O latim ainda é a língua oficial daCidade do Vaticano e doRito Romano da Igreja Católica. Foi a principal língua litúrgica até oConcílio Vaticano Segundo nos anos 1960. Olatim clássico, a língua literária do final da República e do início do Império Romano, ainda hoje é ensinado em muitas escolas primárias e secundárias, embora seu papel se tenha reduzido desde o início doséculo XX.
A importância do latim na península Itálica firmou-se gradativamente. A princípio, era apenas a língua de Roma, uma pequena cidade circundada por vários centros menores (Lanúvio,Preneste,Tívoli), nos quais se falavam dialetos latinos ou afins ao latim (ofalisco, língua da antiga cidade deFalérios). Já a poucos quilômetros de Roma, eram faladas línguas muito diversas: oetrusco e sobretudo línguas do grupo indo-europeu — oumbro, no norte, e oosco, na porção mais ao sul, até a atualCalábria. NaItália setentrional falavam-se outraslínguas indo-europeias como olígure, ogálico e ovenético. Ogrego era difundido nas numerosas colônias gregas daSicília e daMagna Grécia.[3] Ao longo de toda a era republicana, a situaçãolinguística da Itália permaneceu muito variada: o plurilinguismo era uma condição comum, e os primeiros autores da literatura, comoÊnio ePlauto dominavam o latim, o grego e o osco.
Além das variações regionais, mesmo o latim deRoma não foi uma língua sempre igual a si mesma, apresentando fortes diferençasdiacrônicas esociolinguísticas. Do ponto de vista diacrônico, deve-se distinguir:[4][5]
latim pré-literário, a língua das inscrições (doséculo VII a.C. aoséculo II a.C.);
latim clássico (sermus urbanus) é o latim usado noImpério Romano, florescendo a partir do segundo quartel doséculo I a.C. atéc. 14 d.C., o período deAugusto, que corresponde à idade de ouro daliteratura latina, destacando-seOvídio,Cícero,Virgílio,Horácio eTito Lívio, entre outros. Trata-se da língua escrita, notável pelo apuro do vocabulário, pela correção gramatical e pela elegância do estilo — ou sejaurbanitas, o que, nas palavras deQuintiliano, corresponde a "um certo gosto citadino" (gustum urbis) que é manifestado no discurso através dos vocábulos, da pronúncia e de seu uso particular, bem como um alto nível de cultura não ostentada, extraída das conversas entre pessoas instruídas; numa palavra, tudo o que é contrário à rusticidade;[6][7]
latim imperial, até oséculo II d.C.. Autores comoSêneca,Lucano,Petrônio,Quintiliano,Estácio,Juvenal,Suetônio, que viveram entre os séculos I e II, apesar das diferenças estilísticas, mantiveram em geral invariante a língua literária clássica. Noséculo II, surge, de um lado, uma moda cultural literária de recuperar os modelos clássicos do período de Augusto; de outro, com autores comoApuleio, começa a adquirir maior importância olatim vulgar, a língua falada que será a base das línguas modernas derivadas do latim — aslínguas neolatinas;
latim vulgar (sermo vulgaris,sermo usualis ousermo plebeius) é a língua coloquial usada por diferentes camadas da população romana, desde a aristocracia até o povo iletrado, como uma espécie de denominador comum, sendo o instrumento de comunicação diária. O latim coloquial é, para muitos, o proto-romance, isto é, o ponto de partida da formação daslínguas românicas;[8][9]
O latim manteve-se por muito tempo como a língua jurídica e governamental do Império Romano, mas, com o tempo, ogrego passou a predominar entre os membros da elite culta romana, já que grande parte daliteratura e dafilosofia estudada pela classe alta havia sido produzida por autores gregos, em geralatenienses. Nametade oriental do Império, que viria a tornar-se oImpério Bizantino, o grego terminou por suplantar o latim como idioma governamental e era alingua franca da maioria dos cidadãos orientais, de todas as classes.
