| Leão Alácio | |
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| Nascimento | 1586 Quios |
| Morte | 19 de janeiro de 1669 (82–83 anos) Roma |
| Ocupação | teólogo,bibliotecário,historiador,escritor, folclorista, filólogo, paleógrafo |
| Religião | Igreja Católica |
Leão Alácio (emlatim:Leo Allatius; emitaliano:Leone Allacci;Quio,1586 –Roma,19 de janeiro de1669) foi um eruditogrego doséculo XVII. Ingressou noColégio Grego em Roma em 1600, passou três anos naLucânia com seu conterrâneoBernard Giustiniani, e depois voltou a Quio, onde foi de grande ajuda ao bispo latinoMarco Giustiniani. Em 1616, recebeu o grau de doutor em medicina pelaSapienza, foi nomeado escritor naBiblioteca do Vaticano e, posteriormente, professor de retórica no Colégio Grego, cargo que ocupou por apenas dois anos.[1]
Em 1622, opapa Gregório XV(r. 1621–1623) o enviou aoSacro Império Romano-Germânico para trazer a Roma a biblioteca doEleitorado do Palatinado, que opríncipe-eleitorMaximiliano I da Baviera(r. 1597–1623) apresentara ao Papa em troca de subsídios de guerra, tarefa que cumpriu diante de grandes dificuldades. Com a morte de Gregório XV (1623), Alácio perdeu seu patrono principal: mas com o apoio de igrejas influentes, continuou suas pesquisas, especialmente sobre os manuscritos do palatinado.Alexandre VII fez dele o guardião da Biblioteca do Vaticano em 1661, onde permaneceu até sua morte.[1]
Alácio combinou uma vasta erudição, que aplicou em questões literárias, históricas, filosóficas e teológicas. Trabalhou arduamente para efetuar a reconciliação daIgreja Ortodoxa deConstantinopla com a deIgreja Católica de Roma e, para esse fim, escreveu sua obra mais importante,De Ecclesiæ Occidentalisatque Orientalis perpetua consensione (Colônia, 1648), na qual os pontos de concordância entre as Igrejas são enfatizados, enquanto suas diferenças são minimizadas. Também editou ou traduziu para olatim os escritos de vários autores gregos, correspondeu-se com os principais estudiosos da Europa, contribuiu como editor para oCorpus Byzantinorum (Paris) e organizou a publicação de umaBiblioteca dos Escritores Gregos (Bibliotheca Scriptorum Græcorum). Legou seus manuscritos (cerca de 150 volumes) e sua correspondência (mais de 1 000 cartas) para a biblioteca dos Oratorianos em Roma.[1]