e as cadeias de montanhas daCantábria exercem uma função fundamental noclima da Espanha, ao manter as massas de ar subtropicais na Espanha nos os meses de verão. Geralmente, os ventos ocidentais doAtlântico Norte dominam a maioria do ano, ao passo que a massa de ar cálida e seca doSaara sopra fortemente de maneira menos frequente. A Espanha setentrional, entre aGaliza e aCatalunha, se caracteriza por umclima temperado marítimo ou úmido.[72]
A Espanha é um país especialmente afetado pelo fenômeno daseca: durante o período 1880–2000, mais da metade dos anos foram classificados como secos ou muito secos. Sete anos da década dos 1980 e cinco da década de 1990 foram considerados secos ou muito secos. Asmudanças climáticas devem trazer graves problemas ambientais, agravando as características mais extremas do clima local.[73]
A vegetação natural cobre quase 50%, metade do território espanhol, entretanto, somente uma pequena parte (em boa parte limitado às montanhas) se classifica como floresta densa. A região setentrional temflorestas decíduas (carvalho,faia) echarnecas. A vegetação do restante do território espanhol é mediterrânea, que se caracteriza por carvalho-verde (Quercus ilex) e demais plantas que resistem aos períodos de seca.[72]
A proximidade daÁfrica com a Espanha forneceu ao país mais espécies de animais silvestres africanas que as que se encontram nas demais penínsulas do Mediterrâneo, ao passo que a cordilheira dos Pireneus e a extensão da nação motivam a quantidade de espécies endêmicas. Olobo europeu e ourso marrom costumam sobreviver nas pequenas regiões silvestres da parte nordeste. Ogamo, oíbex (cabra-selvagem), oveado-vermelho e ojavali costumam ser frequentes. Cerca de 50% das espécies de aves europeias se encontram noParque Nacional de Doñana, na desembocadura do Guadalquivir; aáguia-imperial-ibérica e demais aves de grande porte, como ourubu e diversas variações defaisão, são endêmicas dos Pireneus. A Espanha meridional e aÁfrica setentrional também são invadidas periodicamente pelosgafanhotos-do-deserto.[72]
Desde 1996 o índice de emissões deCO₂ subiu notavelmente em Espanha, descumprindo os objetivos doProtocolo de Quioto sobre emissões geradoras doefeito estufa e contribuintes da mudança climática.Ban Ki-moon, secretário-geral daONU, pediu a Espanha uma "liderança mais ativa" na luta contra a mudança climática.[74] SegundoAl Gore, Espanha é opaís europeu mais vulnerável aoefeito estufa.[75]
Distribuição geográfica da população espanhola em 2008
Em 2019, a população de Espanha oficialmente alcançou os 47 milhões de pessoas, conforme registrado peloPadrón municipal.[76] Adensidade populacional do país, em91 hab./km², é menor do que a da maioria dos países daEuropa Ocidental e sua distribuição através do país é bastante desigual. Com exceção da região do entorno da capital,Madrid, as áreas mais povoadas ficam em torno da costa. A população da Espanha mais que dobrou desde 1900, quando se situava em 18,6 milhões, principalmente devido ao espetacular crescimento demográfico vivido pelo país na década de 1960 e início de 1970.[77]
A Espanha é o país mais tolerante em relação àhomossexualidade em todo o mundo. Apenas 6% dos espanhóis dizem que a homossexualidade é "moralmente inaceitável", ao passo que 55% a consideram "moralmente aceitável" e 38% dizem que a homossexualidade "não é uma questão moral".[78] Desde 2005 ocasamento entre pessoas do mesmo sexo na Espanha é legal.[79]
Osespanhóis nativos compõem 88% da população total da Espanha. Depois dataxa de natalidade ter caído na década de 1980, a taxa de crescimento populacional da Espanha diminuiu, mas a população novamente cresceu baseada inicialmente no regresso de muitos espanhóis que emigraram para outros países europeus durante os anos 1970 e, mais recentemente, alimentada por um grande número de imigrantes que constituem 12% da população. Os imigrantes são originários principalmente naAmérica Latina (39%),Norte da África (16%),Europa Oriental (15%) eÁfrica subsaariana (4%).[80]
Em 2008, o país concedeu a cidadania a 84 170 pessoas, principalmente para pessoas vindas doEquador,Colômbia eMarrocos.[81] Uma parte considerável dos residentes estrangeiros na Espanha também vêm de outros países daEuropa Ocidental eCentral. Estes são em sua maioriabritânicos,franceses,alemães,holandeses enoruegueses. Eles residem principalmente na costa do Mediterrâneo e nasilhas Baleares, onde muitos escolhem para viver sua aposentadoria.