A difusão do latim por um território cada vez mais vasto teve duas consequências:
o contato do latim com línguas diversas gerou um influxo mútuo mais ou menos considerável;
o latim foi se diferenciando nas diversas regiões, sendo que, enquanto os laços políticos com o centro eram fortes, as diferenças eram pequenas, mas, à medida em que esses laços foram enfraquecendo, até se romperem completamente, tais diferenças se acentuaram.
Geralmente, as populações submetidas desejavam elevar-se culturalmente adotando o latim, coisa que ocorre sempre que dois povos entram em contato: prevalece linguisticamente aquele que possui maior prestígio cultural. Dessa formaRoma conseguiu fazer prevalecer o latim sobre oetrusco, oosco e oumbro, mas não sobre ogrego, cujo prestígio cultural era maior.
As populações submetidas e asfederadas, antes de perder sua língua em favor do latim, atravessaram um período mais ou menos longo debilinguismo; de fato, algumas das línguas pré-romanas tiveram, no território romanizado, considerável vitalidade durante muito tempo. E essas línguas originárias deram uma cor específica a cadalíngua neolatina (ou românica) surgente, permanecendo presentes emtopônimos dessas regiões até hoje.
Após a sua transformação naslínguas românicas, o latim continuou a fornecer umrepertório de termos para muitoscampos semânticos, especialmente culturais e técnicos, em uma ampla variedade de línguas.
Também existem resquícios de um sétimo caso de origem indo-europeia, olocativo, que indica localização (por exemplo:domī, "em casa"), no entanto, este é limitado a palavras específicas.
Outra característica distintiva do latim é o uso de formas simples para expressar avoz passiva dos verbos, além de uma forma verbo-nominal muito frequente chamada desupino. Ambas formas se perderam nas línguas românicas.
Réplica daescrita cursiva romana inspirada pelos tabletes de VindolanaA língua dos antigos romanos teve um forte impacto em culturas posteriores, como demonstra estaBíblia em latim eclesiástico, de 1407
Os antigos romanos não usavampontuação,macros (mas empregavam ápices para distinguir entrevogais longas e breves), nem asletrasj eu,letras minúsculas (embora usassem uma forma deescrita cursiva) ou sem espaço entre palavras (mas por vezes empregavam-se pontos entre palavras para evitar confusões). Assim, um romano escreveria a frase "Lamentai, ó Vênus[10] e cupidos" da seguinte maneira:
LVGETEOVENERESCVPIDINESQVE
Esta frase seria escrita numa edição moderna como:
A chamada pronúncia reconstituída ou restaurada baseia-se em pesquisas recentes sobre os mais prováveis sons que osromanos antigos atribuíam a cada letra e, embora não haja uniformidade de opiniões em alguns pontos, vem sendo adotada em escolas de todo o mundo.
Há dois outros tipos de pronúncia: a pronúncia tradicional lusófona, também a mais usada em fórmulas jurídicas, e a pronúncia adotada pela Igreja Católica (latim eclesiástico). Quanto à ortografia, não há diferenças.
A seguir, as principais características da pronúncia restaurada (entre parênteses a pronúncia e a marcação do acento tônico):[11]
æ e œ, ditongos, são pronunciados ái e ói:nautae (náutai);
c soa sempre como k: Cicero (Kíkero),cetera (kétera);
ch soa como k, mas com uma leve aspiração:pulcher (púlker);
g sempre como gue ou gui:angelus (ánguelus);
h é levemente aspirado, quase como o h do inglês;
j soa sempre como i; v sempre como u:vita (uíta), observando que as letrasu ej só aparecem no alfabeto latino por volta doséculo XVI;
m em posição inicial ou intermediária é como em portuguêsmagnífico; em posição final de palavra, é um mero sinal de nasalidade da vogal anterior,[12] como em portuguêsmim, jovem,bom — exceto quando o primeiro som da palavra seguinte é consonantal, caso em que ocorre assimilação no ponto de articulação desta consoante, e.g.tam durum [tã(n)duː.rũː] — dental,aquam bibit [akwã(m)bɪbɪt] — bilabial,autem curo [autẽ(ŋ)ku:ro:] — velar;[13][14][15]
r nunca como rr: Roma (róma, com o r pronunciado como em 'barato');
s sempre como ss:rosa (róssa);
u do grupo qu é sempre pronunciado:qui,quem (kuí, kuém);
x como ks:maximus (máksimus);
z como dz: Zeus (dzeus);
as letras restantes (a, b, d, e, f, i, l, o, p, t,) são pronunciadas como em português;
letras dobradas como ll, tt, mm, etc., devem ser pronunciadas separadamente, pois há diferentes significados envolvidos:coma ecomma, por exemplo;
y como ü. Igual ao u do francês, ou o ü do alemão. ("abyssus").
