A exemplo deCoimbra, emPortugal, ou deLeiden, naHolanda, Lovaina é uma cidade universitária, sede da históricaUniversidade de Lovaina (Studium generale Lovaniense, 1425-1797). Sua população é de aproximadamente 91 700 mil habitantes (2008), 30% dos quais são alunos ou professores de sua universidade. A vida em Lovaina gira em torno dessa instituição de ensino, que atrai gente de todo o país e do mundo para lá, sempre renovando o aspecto da cidade. Muitos de seus atuais moradores são ex-alunos que lá decidiram ficar ou voltar depois de terem concluído os seus estudos.
Há referências a Lovaina desde891, quando o exércitoviquingue foi derrotado porArnulfo da Caríntia.[4] De acordo com a lenda local, as cores da bandeira de Lovaina, vermelho-branco-vermelho, representam o cenário sanguinolento em que as margens dorio Dijle ficaram.
Doséculo XI ao XV Lovaina foi o centro comercial doDucado de Brabante em que se integrava. Exemplo da riqueza da cidade e dos seus comerciantes foi a construção da câmara da cidade em estiloGótico.[4] Embora esta tenha sido construída depois das câmaras deAntuérpia eBruxelas, os ricos habitantes de Lovaina fizeram questão de demonstrar o seu poder económico construindo aquela que é uma das mais belas câmaras da Bélgica. Noséculo XV, mais precisamente1425, início da época dourada, foi fundada aUniversidade Católica de Lovaina, a mais antiga dos países baixos e uma das mais antigas daEuropa.[4]
Nessa mesma universidade estudou e leccionouDamião de Góis por volta de1540.[4] Ele envolveu-se pessoalmente na luta pela defesa da cidade contra as tropas deCarlos I de Espanha aquando da sua invasão daFlandres e acabou capturado. Noséculo XVIII a indústria cervejeira floresceu, e ainda hoje aAnheuser-Busch InBev, uma das maiores cervejeiras do mundo que detém entre outras aStella Artois e aBrahma tem aí localizada a sua sede. Noséculo XX a cidade foi fortemente danificada em ambas as Guerras Mundiais.
↑abFernandes, Ivo Xavier (1941).Topónimos e Gentílicos.I. Porto: Editora Educação Nacional, Lda.
↑Gradim, Anabela (2000). «9.7 Topónimos estrangeiros».Manual de Jornalismo. Covilhã: Universidade da Beira Interior. p. 167.ISBN972-9209-74-X. Consultado em 27 de março de 2020