Populações substanciais descendentes de colonos espanhóis e imigrantes existem em outras partes do mundo, com destaque para aAmérica Latina. Começando no final doséculo XV, um grande número de colonos ibéricos estabeleceu-se no que se tornou a América Latina e no momento a maior parte dos latino-americanosbrancos (que representam cerca de um terço da população da América Latina) são de origem espanhola ouportuguesa. Noséculo XVI, estima-se que 240 000 espanhóis emigraram, principalmente paraPeru eMéxico.[82] A eles se juntaram 450 000 que emigraram no século seguinte.[83] Entre 1846 e 1932 estima-se que cerca de 5 milhões de espanhóis emigraram para aAmérica, especialmente paraArgentina,Cuba eBrasil[84][85] Cerca de dois milhões de espanhóis migraram para outros países da Europa Ocidental entre 1960 e 1975. Durante o mesmo período, cerca de 300 000 foram para a América Latina.[86]
Principais países de origem de imigrantes que vivem na Espanha
Osmovimentos migratórios, tanto internos quanto externos, foram determinantes na composição demográfica moderna da Espanha. Entre o final doséculo XIX e início doséculo XX, houve uma significativa corrente imigratória da Espanha para países ibero-americanos. Entre os principais destinos estavamArgentina,Cuba eBrasil.[84][85] A densidade populacional da Espanha é menor que a da maioria dos países europeus. As populações rurais estão se movendo para as cidades. Nos últimos anos a Espanha apresenta uma considerável diminuição na taxa de imigração neta, deixando de possuir a maior taxa deimigração da Europa (em 2005 de 1,5% anual somente superado na UE pelo Chipre)[87] atualmente sua taxa de imigração neta chega a 0,99%, ocupando a 15ª posição naUnião Europeia.[88] Além disso, o 9° país com maior porcentagem de imigrantes dentro da UE, abaixo de países comoLuxemburgo,Irlanda,Áustria eAlemanha.[89]
Em 2005, a Espanha recebeu 38,6% da imigração para aUnião Europeia, principalmente de cidadãos de origemlatino-americana, de outros países daEuropa Ocidental, daEuropa Oriental e doMagrebe. A população estrangeira na Espanha em 2007 cifrou-se em 4 144 166, um incremento de 11,1% em relação ao ano anterior. Este valor representa 9,3% dos 44 708 964 habitantes na Espanha.[90]
A Espanha é abertamente um país multilíngue.[91] O idioma oficial e o mais falado no conjunto da Espanha, por 98,9% da população, é ocastelhano, língua materna de 89% dos espanhóis,[92][93] que pode receber a denominação alternativa de espanhol.[94] A estimativa do seu número de falantes em todo o mundo vai desde os 450[95] aos 500 milhões[96][97][98] de pessoas, sendo a segunda língua materna mais falada depois dochinês.[99][100][101] Há previsões que se torne a segunda língua de comunicação internacional depois doinglês no futuro, e, após este, é a segunda língua mais estudada.[102]
A Constituição Espanhola reconhece a riqueza linguística de Espanha como património cultural sujeito a especial respeito e proteção, e declara que o "resto de línguas espanholas" são oficiais nas comunidades autónomas segundo os seus estatutos de autonomia, apesar de ser apenas um dever e obrigação o conhecimento do castelhano.[103]
O artigo 16-3 daconstituição espanhola vigente define o país como um Estado sem confissão: ‘‘Nenhuma confissão terá caráter estatal‘‘. Porém, é garantida a liberdade religiosa e de culto dos indivíduos e é assegurada uma relação de cooperação entre os poderes públicos e todas as confissões religiosas. De acordo com o Centro de Investigações Sociológicas, o centro estatal espanhol de estatística, no seu estudo de julho de 2019, cerca de 67,4% dos espanhóis classificaram-se comocatólicos romanos, embora apenas 22,7% sejam praticantes. Por outro lado, osateus ou não religiosos somam 21,6%, e osagnósticos chegam a 7,5%. Os aderentes de outras religiões (incluindoislamismo,protestantismo,budismo etc.), cerca de 2%.[114]
De acordo com pesquisa de 2010 doEurobarometer, 59% da população espanhola acredita na existência de algum deus. 20% dos espanhóis acreditam na existência de algum tipo de espírito ou força vital, ao passo que 19% não acredita que exista qualquer tipo de espírito, deus, ou força vital.[115]