Osromanos antigos faziam distinção entre vogais breves e vogais longas, estas últimas com o dobro de duração das primeiras e, para efeitos de acentuação tônica, usavam a regra da penúltima, segundo a qual o critério de acentuação tônica é a duração (longa ou breve) da penúltima vogal: se a penúltima vogal é longa, ela recebe o acento; se é curta, o acento recua para a antepenúltima vogal. Existem ainda alguns aspectos a notar, como, por exemplo:
vogal seguida de outra vogal é geralmente breve:filius (pronuncia-se 'fílius': oi antes dou é breve e, portanto, o acento recua);
vogal seguida de duas consoantes é geralmente longa:puella (oe vem antes de duas consoantes e, portanto, é longo e acentuado);
em latim não existem palavras com acento na última sílaba (oxítonas).
Todas as vogais de uma palavra têm sua duração bem definida e dessa duração depende a compreensão dos ritmos da poesia latina.
Os substantivos têm dois números (singular e plural) e seis casos (nominativo, genitivo, dativo, acusativo, vocativo e ablativo). Organizam-se em cinco declinações, que se distinguem pela terminação da forma do genitivo singular: 1ª:-ae, 2ª:-i, 3ª:-is, 4ª:-us e 5ª:-ei. Nem sempre a forma de nominativo correspondente é determinável a partir da forma de genitivo. Por exemplo, nominativouerbum, genitivouerbi ("palavra"); mas nominativopuer, genitivopueri (menino). Assim, para se saber declinar um nome em todas as suas formas, é preciso saber a forma de nominativo e a de genitivo; tipicamente os dicionários fornecem ambas:uerbum, uerbi;puer, pueri.
Há trêsgéneros gramaticais: masculino, feminino e neutro. O género de um nome depende em certa medida da declinação que o nome segue, mas a associação não é completamente rígida. Os nomes da primeira declinação são quase todos femininos (p. ex.,rosa, rosae "rosa"), mas os que têm referentes humanos geralmente respeitam o género natural e por isso alguns são masculinos (p. ex.,nauta, nautae "marinheiro"). Os nomes da segunda declinação cujo nominativo singular termina em-um são todos neutros. Os restantes nomes desta declinação (com nominativo em-us or-r, comodominus, domini "senhor",ager, agri "campo",uir, uiri homem) são quase todos masculinos, mas há muitos nomes de árvores em-us, -i e estes são todos femininos:ficus, fici "figueira". Nas restantes declinações o género é mais arbitrário.
Oadjetivo concorda com o nome que modifica ou de que é predicado em número, género e caso.
Osverbos flexionam em pessoa, número, tempo, modo, aspeto e voz. Alguns verbos pertencem a uma de quatro conjugações, que se distinguem por exemplo pela forma de infinitivo presente ativo: 1ª:-are, 2ª:-ēre, 3ª:-ěre, 4ª:-ire. O lema de um verbo latino (isto é a forma de dicionário) não é contudo uma forma de infinitivo mas sim a forma de primeira pessoa singular do presente do indicativo ativo: p.ex., o verbosum ("sou"), nãoesse ("ser").
O latim possui muito poucos nomes e verbos com flexão verdadeiramente irregular, mas contém muitíssimos verbos cujas formas se baseiam em radicais diferentes e que não são previsíveis entre si. Por exemplo, o verbocano ("cantar"), tem formas comocano ("canto", radicalcan-),cecini ("cantei", radicalcecin-) ecantum ("para cantar", radicalcant-).
O pronome interrogativo équis (masculino e feminino) "quem?",quid "quê?".Quis possui formas pluraisqui/quae/qua. Os demonstrativos sãois/ea/id,hic/haec/hoc, "este/esta/isto",iste, ista, istud "esse, essa, isso",ille/illa/illud "aquele/aquela/aquilo". Os pronomes pessoais são: singularego "eu",tu "tu"; pluralnos "nós",uos "vós". Para a terceira pessoa podem usar-se demonstrativos ou sobretudosujeitos nulos.
A ordem canónica do latim clássico éSOV, mas é umalíngua não configuracional: a ordem das palavras não está diretamente ligada a funções gramaticais, pois a flexão em caso é muitas vezes suficiente para determinar estas funções. Por exemplo, as seguintes frases latinas significam todas "Marco ama Cornélia", uma vez que a formaMarcus é nominativa e a formaCorneliam é acusativa:
Marcus Corneliam amat
Marcus amat Corneliam
Amat Marcus Corneliam
Amat Corneliam Marcus
Corneliam Marcus amat
Corneliam amat Marcus
A frase "Cornélia ama Marco" seriaCornelia Marcum amat (ou outra ordem, como acima).
Em português, diferenciamos os complementos verbais por posição e por preposições. Em orações afirmativas, por exemplo, o sujeito vem tipicamente antes do verbo e os outros complementos vêm tipicamente depois do verbo. Abaixo temos os sujeitos em negrito e os outros complementos com a primeira letra em negrito.
Pedro amaFabíola.
Fabíola amaPedro.
Pedro adorachocolate.
Pedro gosta muitode chocolate.
Em latim, contudo, além da posição relativa dos complementos e das preposições, também se diferenciavam os complementos verbais pela escolha das terminações dos nomes.
Os numerais latinos podem ser cardinais, ordinais, multiplicativos e distributivos.
Cardinais
Os três primeiros cardinais declinam nos 3 gêneros (M, F, N), no singular / plural e nos 5 casos (Nom., Acu., Gen., Dat., Abl.). O cardinal 3 utiliza a mesma forma para os gêneros M e F. Os demais cardinais até 100 não declinam.
undecimus, duodecimus; de 13 a 19 temos: tertius decimus, quartus decimus, etc… até nonus decimus;
dezenas: vicesimus, trigesimus, quadragesimus, etc… até nonagesimus;
centenas: centesimus, ducentesimus, tricentesimus, etc.
Multiplicativos
Osadjetivos declinam conforme adjetivos de segunda classe e são: simplex, duplex, triplex, etc.
Osadvérbios (uma vez, duas vezes, etc.) não tem declinação e são: semer, bis, ter, quater, etc.
Distributivos
São também declináveis, indicam "de um em um", "de dois em dois" e assim por diante. Apresentam a forma: singuli, bini, terni, quaterni, etc. até nuoeni, deni; dezenas: viceni, triceni, etc.[16]
Romania submersa (em preto): territórios pertencentes ao Império onde as línguas românicas não se desenvolveram ou desapareceram
A expansão doImpério Romano espalhou o latim por toda aEuropa e olatim vulgar terminou por dialetar-se, com base no lugar em que se encontrava o falante. O latim vulgar evoluiu gradualmente de modo a tornar-se cada uma das distintaslínguas românicas, um processo que continuou pelo menos até oséculo IX. Tais idiomas mantiveram-se por muitos séculos como línguas orais, apenas, pois o latim ainda era usado para escrever. Por exemplo, o latim foi a língua oficial dePortugal até 1296, quando foi substituído peloportuguês. Estas línguas derivadas, como oitaliano, ofrancês, oespanhol, oportuguês, ocatalão e oromeno, floresceram e afastaram-se umas das outras com o tempo.