A maioria dos espanhóis não frequentam templos religiosos regularmente. O estudo apontou que, dos espanhóis que se dizem religiosos, 61% raramente frequenta a missa, 14% frequentam a missa algumas vezes ao ano, 10% algumas vezes ao mês e 14% todos os domingos ou várias vezes na semana. Embora uma maioria dos espanhóis seja católica, a maior parte, especialmente osjovens, ignora as doutrinas morais conservadoras em assuntos comosexo antes do casamento,orientação sexual emétodos contraceptivos.[116][117][118][119]
A segunda religião em número de membros é amuçulmana. Calcula-se que há cerca de 800 000 fiéis, vindos fundamentalmente das recentes ondas de imigração. Há também um número crescente de igrejasprotestantes, que somam cerca de 400 000 fiéis (a estatística própria dos protestantes em Espanha indica 1,2 milhões, dos quais 400 000 são espanhóis e o resto são estrangeiros que residem na Espanha durante pelo menos seis meses ao ano).[120]
A Espanha é umamonarquiaparlamentarista, com um monarca hereditário que exerce comoChefe de Estado — oRei da Espanha, e um parlamento bi-cameral, asCortes Generales.[121] Opoder executivo é formado por um Conselho de Ministros presidido pelo Presidente do Governo, que exerce como Chefe de Governo, e opoder judicial está formado pelo conjunto de Juizados e Tribunais, integrado por Juízes e Magistrados, que têm a potestade de administrar justiça em nome do Rei. Opoder legislativo se estabelece nas Cortes Gerais, que é o órgão supremo de representação do povo espanhol. As Cortes Gerais são compostas de uma câmara baixa, oCongresso dos Deputados, e uma câmara alta, oSenado.[121]
O Congresso dos Deputados é formado por 350 membros eleitos por votação popular, em listas fechadas e através de representação proporcional mediante circunscrições provinciais, para servir em legislaturas de quatro anos. O sistema não é absolutamente proporcional, já que existe um número mínimo de cadeiras por circunscrição (3) e se usa um sistema proporcional levemente corrigido para favorecer as listas majoritárias (oSistema d'Hondt).[122]
O Senado possui 259 membros, dos quais 208 são eleitos diretamente mediante voto popular, por circunscrições provinciais, em cada uma das quais se elegem 4 senadores, seguindo um sistema majoritário (3 para a lista majoritária, 1 para a seguinte), exceto nasilhas Baleares e nasilhas Canárias, onde cada circunscrição é uma ilha. Os outros 51 são designados pelos órgãos regionais para servir, também, por períodos de quatro anos.[123] No dia 2 de junho de 2014, o rei Juan Carlos I abdicou do trono a favor do seu filho, que tornou-se o reiFilipe VI. Foi a primeira vez em mais de cinquenta anos que um rei abdica do trono na Espanha.[124]
Após o retorno dademocracia após a morte deFranco em 1975, as prioridades da política externa da Espanha foram romper o isolamento diplomático dos anos da ditadura franquista e expandir as relações diplomáticas, entrar naComunidade Europeia e definir as relações de segurança com oOcidente. A Espanha manteve relações especiais com aAmérica hispânica e asFilipinas. Sua política enfatiza o conceito decomunidade ibero-americana, essencialmente a renovação do conceito de "hispanismo", que procura vincular aPenínsula Ibérica à América hispânica através da linguagem, comércio, história e cultura. É fundamentalmente "baseado em valores compartilhados e na recuperação da democracia".[125]
A Espanha reivindicaGibraltar, umterritório britânico ultramarino de 6 km2, na parte mais meridional daPenínsula Ibérica. Então uma cidade espanhola, foi conquistado por uma força anglo-holandesa em 1704 durante aGuerra da Sucessão Espanhola em nome doArquiduque Carlos, pretendente do trono espanhol. A situação jurídica relativa a Gibraltar foi resolvida em 1713 peloTratado de Utrecht, no qual a Espanha cedeu o território perpetuamente à Coroa britânica,[126] afirmando que, se os britânicos abandonassem o local, ele seria oferecido à Espanha em primeiro lugar. Desde a década de 1940, a Espanha pediu o retorno de Gibraltar. A esmagadora maioria dos gibraltânicos se opõe fortemente a isso, assim como rejeitam qualquer proposta de soberania compartilhada.[127] As resoluções daONU apelam aoReino Unido e à Espanha para chegarem a um acordo sobre o estatuto de Gibraltar.[128][129]