Dentre as línguas românicas, o italiano é a que mais conserva o latim em seuléxico,[17] enquanto que osardo é o que mais preserva afonologia latina.[18]
Algumas das diferenças entre olatim clássico e as línguas românicas têm sido estudadas na tentativa de se reconstruir o latim vulgar. Por exemplo, as línguas românicas apresentam umacento tônico distinto em certassílabas, ao qual o latim acrescentava umaquantidade vocálica distinta. O italiano e o sardologudorês possuem, além do acento tônico, uma ênfase consonantal distinta; o espanhol e o português, apenas o acento tônico; e no francês, a quantidade vocálica e o acento tônico já não são distintos. Outra grande diferença entre as línguas românicas e o latim é que as primeiras, com exceção do romeno, perderam os seuscasos gramaticais para a maioria das palavras, afora algunspronomes. A língua romena possui um caso direto (nominativo/acusativo), um indireto (dativo/genitivo), umvocativo e é o único idioma que preservou do latim ogênero neutro e parte dadeclinação.[19]
Embora não seja uma língua românica, oinglês sofreu forte influência do latim. Sessenta por cento do seu vocabulário são de origem latina, em geral por intermédio do francês. O mesmo ocorreu com omaltês, umalíngua semítica falada na República deMalta, na costa sul daItália, que fora influenciado por 50% de palavras italianas e sicilianas e, em menor grau, pelo francês em seu léxico, e que mais recentemente fora influenciado pelo inglês em 20% de seu léxico. Também herdou o alfabeto latino, sendo a única língua semítica a ser escrita neste alfabeto.
Como o contato com o latim escrito se manteve ao longo dos tempos, mesmo muito depois de o latim deixar de ter falantes nativos, muitas palavras latinas foram sendo introduzidas em muitas línguas. Este fenómeno acentuou-se desde oRenascimento, altura em que a cultura clássica foi revalorizada. Sobretudo o inglês e as línguas românicas receberam (e continuam a receber) muitas palavras de origem latina, mas bastantes outras línguas também o fizeram. Em especial, muitos novos termos dos domínios técnicos e científicos têm na sua base palavras latinas.
A sinalização da estação de metrô de Wallsend, naInglaterra, está em inglês e latim como uma homenagem ao papel de Wallsend como um dos postos avançados do império romano
O latim vive sob a forma dolatim eclesiástico usado para éditos ebulas emitidos pelaIgreja Católica, e sob a forma de uma pequena quantidade esparsa de artigos científicos ou sociais escritos utilizando a língua, bem como em inúmeros clubes latinos. O vocabulário latino é usado naciência, nauniversidade e nodireito. Olatim clássico é ensinado em muitas escolas, muitas vezes combinado com ogrego, no estudo declássicos, embora o seu papel tenha diminuído desde o início doséculo XX. Oalfabeto latino, juntamente com suas variantes modernas, como os alfabetosinglês,espanhol,francês,português ealemão, é o alfabeto mais utilizado no mundo. Terminologia decorrente de palavras e conceitos em latim é amplamente utilizada, entre outros domínios, nafilosofia,medicina,biologia edireito, em termos e abreviações comosubpoena duces tecum,lato sensu,etc.,i.e.,q.i.d. (quater in die: "quatro vezes por dia") einter alia (entre outras coisas). Estes termos em latim são utilizados isoladamente, como termos técnicos. Emnomes científicos para organismos, o latim é geralmente o idioma preferido, seguido pelogrego.
Caixa eletrônico instalado no Vaticano, exibindo instruções de utilização em latim
A maior organização que ainda usa o latim em contextos oficiais e semioficiais é aIgreja Católica (principalmente naIgreja Católica de Rito Latino). Orito romano costumava celebrar aMissa e os outrossacramentos unicamente em latim até oConcílio Vaticano II. O latim ainda é a língua padrão do rito romano da Igreja Católica e os textos usados nas línguas vernáculas são traduções do latim. O latim é alíngua oficial daSanta Sé, enquanto o italiano é usado em decretos oficiais da Cidade do Vaticano. A Cidade do Vaticano é também onde está instalado o únicocaixa eletrônico do mundo no qual as instruções são dadas em latim.[20]
Nos casos em que é importante empregar uma língua neutra, como em nomes científicos de organismos, costuma-se usar o latim. Muitas instituições ainda hoje ostentam lemas em latim. Alguns filmes, comoA Paixão de Cristo, apresentam diálogos em latim.
↑Foreign Languages: Italian, especificamente:"Sardo conserva muitas características arcaicas do latim que desapareceram no italiano, como o som k duro em palavras comochelu, correspondente ao italianocielo."