Outra reivindicação da Espanha é sobre asilhas Selvagens, uma reivindicação não reconhecida porPortugal. A Espanha afirma que são rochas e não ilhas, alegando que não há águas territoriais portuguesas em torno das ilhas em disputa. Em 5 de julho de 2013, a Espanha enviou uma carta à ONU que expressava esses pontos de vista.[130][131]
As forças armadas espanholas são uma força profissional com 121 900 funcionários ativos e 4 770 na reserva. O país também possui a Guarda Civil de 77 000 soldados, que está sob o controle do Ministério da Defesa em tempos de emergência nacional. O orçamento da defesa espanhola é de cerca de 5,7 bilhões de euros (2015).[134]
OExército Espanhol consiste em 15 brigadas ativas e 6 regiões militares. A infantaria moderna possui diversas capacidades e isso se reflete nos diversos papéis que lhes são atribuídos. Existem quatro papéis operacionais que os batalhões de infantaria podem cumprir: assalto aéreo, infantaria blindada, infantaria mecanizada e infantaria leve.[135]
O atualnavio-chefe daMarinha Espanhola é onavio de assalto anfíbioJuan Carlos I, que também é usado comoporta-aviões. Além disso, a frota é composta por: 2 docas de transporte anfíbio, 11 fragatas, 3 submarinos, 6 embarcações de contramedidas para minas, 23 embarcações de patrulha e vários navios auxiliares. O deslocamento total da Marinha Espanhola é de aproximadamente 220 000 toneladas. Em 2012, a Armada contava com 20 838 funcionários.[136]
A Espanha possui dez esquadrões de caça, cada um com 18 a 24 aviões. A força aérea também possui 15 bases aéreas operacionais em todo o país e mantém cerca de 450 aeronaves no total, das quais cerca de 130 são aeronaves de combate, incluindo váriosEurofighter Typhoons.[137]
A Espanha pertence àOrganização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1982. A decisão foi ratificada em um referendo em 1986 pelo povo espanhol. As condições foram a redução das bases militares norte-americanas, nenhuma integração da Espanha na estrutura militar da OTAN e a proibição de introduzirarmas nucleares no território espanhol.[138]
A Espanha é na atualidade o que se denomina um "Estado de Autonomias", um país formalmente unitário, mas que funciona como umafederação descentralizada decomunidades autônomas, cada uma delas com diferentes níveis de autonomia. As diferenças dentro deste sistema são provocadas pelo processo de transferência de responsabilidades do governo central para as regiões foi pensado em um princípio como um processo, que garantisse um maior grau de autonomia somente àquelas comunidades que buscavam um tipo de relação mais federalista com o resto da Espanha (as chamadascomunidades autônomas de regime especial:Andaluzia, ilhasCanárias,Catalunha,Aragão,Comunidade Valenciana,ilhas Baleares,Galiza ePaís Basco). Por outro lado, o resto de comunidades autônomas (comunidades autônomas de regime comum) teria uma menor autonomia. Porém, estava previsto que ao longo dos anos, estas comunidades fossem adquirindo gradativamente maior autonomia.[139]
Hoje em dia, a Espanha está considerada como um dos países europeus mais descentralizados, pois todos os seus diferentes territórios administram de forma local seus sistemas de saúde e educativos, assim como alguns aspetos do orçamento público; alguns deles, como o País Basco e Navarra, administram seu orçamento sem praticamente contar, excetuado em alguns aspetos, com a supervisão do governo central espanhol. Catalunha, Navarra e o País Basco possuem suas própriaspolícias totalmente operativas e completamente autônomas. Excetuando Navarra (cuja polícia se chamaPolicía Foral de Navarra), tanto a polícia da Catalunha (Mossos d'Esquadra) como a polícia do País Basco (Ertzaintza) substituem as funções da Polícia Nacional da Espanha em seus respetivos territórios. Navarra ainda está em processo de transferência de funções.[139]
Nas exportações, em 2020, o país foi o 16º maior do mundo (US$ 337,2 bilhões em mercadorias, 1,8% do total mundial, ou US$ 486 bilhões se considerarmos bens e serviços exportados).[143][144] Em 2019, foi o 14º maior importador do mundo, com o valor de US$ 375,4 bilhões.[145] A Espanha tinha a 14ª indústria mais valiosa do mundo em 2019 (US$ 155,4 bilhões), de acordo com oBanco Mundial.[146]
No entanto, abolha imobiliária que começou a se formar a partir de 1997, alimentada por taxas dejuros historicamente baixas e uma onda imensa deimigração, implodiu em 2008 e levou a economia a um rápido enfraquecimento e a um aumento dodesemprego. Até o final de maio de 2009, o desemprego atingiu 18,7% (37% para os jovens).[150][151]
Antes da atual crise, a economia espanhola era creditada por ter evitado uma taxa de crescimento virtual zero como alguns de seus maiores parceiros na União Europeia apresentaram.[152] Na verdade, a economia do país criou mais de metade de todos os novos postos de trabalho na União Europeia durante cinco anos até 2005, um processo que está sendo rapidamente revertido.[153] A economia espanhola, até há pouco tempo, era considerada uma das mais dinâmicos da União Europeia, atraindo uma quantidade significativa de investimentos estrangeiros.[154] O crescimento econômico mais recente foi grandemente beneficiado peloboom imobiliário mundial, com o setor deconstrução civil representando surpreendentes 16% do PIB do país e 12% dos empregos no seu último ano.[155]
Segundo cálculos do jornal alemãoDie Welt, a Espanha estava a caminho de ultrapassar países como aAlemanha emrenda per capita até 2011.[156] No entanto, o PIB per capita da Espanha ainda era inferior à média da União Europeia, que era de 29 800 USD em 2010, tornando-se o segundo mais baixo daEuropa Ocidental, depois do dePortugal.[157] O lado negativo do agora extintoboom imobiliário é também um correspondente aumento nos níveis de endividamento pessoal: o nível médio de endividamento das famílias triplicou em menos de uma década. Isto pôs grande pressão em cima de uma renda mais baixa para os grupos de renda média; até 2005, o nível médio de endividamento em relação a renda havia crescido para 125%, devido principalmente aoboom dehipotecas caras, que hoje muitas vezes excedem o valor da propriedade.[158]
Em 2008/2009, o arrocho do crédito e a recessão mundial manifestaram-se na Espanha através de uma enorme recessão no setor imobiliário. Contudo, os bancos da Espanha e os serviços financeiros evitaram os problemas mais graves dos seus congéneres nosEstados Unidos e noReino Unido, devido principalmente a um regime financeiro conservador e regulamentado rigorosamente respeitado. AComissão Europeia previu que a Espanha iria entrar emrecessão econômica até o final de 2008.[159] Segundo o Ministro das Finanças da Espanha, "a Espanha enfrenta a sua pior recessão em meio século".[160]
Adesigualdade social na Espanha é alta e aumentou nas últimas décadas. Em 2022, os 10% mais ricos da população espanhola detinham 53,8% da riqueza total do país, enquanto os 50% mais pobres detinham apenas 7,8%. A concentração de riqueza é ainda mais acentuada entre o 1% mais rico, que detém 22,4% da riqueza.[161]
Em 2017, a Espanha foi o segundo país mais visitado do mundo, registrando 82 milhões de turistas, que marcaram o quinto ano consecutivo de números recorde. A sede daOrganização Mundial de Turismo está localizada emMadri.[162]
A localização geográfica da Espanha, costas populares, paisagens diversas, legado histórico, cultura vibrante e excelente infraestrutura fizeram da indústria turística internacional do país uma das maiores do mundo. Nas últimas cinco décadas, o turismo internacional na Espanha cresceu e se tornou o segundo maior do mundo em termos de gastos, no valor de aproximadamente 40 bilhões de euros ou cerca de 5% do PIB do país em 2006.[155][163]
A Espanha era um dos países líderes mundiais no desenvolvimento e produção deenergia renovável.[164] Em 2012, a Espanha era um dos líderes mundiais emenergia eólica eenergia solar instaladas. À época, somente EUA, China e Alemanha tinham mais energia eólica instalada em seu território; já na energia solar, apenas EUA, China, Japão, Alemanha e Itália.[165] Em 2010, suas turbinas eólicas geraram 42 976 GWh, responsáveis por 16,4% de toda a energia elétrica produzida na Espanha.[166] Em 9 de novembro de 2010, a energia eólica atingiu um pico histórico instantâneo, cobrindo 53% da demanda continental de eletricidade[167] e gerando uma quantidade de energia equivalente à de 14reatores nucleares.[168] Em 2021, a Espanha tinha, em energia elétrica renovável instalada, 20 116 MW emenergia hidroelétrica (12º maior do mundo), 27 497 MW emenergia eólica (5º maior do mundo), 15 952 MW emenergia solar (10º maior do mundo), e 1 003 MW embiomassa.[169]
As fontes de energia não renováveis usadas na Espanha sãonucleares (8 reatores operacionais),gás natural,carvão epetróleo. Juntos, oscombustíveis fósseis geraram 58% da eletricidade da Espanha em 2009, logo abaixo da média daOCDE de 61%. A energia nuclear gerou outros 19% e a energia eólica e a hidrelétrica cerca de 12% cada.[170]
O sistema rodoviário espanhol é principalmente centralizado, com seis rodovias que ligamMadrid aoPaís Basco,Catalunha,Valência,Andaluzia Ocidental,Estremadura eGaliza. Além disso, existem rodovias ao longo das costas do Atlântico (Ferrol a Vigo), Cantábria (Oviedo aSan Sebastián) e do Mediterrâneo (Girona aCádis). A Espanha estabeleceu a meta de colocar um milhão decarros elétricos nas estradas até 2014 como parte do plano do governo para economizar energia e aumentar a eficiência energética.[171] O ex-ministro da Indústria, Miguel Sebastián, disse que "o veículo elétrico é o futuro e o motor de uma revolução industrial".[172]
A Espanha possui a mais extensa redeferroviária de alta velocidade naEuropa e a segunda mais extensa do mundo, depois daChina.[173][174] Em outubro de 2010, a o país possuía um total de 3 500 km de trilhos de alta velocidade ligandoMálaga,Sevilha, Madrid,Barcelona,Valência eValladolid, com trens com velocidades até 300 km/h. Em média, o trem de alta velocidade espanhol é o mais rápido do mundo, seguido dotrem-bala japonês e doTGV francês.[175] Em relação à pontualidade, é o segundo lugar no mundo (98,54% de chegada no horário) após o japonês Shinkansen (99%).[176] Caso os objetivos do ambicioso programaAVE (trens de alta velocidade espanhóis) sejam atendidos, até 2020, a Espanha terá 7 000 km de trens-bala que ligam quase todas as cidades provinciais a Madrid em menos de três horas e a Barcelona em quatro horas.
Existem 47 aeroportos públicos na Espanha. O mais movimentado é oaeroporto de Madrid (Barajas), com 50 milhões de passageiros em 2016, sendo o25º aeroporto mais movimentado do mundo, bem como o quarto mais ocupado daUnião Europeia. Oaeroporto de Barcelona (El Prat) também é importante, com 44 milhões de passageiros em 2016, sendo o 33.º aeroporto mais movimentado do mundo. Outros principais aeroportos estão localizados emMaiorca (23 milhões de passageiros),Málaga (13 milhões de passageiros),Las Palmas (11 milhões de passageiros),Alicante (dez milhões de passageiros) e menores, com número de passageiros entre quatro e dez milhões, como oaeroporto de Tenerife (dois aeroportos),Valência,Sevilha,Bilbao,Ibiza,Lanzarote eFuerteventura. Além disso, mais de 30 aeroportos com o número de passageiros abaixo de quatro milhões.[177]
O sistema de saúde da Espanha (Sistema Nacional de Saúde) é considerado um dos melhores do mundo, na 7ª posição no ranking elaborado pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS).[178] A assistência médica é pública, universal e gratuita para qualquer cidadão espanhol.[179]
O setor público é a principal fonte de financiamento da saúde. No país, 73% dos gastos com saúde foram financiados por fontes públicas em 2011, muito próximo da média de 72% nos países da OCDE. Desde 2010, os gastos a longo prazo em saúde diminuíram.[182]
A educação estatal na Espanha é gratuita eobrigatória dos 6 aos 16 anos de idade. O sistema educacional atual foi estabelecido pela lei educacional de 2006, a LOE (Ley Orgánica de Educación) ou Lei Orgânica de Educação.[183] Em 2014, a LOE foi parcialmente modificada pela lei LOMCE mais nova e controversa (Ley Orgánica para la Mejora de la Calidad Educativa), ou Lei Orgânica para a Melhoria do Sistema Educacional, comumente chamadaLey Wert.[184] Desde 1970 a 2014, a Espanha teve sete leis educacionais diferentes (LGE, LOECE, LODE, LOGSE, LOPEG, LOE e LOMCE).[185] AInstitución Libre de Enseñanza foi um projeto educacional que se desenvolveu em Espanha por meio século, de 1876 até 1936, porFrancisco Giner de los Ríos eGumersindo de Azcárate. O instituto inspirou-se na filosofia dokrausismo.Concepción Arenal nofeminismo eSantiago Ramón y Cajal naneurociência estavam no movimento.[186]
O desenvolvimento da literatura espanhola coincide e frequentemente se cruza com o de outras tradições literárias de regiões dentro do mesmo território, principalmente aliteratura catalã; ogalego também se cruza com as tradições literárias latinas, judaicas e árabes da península ibérica. Aliteratura da América Latina é um importante ramo da literatura espanhola, com suas próprias características particulares que remontam aos primeiros anos daconquista espanhola das Américas.[191]
AGuerra Civil Espanhola teve um impacto devastador na escrita espanhola. Entre os poucos poetas e escritores de guerra civil,Miguel Hernández se destaca. Durante a ditadura inicial (1939–1955), a literatura seguiu a visão reacionária do ditadorFrancisco Franco de uma segunda era de ouro espanhola. Em meados da década de 1950, assim como no romance, uma nova geração que só havia experimentado a guerra civil espanhola na infância estava chegando à maioridade. No início dos anos 1960, os autores espanhóis avançaram em direção a uma experimentação literária inquieta. Quando Franco morreu em 1975, o importante trabalho de estabelecer ademocracia teve um impacto literário imediato. Nos próximos anos, vários jovens escritores, entre elesJuan José Millás,Rosa Montero,Javier Marías,Cristina Fernández Cubas,Enrique Vila-Matas,Carme Riera e mais tardeAntonio Muñoz Molina eAlmudena Grandes, começariam a conquistar um lugar de destaque.[191]
A música espanhola é muitas vezes considerada exterior como sinônimo deflamenco, um gênero musical do oeste daAndaluzia que, ao contrário da crença popular, não é muito comum fora dessa região. Vários estilos regionais de música folclórica abundam emAragão,Catalunha,Valência,Castela,País Basco,Galiza eAstúrias. Pop, rock, hip hop e heavy metal também são populares.[193]
Milhares de fãs de música também viajam para a Espanha a cada ano para o festival de música reconhecido internacionalmenteSónar que muitas vezes apresenta os próximos artistas pop e techno, eBenicàssim, que tende a característica derock alternativo e atos de dança.[194] Ambos os festivais marcam uma presença internacional de música e refletir o gosto dos jovens no país. O mais popular instrumento musical tradicional, aguitarra, tem origem na Espanha.[195] Típicos do norte são osgaiteros, principalmente nasAstúrias eGaliza.[193]
A culinária espanhola consiste em uma grande variedade de pratos que resultam de diferenças de geografia, cultura e clima. É fortemente influenciada pelosfrutos do mar disponíveis nas águas que cercam o país e reflete as profundas raízes mediterrâneas da nação. A extensa história da Espanha, com muitas influências culturais, levou a uma culinária única.[202]
Na região mediterrânea, daCatalunha àAndaluzia, há uso intenso de frutos do mar, comopescaíto frito (peixe frito); várias sopas frias comogaspacho; e muitos pratos à base de arroz, como apaella valenciana[203] e oarroz negro catalão.[204]
No interior, é o comum o consumo de sopas quentes e grossas, como a sopa castelhana à base de pão e alho, juntamente com ensopados substanciais, como ocozido madrileno. Os alimentos são tradicionalmente conservados com salga, como o presunto espanhol, ou imersos emazeite, como oqueijo manchego.[202]
Devido à sua diversidade histórica e geográfica, a arquitetura espanhola tem atraído a partir de uma série de influências. Uma cidade importante da província fundada pelos romanos e com uma infraestrutura extensa daera romana, Córdova se tornou a capital cultural, incluindo uma arquitetura em estilo árabe, feita durante a época doCalifado Omíada.[205] A arquitetura de estilo árabe mais tarde continuou a ser desenvolvida sob as sucessivas dinastias islâmicas, terminando com osnacéridas, que construíram seu famoso complexo do palácio em Granada. Simultaneamente, osreinos cristãos gradualmente surgiram e desenvolveram seus próprios estilos, desenvolvendo umestilo pré-românico, quando por um tempo isolado das principais influências arquitetônicas contemporâneas europeias durante o início daIdade Média, que mais tarde integraram os fluxosromânico egótico.[206]
Houve então um extraordinário florescimento do estilo gótico, que resultou em inúmeras construções do tipo em todo o território. O estilomudéjar, a partir dos séculos XII a XVII, foi desenvolvido através da introdução de motivos de estilo árabe, padrões e elementos em arquitetura europeia. A chegada domodernismo na área acadêmica produziu grande parte da arquitetura doséculo XX. Um estilo influente no centro de Barcelona, conhecido comomodernismo catalão, produziu uma série de importantes arquitetos, dos quaisGaudí é um deles. O estilo internacional foi liderado por grupos comoGATEPAC. A Espanha está atualmente a viver uma revolução na arquitetura contemporânea e arquitetos espanhóis comoRafael Moneo,Santiago Calatrava,Ricardo Bofill, entre outros, ganharam renome mundial.[206]
AVolta a Espanha (Vuelta a España ou simplesmenteVuelta) é um dos principais eventos esportivos do país, que junto aoGiro d’Italia e oTour de France, é uma das trêsGrandes Voltas do ciclismo mundial. AVuelta teve sua primeira edição em 1935, porém não houve edições durante aSegunda Guerra Mundial. Teve seu retorno em 1955 até atualmente. Até 2009 foram realizadas 63 edições daVuelta a España.[207]
Os esportes na Espanha são dominados, principalmente, pelociclismo, ofutebol (desde oséculo XX), obasquete, oténis, oandebol, e pelos esportes demotor, principalmente oMotociclismo. A partir dosJogos Olímpicos de 1992, disputados na cidade deBarcelona, o país entrou na elite mundial em diversos esportes. Tem como maior ídolo no esporteAlberto Contador, da equipe Nursultan Pro Cycling Team. Contador é vencedor doTour de France 2007 e 2009, além doGiro d'Italia 2008 e Volta a Espanha também em 2008, entre outras vitórias em voltas. É considerado o melhor ciclista da atualidade, e um dos grandes nomes do esporte de todos os tempos. Em 2010 a Espanha consagrou-se campeã de futebol mundial, tendo vencido aCopa do Mundo naÁfrica do Sul e tornou-se a única seleção de futebol a ser campeã do mundo e bicampeã da Europa, tendo vencido os campeonatos europeus de2008, realizado naSuíça e naÁustria, e2012, naPolónia eUcrânia.[207]
Os feriados comemorados na Espanha incluem uma mistura de festividades religiosas (católicas romanas), nacionais e regionais. Cada município pode declarar um máximo de 14 feriados por ano; até nove deles são escolhidos pelo governo nacional e pelo menos dois são escolhidos localmente.[208] O Dia Nacional da Espanha (Fiesta Nacional de España) é 12 de outubro, aniversário daDescoberta da América e comemora a festa deNossa Senhora do Pilar, padroeira de Aragão e de toda a Espanha.[209]
Alguns dos festivais espanhóis são conhecidos em todo o mundo, e todos os anos milhões de turistas estrangeiros vão à Espanha para participar. Um dos mais famosos são asFestas de São Firmino, emPamplona. Embora seu evento mais famoso seja oencierro', ou a corrida de touros, que acontece na manhã de 14 de julho, a celebração de uma semana envolve muitos outros eventos tradicionais e folclóricos. Seus eventos foram centrais para o enredo deThe Sun Also Rises, deErnest Hemingway, que o levou à atenção geral das pessoas que falaminglês. Como resultado, tornou-se uma das festas de renome internacional na Espanha, com mais de um milhão de pessoas presentes todos os anos.[210] Outros festivais incluem: o festival de tomate La Tomatina em Buñol, Valência, os carnavais nas Ilhas Canárias, as quedas em Valência ou a Semana Santa na Andaluzia e Castela e Leão.[209]
↑A Constituição Espanhola não estabelece um nome oficial para Espanha, apesar dos termosEspaña (Espanha),Estado español (Estado espanhol) eNación española (Nação espanhola) serem usados ao longo do documento. Contudo, o Ministérios das Relações Exteriores espanhol estabeleceu, por ordenança publicada em 1984, que as denominaçõesEspaña (Espanha) eReino de España (Reino de Espanha) fossem igualmente válidas para designar o país em tratados internacionais. Este termo (Reino de Espanha) é comummente usado pelo governo em assuntos internos e externos de todo o tipo, incluindo tratados internacionais bem como documentos oficiais nacionais, e é, desta forma, reconhecido como sendo o nome oficial por muitas organizações internacionais.
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Notas (C) Nos 15 membros daCommonwealth, o monarca, à excepção do Reino Unido, é representado por um Governador Geral. (J) Monarca discutível como sendo o verdadeiro Chefe de Estado. (Q) Tecnicamente uma monarquia constitucional mas mostra eficazes propriedades de uma monarquia absoluta. (U) O monarca utiliza o título não-monárquico de "Presidente".